Gente. Sabe aquela regra máxima da internet: "Nunca leia os comentários"? Aqui eu vou te recomendar o inverso. LEIAM OS COMENTÁRIOS. Olha o tanto de gente aí embaixo, relatando as vidas mais diferentes possíveis, e todas dizendo que se identificam com o vídeo. Quando eu digo que vocês são a maioria, é a verdade que eu vejo aqui embaixo, em todas essas histórias. Espero que, aos poucos, vocês vão juntando essas e outras evidências de que não existe um jeito "certo" de ser gay. Como eu disse no vídeo: a percepção da homonormatividade é real, mas a homonormatividade, em si, é uma ilusão. Então, que a sua personalidade ou o seu eu interior sejam cada vez menos um obstáculo na sua luta pra ter a vida que você quer ter. Beijos!
Marcel, estou assistindo o vídeo agora, e gosto de ir comentando em tempo real. Sério, você vai falando e eu vou me identificando cada vez mais 😱 Sensacional 👏🏼👏🏼👏🏼
O triste é saber que os "nem nem " são a maioria e só pessoas como você consegue espaço, na boa... nada sobre nós ,sem nós ..abre o espaço e põe um cara que passa por isso é diz como é foda. tentar nos aclamar sem passar por isso é profundo como um pires... você não representa a maioria, você é o gay que a comunidade vende pra TV, no RUclips e outras plataformas e aliena a maior parte dos próprios gays a deitar e seguir... "a comunidade não tem nada de comunidade" acho que esse é bom tema... pq não nos diz como vocês, padroes"zinhos " veem de vdd essas pessoas, ao invés de tentar dizer que é normal se sentir assim....
@@Billken Oi Pedro! Já tive alguns convidados aqui no canal que não são padraozinho e foram conversas ótimas. Por exemplo, o Paulo, que é PCD, e o Luiz, que é trans. Você chegou a ver essas lives? Mas uma coisa relevante, e que acho que você não prestou atenção no vídeo, é que se sentir um “nem nem” não é exclusividade de quem não é padraozinho. Padrões também podem se sentir assim - foi o que eu falei sobre não ser “homonormativo” o suficiente. É sempre bom entender que a nossa régua de sofrimento não é a única. Um dos pontos principais do vídeo é exatamente esse.
Eu já me senti menos gay por não saber dançar bem e, levou tempo até aceitar que isso não me faz menos gay e aprender a dançar bem também não me faria mais gay. Excelente conteúdo e inclusive, excelente conceito para o termo "homonormatividade".
Eu tbm me senti assim por não saber dançar, por não assistir "Rupauls", por não ser tão afeminado... e os amigos gays chamando de bicha hetera, sem notar o desconforto e a confusão que causa. Esse vídeo foi incrível, muito obrigado!
Eu não venero nenhuma diva pop... Porém sou eclético escuto tudo, inclusive música pop, já me senti assim e é foda. O pior que eu me sinto incomodado na questão de ja ter sido chamado de Heteronormativo ou já definirirem minha posição sexual só pelo padrão que eu demonstro ter. Passei por muito preconceito por ser sempre chorão, meloso e sensível na infância e isso meio que "me força" a seguir um padrão. O ponto é quebrar isso é impossível, e totalmente desnecessário, eu sou gay tanto dançado ou não, falando grosso ou não, sensível ou não, minha personalidade não define minha sexualidade, o que define nossa personalidade são nossas vivências. Não queria escrever um textão, desculpe 😓
@@luanrodrigo1811 Entendo completamente, irmão! Concordo contigo. É algo que temos que conviver, né e com o tempo, devagarinho vamos desconstruindo algumas coisas e sofrendo menos com quaisquer situações desse tipo.
Eu sou nem nem , eu tenho a sensação de que sou encubado ou estou dentro do armário ,moro sozinho,não tenho namorado, nem amigo unha e carne só ando sozinho,passo final de semana sem falar com ninguém ,fico achando que todo mundo vê isso em mim.
Não sou gay. Sempre vivi no mundo gay minha vida toda. Praticamente todos meus melhores amigos são gays / Lésbicas. Eu adoro o universo gay e isso já me fez ser muito questionado durante a vida. “ pq vc gosta disso se não é gay” “ pq vc fala a linguagem dos gays e não é gay” “ pq vc frequenta lugares gays” etc….. Uma vida assim. Eu tenho zero interesse por homens, e sempre tive minha vida heterosexual. Mas também não me identifico nada com caras do mundo hétero top, tenho aversão a esse tipo de homens e seus comportamentos. Tenho um filho de 17 anos que hoje se diz não binário e vejo o quanto essa geração nova esta muito mais aberta a outros comportamentos. Eu gosto muito do seu canal e acho de muita importância tudo que você esclarece aqui. Muito obrigado
Ser gay não significa necessariamente ser homossexual! E vice e versa. EU sou homossexual e não sou gay. Dai vc se pergunta como assim? Bom primeiro temos que levar em conta que o termo ''gay'' é muito recente e foi apropriado de uma expressão popular e chula que significa ''muito feliz/alegre'', Já em meados do séc passado nasceu formalmente o grupo social gay, onde hj já é classificado por uma sigla imensa de letras. E nisso os arquétipos e culturalismos desse grupo irão romper as barreiras da sexualidade e afetar todos que tenham afinidade com ele, independente de gênero, sexualidade e identidade ampla. Também é errado achar que existe algo ''hetero'' no mundo senão coisas que estão restritamente ligadas a dimensão sexual, afetiva e pessoal de pessoas que se atraem, constroem sentimentos, desejos e afins pelo mesmo sexo! Então meu amigo ainda a muito trabalhado a ser feito enquanto consciência no meio das sexualidades do ser humano. até concordo com vc em relação a liberdade que cresceu muito nos dias atuais mais como estudante e observador da área lamento te dizer que a ideologia e a ignorância em relação a esses aspectos, se duvidar até piorou ;( infelizmente.
Que vídeo importante! O sentimento de pertencimento faz bem ao ser humano e causa depressão em quem não o encontra em algum lugar. Se vc está sozinho mas esta bem, tudo ótimo. Mas se esta sozinho e quer mudar isso, ter mais amigos, parceiros etc, comece a procurar, grupos, esportes, religião, festas, jogos, caminhadas no parque/rua, qq lugar pode ser um bom lugar p começar a conhecer alguem novo. Inclusive aqui nos comentários kkk.
Sei que o vídeo é antigo mas ainda é muito atual, sempre me senti deslocado pois não me encaixava no mundo hetero, mas só fui me entender por gay aos meus 20 anos, eu sou uma pessoa gorda e tenho interesses em coisas que não são muito consumidas por pessoas heteronormativas e homonormativas e sempre me senti sozinho assim, muito bom ver que eu não to sozinho e que varias pessoas se sentem como eu, estou aberto para amizades!
Não sou gay, sou bissexual, mas sinto basicamente isso. Eu me visto de modo heteronormativo pois é assim que me sinto bem. Gosto de rock, animes, quadrinhos e até curto música pop. Porém não sou uma pessoa que segue o mundo das cantoras ou tenho uma "diva" como modelo. Gosto de futebol, mas pelo fato de gostar de homens sou visto pelos heteros como gay mas para os gays eu já sou visto como enrustido e que tô me reprimindo por não ser do modo a qual meus amigos gays são. Eu não sei coreografias e apenas tento dançar quando estou com elas mais pra me inturmar. Mas de vdd não sinto razão pra isso, mas basicamente tem esse lance se você gosta de homens tem que saber todas as coreografias da sua diva na ponta da língua, ver as kardashians, se vestir de modo mais feminino e ser praticamente um dançarino profissional. Acho um porre isso, e respeito quem seja desse jeito. Só o que me fode é querer criar normas sobe o que é ou não ser um cara que se atrai por homens. Mas excelente vídeo ♥️
Na época em que eu ainda estava me descobrindo, levantei a hipótese de tbm ser bi e nossa, mta gente realmente fazia parecer o mesmo que ti falou, q eu era enrustido, etc etc e etc.. no fim me descobri gay, mas eita descoberta conturbada viu, uma coisa q acho q deveria ser natural, mas que na época foi só mais um fator de estresse. Tem gente que parece que não acredita na possibilidade da bissexualidade, meio complicado isso :/ Com exceção a isso, acho que a maioria dos aspectos q ti falou me identifico também, principalmente na questão de mídias e gêneros músicas
Este texto poderia ter sido escrito por mim. Por razões quase idênticas, só me restam hoje três amigos gays e dezenas de amigos heteros. Sinta-se abraçado.
Eu me considero um Gay Nem Nem. Estava conversando com a psicóloga sobre isso, eu perguntei pra ela se essa solitude que eu tenho é por não me encaixar em algum padrão, e ela sabiamente disse, "mas qual é o padrão? Você quer se encaixar em alguma padrão? Porque simplesmente ser apenas o seu padrão, o que você considera válido, o que te cai bem, ao invés de buscar mil formas de se encaixar em padrões que não tem cabem? Isso por si só já me trouxe a clareza que eu precisava, e agora com esse vídeo, apenas reforça pra mim que eu não devo tentar me encaixar, apenas ser eu mesmo, apenas ser único.! PS: Amo seus vídeos, já levei alguns deles para terapia rs, e a psicóloga também amou as reflexões que eles geram além de ótimos papos, parabéns pelo canal, muito necessário.! ♥
Tenho 28, sou gay e já fui mais "afeminado" quando era criança, mas a cada ano que passava, fui "entendendo" o que queriam de mim e perdendo quase toda a minha naturalidade. Até que eu senti exatamente essa sensação de ser um nem nem, que foi muito bem colocado aqui no vídeo. Apesar de ser predominantemente passivo, eu acabo contrariando a "homonormatividade", porque eu não danço, quase não vou a festas, não curto caçar boy, não posto fotos sexy ou ousadas (mas tenho), não sou sarado (tô indo mudar isso!!), e todas as vezes que me declarei fui rejeitado, até mesmo quando eu achava que gostava de mulheres, elas também me rejeitavam. Pra variar, curto mais um metal, um Black metal do que pop, por exemplo, mas eu amo pop perto de sertanejo. Acabo ficando num limbo. Faz todo sentido que minha vida toda eu tive poucos amigos, e eles não são apenas gays, ou apenas mulheres. Essa coisa de não ter uma referência é barra... influenciou até minhas decisões profissionais por muito tempo.
Eu sou bissexual e nunca fui afeminado, nem quando criança e sempre fui de amizade fácil com os garotos e com as garotas. Quando eu me assumi bi isso era em meados dos anos 90, com 16 anos, e não sei quantos anos vc tem mas não ser hetero naquela época era um tanto barra, e ninguém nem sabia o que era hetero, se vc perguntasse se a pessoa era hetero iam brigar achando q vc tá perguntando se ele era algum tipo de gay Teve alguns sim que se afastaram de mim quando eu disse que gostava mulher mas também de homem, mas continuei mto mais no meio hetero que no meio LGBT. Eu tinha inimigos, os valentões boy e as que ficavam babando ovo deles, e tentaram usar isso pra tentar me constranger ou intimidar mas eu estava um passo a frente na provocação e no deboche sempre estive pronto pra entrar pra dentro na porrada. De uns tempos pra cá eu cheguei a ouvir do movimento que não era bissexual, que eu não contava, talvez pq casei e tive filhos
@@Diego.LOGd.Cavicchioli @Diego Cavicchioli Entendi, é verdade. Penso que as pessoas invisibilizam os bissexuais pq uma parte dos seus relacionamentos está "de acordo com a sociedade" e acaba passando "camuflado". Quando o homem bissexual se relaciona com uma mulher, ele recebe aprovação da sociedade, mas quando ele escolhe ficar ao lado de um homem, só amando mesmo pra suportar o mal olhado homofóbico que vem. As vezes esse é o maior esconderijo / labirinto de muitos bissexuais. Achar que deve incentivar seus impulsos heteroafetivos como se seus desejos homoafetivos fossem o Diabo, ou um pecado, uma tendência espiritual ou desvio doentio que devesse ser afastado e transmutado. Até pq, se ele pode camuflar esse "lado sombrio", pq não mostrar só o lado que a familia gosta? Agora imagina um gay que nunca nem conseguiu fingir que gostava de meninas? Dentro da bandeira lgbtqiap+, de fato, os bissexuais são uns dos únicos cujas relações por vezes estão de acordo com a norma. O gay é a lésbica não tem sequer um único relacionamento que não seja amaldiçoado pelo preconceito da sociedade. Não temos repouso. Por isso entendo que alguns lgbtqiap+ acabem sendo bifóbicos e que façam coro pra dizer quem faz ou não parte da bandeira, mas não dou razão. O fato é que você faz parte dessa bandeira. Seus filhos são filhos de um homem lgbtqiap+ e isso ninguém nunca poderá mudar. Você é um pai que deve estar fazendo o seu melhor com tudo o que tem ao seu alcance. Ah, e eu tenho 28 anos :) vc deve ter 49 anos, mais ou menos né? Imagino o peso do que vc já teve que escutar ou o que já sentiu.
@@paulooberdan9989 Eu tenho 44, faço 45 mês que vem, nasci em 1978. Os anos 80 foi muito marcado pela AIDS, era chamada de praga gay, foi um tempo q LGBT apanhava na rua muito mais que hoje e era normalizado fazer isso, especialmente com travestis que se morresse o povo dava de ombros. Anos 90 tinha muito bullying pesado, minha defesa era provocar os valentões e bater de frente, os excluídos gostavam de mim por isso. Eu fazia bullying com quem fazia bullying, e brigava Agora o que me deixou constrangido e chateado foi quando fui num jantar de família de uma namorada, o pai tinha bebido e falou que a filha dele era uma decepção, que o namorado dela gostava de pinto, na minha cara. Aliás tudo era dito na cara mesmo. Fora isso sempre tive casca e tinha meios de me defender, que muitos não tem. Mas ser do jeito que eu sou, é uma ofensa para o movimento LBGT, pq além de bissexual sou "muito hetero" no meu jeito de ser, pelos motivos que vc citou
@@Diego.LOGd.Cavicchioli Eu tenho minhas insatisfações com o movimento, e entendo que também seja desconfortável pra você, mesmo que por motivos diferentes dos meus. Eu acho que pouco importa o que eles dizem, hoje em dia ninguém precisa andar de crachá ou falar um dialeto queer pra entender que se devem respeito e acolhimento mútuos. Se todos os lgbtqiap+ se comportassem de um jeito padronizado, é bem capaz que os heteronormativos fossem a minoria. Somos múltiplos demais e sim, vai ter gay que não vai acompanhar a envergadura da sua vivência. No movimento lgbtqiap+ que eu aprendi, entendi que devo respeitar todos e todas, que se alguém fala da sua própria dor, eu ouço e acolho como posso. As pessoas que não fazem isso dentro do movimento, pra mim, são a falha do nosso sistema, que deveria ser 100% focado em acolher e abraçar. Pô, td mundo já taca pedra no movimento, até a gente vai entrar na guerra? Mas o que eu quero mesmo dizer é que o movimento lgbtqiap+ faz parte da sua vida não como uma instituição que te aceita ou rejeita; faz parte da sua vida como uma possibilidade de organização coletiva em respeito da "divergencia" social que voce carrega, e o objetivo desse movimento é te fazer sentir mais seguro ou respeitado do que você se sente entre heteros, assim como reunir e fornecer muitas informações específicas do meio.
