Essa sua fala do Martim me lembrou muito a minha infância, eu sempre perguntava sobre tudo que acontecia pros meus pais e vivi boa parte da minha infância durante o governo do pt. Lembro de estudar na escola sobre as grandes guerras, sobre a ditadura e como via tudo isso como algo do passado e via o presente como essa grande vitória da democracia. Lembro de pensar já bem novinha, mesmo sem entender muito bem, “ufa, ainda bem que nasci nessa época e não antigamente”. Nem imagino como seria crescer durante um Brasil pandêmico com bolsonaro no poder, deve ser extremamente difícil guiar uma criança nesse contexto tão sem sentido pra nós mesmos.
É engraçado porque ouvindo o vídeo de ontem pensei sobre o cinismo porque o meu melhor amigo está lendo um livro filosófico sobre o cinismo e enfim é um tema que está muito presente pra mim. No entanto, o vídeo de ontem teve algo que tvz seja bem bobo, mas que eu até queria que vc desenvolvesse mais e na real acho que vc fala bastante e é uma virada importante de chave fundamental e meio tardia pra mim: entender o que estamos buscando nas interações. A gente se engana muitas vezes: acha que está buscando dinheiro mas na verdade está buscando reconhecimento. Acha que está buscando sexo, mas na verdade queria amor. Esses enganos atrapalham as modulações e impedem de alguma maneira os encontros possíveis. Fiquei pensando bastante nisso depois do vídeo de ontem
Sobre Ruptura, mundo corporativo traz isso de forma bem chocante, por ex, numa reunião, vc fala o certo a fazer e todos te olham como se vc fosse o "fora da casinha" ! Perfeito ( como sempre ) Manu !
Quando fala em hamlet eu já penso em rei leão (sorry, Manu... sacrilégio, né? Kkkk). Mas o que me veio aqui pra reflexão sobre máscaras é que, qdo o Simba faz a ruptura, ele foge pra selva e leva uma vida totalmente diferente da que ele levava antes. Hakuna Matata. Mas com o tempo algo dentro dele sentiu o desconforto dessa máscara. Essa vida era fake, era uma fuga. Aí o fantasma do Mufasa apareceu e falou “Simba, remember who you are”. E ele sentiu o ímpeto de voltar e assumir seu lugar. Então eu acho que é saudável sim a gte romper de vez em quando, usar umas máscaras pra se adaptar. Mas se isso se perdurar por muito tempo, inevitavelmente vai trazer sofrimento, por ser um afastamento da nossa “essência”.
3 года назад+19
O rei leão de fato é uma versão do hamlet. Eu inclusive falava sobre isso na peça.
Esse vídeo me fez pensar quando o meu trabalho mudou pra home office de repente ano passado. Nas reuniões de equipe todos pareciam muito confortáveis com um futuro que seria intermediado por telas, enquanto eu só conseguia pensar o quão ruim era perder o contato com as pessoas. E me perguntava se alguém mais sentia isso e só fingia que não..
Tive uma situação que me produziu transtorno de estresse pós traumático e me identifiquei demais com o vídeo. Senti como uma ruptura mesmo, uma desorganização da mente. Em alguns momentos achei que ia ficar louco. Mas consegui lidar e a partir dessa desorganização, quando tudo ruiu, reconstruí meus pensamentos agora com novas perspetivas pra vida.