Me acho no meio mesmo dessa escala: Estranho para meus pares por não gostar de baladas, coreografias, roupas que muitos usam ou estilos de cabelo q geralmente a letra G da comunidade usa. Me sinto deslocado e até brinco que sou meio que "fora do meio" por causa disso. Engraçado que muitos falam e problematizam padrões, sendo que se vc não segue os itens citados acima vc não é bem visto por muitos. Enfim, ansioso pelo vídeo.
Eu acho esse termo "fora do meio" bem problemático pq alguns gays simplesmente não se identificam muito com os epítomes que empurram como sendo da "comunidade gay", aí fica parecendo que eles estão rejeitando o símbolos que atribuem aos homens gays. E eu falo isso me considerando mais dentro do meio do que fora.
@@luizfelipemarques_1 Engraçado q meu ex ficou surpreso quando eu disse q n conhecia as músicas nem ouvia as drags do momento: Pablo, Glória e outroas. N faz parte do meu gosto e já me olharam torto por causa disso.
Muito bom esse vídeo. Sai do armário com 30 anos, já fora do padrão da beleza gay e idade gay. Estou tranquilo mas não encontro lugar, não gosto das baladas, dos flertes e de alguns estilos. Adoro ser careca, adoro ser um homem gay. Ultimamente sai das redes sociais e vivo minha vida com meu trabalho, arte, plantas e meus Pet’s. Não fumo, não uso drogas e gosto de coisas comuns. Eu milito no tocante as causas que necessitam de apoio. Desde que entendi minha natureza sexual sou assumido, mesmo quando tive cargos no corporativismo. No meu ponto de vista ser homossexual é ser gente e gente não precisa ter padrão.
@@kadu9500 o que eu acho chato é justamente a problematização disso: "Cómo assim, você não gosta de 'Apablo', nem da Glória, nem de Anitta?" Eu também não gosto, e isso é um direito meu e seu, que precisa simplesmente ser respeitado. Pronto!!!
@@luizfelipemarques_1, qual comunidade gay ? A que exclui, que separa ? Faça-me o favor. Eu desde cedo percebi o quão nociva era essa tal comunidade gay e fiz logo questão de me manter bem longe dela. Um nicho de trivialidades e falsidades. Também me considero fora do meio e confesso que acho a bandeira colorida ridícula. Só porque gosto de Jazz e Rock sou obrigado a ver nego olhando torto pra mim ? Só porque não escuto esse lixo colorido que chamam de música POP ? E olha que conheço bem gêneros musicais, e essa gente nem POP de verdade conhece, conhecem apenas gente pós-moderna que paga de cantor e artista.
Quando eu tô com a maioria dos homens heteros eu me sinto deslocado por não saber pn de futebol ou esportes, ou por não entender gírias estranhas como "fulano é pka", ou por achar estranho a necessidade de falar de mulheres o tempo todo. Quando eu tô com a maioria de outros homens gays eu me sinto deslocado por não ligar tanto pra divas pop e musica pop a ponto de saber sempre as novidades do momento, por não conhecer tantas baladas gays da minha cidade, por não saber dançar (ou pelo menos não ter tanta coragem de dançar em público como você já me mostrou no vídeo sobre gays dançarem) por não saber tantas gírias de pajubá, e por gostar de usar cores neutras e escuras nas roupas e não ligar pra tantos digitais influencers ou famosos de internet da cidade. Daí pros gays eu sou o heteronormativo ou o cara estranho e travado porque não gosto de chamar atenção, já cheguei a pegar block de um rapaz no app por chamar ele de "cara" e "mano" simplesmente porquê pra ele eu tava incomodando pelo meu jeito de falar. É igualmente zoado quando um hetero chega e fala "mas você não parece gay, tem certeza que é gay?". Como se pra eu ter CERTEZA de que eu sou gay eu tivesse que entender de moda, gostar de pop, ter diva internacional, frequentar uma porrada de balada gay, e falar e agir de uma X maneira. É como se eu não pudesse dizer que eu sou o que eu sou, sem ser questionado se realmente sou, simplesmente porquê não pareço com a definição que a maioria das pessoas tem do que é um gay, inclusive os gays. Eu sou gay porque sinto atração sexual e emocional somente por homens, mas eu também posso falar "cara" e "mano" ou da forma como eu quiser e estiver acostumado, também posso ouvir rock, pop, kpop, ou qualquer gênero músical que me der vontade, eu também posso ser fã de anime, videogames e de filmes da Marvel, não sou obrigado a conhecer todo bar e digital influencer gay numa cidade com mais de 2 milhões de habitantes, nem a dançar tão bem quanto os dançarinos da Mariah, se eu quiser ir pros cantos usando roupa escura porque eu gosto isso não quer dizer que eu seja infeliz e sombrio, é só a p*r** do MEU gosto pessoal, ninguém é obrigado a ser contr c e contr v de ninguém!
Somos dois! Me sinto muito mais a vontade com uma camiseta de banda de metal em um rock bar do que em uma baladinha gay usando camiseta de cores fluorescentes.
O problema é que o povo globaliza as pessoas,temos que respeitar os indivíduos e suas individualidades...Todos somos diferentes,mas muitos tem gostos iguais,porém com atitudes singilares
Um grande vídeo! Sou bissexual e a vida toda fui muito mais aceito pelo meio hétero. Era do interior do Brasil, ouvia sertanejo, meu estilo era agroboy sempre fui fanático por futebol. Acredito que isto está ligado mais ligado a “heteronormatividade”. Quando me assumi, tudo piorou. Me senti muito rejeitado pela comunidade LGBT por vários motivos, não só pelos meus gostos musicais ou costumes culturais, mas também muita coisa relacionada ao sexo ou a comunidade não acreditar em bissexualidade. A vida toda no Brasil só consegui ter relacionamento com mulheres por tão complicadas serem as minhas relações com a comunidade gay e então ficava difícil encontrar algum homem que se “encaixava” no perfil. Tive que vir embora do país, hoje tenho relacionamento com um homem estrangeiro, amigos héteros e gays. Vivo na Inglaterra. Sou eu mesmo, nunca fui julgado ou sofri preconceitos! Sou feliz e digo que o Brasil tem muita coisa a evoluir para os diferentes tipos de indivíduos os quais nele habitam!
Sim cara tbm aconteceu isso comigo... As vezes só por soltar "que massa mn" ou "top", eu era reprimido por falar muito hetero, e mesmo tendo um gosto musical diferente dos héteros eu acabei me sentindo mais acolhido por eles do que a comunidade. E na moral, tentei várias vezes me enturmar com a comunidade mas não me sentia bem vindo ou os gays queriam me pegar por causa do meu jeito, é fod@ cara. Hoje nem ligo, fico chateado, mas não me afeta mais, eu acabei me enturmando com os heteros e deixei a comunidade de lado.
Comigo também, mesma situação. Mas nunca fiz questão de me inserir na comunidade LGBT. Sempre me relacionei melhor com os heteros e bi mesmo. Falar bem a verdade, acho a comunidade bem tóxica, tanto quanto a de héteros.
Eu passo por isso por ser heteronormativo, meus amigos homonormativos não me aceitam por perto, pois eu queimo o filme deles com os boys, ouço coisas do tipo: "desmunheca bicha, vão pensar que somos namorados". O último que tentei proximidade vivia me cobrando trejeitos e mexia com héteros descaradamente, isso começou me incomodar, pois todos sabemos que mexer com héteros na frente dos outros não da em nada, só risco de levar uma surra. Depois de uns tempos ele se interessou no boy que eu fico e também cobrava homonormatividade do cara que é bissexual, como ele não conseguiu se afastou de nós dois.
Eu tenho experiência internacional tmb porque sou filho de mãe brasileira e pai italiano, e minha mãe é professora de espanhol e português e tradutora, então cresci conhecendo muito Latinoamérica e o mediterrâneo europeu. Eu nasci em 1978, tenho 44 anos hoje e sou bissexual também e minha vida não foi um inferno porque não sou afeminado e porque fui muito porra louca. Meu círculo de convivência sempre foi heteressexual, independente do país, na infância nos anos 80 eu era assexuado, só queria brincar com outras crianças e era de fácil amizade. Em Latinoamérica se brinca mais de futebol na rua, correria, rolar na lama, se molhar em poças d'água. Na Europa mediterrânea estávamos a fazer outros tipos de brincadeira como gioco delle mele que era pegar maçã com a boca na água, sem usar as mãos, tombola e jogos de tabuleiro. As músicas eram de crianças e via muito desenho (He-Man, Caverna do Dragão, Thundercats, Cavalo de Fogo). Mas lá pelo final dos anos 80 eu ouvi falar sobre "peste gay" (AIDS), tinha uns 10 anos, e a forma que homossexuais eram vistos e tratados era sinistro. Foi um período muito marcado pela AIDS, eu só tive entendimento para saber isso no final da década e já sendo uma criança mais velha, e ao mesmo tempo comecei a reparar nas garotas, e nos garotos, mas não tinha a noção que isso era minha sexualidade. E as décadas coincidiram com as fases da minha vida, entrei em 1990 com 11 anos e sai de 1999 com 21, ou seja, toda a minha adolescência foi nessa época. A melhor década da minha vida, a moda das roupas largas sem nenhuma noção de moda, continuei jogando bola, fazia artes marciais, continuei assistindo desenho (alguns que decobri anos mais tarde serem animes), era rockeiro mas gostava de banda Eva, tive uma banda de grunge e rock alternativo que era vocalista e guitarrista, andava de skate. Meus pais são mais mente aberta, assumi minha bissexualidade aos 16, com meus pais não tive problema mas eu já era um adolescente transgressor, rebelde e promíscuo e meus parentes no Brasil e na Itália viam isso como safadeza, e realmente não faltava safadeza. Assumi em uma escola brasileira, subi na mesa e disse: "quero dizer uma coisa, gosto de buceta mas também gosto de piroca, e reparo os rapazes no vestiário, se acharem ruim me coloquem pra tomar banho no vestiário feminino, vou adorar". Primeiro beijo hetero aos 12, primeiro sexo hetero aos 13, primeira namorada aos 14, primeiro beijo homo aos 16, primeiro sexo homo aos 17. Quando fiz 18 passei a frequentar cabarés hetero, experimentei maconha mas não dei continuidade ao uso. Nunca fui fiel. Nos anos 2000 fui jovem adulto, fiz faculdade de biologia e história ao mesmo tempo, e depois de cinema. Foi a fase que consegui minha independência financeira, comprei minha primeira casa própria aos 25, e também minha década mais aventureira, fiz mochilão por Latinoamética, conheci a Ásia e as savanas africanas e tive meu primeiro e único namorado, e outras namoradas. Tive muito contato com indígenas brasileiros, fiz 3 tatuagens, vivi a cultura Millenial dos anos 2000, adicionei Linkin Park, SOAD, Evanescence, o emo, Tomate, Avril Lavigne e RBD ao meu gosto musical, virei fã de Harry Potter e Senhor dos anéis, me tornei otaku e jogador de Magic e Yugioh. Foi a primeira vez que frequentei saunas gay, saunas mistas, além de cabarés hetero, e fui pai pela primeira vez aos 27, e resolvi me casar, e hoje sou casado com minha esposa e pai de 2 filhas e 1 filho. Eu nunca fui a uma parada gay, nunca me senti parte do movimento LGBT (ou GLS como conheci). Sei da importância do movimento na luta contra o preconceito e por direitos, mas eu nunca fui visto por eles como parte da comunidade e nem cresci tendo contato. Amo futebol também, gosto de UFC, de rock, aliás o pouco contato q tive eu fui até xingado kkkk justamente de "heteronormativo" mas isso foi nos últimos anos, antes já tinha ouvido que era "infiltrado", "indeciso", "putão", "é só uma fase". E um pouco da minha experiência internacional: o lugar onde é mais tranquilo para ser LGBT é a Espanha, já na Venezuela foi onde senti que tinha mais preconceito.
Até uns anos atrás eu me sentia diferente. Hoje eu entendo e aceito que sou único. Gosto de Rock, do mesmo jeito que gosto de Madonna e Pablo Vittar. Gosto de carros e motos, do mesmo jeito que gosto de moda. Foram 23 anos pra construir quem eu sou e ainda há muito o que construir e desconstruir. Depois que me desliguei dos estereótipos, comecei a viver melhor, a descobrir o que é ser eu.
O tweet a que me referi durante o chat ao vivo: "Não sou engraçado nem tenho boas sacadas pra escrever no Twitter. Não sou biscoiteiro nem bonito pra postar foto no Instagram. Não finjo uma vida perfeita nem viajo o bastante pra fazer inveja no Facebook. E é isso. Minha vida virtual sequer serve de fuga pra vida real. 😂" Achar o lugar no mundo já é difícil. Na internet? Às vezes é impossível mesmo.
Poste o que vc gosta, nao preciss se encaixar nesses 3 padroes para ser feliz ou achar semelhantes. Demora mas o povo que tem algo em comum conosco, sempre aparece.
Me sinto da mesma maneira! Acho que a cultura de registrar todas as coisas por posts e fotos, nunca me conquistou. Me sinto muito deslocado, para postar sobre minha vida e nunca acho que existe algo substancialmente legal para compartilhar. É curioso, porque namoro com alguém que é bem diferente de mim nesse aspecto, além de trabalhar em uma startup que cobra uma atitude mais ativa nas redes sociais. Por isso, sinto uma pressão para compartilhar coisas online e aparecer nas redes. Gostaria de te dizer que já resolvi essas questões, mas não consegui. Então só queria dizer que compartilho do sentimento, você não está sozinho 😅
Eu posto coisas q nada dizem sobre minha personalidade no insta, apenas gostos pessoais, q em sua maioria, ninguém se interessa. Mas, sempre é o preço por sermos diferentes de uma maioria mesmo.
Atualmente estou mais desencanado com isso. Transito bem em vários ambientes, porém o esnobismo das "Manas" existe e muito forte. Encontrar sua turminha não é fácil, nem depois dos 30. Hoje tenho uma postura mais "fechativa" por questões politicas e identitárias, no entanto, paga-se um preço por isso. Ser singular não é fácil!
Quase todo gay deve ter passado por essa fase de querer entrar nos moldes "homonormativos". Mas hj eu gosto de ser quem eu sou, nem lá, nem cá, nem isso, nem aquilo. Apenas único. Ah, e eu adorei assistir o Q-Force!