Eu fui falar pra minha mãe que eu tava infeliz e sofrendo e ela disse que era coisa da minha cabeça.. que eu estava "equivocada". Minha relação com minha família sempre foi meio.. seilá..., mas agora q eu to sendo menos "conveniente" (máscaras caindo, rupturas ficando aparentes) eles resolveram se juntar pra dizer q eu preciso de um psiquiatra. [Seus vídeos têm sido uma "companhia" incrível, obrigada 🌻]
❤❤❤ Obrigada. Eu Estou neste momento a viver isso em termos familiar e é individual. Foi um alívio pensar que pode até ser saudável fazer esse movimento . Obrigada❤
A abertura me remeteu de imediato a Raulzito: "eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes, eu prefiro ser essa metamorfose ambulante..." Passado esse primeiro momento de "bobisse" minha, fui atingida e atravessada por esse vídeo. Tudo que vc trouxe, Manu, é cortante, preciso, pontual e extremamente necessário. Eu nem sabia que precisava pensar sobre essa temática da ruptura, e nem me dava conta de que é ela a causadora de tanto desespero, até vc trazê-la e eu me dar conta de que é isso. É o que tem incomodado, angustiado, me deixado perplexa. Parece que estamos no Reino do Absurdo, e o que antes era ruim e condenável agora é naturalmente aceito, apreciável, aplaudido. Sinto essa ruptura com a realidade de forma brutal diante da pandemia e do governo Bolsonaro. E não consigo não modular e fingir que está tudo bem...
Tive essa experiência em 2016 no meu primeiro estágio, trabalhando em um grande banco de investimentos. Eu não entendia porque aquelas pessoas estavam atuando daquela forma naquele lugar, qual era o propósito de tudo aquilo, Eu queria muito ser eu mesma, mas não conseguia ter espaço para isso e fui adoecendo. Naquele momento não conseguia fazer uma distinção, entender que naquele lugar eu tinha que vestir uma máscara, sem perder minha essência. No final fui me perdendo por completo, minha vida inteira foi parando de fazer sentido, meus estudos, relacionamento, desenvolvi compulsão alimentar até que cheguei na beira do abismo. Busquei minha terapia e depois de um tempo voltei a enxergar o brilho da vida, mas vira e mexe ainda tenho essa dificuldade na área profissional.
Alice, EU também tenho essa dificuldade de adaptação nos ambientes de trabalho. Eu não aceito usar uma máscara muito diversa do que sou, do que acredito. Principalmente em aparecer o "fodao". Sobretudo, que sou servidor público de mais de vinte salários mínimos e penso que não preciso contínua provando o meu valor, visto que já fui aprovado no concurso público. Eu simplesmente me recuso a vestir uma máscara de "fodao" e de arrogância. É froiid !!!!
O vídeo da máscaras foi libertador. Eu me cobrava, muito nessa gestão, tinha entendido de forma completamente negativa a máscara, tentava matar as máscaras, buscava a perfeição. Entendi que o problema não é a máscara, ela é necessária, a gestão a focar é o entendimento do outro na situação, entendimento da situação, si perceber, observar. Sei lá se estou entendendo torto novamente, mais só de trocar de tortice já é um muito muito obrigada.
1:22 Parei aqui e fui assistir essa peça no seu link. Interessante. Ruim o barulho constante de funga-funga. Curiosa a participação das pessoas portuguesas(?). Bem bem interessante, inda mais já te acompanhando há tantos anos. Há um filme "recente" chamado Nordmann que recupera a lenda original, não a versão do bardo inglês. Eu não imaginava esse tanto de trívia que você comenta ao longo da peça.
Sensacional esse vídeo, eu sinto a dor do Hamlet completamente. Em termos de política e em relação a pandemia, não há mais como modular. Falo o que penso, vou pra briga, passo por louca, eu não me importo mais. Onde ainda há uma certa modulação: trabalho, faculdade e escola do filho. Com amigos e parentes, muito pouco, não é a toa que fiquei com poucos do meu lado. A idade vai nos trazendo essa capacidade de "desmodular" mais facilmente, jogando pro mundo aquele famoso "foda-se". Ainda assim, me sinto enlouquecendo mesmo, mas pode ser que seja o que a sociedade quer que eu pense sobre mim. Meu refúgio da realidade pra tentar manter alguma sanidade são os livros, pq na "minha" realidade, quem enlouqueceu foi o mundo a minha volta.