Será que realmente existe uma comunidade gay? Talvez o fato de gostar de pessoas do mesmo sexo não seja suficiente para criar um vínculo comunitário. Nesse e em outros vídeos foi abordada a multiplicidade de visões de mundo, interesses, valores, comportamentos etc que gays apresentam. Para exemplificar, sinto o fato de ser gay como o de ser ateu: algo que não cria laços de forma alguma. Comunidade parece exigir um entrosamento maior, uma partilha mais significativa de valores e objetivos, na minha opinião. Quando eu ouço que alguém não eh aceito no vale por ter determinado posicionamento, eu traduzo como "eu não quero você na minha comunidade (patota), em que todos opinam assim e se comportam assado". Talvez "comunidade gay" seja mais adequado para os guetos de resistência em ambientes extremamente opressores. Aí haveria um elo muito claro: a ajuda mútua e a luta por direitos. Enfim, talvez isso tudo venha da necessidade de aceitação, de pertencimento, como foi abordado no vídeo; mas inserir-se em uma comunidade pode não ser realmente importante. Já se inserir na sociedade é! Para todos! Muitos "talvez" hahaha. Parabéns pelo vídeo!
Eu entendo sua dúvida e acho extremamente pertinente. Porque o conceito de "comunidade" é realmente amplo. Tem o lado sociológico da coisa, mas tem esse lado de "empatia / carinho / socialização" também. (Quase um lado "psicológico", talvez.) Eu acredito que pode haver (e há) uma comunidade mesmo que você não crie laços com ela. O exemplo que eu sempre dou é morar num prédio: você pode nunca ter ido na reunião de condomínio; você pode ODIAR seus vizinhos; e mesmo assim, vocês todos fazem parte da mesma comunidade, porque vocês moram num mesmo lugar, e as decisões de um impactam na vida do outro. Você ignorar as pessoas não torna essa comunidade menos real. Mas concordo contigo que não é, de fato, necessário se "inserir" na comunidade (gay) - ou seja, ativamente criar laços com as pessoase. Se você não sente falta, tá tudo ótimo, não tem nenhum problema. Eu fiz o vídeo mais porque o desabafo dos seguidores aqui no canal é que eles de fato querem (ou gostariam) de fazer parte, mas não se encaixam. Abraços!
@@marcelnadale, falar o porquê de não se encaixarem você não fala não é mesmo ? E você sabe muito bem quais são os principais motivos. 1 - Status 2 - Aparência física 3 - Dinheiro. O resto é conversa pra boi dormir e encher o saco.
@@thiagofelix2465 nao acho que seja por isso que nao se encaixam não, acho que é mais um padrão comportamental! Onde um determinado tipo de comportamento é dito como certo ou errado! Status, aparência fisica e dinheiro nao te fazem sentir mais pertencido ou não por um determinado grupo, visto que tem um monte de gente com tudo isso ai que se sente muito mais pertencente a outras realidades.
@@jaffargameplays9740, você acha mesmo que quem faz parte dessas bolhas estão lá por causa de puro e simples pertencimento ? Quem promove e dá o passe de pertencimento são pelo menos 1 desses 3 fatores. Pode negar o quanto quiser, mas é a realidade. Quando aos que você diz que possuem os 3 fatores, mas transitam em outras redes de pessoas, até existem, são poucos, mas existem, porém você esqueceu de mencionar um fato determinante nesse caso específico. Se essas pessoas possuem esses 3 fatores, elas serão aceitar e pertencentes a qualquer nicho que elas se dispuserem a fazer parte. Você pode negar isso também, mas não muda.O fato é que estamos vivendo um tempo maldito de mercadorização de tudo e todos. Que Deus nos ajude, pois as relações sociais saudáveis estão indo para o ralo.
@@thiagofelix2465 nao tô negando so acho que vai além dessas 3 únicas coisas, vai muito além disso, principalmente pela pluralidade de pessoas, mas justamente por nao se aceitar que alguem é diferente de voce que essas bolhas sao criadas... Poderia citar um milhao de exemplos mas nao acho que va adiantar pq vc parece estar com suas ideias ja bem formadas!! Abraços!!
Sempre me senti meio deslocado desde criança, na escola, eu não era aceito nem pelos meninos por não ser "masculino" o suficiente e nem " feminino" para ser aceito de forma mais integral pelas meninas. Elas meio que me toleravam... mas não se sentiam a vontade comigo, lembro que tinha um menino na minha turma que era bem mais afeminado que era bem quisto por elas. Isso me fazia sentir estar no meio termo dos dois, mas não de forma positiva rsrsrs
E o garoto mais afeminado sofria mais na escola nas mãos dos outros meninos e você dava graças a deus por ele estar lá e assim vc poder passar despercebido, né hahaha
Vídeo perfeito. Muito a minha vivencia, não sou afeminado o suficiente e nem masculino o suficiente para as gays, é foda! Por isso demorei tanto pra ter um namorado, e nem sei se vou conseguir outro namorado, já que terminei recentemente. Porque já foi tão dificil, e a comunidade gay anda exigente DEMAIS.
Me sinto assim a vida toda, sou muito mais heteronormativo mas na realidade nunca me senti pertencente em nada, e como vc disse no vídeo, toda essa confusão tá muito ligado com a autoestima arrebentada, e todo o trabalho deve se começar por dentro, é muito desgastante buscar essa aprovação externa é como se fosse uma luta incessante
Esse vídeo me representa, Marcel! Parece que vc falou da minha vida… Me senti muito sozinho por longos anos… e saiba que tbm não fui “acolhido” pela comunidade (a maioria dos meus amigos e amigas é HT) tenho poucos amigos gays… mas agradeço por sua ajuda e saiba que vc encontrou um ponto importante para muitas pessoas! Um abraço!!!
Querido Marcel e galera que segue o canal Gay Nerd, O sentimento de inadequação sempre me acompanhou. O sentimento de não-pertencimento é uma constante na minha vida! Na minha infância/adolescência eu não me considerava descolado para participar do grupo dos populares, além disso era profundamente tímido (e ainda sou) e nada esportivo (a verdadeira negação em todos os esportes coletivos). Comecei a assumir para mim que era gay - um processo doloroso e cansativo - e isso intensificou o sentimento de exclusão. Muitos anos dentro do armário e vivendo uma angústia indescritível. Quando criei as forças necessárias para me assumir para minha família e para amigos próximos, acreditei que tudo seria diferente... Acreditei que estaria rodeado de amigos, de acolhimento. Triste ilusão! O sentimento de inadequação continuou me perseguindo, uma vez que parecia que não "cabia" dentro da comunidade gay. Comecei a me "forçar" a consumir alguns conteúdos para me sentir mais participativo e incluído. Mas me parecia tão sem sentido e nada natural para mim. Não me sentia bem frequentando baladas e festas. Nesses lugares o sentimento de "peixe fora d'água" se tornava sufocante. Esse vídeo conseguiu traduzir com maestria todos esse conjunto de sentimentos que me habitam. Obrigado por trazer essa reflexão! Obrigado por colocar luz sobre esses pontos e por aproximar pessoas que vivem essas mesmas questões. Grande abraço!
Daniel,tomara que você esteja vivendo melhor hoje,Eu vivi algo parecido com seu relato e acho que sei um pouco como foi isso pra você. Enfim,abraço e tudo de bom pra você.
Marcel, que tema genial!!! Nunca pensei que existissem os NEM NEM!! E eu sou um deles desde minha infância quando aprendi a fingir para ser ACEITO!! Afinal, somos bombardeados por situações que exigem saídas estratégicas para não sermos massacrados por nossos vizinhos, pelos nossos amigos héteros e principalmente no trabalho!! É uma coexistência difícil, e o nosso cérebro às vezes entra em curto-circuito!! A decisão pelo silêncio principalmente no TRABALHO pode ser considerado 1 medida razoável em razão das diversas consequências NEGATIVAS que tal revelação traria a nós mesmos!! No fundo, somos muito mais ¨MACHOS¨ do que muitos héteros que não precisam passar por tudo isso!! As consequências das MELHORES escolhas nos levam às melhores MANEIRAS do próprio VIVER!!.........beijão!!
As vezes eu tenho vontade de não ser gay, por não ser aceito na comunidade e no âmbito familiar. É muito sofrimento o tempo inteiro. Quando você entende que você está sozinho, até ai tudo bem! Mas o mais triste é a falta de um apoio digno e real. Hoje em dia é tudo superficial.
Muito bom o vídeo, me senti bastante representado, quando vivemos entre pessoas heteronormativas, o comportamento homonormativo é normalmente o gay afeminado, espalhafatoso, criativo e cheio de personalidade. Quando me descobri gay eu tentei me encaixar nesse padrão, foi quando vi que eu não era desse jeito e ai me vi perdido nesse limbo nem nem. Hoje em dia entendo minha individualidade e acho pessimo quando se critica o jeito de alguem, seja ele homo ou heteronormativo.
Sim, eu me sinto um Gay Nem Nem... A pessoa a qual eu me espelho é você... Parabéns pelos 50 mil, estou feliz demais pelo seu crescimento, você já me ajudou TANTO que nem imagina.
Eu tenho 42 anos e nunca me senti inserido em lugar nenhum... O único espaço que eu me senti mais à vontade foi no espaço alternativo, de música alternativa, principalmente dos anos 80 e 90. No final dos anos 90 e início dos anos 2000, eu fiz muitas amizades com pessoas que curtiam rock alternativo (tanto héteros, quanto gays...). Mas eu não era assumido entre os héteros. Eu só tive coragem mesmo de falar sobre minha sexualidade com alguns amigos héteros já na fase adulta, por volta dos 26, 27 anos... Por aí... Nunca tive muitos amigos gays, e os poucos que eu tinha, eram mais alternativos, como eu. Eu nunca fui igual a maioria dos gays. Eu sempre fui mais reservado, nerd, e gostava de rock. E agora que a vida está muito mais corrida pra todo mundo, tenho me sentido ainda mais sozinho. Eu não curto baladas 100% gays, não curto sexo casual, não curto divas pops, micaretas, nada disso. Gosto muito de séries como "Downton Abbey", "When Calls The Heart", "Anne with an E", "Special", e por aí vai... Tenho uma forma mais romântica de enxergar a vida. Não estou falando de "amor romântico" exatamente... Estou falando de sensibilidade, introspecção, empatia, doação, altruísmo, essas coisas. Percebo muito egoísmo na maioria das pessoas, sejam heterossexuais ou LGBTs... Não quero dizer que eu seja santo e não seja egoísta também em algum grau, mas percebo que sou muito mais sensível que a maioria das outras pessoas. Recentemente, eu descobri um aplicativo chamado Cíngulo e estou fazendo terapia através dele. Tem me ajudado muito a me conhecer melhor como ser humano integral, independente da minha sexualidade. Pessoas sensíveis e mais introspectivas existem independentemente de orientação sexual ou identidade de gênero. E quando a gente se percebe assim e se aceita, acho que tudo vai ficando mais fácil e leve. Somos todos seres humanos e acho que a gente não precisa se encaixar em lugar nenhum, em comunidade nenhuma. Acho que a gente tem que viver a nossa natureza e ocupar os espaços que nos deixem confortáveis, no momento que a gente quiser e tiver vontade. Nunca gostei de seguir manada, seguir moda, nada disso. E tô aprendendo a gostar de mim assim, do jeito que eu sou. Pra mim, só está faltando alguém pra compartilhar a vida, seja uma amizade sincera ou um namorado. Eu sou feliz assim, do jeitinho que eu sou. 😊
Que linda sua história ... Tem vários aspectos que eu penso como você desde a minha adolescência nunca gostei muito das baladas e acho que muitos eram medíocres e sem moral apenas ficavam nas baladas e julgavam hoje entendo... até porque nao era santo porque as vezes fazia alguma pegação mas essa sociedade ainda e muito errôneo quando nos classifica sabendo que tem sempre uma intenção política e monetária pra nos expor claro que nem com todos mas eu odeio a forma como os gays sao expostos na TV na musica... E tudo sobre show ... fama ou super valor ... isso nao e ver a essência embora poucos sao diferentes.
Muito sincero seu comentário! Eu considero importante tentar identificar o quão sensíveis as pessoas são: você mesmo e as demais. Você disse tudo: empatia, doação, altruísmo. Alguns têm isso muito mais aflorado que outros. E as interações humanas podem ser maravilhosas se estivermos cientes do nível de sensibilidade/romantismo do outro. Ou catastróficas, caso se ignore esse fator 😅 Alguns são mais pragmáticos, realistas, racionais (clássicos). Outros mais emotivos, altruístas e idealistas (românticos). Mas penso que ambos podem ser introspectivos.
Sou cis gênero e gay. Porém minha aparência é considerada feminina por muitos, cabelo grande e bem cuidado, bunda e coxa grande, quadril largo. Por causa disso ao primeiro contato, muita gente ja aceita que eu sou gay, por exemplo "ouvem de outra pessoa que eu sou gay" Porém quando a pessoa ela começa a conversar comigo, geralmente ela toma um susto, ou faz cara de confuso. Pq eu não tenho trejeitos e minha voz é beeem grave. Normalmente é um choque Por causa disso eu sempre fui taxado de forçado, "é gay mas força a voz" ou "é gay mas se veste como homem". Sabe essas coisas muito sem noção. Tanto que eu não sou aceito na panelinha dos afeminados, nem dos masculinos e nem na dos heteros. Eu ai eu fico tipo vagando com meus 2 amigos assim, que também são considerados fora do meio deles. Que bom saber que eu não sou o único que pensa assim e que tem tanta gente que se sente meio que "o último a ser escolhido"
Eu sou assim e odeio quando me xingam (ou outro gay parecido) de "heteronormativo" parecendo que a gente tá forçando masculinidade ou não queremos "parecer" gays.... NÃO ESTAMOS, nos respeitem, respeitem nossa homossexualidade, nossa individualidade e nosso ORGULHO! (Notas pro lacre??)
Cara e é zoado quando um hetero chega e fala "mas você não parece gay". Como se pra eu ter CERTEZA de que eu sou gay eu tivesse que entender de moda, gostar de pop, ter diva internacional, frequentar uma porrada de balada gay, e falar e agir de uma X maneira. É como se eu não pudesse dizer que eu sou o que eu sou, sem ser questionado se realmente sou, simplesmente porquê não pareço com a definição que a maioria das pessoas tem do que é um gay.
Acho que todo bissexual tem um pouco desse sentimento, de não ser nem queer o suficiente pra se enquadrar na comunidade, nem padrãozinho o suficiente pra ser totalmente heteronormativo. Eu sempre me senti repelido pelo "dialeto" que lésbicas e gays falam entre si, eu não entendo nada do que está sendo dito e só me sinto mais de fora ainda. :(
Caraca, você trás umas pautas tão legais, escuto umas coisas e fico pensando sobre horas e vem me ajudado com várias coisas sobre a vida. Obrigado Marcel! ❤️
Vivo muitos dilemas e estão todos nesse vídeo, não sou hetero, mas também não me encaixo neste padrão normativo de gay. E as vezes dá uma sensação de esquecido mesmo, mas ao mesmo tempo, não podemos ser diferentes e a vida precisa seguir, com ou sem homonormatividade. Rsrs obs. Adorei o seu neologismo!
Me identifiquei muito quando vc comentou que quando se descobre gay, aparece um alívio com o pensamento de que finalmente se encontrou “sua turma”. Me senti exatamente assim, lembro da alegria de finalmente entender o por que de me sentir tão fora dos padrões . Com o tempo percebi que algo que não acontecia anteriormente passou a acontecer no meio gay… o racismo . Percebi com o tempo que havia uma preconceito contra asiáticos em geral. Em resumo, a luta continua sempre, e o desafio de inclusão vai estar sempre lá! O negócio é amadurecer e não precisar deste tipo de aprovação.
Acho que isso deve ser muito debatido, porque é uma questão de saúde mental pra esse grupo no qual eu me incluo. Sofri muito na adolescência por não me encontrar num grupo, e junto com todo o sofrimento inerente à situação de se descobrir e do preconceito, sofri também durante muito tempo com a solidão por ter colegas, mas não amigos de verdade pra falar de certos temas mais abertamente. É uma questão que gera enorme sofrimento que acaba sendo mais um item nesse pacote de sofrimento que a gente paga com o custo da nossa maneira de existir no mundo!!!
Acho que vc descreveu como me sinto. Sozinho, msm quando estou rodeado de outras pessoas. Falo sobre diversos temas de interesse comum, mas me sinto mal quando falam de mulher e ñ sei como reagir. Não nego para quem perguntar, mas não exponho abertamente que sou gay, ñ gostaria de expor algo tão pessoal para qualquer um. Me pergunto se vc tbm sentiu a solidão de ñ achar alguém para quem demonstrar afeto e só sonhar com um cara que nem sabe se existe. Geralmente, gosto muito de ficar sozinho, mas tem momentos que gostaria de compartilhar com alguém meus pensamentos que mantenho apenas para mim, dar e receber afeto. Infelizmente, ñ vejo ngm ao meu redor que poderia ser esse alguém. Os que eu sei que são visivelmente gays, nunca tentei uma proximidade real, pq ñ sinto que tenhamos nada em comum. Ñ tenho raiva de afeminado, mas simplesmente ñ me vejo como eles, assim como eles não se veem em mim, como se mesmo q sejamos gays, somos de espécies totalmente diferentes. Desculpe pelo textão no seu comentário, saí digitando o que vinha na minha cabeça.
Marcel importante muito pertinente esse vídeo, e como sempre vc consegue elucidar de forma clara e objetiva a questão...sou um homem gay assumido aos 46 anos, após um casamento de 19 anos, com um filho que hoje tem 33 anos e reside comigo...e por um bom tempo não sabia como me encaixar nos grupos...em alguns momentos já me senti muito deslocado em roda de amigos gays, mais jovens, sarados, etc...e tb com amigos heteros...pois me sentia fora do padrão em ambos os grupos...mas fui percebendo que tenho que ser autêntico comigo mesmo...hoje consigo me sentir mais confortável no Mundo...e consigo transitar bem em ambos os grupos e me sinto respeitado e aceito de alguma forma...obrigado pelo vídeo e pelo papo...abração carioca...
1. Legal você conseguir uma "missão" para seu canal. 2. Escalas Normativas são meramente acadêmicas. 3. Não sou homo ou heteronormativo mas transito normalmente em qualquer ambiente. 4. É fato que eu tenho minhas preferências e elas me guiam e 5. Meu pai me educou para um exercício: a busca da coerência comigo mesmo, meus sentimentos e objetivos. Citei estes cinco pontos porque considero seu canal educativo e bom no amplo aspecto embora eu não concorde com alguns vídeos. E sim, não curto movimentos LGBTQI+ o que não quer dizer que os condene. Vivo minha individualidade sempre focado no coletivo. E três aspectos me norteiam nas interações: Respeito, Amor e Solidariedade; ou, num entendimento mais prático: entendimento do "outro", preciso dizer o que é amor?, e ação efetiva para o bem estar coletivo.
Esse vídeos é incrível e mto necessário. Eu por exemplo, não sei nada de Divas POP, e já me peguei várias vezes, me forçando a ouvir, a entender, saber quem é… Devido às inúmeras críticas que recebo por curti ROCK Internacional.
Isso não vale apenas para os gays, mas para todo o vale. Eu sou trans e sempre me senti menosprezada porque na mente das pessoas, sejam LGBTs ou não, toda trans tem que ser perfeitamente menininha mesmo desmontada, tem que ter silicone, ter o corpo perfeito, uma neca gigante e saber dançar funk... Eu não me encaixo em nenhum desses esteriótipos. Confesso que isso ainda é fonte da maioria das minhas inseguranças.
Que video perfeito, eu sempre me sinto excluso de todos os meios incluindo o gay, ainda busco mta validaçao externa e isso doi mto pois mtas vezes ela nao vem e parece que acabo vivendo a vida num projeto intangivel de ser alguem melhor mas para os outros, infelizmente sexualizo mto minhas relaçoes com outros gays e nessa briga interna de querer validação como alguem sexualmente atraente e um amigo com um enredo comum (ser um homem gay), sinto q até hoje nao criei laços efetivos com outro homem gay e me sinto sim solitario dentro e fora da comunidade, inclusive vira e mexe me vejo forçando comportamentos estereotipados pra me sentir encaixado na minha identidade(?) e acho que nun geral tenhi grande problema pra definir minha identidade pra mim mesmo, me sinto perdido dentro de esteriotipos de mim mesmo, das formas como as pessoas ou eu acham que eu vou agir, enfim, desabafei mto cruzes 👁👄👁
Tbm me sinto de certa forma como vc. Tbm tenho esses desejos de ser alguém "melhor", mas para ser aceito pelos outros. Eu queria ter um corpo padrão, pra ser melhor aceito pelos caras e pela sociedade em geral, pq é isso que percebo que a maioria gosta. Tbm queria saber dançar bem, e saber coreografias das músicas do momento e clássicos das divas pops ou algo assim. Mas eu n sou nada disso. E eu me sinto muito solitário nesse sentido, apesar de ter um namorado. Conheci ele numa festa e estamos namorando há três anos já. Ele gosta de mim e me aceita, mas a minha autoestima é tão lascada que eu sempre acho que ele só finge gostar de mim ou finge me achar bonito. Além dele, não tenho outros amigos gays, apenas alguns conhecidos e uns ex amigos que eram mais próximos de mim há algum tempo. Tbm tenho esse problema de sexualizar demais qualquer contato ou relação q eu tenha cm algum cada gay, e isso é bem problemático, pq me gera muitas inseguranças e sentimentos controversos. Sempre anceio que o outro cara gay me ache bonito e atraente e queria transar cmg.
O título do vídeo me chamou bastante atenção, até porque já virou regra eu discutir com meus amigos sobre "não ser o suficiente". Eu nem sou másculo (no sentido estético e até em personalidade) pra ser visto como "padrão", nem afeminado (mais uma vez, em sentido estético ou em personalidade) pra ser visto como "afeminado". Isso me gera um desconforto ENORME, ao ponto de gerar uma sensação próxima a disforia, porque por mais que eu me esforce eu nem me aproximo de um, nem do outro, então é comum eu dizer algo como "Eu sou só eu e isso não é o bastante pra ninguém". Pode ter certeza que eu vou ver e rever esse vídeo durante um tempo e compartilhar com amigos, que talvez estejam tentando me entender e não conseguem 100%. :)
Sou solitario não por ser um gay hetero normativo, sou por opção e traumas de infancia e adolescência, quantos seres humanos vivem como eu por seus traumas, independente de sexualidade. O mundo de hoje está muito chato e complexo de se viver.
@@semidentificacao8933 Desculpe, esses traumas cabi somente a mim e não há estranhos, não estou sendo mal educado, mas são coisas pessoais e particulares de cada um...
Eu sou isso, só que sendo lésbica Não tenho amizade com outras lésbicas, nem com as héteros No campo dos romances, não atraio nem as ladys nem as bofinhos Triste demais
Nathalia, eu tbm passei por algo parecido por ter um núcleo de amizade bem reduzido sendo o unico LGBT do grupo. Para mudar isso e conhecer mais pessoas como eu, fui atras de ONG's que prestam ajuda a LGBT's em situação vulnerabilidade pra conhecer, mesmo sendo muito timido, não gostando de coisas que a sociedade julgam ser de GAYS como ir a baladas ou qualquer coisa que envolva multidão e festas em geral. Tanto que a primeira Parada que eu fui, foi aquela que eu ajudei a fazer há um pouco mais de 3 anos pq a Ong era uma das organizadoras, foi uma experiencia bem lgl em ver meu trabalho estampado pela cidade e literalmente no peito das pessoas. Sobre conhecer pessoas novas, confesso que as coisas estão evoluindo gradativamente mas ainda sim bastante progressivo. Força aí!!!
No meu caso eu sou a LGBT do grupo. Tenho mais amizade com pessoal hetero e mesmo sendo de boas tem tópicos que sinto que tô forçando a barra tipo "lá vem a arco íris falar da série gay nova que começou a ver". Acaba que sinto falta da comunidade mas também parece que "sou muito hetero ou galera". Em relacionamento basicamente os caras acham que eu sou lésbica e as minas que eu sou hetero. soma o fato de eu ser extrovertida e simpática demais, as pessoas adoram fazer amizade mas tem medo de tentar algo mais ou nem pensam na possibilidade. Povo ainda acha que bi tem o dobro de opção(pra levar fora isso sim)
@@TheG4BR1EL4 mds, sei que seu comentário tem 8 meses, mas é exatamente isso kkkkk os homens acham que eu sou lésbica e as mulheres acham que sou hetero. Vamos começar a criar a bi culture pfvr hahahah
Já me senti "menos tudo" nesse processo de entendimento sobre minha existência homossexual dentro da realidade em que vivo. Hoje, após 34 anos, já me enxergo de uma oooutra perspectiva muito melhor, mais madura e mais multipla e plural. Acompanho seus videos e presto muita atenção na sua fala e percebo que vc tras muita vivencia e fala sobre a geração anos 80, 90 e 00's que, acredito eu, ser a geração da mudança... da quebra de paradigmas e da revolução nesse mundo. Obrigado por pontuar o que ninguém pontua.
Por muitos anos na escola eu era o garoto "estranho". Dentro de varios nichos, eu nunca me classifiquei em nenhum, na verdade! Eu nao era masculino demais para andar com os rapazes, eu nao era gay demais para andar com as meninas, eu nao era nerd demais para andar com eles, eu nao era nada. No intervalo, a minha diversao era ler na biblioteca e ver meio mundo brincar, com seus grupos, e eu de escanteio, porque quando tentava "me encaixar" em algum, eu era excluido, colocado de lado. Só comecei mesmo a ver "meu lado", " meu mundo" Quando eu comecei a ter problemas sociais e fui enfim, para o pátio, e comecei a jogar game boy e olhar aquele lot de pessoas . Acho que o pessoal da escola só começaram a me notar no dia que eu tive uma crise de pânico ao ver aquele amontoado de gente. Dia esse que desmaiei no pátio e o pessoal começou a me "aturar". Eu mesmo criei meu grupo, aonde fiquei anos sendo o unico dele. Só consegui me soltar mais e ter um pouco mais de aceitaçao aos 17 anos. Antes disso, eu era um ser invisivel
Cara talvez você esteja dentro do espectro autista, existe um tipo de autismo leve grau 1 também chamado de "sindrome de spanger", é comum em adultos do sexo masculino, por ser mais difícil o diagnóstico porque esses indivíduos parecem normais e sociáveis, muitos homens passam a vida sem saber disso mesmo se sentindo diferentes não consideram que podem está no espectro também . Você pode pesquisar mais a respeito e procurar um profissional para um diagnóstico preciso 👍.
Esse vídeo tem um conteúdo tão ímpar, que vou assistir mais de uma vez (estou na primeira). É o tema que minha terapeuta mais identifica nas minhas falas e certamente vou mostrar a ela na próxima sessão. Quem sabe ela mostre a outros pacientes que provavelmente sentem o mesmo. Somos únicos em cada um.
Vou abrir um parêntese Amigo como você conseguiu resumir em um vídeo, exatamente o que a grande maioria gays sofrem neste mundo. Cara você é muito inteligente, adorei seus posicionamentos!
É sério, Marcel… fico cada dia mais surpreso com os teus vídeos e de uma forma muito legal… vc está sempre falando sobre coisas das quais nem sempre pensamos ou que simplesmente esquecemos, porque é melhor, porque é menos constrangedor, porque assusta menos… e você fala de uma maneira tão diferente e tão esclarecedora que eu fico feliz de saber que alguém nesta dita comunidade pensa e reage aos nossos problemas mais cotidianos e humanos… parabéns pelo vídeo e que venham mais 50 mil gays únicos, para que possamos debater e entender a nossa existência… somos únicos e somos diferentes e todos devemos nos aceitar mutuamente, para que, de verdade, possamos desfrutar de um mundo melhor… beijos e sucesso pra esse canal tão importante!❤️❤️😘
Bem o meu caso. Quando adolescente e no começo da vida adulta eu era heteronormativo o suficiente pra ser aceito por meus amigos na época, até que o inevitável aconteceu: eu nunca ficava com mulher e ninguém entendia o porquê, e eu não tinha explicação pra dar, só me esquivava. Anos depois quando fui pra comunidade LGBT foi ainda pior pois ali eu não parecia gay nem era considerado atraente o bastante pra ficar com os caras. Quem eu tentava ficar virava "amigo", se é que dá pra chamar alguém que te rejeitou de amigo. Hoje devo ser um mistério, nunca ninguém me viu nem com homens nem mulheres. Agora imagina o que é isso pra alguém que NÃO é assexuado...
Marcelo vc é sempre assertivo mas esse vídeo hoje foi p mim kkkk. Por ja estar nos 40 e ter me aceitado mais tarde me sinto exatamente “nem nem”. Pensando nisto percebo que muito ja avançou e foi digerido mas muita coisa ainda tem que ser assimilada para de fato termos o espaço que nos é devido, e essa assimilação esta na sociedade, na comunidade lgbtqia+ e em nós mesmos. Parabéns pelo conteúdo
Oi Marcel. Fiquei impressionado com o vídeo muito preciso. Faz mais de um ano que faço terapia, e comecei a me aceitar como gay olhando exatamente para esses aspectos. Um homem não é menos gay por ter a voz grave, ou por não gostar de sexo casual, por não gostar de pop, e nem é menos gay por nunca ter se envolvido com outro homem. O que vale é o sentimento, a sensação de se sentir atraído por pessoas do mesmo sexo, e ponto.
Esse vídeo sou eu. Eu NUNCA me senti abraçado pela comunidade gay, e dentro dela sofri mais preconceito do que no " mundo hetero". Ao mesmo tempo n me sinto completamente bem no universo hétero. Sou gay, n gosto de "coisas que gays geralmente gostam" como música pop, boate etc. Gosto de surf, esportes radicais e ao mesmo tempo sou da antiga religião, bruxaria. Amo um papo de espiritualidade, meditação e energia universal. Entre esses dois pólos, gay e hetero, n me sinto parte de nenhum. E essa semana tive uma crise justamente por me sentir completamente sem lugar. Mas tô bem agora, pois o meu lugar sou eu mesmo.