Ainda nao assisti o video mas ja nesta primeira fala quero comentar! rsrs Lembrei do Raul, que prefere ser uma metamorfose ambulante do que ter a velha opiniao formada sobre tudo. Amo o conteudo que tenho aqui justamente pela liberdade que nos passa para pensar, repensar, discordar, concordar e tudo isso dnovo. Vamos lá....
achei super coerente seu vídeo anterior que, ao meu ver, é complenentado por este importante vídeo de agora. Grata por todo cuidado, todo empenho, toda a verdade, toda dedicação.😊
Aí, meu sonho fazer análise com você, Manu. Sinto que seria extremamente proveitoso. Eu me sinto exatamente assim como você disse sobre o Hamlet, porém na atual situação. O Brasil colapsando e a vida segue como se nada tivesse acontecendo? Produzir? Pensar em formas de crescer na vida? E por que aceitamos compassivamente o que os políticos fazem sem nos rebelar de alguma forma? Por que essa apatia e aceitação? Enfim, muitas questões que me deixam atônita.
Muito! A ruptura é urgente!! Mas como ela virá? Será que ela virá? Como sair desse comodismo e aceitação que só nos fazem ficar cada vez mais indignados e doentes, pq acabamos engolindo tudo, inclusive a indignação??
Acho que aceitamos passivamente, não compassivamente. A compaixão, no meu entender nos move. Acho que aceitamos passivamente pq é mais cômodo do que agir. E formas de ação não faltam, mas exigem esforço, tem um potencial de frustação e muitas vezes cobram um preço, como mostra as prisões arbitrárias de ativistas como o Thiago Ávila ou o Rodrigo Pilha.
@@Alissongranja Concordo demais, Alisson. Venho me perguntado muito sobre as possibilidades (e necessidade) de ação. Grito o tempo todo nas redes e vejo as pessoas da minha bolha gritarem também. Mas o quanto isso se manifesta em ação efetiva? O que, além de falar e apontar o dedo conseguimos fazer? No meu trabalho tento orientar minhas ações por essa compaixão e por esse agir que vc fala. Mas me angustio porque acho que poderia/deveria fazer mais. Enfim, enquanto não encontro o caminho, vou fazendo perguntas e talvez elas me orientem. Acho também que tem um bocado de presunção achar que a mudança está apenas nas nossas mãos, que depende de um grande ato nosso, como se fôssemos salvadores. Ao mesmo tempo, lembrar sempre que não devemos nos esquivar das ações possíveis, mesmo que pequenas. Quais ações são essas? É o que me pergunto agora.
@@Alissongranja Fico pensando, será mesmo que a compaixão nos move? Porque assim, acredito que assim como eu, milhões de pessoas sentem compaixão pelos brasileiros mortos nessa pandemia, suas famílias e com todos para quem eles eram caros. E ainda assim, vejo que continuamos permissivos. Gostei muito da colocação de vocês. Estamos juntos.
@@luizazacarias4483 Vai depender de como entendemos compaixão. Eu entendo que ela é indissociável de um impulso movente, o que a diferenciaria da empatia. Compaixao seria empatia com impulso de ajudar. Se você vê alguem vê alguém se afogando e sente o impulso de ir lá e retirar a pessoa da água isso para mim seria compaixão. Mas talvez você não tem os meios hábeis para isso, não saiba nadar. Aquele sofrimento te move mas você se sente impotente. Acho que muitas vezes é isso que acontece com problemas mais complexos. Além daquele impulso estar concorrendo com trocentas outras 'distrações' e demandas da vida que muitas vezes abafam ou enfraquecem esse impulso. Faz sentido?
Emanuel, muito obrigado por todo conteúdo, realmente você salva vidas! acompanho o canal desde o surgimento do dose diária, 2019 acho, e puts... MUITO OBRIGADO! Pena que sou mais um recém formado desempregado, minha vontade era te dar toda a grana que você merece pelo conhecimento e ideias compartilhadas!