Comecei a frenquentar o meio - na época GLS - aos 16 anos. Vou completar 49 anos e somente por volta dos 33 - após mais de 5 anos de relação estável com um estrangeiro e morando no exterior - fiz meu comig out para minha família. Sempre ouvi de alguns: “você não pare gay” e de outros “mas dava pra perceber” mas nunca quis questão de ser masculino ou feminino. O que eu sempre soube é que desde criança eu era diferente e que eu tinha atrações físicas e sexuais por homens. Não me interessa a classificação. Me preocupo mais com meu bem estar físico e espiritual pois venho de uma família completamente disfuncional física e psicologicamente .
Lamento,todo esse história desses conflitos internalizados pelas as experiências negativas que nos ,gays sempre somos expostos, porém mim aconchego por não ser o único e torna isso um elemento de compreender essa situação e analisar la.otimo vídeo.
Particularmente hoje esse vídeo foi um respiro, um mundo de normas e padrões, muitos dedos apontando como a gente tem que ser... Muita falta de representatividade, e um mundo de reprovações, e a gente, nós todos somos responsáveis, a insegurança da falta de referenciais positivos, a banalização do sexo e relações e aplicativos, um peso enorme nos dizendo que nunca somos bons o suficiente... Mesmo que vc seja mais afirmativo, que não se importe tanto, que esteja bem consigo mesmo, o peso da pressão externa principalmente do mundo virtual uma hora pesa, e nos deixa com aquela sensação de "nem, nem" e de solidão infinita...🤷🏼♂️
Nossa Marcel, dentre todos os videos que voce fez, esse na minha opniao foi o melhor, espetacular... militancia exagerada é como "igreja evangelica" na minha opniao... militar e respeitar deve caminhar juntos (dentro da propria comunidade) tudo deve ter um balanço e devemos nos unir mais e não julgar e "discriminar" quem faz ou não faz isso ou aquilo.... super abraço... alias logo vou por as maos naqueles premios que você mandou no meu irmao. 😉
Uma coisa que tem passado pela minha cabeça é o quão invisível me tornei como homem gay acima dos 50, e solteiro, e qto isso muitas vezes me levou a relacionamentos desnecessários, como não sou uma bandeira típica da minha sexualidade, qdo solteiro minha cidadania fica bem reduzida, quase camuflado, sufocado até... As pessoas jogam uma toalha por cima e nenhuma questão é abordada... Tudo que eu conquistei em termos de visibilidade e cidadania some...
Apesar de terem nos agrupado em um lugar "mágico cheio dos não héteros" somos muito diferentes um dos outros, assim como os héteros e assim como qualquer um!...somos únicos, eu como lésbica nunca me encaixei em "um molde feito para a lésbica feminina", não sou máscula, não me atraio por mulher máscula e não falo o pajubá com desenvoltura..aliás acho o pajubá misógino..etc..etc...meus amigos são héteros. Não gosto de "coisas de lésbicas".
Sim, experimentei exatamente isso no início de minha juventude, mas na juventude segui meu caminho na minha, pois nunca fui de querer pertencer a grupinhos. Mais tarde conquistei amizades preciosas, q em alguma medida compensaram o afeto q não pude vivenciar com meus familiares conservadores e religiosos. Mudando de assunto, respeitosamente, gostaria de dizer q , vendo suas fotos q vc traz aqui, da sua adolescência, devo afirmar, sem sombra de dúvida, q vc agora como homem formando, vc está... 500% mais interessante q no começo da juventude. É até meio difícil de te identificar antes, Marcel, Abraço, amigo. vc é muito querido, e tem uma energia muito carinhosa. Saúde e dias de felicidade p vc e seu companheiro. Xêro de Recife! :)
Passei por muitos questionamentos vindo dos outros adolescência..."como assim você é gay e não sabe dançar, fazer maquiagem, essas coisas que gay sabem?" Dentre outras milhares de perguntas, que geravam dúvidas enormes dentro de mim. E é por isso que esse canal se faz muito necessário, ele toca em pautas com uma riqueza de detalhes muito grande e acaba tendo uma abrangência tão grande de uma forma inimaginável, em poucas palavras ele "toca numa ferida" que a sociedade e até a própria comunidade nem imagina existir.
Eu sou gordinho. E moro numa cidade de interior, onde os gays tem “grupos”.. e bom, nunca consegui me encaixar em nada, na verdade, nunca me deixaram tentar me encaixar. Costumo dizer que os gays não gostam de mim, rsrs.. tenho UM amigo gay, de resto não sei o que acontece que eles não vão com a minha cara. Obrigado por esse vídeo. ♥️
Parabéns Marcel por tua sensibilidade em expor este sentimento que praticamente é uma constante entre a comunidade. Todos passamos por isso em maior ou menor intensidade. Sempre me senti assim, meio que um estrangeiro, praticamente um ET. Tenho inclusive efeitos físicos por conta da sensação de rejeição. A única saída sim, é desenvolver a percepção de ser Único, e esta unicidade é uma característica tão forte e magnética, que quando bem aceita e incorporada, torna-se nossa maior arma na luta pela aceitação social. Brilhante!
Como sempre, mais um assunto super interessante! Me sinto assim também, principalmente por ser da faixa dos 40 e ter vivido essa abertura da questão gay. E bom saber que pensamos parecido, ou seja, sem aquela ansiedade de pertencer a um grupo específico. A gente sempre perde algo? Sim... Mas a gente pode transitar e absorver o melhor dos dois. O importante é se sentir bem onde quiser. Parabéns pela abordagem e sucesso com o canal!
Ótimo vídeo como sempre! A questão identitária muitas vezes é o que nos dá a sensação de pertencimento. E o pertencimento é o que nos afasta da ideia de solidão. E a solidão é justamente a armadilha que nos da a percepção de sermos únicos em nossa dor (como você tão bem explicou no vídeo). Acredito que as próximas gerações não carecerão de tanta necessidade de serem classificadas em caixinhas, mas como ainda estamos galgando espaço num mundo majoritariamente heteronormativo é normal que se tente "validar" nossa existência com normas, categorias e protocolos. Soa mais legítimo, talvez. "Olha só, temos regras". Os héteros têm o direito de serem quem são desde quando nascem. Nós precisamos redigir leis e mudar paradigmas sociais para isso. Contudo, acho que parte do desligamento dessa necessidade classificatória gay vem com a maturidade. Pelo menos foi o meu caso: tive muita dificuldade de me entender como um gay funcional durante muito tempo, justamente por esse sentimento "nem nem". A camuflagem heteronormativa me serviu muito bem para fugir da homofobia direcionado, pois segundo o mundo eu "nem parecia ser gay". Mas a homofobia estrutural era justamente o que me mantinha afastado da comunidade gay. Afinal, por que eu iria deliberadamente me tornar um alvo de discriminação e sofrimento? Já não era difícil o bastante com o mundo falando mal da sua forma de amar? Qual vantagem eu teria em me assumir e tomar a militância? Esse mecanismo de auto-defesa, quando reconhecido por outros gays, acaba sendo associado com covardia, traição e homofobia internalizada (que acho que é um pouco mais complexo do que simplesmente não gostar de ser gay e descarregar isso em outros gays). Mas, com o tempo, passando pelo processo de me assumir, conhecendo mais pessoas, conhecendo melhor o mundo, comecei a ver outros aspectos do que significa ser gay e fazer parte de uma comunidade. Atualmente a questão identitária (menos ou mais gay) acaba não tendo muita relevância. Talvez por que meu ciclo de amigos seja muito diverso (na verdade lembra um pouco a composição da Força Queer, cada um com um "estereótipo gay" a mostra). No fim estamos falando de pessoas que têm atração pelo mesmo sexo. Os desdobramentos comportamentais, as posturas políticas e o resultado disso na sociedade são apenas questões que irradiam dessa premissa simples.
Gosto muito do seu canal por ser tão esclarecedor e orientador.Principalmente pra mim que sai tarde do armario. Me ajuda muito! Parabens pelos tres anos do canal! Você é uma referêcia para quem quer se orientar nesse mundo confuso.
Me identifico bastante. Quando eu comecei a sair com amigos gays foi um verdadeiro choque cultural pra mim. As únicas divas pop que eu realmente era fã eram Madonna e Shakira, sempre fui mais fã das divas do rock/metal. Eu chegava na balada e não entendia nenhum dos códigos daquele mundo, não conhecia as coreografias, a cultura drag etc. Minha parada era buteco, bar de rock, natureza. Com o tempo adicionei as outras coisas ao meu gosto. Já cheguei a ser acusado de ser heteronormativo pelos meus amigos mais afeminados, por falar mais gíria de quebrada do que pajubá kkkk. E é aí que entra outro ponto: sou maconheiro. E no meio da galera que fumava, eram mais heteros e foi dali que absorvi a cultura cannábica. No meio dos heteros eu era o "gay legal que fuma um", no meio das bichas eu era "gay que se fazia de bofe". Demorou pra eu entender que eu não preciso seguir padrão nenhum e simplesmente ser eu!
Caralho! Eu amo as tuas reflexões. Vc é mto inteligente real. Esse vídeo me ajudou mto especialmente nessa semana q esse sentimento de solidão tá imenso! Minha cabeça realmente explode com os teus termas. Obg!!!!
Meu deus do céu MANOOOO como eu demorei tanto tempo pra me inscrever nesse canal????? Eu me identifiquei completamente com o exemplo do começo! Senti até uma pontada no coração... Muito feliz de existir um canal assim.
Me identifiquei muito com o tema do vídeo. Foi até difícil eu descobrir e aceitar minha orientação sexual porque eu não me via representado na mídia, pois sou um gay com gostos bem "masculinos", nerd e não acompanho cultura pop, ou curto baladas, essas coisas que você mesmo comentou sobre o "homonormativo" não são do meu interesse. Foi depois de um tempo amadurecendo minha cabeça e conhecendo outras pessoas que também são assim que me identifiquei mais, como nesse vídeo.
Esse vídeo é tudo! Passei a minha vida inteira me sentindo assim. Me sentindo diferente, deslocado até hoje. Um sensação de não ser adequado em local algum. Nem hétero normativo para locais héteros, nem afeminado demais para locais gays.
E eu que sou bissexual, meu jeito de ser é hetero mas gostava de animes de garotas também, RBD e Sandy e Junior, além de gostar de rock e ter sido vocalista e guitarrista de uma banda de grunge e rock alternativo, e também gostava de Banda Eva... uma mistura kkkkk jogava futebol e fazia artes marciais também
Nossa estou super surpreso em ter encontrado esse vídeo. Nunca pensei que fosse uma coisa percebida por outras pessoas, é bom saber que eu não estou sozinho.
Gosto das tuas análises, parabéns pelo canal. Já conversamos por telefone a alguns anos, uma pré-estrevista para uma matéria sobe casais gays de longévolos, alguns anos depois terminamos, foram 17 anos do nosso primeiro relacionamento. Depois de conhecer algumas pessoas interessantes, frustrações e fugas de toxicidades já vividas (kkkk) estou no meu 2⁰ a quatro. Me identifico com esse tema do "Nem Nem", mesmo pendendo mais pra heteronormatividade, sinto essa frustração de não pertencimento a quase nada relacionado a comunidade e claro, aquelas olhadinhas de canto bem características, tanto de um ou outro extremo da balança. Ok, continuo fiel a mim. Famílias, poucos amigos a anos e o relacionamento mantém a sanidade. Abraço
Sou gay, casado com um bissexual, mas não me enquadro bem no mundo gay apresentado pela mídia. Sou discreto, mas não tenho receio de falar da minha sexualidade com as pessoas ou ambientes. Sou religioso, e entendo da normalidade da homossexualidade. Parabéns pelo oportuno tema e muito esclarecedor. 👍👏
Interessante essa temática. Também não me sinto acolhido por nenhum grupo. Mas entendo que cada um é único e temos que nos orgulhar de quem somos sem ficar nos comparando com fotos ilusórias de redes sociais.
Embora seja um gay assumido e casado com outro homem, me sinto transitando entre esses dois universos, o do gay e o do hétero, o tempo todo e confesso que acho isto muito divertido. Quando era jovem, frequentei todas as festas e boates gays possíveis e imagináveis, vestindo muita "moda gay" e dando uma certa pinta por causa disso, mas eu enchi o saco daquilo e parei de sair quando primeira onda de maturidade começou a bater na minha porta próximo aos 30 anos de idade. Mas sempre me mantive informado sobre a "gay culture" primeiramente quando eu a vivi e depois pela internet, onde participo de alguns grupos LGBTQIA+ e assisto alguns canais como o seu para ver o que está rolando em nossa comunidade, principalmente nas novas gerações. No entanto, após ler um livro que me foi importantíssimo, "A Análise do Discurso" de Foucault, eu pude aprender a dizer o que as pessoas querem ouvir e fazer uso deste recurso, que me serve ou não a depender da ocasião em que me encontro, e que pode sim ser extremamente hipócrita (quem nunca?), mas que me diverte tanto. Se estou sozinho, posso me passar tranquilamente por um hétero. Eu aprendi a falar a linguagem deles. Hoje eu uso a moda deles (eu sempre gostei de moda e hétero também tem moda), mas eu uso a moda deles porque eu gosto e também por não achar que a "moda gay" me caia mais bem pelo fato de já ser um quarentão. Coisas minhas. Eu praticamente não tenho trejeitos e minha voz é muito grossa. Tão grossa que uma vez o marido da minha ex-faxineira teve uma crise de ciúmes com ela porque ela disse que eu era gay pra ele, o cara ligou pra minha casa, eu atendi e ele não acreditou por causa da minha voz. Tenho vários amigos homens héteros e me dou muito bem com eles por causa desse meu "outro lado", mas tenho uma turma mais fechada de amigos, todos homens gays cis, a maioria dos quais se passam tranquilamente por héteros. A tal famigerada "passabilidade". A ""passabilidade" que eu usei esta semana pra pegar um Uber e ficar de papo com o motorista até meu marido me ligar e ele perceber e perguntar com um certo espanto se eu era gay. Naturalmente disse que sim. Estava a fim de provocá-lo. Eu e minha turma não costumamos frequentar lugares gays, mas logicamente quanto a gente se junta em qualquer lugar, damos uma relaxada e o fato de sermos gays se torna totalmente evidente (não me importo nem um pouco com isso), pois usamos gírias gays, fazemos piadas gays e todo mundo tem seus apelidinhos também muito gays, embora sejamos todos bastante masculinos. Na verdade, eu não me sinto um NEM NEM, eu me sinto um TAMBÉM TAMBÉM! E eu gosto disso. Da liberdade de transitar entre dois mundos, dois universos tão distintos e das possibilidades que isto me apresenta, ainda que por meios que podem ser considerados hipócritas (mais uma vez, quem nunca?). Algumas pessoas podem vir aqui e me detonar pelo que escrevi, mas não me importo. Nunca discriminei ninguém na minha vida, defendo todas as formas de sexualidade, mas me importo também com o que me pode ser útil e me diverte. Somente. E ninguém tem nada a ver com isto. Um beijo Marcel! Adoro seu canal. Hoje tirei uma parte da noite pra ver seus vídeos e comentar em alguns deles. Vc me faz pensar.... nem que neste momento seja por linhas um pouco tortas...rs
Nossa, cheguei a chorar vendo esse vídeo. Realmente é bem difícil não se sentir acolhido ou pertecente a um local, ainda mais quando esse se trata do local onde a gente deveria encontrar apoio.
o maior problema da nossa própria comunidade é a aceitação, o fato de não estar a altura do padrão fictício que os próprios criam na mente, abre um abismo e com isso vem a exclusão, quando adolescente me sentia muito excluído depois dos 20 anos fui moldando minha personalidade até chegar no meu momento de maturidade e aceitação, a felicidade tem que partir de mim, o amor próprio tem que vir em primeiro lugar
Queria ter assistindo esse vídeo a 25 anos. Me sentia assim, deslocado e solitário aos 20, mas nada me preparou para a chegada dos 45... só piorou. Hoje estou saindo do Brasil para refazer a vida em Portugal para, quem sabe, me sentir um pouco mais respeitado e inserido. Cheguei agora no canal mas já estou amando!