Acho que construir sentido após a ruptura é o maior desafio quando se atravessa(ou se é atravessado por) múltiplas crises vividas simultaneamente... Porque exige coragem e a reconstrução da identidade em novas bases. Muito interessante te ouvir falar desse esforço de possibilitar a continuidade da existência do outro por meio do processo terapêutico
Vivendo essa ruptura agora! Está sendo muito difícil em me encontrar novamente e perceber quem eu sou a partir do que aconteceu. Vamos de terapia, levarei esse tema para debater. Obrigada Manu!
Oie Manu, acho que seria legal falar sobre narcisismo e redes sociais. É um tema bem recente e acho que na quarentena isso ta pulsando bem forte, pois parece ser um dos únicos meios de um “feedback” do amor do outro.
Sobre seu vídeo de Fé e Esperança, não comentei no dia pra pensar sobre isso e hoje posso dizer q Fé ( pela MINHA vivência ) é algo que , de início, vem de alguma cultura dos pais aos filhos, fui criada por pais religiosos, depois, escolhi outra religião qdo adulta e sigo essa opção com estudos e práticas, portanto, Fé ( volto a dizer : Pra mim ! ) tem muito a ver com prática religiosa, pois, na religião aprendemos q a vida não é SÓ aqui , seria muita engenharia pra pouca longevidade kkkkkkk e essa consciência coloca a fé como ferramenta para enfrentar momentos muito difíceis, tipo a Fé te diz " acredita q isso vai passar e até lá vc vai achar soluções " ! Já por esperança entendo ( eu pra mim ok? ) desejar algo bom e futuro, o q está por vir...beijos pra todos desse canal maravilhoso !
Eu ACABEI de ler Hamlet pra um trabalho da faculdade. E acabei de entregar o trabalho também. Queria ter visto esse vídeo antes de entregar. Mas meu sentimento foi esse. De pq q essa gente maluca tá chamando o Hamlet de maluco?
Peraí: meu mundo caiu. Eu tenho Asperger e pode ser que eu não tenha notado isso a minha vida inteira (e cá vão 43 anos): Como assim, as pessoas podem só estar fazendo cena, mesmo quando estão falando sério? COMO ASSIM? Como assim, cinismo?!?
Sério mesmo? tanto conteúdo mastigadinho no seu ouvido e você vem fazer uma critica vazia dessas? ajude a construir! proponha soluções para o problema... vamos lá engenheira de som, força na peruca!
É tão ridículo tentar incluir politica nisso… É antiprofissional. Os brasileiros ficam brigando e enquanto uns defendem milicianos, outros defendem ladrôes. Um quadro demencial da sociedade.
Esse canal, este homem estão mudando a minha experiência neste mundo..
Essa sua fala do Martim me lembrou muito a minha infância, eu sempre perguntava sobre tudo que acontecia pros meus pais e vivi boa parte da minha infância durante o governo do pt. Lembro de estudar na escola sobre as grandes guerras, sobre a ditadura e como via tudo isso como algo do passado e via o presente como essa grande vitória da democracia. Lembro de pensar já bem novinha, mesmo sem entender muito bem, “ufa, ainda bem que nasci nessa época e não antigamente”. Nem imagino como seria crescer durante um Brasil pandêmico com bolsonaro no poder, deve ser extremamente difícil guiar uma criança nesse contexto tão sem sentido pra nós mesmos.
É engraçado porque ouvindo o vídeo de ontem pensei sobre o cinismo porque o meu melhor amigo está lendo um livro filosófico sobre o cinismo e enfim é um tema que está muito presente pra mim.
No entanto, o vídeo de ontem teve algo que tvz seja bem bobo, mas que eu até queria que vc desenvolvesse mais e na real acho que vc fala bastante e é uma virada importante de chave fundamental e meio tardia pra mim: entender o que estamos buscando nas interações. A gente se engana muitas vezes: acha que está buscando dinheiro mas na verdade está buscando reconhecimento. Acha que está buscando sexo, mas na verdade queria amor.
Esses enganos atrapalham as modulações e impedem de alguma maneira os encontros possíveis.
Fiquei pensando bastante nisso depois do vídeo de ontem
Sobre Ruptura, mundo corporativo traz isso de forma bem chocante, por ex, numa reunião, vc fala o certo a fazer e todos te olham como se vc fosse o "fora da casinha" ! Perfeito ( como sempre ) Manu !
Quando fala em hamlet eu já penso em rei leão (sorry, Manu... sacrilégio, né? Kkkk). Mas o que me veio aqui pra reflexão sobre máscaras é que, qdo o Simba faz a ruptura, ele foge pra selva e leva uma vida totalmente diferente da que ele levava antes. Hakuna Matata. Mas com o tempo algo dentro dele sentiu o desconforto dessa máscara. Essa vida era fake, era uma fuga. Aí o fantasma do Mufasa apareceu e falou “Simba, remember who you are”. E ele sentiu o ímpeto de voltar e assumir seu lugar.
Então eu acho que é saudável sim a gte romper de vez em quando, usar umas máscaras pra se adaptar. Mas se isso se perdurar por muito tempo, inevitavelmente vai trazer sofrimento, por ser um afastamento da nossa “essência”.
O rei leão de fato é uma versão do hamlet. Eu inclusive falava sobre isso na peça.
Esse vídeo me fez pensar quando o meu trabalho mudou pra home office de repente ano passado. Nas reuniões de equipe todos pareciam muito confortáveis com um futuro que seria intermediado por telas, enquanto eu só conseguia pensar o quão ruim era perder o contato com as pessoas. E me perguntava se alguém mais sentia isso e só fingia que não..
Tive uma situação que me produziu transtorno de estresse pós traumático e me identifiquei demais com o vídeo. Senti como uma ruptura mesmo, uma desorganização da mente. Em alguns momentos achei que ia ficar louco. Mas consegui lidar e a partir dessa desorganização, quando tudo ruiu, reconstruí meus pensamentos agora com novas perspetivas pra vida.
Eu fui falar pra minha mãe que eu tava infeliz e sofrendo e ela disse que era coisa da minha cabeça.. que eu estava "equivocada". Minha relação com minha família sempre foi meio.. seilá..., mas agora q eu to sendo menos "conveniente" (máscaras caindo, rupturas ficando aparentes) eles resolveram se juntar pra dizer q eu preciso de um psiquiatra.
[Seus vídeos têm sido uma "companhia" incrível, obrigada 🌻]
Acho que não dá pra ser o mesmo em todas as situações, mas a essência, os traços de caráter eles ficam nas entre linhas em todas as circunstâncias.
❤❤❤ Obrigada. Eu Estou neste momento a viver isso em termos familiar e é individual. Foi um alívio pensar que pode até ser saudável fazer esse movimento . Obrigada❤
A abertura me remeteu de imediato a Raulzito: "eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes, eu prefiro ser essa metamorfose ambulante..."
Passado esse primeiro momento de "bobisse" minha, fui atingida e atravessada por esse vídeo.
Tudo que vc trouxe, Manu, é cortante, preciso, pontual e extremamente necessário. Eu nem sabia que precisava pensar sobre essa temática da ruptura, e nem me dava conta de que é ela a causadora de tanto desespero, até vc trazê-la e eu me dar conta de que é isso. É o que tem incomodado, angustiado, me deixado perplexa. Parece que estamos no Reino do Absurdo, e o que antes era ruim e condenável agora é naturalmente aceito, apreciável, aplaudido.
Sinto essa ruptura com a realidade de forma brutal diante da pandemia e do governo Bolsonaro. E não consigo não modular e fingir que está tudo bem...