Eaí, deu certo? Tenho 21 anos, e penso em ir de vez para a Europa ano que vem quando tiver meu passaporte Italiano em mãos.. tenho vários amigos por aí, mas estou curioso para saber da sua experiência
Eu sou gay e minha identidade pega um pouco de cada grupo. Gosto de música pop, mas não sou aficionado por divas pop; louco por esporte, mas curto mais basquete e vôlei; curto balada, mas também uma livraria; tenho um jeito mais heteronormativo, mas não o suficiente pra héteros implorarem pela minha companhia, nem gay o suficiente para receber ligação das gays combinando o fim de semana. Acho que esse vídeo foi meio que uma luz pra mim. Saí de Fortaleza e vim morar em Lisboa pra estudar, tô cá há 4 anos e até hoje não encontrei "minha turma". Os gays dizem q sou muito intelectual, os héteros que sou muito sério. Mas meu lado sagitário não nega o quanto curto uma diversão. Mas talvez não seja o suficiente pra eu me encaixar em algum grupo. Enfim, muitas interrogações. Enquanto isso, vamos vivendo, nos amando e vendo no que vai dar. Ótimo vídeo, by the way :)
Já me senti MUITO assim, mas hoje em dia é bem mais tranquilo perceber que existe toda a possibilidade de ser uma pluralidade de coisas... . . . Só confesso que adoraria ter sido o gay de sucesso que fica rico e vive longe da família, mas não rolou. 😅
Gente. Sabe aquela regra máxima da internet: "Nunca leia os comentários"? Aqui eu vou te recomendar o inverso. LEIAM OS COMENTÁRIOS. Olha o tanto de gente aí embaixo, relatando as vidas mais diferentes possíveis, e todas dizendo que se identificam com o vídeo. Quando eu digo que vocês são a maioria, é a verdade que eu vejo aqui embaixo, em todas essas histórias.
Espero que, aos poucos, vocês vão juntando essas e outras evidências de que não existe um jeito "certo" de ser gay. Como eu disse no vídeo: a percepção da homonormatividade é real, mas a homonormatividade, em si, é uma ilusão. Então, que a sua personalidade ou o seu eu interior sejam cada vez menos um obstáculo na sua luta pra ter a vida que você quer ter. Beijos!
❤️
Marcel, estou assistindo o vídeo agora, e gosto de ir comentando em tempo real. Sério, você vai falando e eu vou me identificando cada vez mais 😱 Sensacional 👏🏼👏🏼👏🏼
👏👏👏👏👏👏👏
O triste é saber que os "nem nem " são a maioria e só pessoas como você consegue espaço, na boa... nada sobre nós ,sem nós ..abre o espaço e põe um cara que passa por isso é diz como é foda. tentar nos aclamar sem passar por isso é profundo como um pires... você não representa a maioria, você é o gay que a comunidade vende pra TV, no RUclips e outras plataformas e aliena a maior parte dos próprios gays a deitar e seguir... "a comunidade não tem nada de comunidade" acho que esse é bom tema... pq não nos diz como vocês, padroes"zinhos " veem de vdd essas pessoas, ao invés de tentar dizer que é normal se sentir assim....
@@Billken Oi Pedro! Já tive alguns convidados aqui no canal que não são padraozinho e foram conversas ótimas. Por exemplo, o Paulo, que é PCD, e o Luiz, que é trans. Você chegou a ver essas lives?
Mas uma coisa relevante, e que acho que você não prestou atenção no vídeo, é que se sentir um “nem nem” não é exclusividade de quem não é padraozinho. Padrões também podem se sentir assim - foi o que eu falei sobre não ser “homonormativo” o suficiente.
É sempre bom entender que a nossa régua de sofrimento não é a única. Um dos pontos principais do vídeo é exatamente esse.
A única coisa que nós temos em comum é a orientação sexual, de resto, somos diferentes e únicos! E tá tudo bem, porque isso sim é diversidade!!
Falou tudo!
Eu já me senti menos gay por não saber dançar bem e, levou tempo até aceitar que isso não me faz menos gay e aprender a dançar bem também não me faria mais gay. Excelente conteúdo e inclusive, excelente conceito para o termo "homonormatividade".
Eu to começando a aprender agora, nunca tinha tentado pelo medo
Eu tbm me senti assim por não saber dançar, por não assistir "Rupauls", por não ser tão afeminado... e os amigos gays chamando de bicha hetera, sem notar o desconforto e a confusão que causa.
Esse vídeo foi incrível, muito obrigado!
Isso é muito real
Eu não venero nenhuma diva pop...
Porém sou eclético escuto tudo, inclusive música pop, já me senti assim e é foda.
O pior que eu me sinto incomodado na questão de ja ter sido chamado de Heteronormativo ou já definirirem minha posição sexual só pelo padrão que eu demonstro ter.
Passei por muito preconceito por ser sempre chorão, meloso e sensível na infância e isso meio que "me força" a seguir um padrão. O ponto é quebrar isso é impossível, e totalmente desnecessário, eu sou gay tanto dançado ou não, falando grosso ou não, sensível ou não, minha personalidade não define minha sexualidade, o que define nossa personalidade são nossas vivências.
Não queria escrever um textão, desculpe 😓
@@luanrodrigo1811 Entendo completamente, irmão! Concordo contigo. É algo que temos que conviver, né e com o tempo, devagarinho vamos desconstruindo algumas coisas e sofrendo menos com quaisquer situações desse tipo.
Eu só queria viver em uma comunidade mundial onde cada um cuidasse da própria vida. Seria um lugar bom de viver! 😕
Eu sou nem nem , eu tenho a sensação de que sou encubado ou estou dentro do armário ,moro sozinho,não tenho namorado, nem amigo unha e carne só ando sozinho,passo final de semana sem falar com ninguém ,fico achando que todo mundo vê isso em mim.
Sou igual a voçe,Nescio voçe nao e o unico.Abraço!
Eu tbm sou assim, infelizmente passo por isso.
Eu nasci assim cresci assim e sou sempre assim. Porém não sou Gabriela. Sou eu mesmo e estou bem assim.
Caramba, você acabou de me descrever kkkk
eu sou exatamente assim
Sempre me senti do grupo "nem e nem". Inclusive foi pauta na terapia. Com esse vídeo acho que já sei a resposta. Muito obrigado pela elucidação.
não só vc, tamo junto kkkkkk
@@marcos-ll2yr tmj
Tá aí uma coisa que agr sei q preciso tratar na terapia tbm huasauhs
Olha... to vendo q vou ter q voltar pra terapia e discutir isso kk
TMJ
Não sou gay. Sempre vivi no mundo gay minha vida toda. Praticamente todos meus melhores amigos são gays / Lésbicas. Eu adoro o universo gay e isso já me fez ser muito questionado durante a vida. “ pq vc gosta disso se não é gay” “ pq vc fala a linguagem dos gays e não é gay” “ pq vc frequenta lugares gays” etc….. Uma vida assim. Eu tenho zero interesse por homens, e sempre tive minha vida heterosexual. Mas também não me identifico nada com caras do mundo hétero top, tenho aversão a esse tipo de homens e seus comportamentos. Tenho um filho de 17 anos que hoje se diz não binário e vejo o quanto essa geração nova esta muito mais aberta a outros comportamentos. Eu gosto muito do seu canal e acho de muita importância tudo que você esclarece aqui. Muito obrigado
Que bacana Luciano!
Legal
Ser gay não significa necessariamente ser homossexual! E vice e versa. EU sou homossexual e não sou gay. Dai vc se pergunta como assim? Bom primeiro temos que levar em conta que o termo ''gay'' é muito recente e foi apropriado de uma expressão popular e chula que significa ''muito feliz/alegre'', Já em meados do séc passado nasceu formalmente o grupo social gay, onde hj já é classificado por uma sigla imensa de letras. E nisso os arquétipos e culturalismos desse grupo irão romper as barreiras da sexualidade e afetar todos que tenham afinidade com ele, independente de gênero, sexualidade e identidade ampla. Também é errado achar que existe algo ''hetero'' no mundo senão coisas que estão restritamente ligadas a dimensão sexual, afetiva e pessoal de pessoas que se atraem, constroem sentimentos, desejos e afins pelo mesmo sexo! Então meu amigo ainda a muito trabalhado a ser feito enquanto consciência no meio das sexualidades do ser humano. até concordo com vc em relação a liberdade que cresceu muito nos dias atuais mais como estudante e observador da área lamento te dizer que a ideologia e a ignorância em relação a esses aspectos, se duvidar até piorou ;( infelizmente.
🙂
Cara vc é gay assume logo
Que vídeo importante! O sentimento de pertencimento faz bem ao ser humano e causa depressão em quem não o encontra em algum lugar. Se vc está sozinho mas esta bem, tudo ótimo. Mas se esta sozinho e quer mudar isso, ter mais amigos, parceiros etc, comece a procurar, grupos, esportes, religião, festas, jogos, caminhadas no parque/rua, qq lugar pode ser um bom lugar p começar a conhecer alguem novo. Inclusive aqui nos comentários kkk.
Opa... Me senti convidado kkkk
Bem assim mesmo!
Kkkkkkk os cara aproveitando os comentários pra conseguir o número do outro kkkkk por isso amo brasileiro
@@cesarborges8175 Bora kkkk
Sei que o vídeo é antigo mas ainda é muito atual, sempre me senti deslocado pois não me encaixava no mundo hetero, mas só fui me entender por gay aos meus 20 anos, eu sou uma pessoa gorda e tenho interesses em coisas que não são muito consumidas por pessoas heteronormativas e homonormativas e sempre me senti sozinho assim, muito bom ver que eu não to sozinho e que varias pessoas se sentem como eu, estou aberto para amizades!
Não sou gay, sou bissexual, mas sinto basicamente isso. Eu me visto de modo heteronormativo pois é assim que me sinto bem. Gosto de rock, animes, quadrinhos e até curto música pop. Porém não sou uma pessoa que segue o mundo das cantoras ou tenho uma "diva" como modelo. Gosto de futebol, mas pelo fato de gostar de homens sou visto pelos heteros como gay mas para os gays eu já sou visto como enrustido e que tô me reprimindo por não ser do modo a qual meus amigos gays são. Eu não sei coreografias e apenas tento dançar quando estou com elas mais pra me inturmar. Mas de vdd não sinto razão pra isso, mas basicamente tem esse lance se você gosta de homens tem que saber todas as coreografias da sua diva na ponta da língua, ver as kardashians, se vestir de modo mais feminino e ser praticamente um dançarino profissional. Acho um porre isso, e respeito quem seja desse jeito. Só o que me fode é querer criar normas sobe o que é ou não ser um cara que se atrai por homens. Mas excelente vídeo ♥️
Na época em que eu ainda estava me descobrindo, levantei a hipótese de tbm ser bi e nossa, mta gente realmente fazia parecer o mesmo que ti falou, q eu era enrustido, etc etc e etc.. no fim me descobri gay, mas eita descoberta conturbada viu, uma coisa q acho q deveria ser natural, mas que na época foi só mais um fator de estresse. Tem gente que parece que não acredita na possibilidade da bissexualidade, meio complicado isso :/
Com exceção a isso, acho que a maioria dos aspectos q ti falou me identifico também, principalmente na questão de mídias e gêneros músicas
Este texto poderia ter sido escrito por mim. Por razões quase idênticas, só me restam hoje três amigos gays e dezenas de amigos heteros. Sinta-se abraçado.
A vamo ser amigo
@@wandersonsalazarsalazar8545 Uai. Quem sabe...
@@aryoliveirafilho9326 é nois
Eu me considero um Gay Nem Nem. Estava conversando com a psicóloga sobre isso, eu perguntei pra ela se essa solitude que eu tenho é por não me encaixar em algum padrão, e ela sabiamente disse, "mas qual é o padrão? Você quer se encaixar em alguma padrão? Porque simplesmente ser apenas o seu padrão, o que você considera válido, o que te cai bem, ao invés de buscar mil formas de se encaixar em padrões que não tem cabem? Isso por si só já me trouxe a clareza que eu precisava, e agora com esse vídeo, apenas reforça pra mim que eu não devo tentar me encaixar, apenas ser eu mesmo, apenas ser único.!
PS: Amo seus vídeos, já levei alguns deles para terapia rs, e a psicóloga também amou as reflexões que eles geram além de ótimos papos, parabéns pelo canal, muito necessário.! ♥
Tenho 28, sou gay e já fui mais "afeminado" quando era criança, mas a cada ano que passava, fui "entendendo" o que queriam de mim e perdendo quase toda a minha naturalidade. Até que eu senti exatamente essa sensação de ser um nem nem, que foi muito bem colocado aqui no vídeo. Apesar de ser predominantemente passivo, eu acabo contrariando a "homonormatividade", porque eu não danço, quase não vou a festas, não curto caçar boy, não posto fotos sexy ou ousadas (mas tenho), não sou sarado (tô indo mudar isso!!), e todas as vezes que me declarei fui rejeitado, até mesmo quando eu achava que gostava de mulheres, elas também me rejeitavam. Pra variar, curto mais um metal, um Black metal do que pop, por exemplo, mas eu amo pop perto de sertanejo. Acabo ficando num limbo. Faz todo sentido que minha vida toda eu tive poucos amigos, e eles não são apenas gays, ou apenas mulheres. Essa coisa de não ter uma referência é barra... influenciou até minhas decisões profissionais por muito tempo.
Eu sou bissexual e nunca fui afeminado, nem quando criança e sempre fui de amizade fácil com os garotos e com as garotas. Quando eu me assumi bi isso era em meados dos anos 90, com 16 anos, e não sei quantos anos vc tem mas não ser hetero naquela época era um tanto barra, e ninguém nem sabia o que era hetero, se vc perguntasse se a pessoa era hetero iam brigar achando q vc tá perguntando se ele era algum tipo de gay
Teve alguns sim que se afastaram de mim quando eu disse que gostava mulher mas também de homem, mas continuei mto mais no meio hetero que no meio LGBT. Eu tinha inimigos, os valentões boy e as que ficavam babando ovo deles, e tentaram usar isso pra tentar me constranger ou intimidar mas eu estava um passo a frente na provocação e no deboche sempre estive pronto pra entrar pra dentro na porrada. De uns tempos pra cá eu cheguei a ouvir do movimento que não era bissexual, que eu não contava, talvez pq casei e tive filhos
@@Diego.LOGd.Cavicchioli @Diego Cavicchioli Entendi, é verdade. Penso que as pessoas invisibilizam os bissexuais pq uma parte dos seus relacionamentos está "de acordo com a sociedade" e acaba passando "camuflado". Quando o homem bissexual se relaciona com uma mulher, ele recebe aprovação da sociedade, mas quando ele escolhe ficar ao lado de um homem, só amando mesmo pra suportar o mal olhado homofóbico que vem.