Sim, Raul também me veio de pronto à cabeça também. 😁
Tive essa experiência em 2016 no meu primeiro estágio, trabalhando em um grande banco de investimentos. Eu não entendia porque aquelas pessoas estavam atuando daquela forma naquele lugar, qual era o propósito de tudo aquilo, Eu queria muito ser eu mesma, mas não conseguia ter espaço para isso e fui adoecendo. Naquele momento não conseguia fazer uma distinção, entender que naquele lugar eu tinha que vestir uma máscara, sem perder minha essência. No final fui me perdendo por completo, minha vida inteira foi parando de fazer sentido, meus estudos, relacionamento, desenvolvi compulsão alimentar até que cheguei na beira do abismo. Busquei minha terapia e depois de um tempo voltei a enxergar o brilho da vida, mas vira e mexe ainda tenho essa dificuldade na área profissional.
Nossa! como sua experiência fez sentido pra mim. no fundo, há muito de nós por aí...
Alice, EU também tenho essa dificuldade de adaptação nos ambientes de trabalho. Eu não aceito usar uma máscara muito diversa do que sou, do que acredito. Principalmente em aparecer o "fodao". Sobretudo, que sou servidor público de mais de vinte salários mínimos e penso que não preciso contínua provando o meu valor, visto que já fui aprovado no concurso público. Eu simplesmente me recuso a vestir uma máscara de "fodao" e de arrogância. É froiid !!!!
Nossa Manu, que conteúdo precioso. De muita coragem e integridade. Obrigada!
11 minutos que me fizeram repensar muitas coisas e me enxergar melhor em outros pontos. Eu adoraria ser sua paciente. Obrigado, Manu!
11:11 isso com certeza tem um significado
O vídeo da máscaras foi libertador. Eu me cobrava, muito nessa gestão, tinha entendido de forma completamente negativa a máscara, tentava matar as máscaras, buscava a perfeição. Entendi que o problema não é a máscara, ela é necessária, a gestão a focar é o entendimento do outro na situação, entendimento da situação, si perceber, observar. Sei lá se estou entendendo torto novamente, mais só de trocar de tortice já é um muito muito obrigada.
1:22 Parei aqui e fui assistir essa peça no seu link. Interessante. Ruim o barulho constante de funga-funga. Curiosa a participação das pessoas portuguesas(?). Bem bem interessante, inda mais já te acompanhando há tantos anos.
Há um filme "recente" chamado Nordmann que recupera a lenda original, não a versão do bardo inglês. Eu não imaginava esse tanto de trívia que você comenta ao longo da peça.
Demais como vc repete as frases pra dar enfase do que esta explicando. Incrivel.
Sensacional esse vídeo, eu sinto a dor do Hamlet completamente. Em termos de política e em relação a pandemia, não há mais como modular. Falo o que penso, vou pra briga, passo por louca, eu não me importo mais. Onde ainda há uma certa modulação: trabalho, faculdade e escola do filho. Com amigos e parentes, muito pouco, não é a toa que fiquei com poucos do meu lado. A idade vai nos trazendo essa capacidade de "desmodular" mais facilmente, jogando pro mundo aquele famoso "foda-se". Ainda assim, me sinto enlouquecendo mesmo, mas pode ser que seja o que a sociedade quer que eu pense sobre mim. Meu refúgio da realidade pra tentar manter alguma sanidade são os livros, pq na "minha" realidade, quem enlouqueceu foi o mundo a minha volta.
Hamlet é um dos livros da minha vida, e Don Quixote ❤
Eu descobri o canal tem pouco tempo e todos os dia assisto um vídeo, virou parte da minha rotina. Conteúdo incrível!
Ainda nao assisti o video mas ja nesta primeira fala quero comentar! rsrs
Lembrei do Raul, que prefere ser uma metamorfose ambulante do que ter a velha opiniao formada sobre tudo.
Amo o conteudo que tenho aqui justamente pela liberdade que nos passa para pensar, repensar, discordar, concordar e tudo isso dnovo.
Vamos lá....
Ele deu a deixa em uma das primeiras frases no início do vídeo. Quase disse "agora eu quero dizer o oposto do que disse antes"
Talvez esse seja o segundo melhor video do canal
achei super coerente seu vídeo anterior que, ao meu ver, é complenentado por este importante vídeo de agora.
Grata por todo cuidado, todo empenho, toda a verdade, toda dedicação.😊
Aí, meu sonho fazer análise com você, Manu. Sinto que seria extremamente proveitoso. Eu me sinto exatamente assim como você disse sobre o Hamlet, porém na atual situação. O Brasil colapsando e a vida segue como se nada tivesse acontecendo? Produzir? Pensar em formas de crescer na vida? E por que aceitamos compassivamente o que os políticos fazem sem nos rebelar de alguma forma? Por que essa apatia e aceitação? Enfim, muitas questões que me deixam atônita.
Muito! A ruptura é urgente!! Mas como ela virá? Será que ela virá? Como sair desse comodismo e aceitação que só nos fazem ficar cada vez mais indignados e doentes, pq acabamos engolindo tudo, inclusive a indignação??
Acho que aceitamos passivamente, não compassivamente. A compaixão, no meu entender nos move. Acho que aceitamos passivamente pq é mais cômodo do que agir. E formas de ação não faltam, mas exigem esforço, tem um potencial de frustação e muitas vezes cobram um preço, como mostra as prisões arbitrárias de ativistas como o Thiago Ávila ou o Rodrigo Pilha.
@@Alissongranja Concordo demais, Alisson. Venho me perguntado muito sobre as possibilidades (e necessidade) de ação. Grito o tempo todo nas redes e vejo as pessoas da minha bolha gritarem também. Mas o quanto isso se manifesta em ação efetiva? O que, além de falar e apontar o dedo conseguimos fazer? No meu trabalho tento orientar minhas ações por essa compaixão e por esse agir que vc fala. Mas me angustio porque acho que poderia/deveria fazer mais. Enfim, enquanto não encontro o caminho, vou fazendo perguntas e talvez elas me orientem. Acho também que tem um bocado de presunção achar que a mudança está apenas nas nossas mãos, que depende de um grande ato nosso, como se fôssemos salvadores. Ao mesmo tempo, lembrar sempre que não devemos nos esquivar das ações possíveis, mesmo que pequenas. Quais ações são essas? É o que me pergunto agora.
@@Alissongranja Fico pensando, será mesmo que a compaixão nos move? Porque assim, acredito que assim como eu, milhões de pessoas sentem compaixão pelos brasileiros mortos nessa pandemia, suas famílias e com todos para quem eles eram caros. E ainda assim, vejo que continuamos permissivos. Gostei muito da colocação de vocês. Estamos juntos.
@@luizazacarias4483 Vai depender de como entendemos compaixão. Eu entendo que ela é indissociável de um impulso movente, o que a diferenciaria da empatia. Compaixao seria empatia com impulso de ajudar. Se você vê alguem vê alguém se afogando e sente o impulso de ir lá e retirar a pessoa da água isso para mim seria compaixão. Mas talvez você não tem os meios hábeis para isso, não saiba nadar. Aquele sofrimento te move mas você se sente impotente. Acho que muitas vezes é isso que acontece com problemas mais complexos. Além daquele impulso estar concorrendo com trocentas outras 'distrações' e demandas da vida que muitas vezes abafam ou enfraquecem esse impulso. Faz sentido?
Emanuel, muito obrigado por todo conteúdo, realmente você salva vidas! acompanho o canal desde o surgimento do dose diária, 2019 acho, e puts... MUITO OBRIGADO! Pena que sou mais um recém formado desempregado, minha vontade era te dar toda a grana que você merece pelo conhecimento e ideias compartilhadas!
Acho que construir sentido após a ruptura é o maior desafio quando se atravessa(ou se é atravessado por) múltiplas crises vividas simultaneamente... Porque exige coragem e a reconstrução da identidade em novas bases. Muito interessante te ouvir falar desse esforço de possibilitar a continuidade da existência do outro por meio do processo terapêutico
Vou assistir este vídeo 3 vezes em dias diferentes para que ele se fixe nas minhas entranhas.