As vezes esse é o maior esconderijo / labirinto de muitos bissexuais. Achar que deve incentivar seus impulsos heteroafetivos como se seus desejos homoafetivos fossem o Diabo, ou um pecado, uma tendência espiritual ou desvio doentio que devesse ser afastado e transmutado. Até pq, se ele pode camuflar esse "lado sombrio", pq não mostrar só o lado que a familia gosta?
Agora imagina um gay que nunca nem conseguiu fingir que gostava de meninas? Dentro da bandeira lgbtqiap+, de fato, os bissexuais são uns dos únicos cujas relações por vezes estão de acordo com a norma. O gay é a lésbica não tem sequer um único relacionamento que não seja amaldiçoado pelo preconceito da sociedade. Não temos repouso. Por isso entendo que alguns lgbtqiap+ acabem sendo bifóbicos e que façam coro pra dizer quem faz ou não parte da bandeira, mas não dou razão.
O fato é que você faz parte dessa bandeira. Seus filhos são filhos de um homem lgbtqiap+ e isso ninguém nunca poderá mudar. Você é um pai que deve estar fazendo o seu melhor com tudo o que tem ao seu alcance.
Ah, e eu tenho 28 anos :) vc deve ter 49 anos, mais ou menos né? Imagino o peso do que vc já teve que escutar ou o que já sentiu.
@@paulooberdan9989 Eu tenho 44, faço 45 mês que vem, nasci em 1978. Os anos 80 foi muito marcado pela AIDS, era chamada de praga gay, foi um tempo q LGBT apanhava na rua muito mais que hoje e era normalizado fazer isso, especialmente com travestis que se morresse o povo dava de ombros. Anos 90 tinha muito bullying pesado, minha defesa era provocar os valentões e bater de frente, os excluídos gostavam de mim por isso. Eu fazia bullying com quem fazia bullying, e brigava
Agora o que me deixou constrangido e chateado foi quando fui num jantar de família de uma namorada, o pai tinha bebido e falou que a filha dele era uma decepção, que o namorado dela gostava de pinto, na minha cara. Aliás tudo era dito na cara mesmo. Fora isso sempre tive casca e tinha meios de me defender, que muitos não tem. Mas ser do jeito que eu sou, é uma ofensa para o movimento LBGT, pq além de bissexual sou "muito hetero" no meu jeito de ser, pelos motivos que vc citou
@@Diego.LOGd.Cavicchioli Eu tenho minhas insatisfações com o movimento, e entendo que também seja desconfortável pra você, mesmo que por motivos diferentes dos meus. Eu acho que pouco importa o que eles dizem, hoje em dia ninguém precisa andar de crachá ou falar um dialeto queer pra entender que se devem respeito e acolhimento mútuos. Se todos os lgbtqiap+ se comportassem de um jeito padronizado, é bem capaz que os heteronormativos fossem a minoria. Somos múltiplos demais e sim, vai ter gay que não vai acompanhar a envergadura da sua vivência.
No movimento lgbtqiap+ que eu aprendi, entendi que devo respeitar todos e todas, que se alguém fala da sua própria dor, eu ouço e acolho como posso. As pessoas que não fazem isso dentro do movimento, pra mim, são a falha do nosso sistema, que deveria ser 100% focado em acolher e abraçar. Pô, td mundo já taca pedra no movimento, até a gente vai entrar na guerra?
Mas o que eu quero mesmo dizer é que o movimento lgbtqiap+ faz parte da sua vida não como uma instituição que te aceita ou rejeita; faz parte da sua vida como uma possibilidade de organização coletiva em respeito da "divergencia" social que voce carrega, e o objetivo desse movimento é te fazer sentir mais seguro ou respeitado do que você se sente entre heteros, assim como reunir e fornecer muitas informações específicas do meio.
Me acho no meio mesmo dessa escala: Estranho para meus pares por não gostar de baladas, coreografias, roupas que muitos usam ou estilos de cabelo q geralmente a letra G da comunidade usa. Me sinto deslocado e até brinco que sou meio que "fora do meio" por causa disso. Engraçado que muitos falam e problematizam padrões, sendo que se vc não segue os itens citados acima vc não é bem visto por muitos. Enfim, ansioso pelo vídeo.
Eu acho esse termo "fora do meio" bem problemático pq alguns gays simplesmente não se identificam muito com os epítomes que empurram como sendo da "comunidade gay", aí fica parecendo que eles estão rejeitando o símbolos que atribuem aos homens gays. E eu falo isso me considerando mais dentro do meio do que fora.
@@luizfelipemarques_1 Engraçado q meu ex ficou surpreso quando eu disse q n conhecia as músicas nem ouvia as drags do momento: Pablo, Glória e outroas. N faz parte do meu gosto e já me olharam torto por causa disso.
Muito bom esse vídeo. Sai do armário com 30 anos, já fora do padrão da beleza gay e idade gay. Estou tranquilo mas não encontro lugar, não gosto das baladas, dos flertes e de alguns estilos. Adoro ser careca, adoro ser um homem gay. Ultimamente sai das redes sociais e vivo minha vida com meu trabalho, arte, plantas e meus Pet’s.
Não fumo, não uso drogas e gosto de coisas comuns. Eu milito no tocante as causas que necessitam de apoio. Desde que entendi minha natureza sexual sou assumido, mesmo quando tive cargos no corporativismo. No meu ponto de vista ser homossexual é ser gente e gente não precisa ter padrão.
@@kadu9500 o que eu acho chato é justamente a problematização disso: "Cómo assim, você não gosta de 'Apablo', nem da Glória, nem de Anitta?"
Eu também não gosto, e isso é um direito meu e seu, que precisa simplesmente ser respeitado. Pronto!!!
@@luizfelipemarques_1, qual comunidade gay ? A que exclui, que separa ? Faça-me o favor. Eu desde cedo percebi o quão nociva era essa tal comunidade gay e fiz logo questão de me manter bem longe dela. Um nicho de trivialidades e falsidades. Também me considero fora do meio e confesso que acho a bandeira colorida ridícula. Só porque gosto de Jazz e Rock sou obrigado a ver nego olhando torto pra mim ? Só porque não escuto esse lixo colorido que chamam de música POP ? E olha que conheço bem gêneros musicais, e essa gente nem POP de verdade conhece, conhecem apenas gente pós-moderna que paga de cantor e artista.
Quando eu tô com a maioria dos homens heteros eu me sinto deslocado por não saber pn de futebol ou esportes, ou por não entender gírias estranhas como "fulano é pka", ou por achar estranho a necessidade de falar de mulheres o tempo todo. Quando eu tô com a maioria de outros homens gays eu me sinto deslocado por não ligar tanto pra divas pop e musica pop a ponto de saber sempre as novidades do momento, por não conhecer tantas baladas gays da minha cidade, por não saber dançar (ou pelo menos não ter tanta coragem de dançar em público como você já me mostrou no vídeo sobre gays dançarem) por não saber tantas gírias de pajubá, e por gostar de usar cores neutras e escuras nas roupas e não ligar pra tantos digitais influencers ou famosos de internet da cidade. Daí pros gays eu sou o heteronormativo ou o cara estranho e travado porque não gosto de chamar atenção, já cheguei a pegar block de um rapaz no app por chamar ele de "cara" e "mano" simplesmente porquê pra ele eu tava incomodando pelo meu jeito de falar. É igualmente zoado quando um hetero chega e fala "mas você não parece gay, tem certeza que é gay?". Como se pra eu ter CERTEZA de que eu sou gay eu tivesse que entender de moda, gostar de pop, ter diva internacional, frequentar uma porrada de balada gay, e falar e agir de uma X maneira. É como se eu não pudesse dizer que eu sou o que eu sou, sem ser questionado se realmente sou, simplesmente porquê não pareço com a definição que a maioria das pessoas tem do que é um gay, inclusive os gays. Eu sou gay porque sinto atração sexual e emocional somente por homens, mas eu também posso falar "cara" e "mano" ou da forma como eu quiser e estiver acostumado, também posso ouvir rock, pop, kpop, ou qualquer gênero músical que me der vontade, eu também posso ser fã de anime, videogames e de filmes da Marvel, não sou obrigado a conhecer todo bar e digital influencer gay numa cidade com mais de 2 milhões de habitantes, nem a dançar tão bem quanto os dançarinos da Mariah, se eu quiser ir pros cantos usando roupa escura porque eu gosto isso não quer dizer que eu seja infeliz e sombrio, é só a p*r** do MEU gosto pessoal, ninguém é obrigado a ser contr c e contr v de ninguém!
Somos dois! Me sinto muito mais a vontade com uma camiseta de banda de metal em um rock bar do que em uma baladinha gay usando camiseta de cores fluorescentes.
O problema é que o povo globaliza as pessoas,temos que respeitar os indivíduos e suas individualidades...Todos somos diferentes,mas muitos tem gostos iguais,porém com atitudes singilares
Testemunho perfeito, similaridade real cmg e meu meio.
@@gustavocarvalho2300 "homossexualismo" tem sufixo significando doença, amigo. Homo-afetividade é um termo light, e melhor❤️.
@Rafael Lima boa!!
Um grande vídeo! Sou bissexual e a vida toda fui muito mais aceito pelo meio hétero. Era do interior do Brasil, ouvia sertanejo, meu estilo era agroboy sempre fui fanático por futebol. Acredito que isto está ligado mais ligado a “heteronormatividade”. Quando me assumi, tudo piorou. Me senti muito rejeitado pela comunidade LGBT por vários motivos, não só pelos meus gostos musicais ou costumes culturais, mas também muita coisa relacionada ao sexo ou a comunidade não acreditar em bissexualidade. A vida toda no Brasil só consegui ter relacionamento com mulheres por tão complicadas serem as minhas relações com a comunidade gay e então ficava difícil encontrar algum homem que se “encaixava” no perfil. Tive que vir embora do país, hoje tenho relacionamento com um homem estrangeiro, amigos héteros e gays. Vivo na Inglaterra. Sou eu mesmo, nunca fui julgado ou sofri preconceitos! Sou feliz e digo que o Brasil tem muita coisa a evoluir para os diferentes tipos de indivíduos os quais nele habitam!
Todo bissexual é gay
Sim cara tbm aconteceu isso comigo... As vezes só por soltar "que massa mn" ou "top", eu era reprimido por falar muito hetero, e mesmo tendo um gosto musical diferente dos héteros eu acabei me sentindo mais acolhido por eles do que a comunidade. E na moral, tentei várias vezes me enturmar com a comunidade mas não me sentia bem vindo ou os gays queriam me pegar por causa do meu jeito, é fod@ cara. Hoje nem ligo, fico chateado, mas não me afeta mais, eu acabei me enturmando com os heteros e deixei a comunidade de lado.
Comigo também, mesma situação. Mas nunca fiz questão de me inserir na comunidade LGBT. Sempre me relacionei melhor com os heteros e bi mesmo. Falar bem a verdade, acho a comunidade bem tóxica, tanto quanto a de héteros.
Eu passo por isso por ser heteronormativo, meus amigos homonormativos não me aceitam por perto, pois eu queimo o filme deles com os boys, ouço coisas do tipo: "desmunheca bicha, vão pensar que somos namorados".
O último que tentei proximidade vivia me cobrando trejeitos e mexia com héteros descaradamente, isso começou me incomodar, pois todos sabemos que mexer com héteros na frente dos outros não da em nada, só risco de levar uma surra.
Depois de uns tempos ele se interessou no boy que eu fico e também cobrava homonormatividade do cara que é bissexual, como ele não conseguiu se afastou de nós dois.
Eu tenho experiência internacional tmb porque sou filho de mãe brasileira e pai italiano, e minha mãe é professora de espanhol e português e tradutora, então cresci conhecendo muito Latinoamérica e o mediterrâneo europeu. Eu nasci em 1978, tenho 44 anos hoje e sou bissexual também e minha vida não foi um inferno porque não sou afeminado e porque fui muito porra louca.
Meu círculo de convivência sempre foi heteressexual, independente do país, na infância nos anos 80 eu era assexuado, só queria brincar com outras crianças e era de fácil amizade. Em Latinoamérica se brinca mais de futebol na rua, correria, rolar na lama, se molhar em poças d'água. Na Europa mediterrânea estávamos a fazer outros tipos de brincadeira como gioco delle mele que era pegar maçã com a boca na água, sem usar as mãos, tombola e jogos de tabuleiro. As músicas eram de crianças e via muito desenho (He-Man, Caverna do Dragão, Thundercats, Cavalo de Fogo). Mas lá pelo final dos anos 80 eu ouvi falar sobre "peste gay" (AIDS), tinha uns 10 anos, e a forma que homossexuais eram vistos e tratados era sinistro. Foi um período muito marcado pela AIDS, eu só tive entendimento para saber isso no final da década e já sendo uma criança mais velha, e ao mesmo tempo comecei a reparar nas garotas, e nos garotos, mas não tinha a noção que isso era minha sexualidade.
E as décadas coincidiram com as fases da minha vida, entrei em 1990 com 11 anos e sai de 1999 com 21, ou seja, toda a minha adolescência foi nessa época. A melhor década da minha vida, a moda das roupas largas sem nenhuma noção de moda, continuei jogando bola, fazia artes marciais, continuei assistindo desenho (alguns que decobri anos mais tarde serem animes), era rockeiro mas gostava de banda Eva, tive uma banda de grunge e rock alternativo que era vocalista e guitarrista, andava de skate. Meus pais são mais mente aberta, assumi minha bissexualidade aos 16, com meus pais não tive problema mas eu já era um adolescente transgressor, rebelde e promíscuo e meus parentes no Brasil e na Itália viam isso como safadeza, e realmente não faltava safadeza. Assumi em uma escola brasileira, subi na mesa e disse: "quero dizer uma coisa, gosto de buceta mas também gosto de piroca, e reparo os rapazes no vestiário, se acharem ruim me coloquem pra tomar banho no vestiário feminino, vou adorar". Primeiro beijo hetero aos 12, primeiro sexo hetero aos 13, primeira namorada aos 14, primeiro beijo homo aos 16, primeiro sexo homo aos 17. Quando fiz 18 passei a frequentar cabarés hetero, experimentei maconha mas não dei continuidade ao uso. Nunca fui fiel.