Vivendo essa ruptura agora! Está sendo muito difícil em me encontrar novamente e perceber quem eu sou a partir do que aconteceu. Vamos de terapia, levarei esse tema para debater. Obrigada Manu!
Quebrou td no Hamlet! Rsrs Fiquei sem ar vendo as cenas de angústia. Parabéns Manu! Lindo trabalho!
Emanuel, vc é massa!!☀️☀️
Oie Manu, acho que seria legal falar sobre narcisismo e redes sociais. É um tema bem recente e acho que na quarentena isso ta pulsando bem forte, pois parece ser um dos únicos meios de um “feedback” do amor do outro.
Seus videos sao sensacionais. Me sinto muito acolhida por suas falas. Obrigada!
Eu apenas vi o filme ha muito tempo. Nao percebi esses afetos. Vou reve-lo.
Sobre seu vídeo de Fé e Esperança, não comentei no dia pra pensar sobre isso e hoje posso dizer q Fé ( pela MINHA vivência ) é algo que , de início, vem de alguma cultura dos pais aos filhos, fui criada por pais religiosos, depois, escolhi outra religião qdo adulta e sigo essa opção com estudos e práticas, portanto, Fé ( volto a dizer : Pra mim ! ) tem muito a ver com prática religiosa, pois, na religião aprendemos q a vida não é SÓ aqui , seria muita engenharia pra pouca longevidade kkkkkkk e essa consciência coloca a fé como ferramenta para enfrentar momentos muito difíceis, tipo a Fé te diz " acredita q isso vai passar e até lá vc vai achar soluções " ! Já por esperança entendo ( eu pra mim ok? ) desejar algo bom e futuro, o q está por vir...beijos pra todos desse canal maravilhoso !
Luciana, eu achei interessante a sua fé. Qual é a sua religião?
Queria ter visto esse vídeo quando ele saiu
martin vendo a cpi. que lindo
Muito bom, análise preciosa para tempos tão sombrios, que exigem muito de nós.
Que bom te ouvir aqui Manu !
Seus vídeos me ajudam muito. Obrigado
É isso!
Parabéns, excelente conteúdo
Gostei de usar a Literatura para falar das coisas!!!
q vídeo incrivel! qtas reflexões...
Vídeo maravilhoso!!!
Adorei esse!
Manu faz um vídeo com a Maria Homem ❤️
Perfeito....
Eu ACABEI de ler Hamlet pra um trabalho da faculdade. E acabei de entregar o trabalho também. Queria ter visto esse vídeo antes de entregar. Mas meu sentimento foi esse. De pq q essa gente maluca tá chamando o Hamlet de maluco?
Amei
Eu me lembrei da frase que está na moda: " e está tudo bem ".
💯💯💯💯💯
Por que ele quer que as pessoas morram!? Gente, e preciso registrar as falas das crianças para entender onde foi que a gente se perdeu..
Me vi no Martim! Mas p que? Nao consigo entender esse teatro!! Hahhahah tão mais fácil ser verdadeiro, ou melhor, tão mais difícil 😅
Eu tô igual o Martin!!! Eu não consigo acreditar em Bolsonaro tbm! Kkkkkkk
Peraí: meu mundo caiu. Eu tenho Asperger e pode ser que eu não tenha notado isso a minha vida inteira (e cá vão 43 anos): Como assim, as pessoas podem só estar fazendo cena, mesmo quando estão falando sério? COMO ASSIM? Como assim, cinismo?!?
A peca deve ser boa mas o audio esta ruim.
Sério mesmo? tanto conteúdo mastigadinho no seu ouvido e você vem fazer uma critica vazia dessas? ajude a construir! proponha soluções para o problema... vamos lá engenheira de som, força na peruca!
Eu prefiro serrr essa metamorfose ambulante....
É tão ridículo tentar incluir politica nisso… É antiprofissional. Os brasileiros ficam brigando e enquanto uns defendem milicianos, outros defendem ladrôes. Um quadro demencial da sociedade.
Perfeito