Nos anos 2000 fui jovem adulto, fiz faculdade de biologia e história ao mesmo tempo, e depois de cinema. Foi a fase que consegui minha independência financeira, comprei minha primeira casa própria aos 25, e também minha década mais aventureira, fiz mochilão por Latinoamética, conheci a Ásia e as savanas africanas e tive meu primeiro e único namorado, e outras namoradas. Tive muito contato com indígenas brasileiros, fiz 3 tatuagens, vivi a cultura Millenial dos anos 2000, adicionei Linkin Park, SOAD, Evanescence, o emo, Tomate, Avril Lavigne e RBD ao meu gosto musical, virei fã de Harry Potter e Senhor dos anéis, me tornei otaku e jogador de Magic e Yugioh. Foi a primeira vez que frequentei saunas gay, saunas mistas, além de cabarés hetero, e fui pai pela primeira vez aos 27, e resolvi me casar, e hoje sou casado com minha esposa e pai de 2 filhas e 1 filho.
Eu nunca fui a uma parada gay, nunca me senti parte do movimento LGBT (ou GLS como conheci). Sei da importância do movimento na luta contra o preconceito e por direitos, mas eu nunca fui visto por eles como parte da comunidade e nem cresci tendo contato. Amo futebol também, gosto de UFC, de rock, aliás o pouco contato q tive eu fui até xingado kkkk justamente de "heteronormativo" mas isso foi nos últimos anos, antes já tinha ouvido que era "infiltrado", "indeciso", "putão", "é só uma fase".
E um pouco da minha experiência internacional: o lugar onde é mais tranquilo para ser LGBT é a Espanha, já na Venezuela foi onde senti que tinha mais preconceito.
Até uns anos atrás eu me sentia diferente. Hoje eu entendo e aceito que sou único. Gosto de Rock, do mesmo jeito que gosto de Madonna e Pablo Vittar. Gosto de carros e motos, do mesmo jeito que gosto de moda. Foram 23 anos pra construir quem eu sou e ainda há muito o que construir e desconstruir. Depois que me desliguei dos estereótipos, comecei a viver melhor, a descobrir o que é ser eu.
É exatamente assim que penso tb. Ha se todo mundo parasse de julgar o outro e simplesmente aceitasse que todos somos diferentes ne.
O tweet a que me referi durante o chat ao vivo:
"Não sou engraçado nem tenho boas sacadas pra escrever no Twitter.
Não sou biscoiteiro nem bonito pra postar foto no Instagram.
Não finjo uma vida perfeita nem viajo o bastante pra fazer inveja no Facebook.
E é isso.
Minha vida virtual sequer serve de fuga pra vida real. 😂"
Achar o lugar no mundo já é difícil. Na internet? Às vezes é impossível mesmo.
Poste o que vc gosta, nao preciss se encaixar nesses 3 padroes para ser feliz ou achar semelhantes. Demora mas o povo que tem algo em comum conosco, sempre aparece.
@@antoniomf8399 É o que faço, sim. (Obrigado por responder. ☺️)
Me sinto da mesma maneira! Acho que a cultura de registrar todas as coisas por posts e fotos, nunca me conquistou.
Me sinto muito deslocado, para postar sobre minha vida e nunca acho que existe algo substancialmente legal para compartilhar.
É curioso, porque namoro com alguém que é bem diferente de mim nesse aspecto, além de trabalhar em uma startup que cobra uma atitude mais ativa nas redes sociais.
Por isso, sinto uma pressão para compartilhar coisas online e aparecer nas redes. Gostaria de te dizer que já resolvi essas questões, mas não consegui.
Então só queria dizer que compartilho do sentimento, você não está sozinho 😅
Eu posto coisas q nada dizem sobre minha personalidade no insta, apenas gostos pessoais, q em sua maioria, ninguém se interessa.
Mas, sempre é o preço por sermos diferentes de uma maioria mesmo.
@@andrericardo5761 É como estar no mundo sem ser considerado parte dele. Nada muito diferente da nossa vivência diária enquanto pessoa gay, não?
Atualmente estou mais desencanado com isso. Transito bem em vários ambientes, porém o esnobismo das "Manas" existe e muito forte. Encontrar sua turminha não é fácil, nem depois dos 30. Hoje tenho uma postura mais "fechativa" por questões politicas e identitárias, no entanto, paga-se um preço por isso. Ser singular não é fácil!
Com os heteros é do mesmo geito.
Não é fácil ter sua identidade perante aos padrões sociais.
Os hetéros não acreditam que sou, os gays também não... é um vácuo kkkkk
Quase todo gay deve ter passado por essa fase de querer entrar nos moldes "homonormativos". Mas hj eu gosto de ser quem eu sou, nem lá, nem cá, nem isso, nem aquilo. Apenas único.
Ah, e eu adorei assistir o Q-Force!
Será que realmente existe uma comunidade gay? Talvez o fato de gostar de pessoas do mesmo sexo não seja suficiente para criar um vínculo comunitário. Nesse e em outros vídeos foi abordada a multiplicidade de visões de mundo, interesses, valores, comportamentos etc que gays apresentam. Para exemplificar, sinto o fato de ser gay como o de ser ateu: algo que não cria laços de forma alguma. Comunidade parece exigir um entrosamento maior, uma partilha mais significativa de valores e objetivos, na minha opinião. Quando eu ouço que alguém não eh aceito no vale por ter determinado posicionamento, eu traduzo como "eu não quero você na minha comunidade (patota), em que todos opinam assim e se comportam assado".
Talvez "comunidade gay" seja mais adequado para os guetos de resistência em ambientes extremamente opressores. Aí haveria um elo muito claro: a ajuda mútua e a luta por direitos.
Enfim, talvez isso tudo venha da necessidade de aceitação, de pertencimento, como foi abordado no vídeo; mas inserir-se em uma comunidade pode não ser realmente importante. Já se inserir na sociedade é! Para todos!
Muitos "talvez" hahaha. Parabéns pelo vídeo!
Eu entendo sua dúvida e acho extremamente pertinente. Porque o conceito de "comunidade" é realmente amplo. Tem o lado sociológico da coisa, mas tem esse lado de "empatia / carinho / socialização" também. (Quase um lado "psicológico", talvez.)
Eu acredito que pode haver (e há) uma comunidade mesmo que você não crie laços com ela. O exemplo que eu sempre dou é morar num prédio: você pode nunca ter ido na reunião de condomínio; você pode ODIAR seus vizinhos; e mesmo assim, vocês todos fazem parte da mesma comunidade, porque vocês moram num mesmo lugar, e as decisões de um impactam na vida do outro. Você ignorar as pessoas não torna essa comunidade menos real.
Mas concordo contigo que não é, de fato, necessário se "inserir" na comunidade (gay) - ou seja, ativamente criar laços com as pessoase. Se você não sente falta, tá tudo ótimo, não tem nenhum problema. Eu fiz o vídeo mais porque o desabafo dos seguidores aqui no canal é que eles de fato querem (ou gostariam) de fazer parte, mas não se encaixam.
Abraços!
@@marcelnadale, falar o porquê de não se encaixarem você não fala não é mesmo ? E você sabe muito bem quais são os principais motivos. 1 - Status
2 - Aparência física
3 - Dinheiro.
O resto é conversa pra boi dormir e encher o saco.
@@thiagofelix2465 nao acho que seja por isso que nao se encaixam não, acho que é mais um padrão comportamental! Onde um determinado tipo de comportamento é dito como certo ou errado! Status, aparência fisica e dinheiro nao te fazem sentir mais pertencido ou não por um determinado grupo, visto que tem um monte de gente com tudo isso ai que se sente muito mais pertencente a outras realidades.
@@jaffargameplays9740, você acha mesmo que quem faz parte dessas bolhas estão lá por causa de puro e simples pertencimento ? Quem promove e dá o passe de pertencimento são pelo menos 1 desses 3 fatores. Pode negar o quanto quiser, mas é a realidade. Quando aos que você diz que possuem os 3 fatores, mas transitam em outras redes de pessoas, até existem, são poucos, mas existem, porém você esqueceu de mencionar um fato determinante nesse caso específico. Se essas pessoas possuem esses 3 fatores, elas serão aceitar e pertencentes a qualquer nicho que elas se dispuserem a fazer parte. Você pode negar isso também, mas não muda.O fato é que estamos vivendo um tempo maldito de mercadorização de tudo e todos. Que Deus nos ajude, pois as relações sociais saudáveis estão indo para o ralo.
@@thiagofelix2465 nao tô negando so acho que vai além dessas 3 únicas coisas, vai muito além disso, principalmente pela pluralidade de pessoas, mas justamente por nao se aceitar que alguem é diferente de voce que essas bolhas sao criadas...
Poderia citar um milhao de exemplos mas nao acho que va adiantar pq vc parece estar com suas ideias ja bem formadas!!
Abraços!!
Sempre me senti meio deslocado desde criança, na escola, eu não era aceito nem pelos meninos por não ser "masculino" o suficiente e nem " feminino" para ser aceito de forma mais integral pelas meninas. Elas meio que me toleravam... mas não se sentiam a vontade comigo, lembro que tinha um menino na minha turma que era bem mais afeminado que era bem quisto por elas. Isso me fazia sentir estar no meio termo dos dois, mas não de forma positiva rsrsrs
Nossa. Te entendo demais. Abraço virtual pra ti
@@guilhermecruzveras5667 Nossa como você e bonito, tem insta?
Exatamente. Passei pela forma situação
E o garoto mais afeminado sofria mais na escola nas mãos dos outros meninos e você dava graças a deus por ele estar lá e assim vc poder passar despercebido, né hahaha
Eu adorei seu depoimento, mas algo me chamou atenção e eu resolvi perguntar... O que é "bem quisto"? Kkk
Eu parei de me preocupar se sou gay demais ou de menos, não tem tanto tempo assim, porque eu me cobrava demais. Só sei que após isso, tudo melhorou.
Eu que me entendo como esquisito, sempre me senti um gay nem nem, quase a todo tempo
Cada vez mais sei que não estou sozinho
Maravilhoso seu vídeo ♡
Vídeo perfeito. Muito a minha vivencia, não sou afeminado o suficiente e nem masculino o suficiente para as gays, é foda! Por isso demorei tanto pra ter um namorado, e nem sei se vou conseguir outro namorado, já que terminei recentemente. Porque já foi tão dificil, e a comunidade gay anda exigente DEMAIS.
Me sinto assim a vida toda, sou muito mais heteronormativo mas na realidade nunca me senti pertencente em nada, e como vc disse no vídeo, toda essa confusão tá muito ligado com a autoestima arrebentada, e todo o trabalho deve se começar por dentro, é muito desgastante buscar essa aprovação externa é como se fosse uma luta incessante
Minha história é bem semelhante a sua e tbm me senti da mesma maneira.
Existe vários estilos na comunidade gay, o que precisam é respeitar cada um como ele quer levar a sua vida.
Esse vídeo me representa, Marcel! Parece que vc falou da minha vida…
Me senti muito sozinho por longos anos… e saiba que tbm não fui “acolhido” pela comunidade (a maioria dos meus amigos e amigas é HT) tenho poucos amigos gays… mas agradeço por sua ajuda e saiba que vc encontrou um ponto importante para muitas pessoas! Um abraço!!!
Querido Marcel e galera que segue o canal Gay Nerd,
O sentimento de inadequação sempre me acompanhou. O sentimento de não-pertencimento é uma constante na minha vida!
Na minha infância/adolescência eu não me considerava descolado para participar do grupo dos populares, além disso era profundamente tímido (e ainda sou) e nada esportivo (a verdadeira negação em todos os esportes coletivos).
Comecei a assumir para mim que era gay - um processo doloroso e cansativo - e isso intensificou o sentimento de exclusão.
Muitos anos dentro do armário e vivendo uma angústia indescritível.
Quando criei as forças necessárias para me assumir para minha família e para amigos próximos, acreditei que tudo seria diferente... Acreditei que estaria rodeado de amigos, de acolhimento.
Triste ilusão!
O sentimento de inadequação continuou me perseguindo, uma vez que parecia que não "cabia" dentro da comunidade gay.
Comecei a me "forçar" a consumir alguns conteúdos para me sentir mais participativo e incluído. Mas me parecia tão sem sentido e nada natural para mim.
Não me sentia bem frequentando baladas e festas. Nesses lugares o sentimento de "peixe fora d'água" se tornava sufocante.
Esse vídeo conseguiu traduzir com maestria todos esse conjunto de sentimentos que me habitam.
Obrigado por trazer essa reflexão!
Obrigado por colocar luz sobre esses pontos e por aproximar pessoas que vivem essas mesmas questões.
Grande abraço!
Daniel,tomara que você esteja vivendo melhor hoje,Eu vivi algo parecido com seu relato e acho que sei um pouco como foi isso pra você. Enfim,abraço e tudo de bom pra você.
Marcel, que tema genial!!! Nunca pensei que existissem os NEM NEM!! E eu sou um deles desde minha infância quando aprendi a fingir para ser ACEITO!! Afinal, somos bombardeados por situações que exigem saídas estratégicas para não sermos massacrados por nossos vizinhos, pelos nossos amigos héteros e principalmente no trabalho!! É uma coexistência difícil, e o nosso cérebro às vezes entra em curto-circuito!! A decisão pelo silêncio principalmente no TRABALHO pode ser considerado 1 medida razoável em razão das diversas consequências NEGATIVAS que tal revelação traria a nós mesmos!! No fundo, somos muito mais ¨MACHOS¨ do que muitos héteros que não precisam passar por tudo isso!! As consequências das MELHORES escolhas nos levam às melhores MANEIRAS do próprio VIVER!!.........beijão!!
As vezes eu tenho vontade de não ser gay, por não ser aceito na comunidade e no âmbito familiar.
É muito sofrimento o tempo inteiro.
Quando você entende que você está sozinho, até ai tudo bem!
Mas o mais triste é a falta de um apoio digno e real. Hoje em dia é tudo superficial.
penso assim tb. vamos ser amigos?
Muito bom o vídeo, me senti bastante representado, quando vivemos entre pessoas heteronormativas, o comportamento homonormativo é normalmente o gay afeminado, espalhafatoso, criativo e cheio de personalidade. Quando me descobri gay eu tentei me encaixar nesse padrão, foi quando vi que eu não era desse jeito e ai me vi perdido nesse limbo nem nem. Hoje em dia entendo minha individualidade e acho pessimo quando se critica o jeito de alguem, seja ele homo ou heteronormativo.
Sim, eu me sinto um Gay Nem Nem...
A pessoa a qual eu me espelho é você...
Parabéns pelos 50 mil, estou feliz demais pelo seu crescimento, você já me ajudou TANTO que nem imagina.
Eu tenho 42 anos e nunca me senti inserido em lugar nenhum... O único espaço que eu me senti mais à vontade foi no espaço alternativo, de música alternativa, principalmente dos anos 80 e 90. No final dos anos 90 e início dos anos 2000, eu fiz muitas amizades com pessoas que curtiam rock alternativo (tanto héteros, quanto gays...). Mas eu não era assumido entre os héteros. Eu só tive coragem mesmo de falar sobre minha sexualidade com alguns amigos héteros já na fase adulta, por volta dos 26, 27 anos... Por aí...
Nunca tive muitos amigos gays, e os poucos que eu tinha, eram mais alternativos, como eu. Eu nunca fui igual a maioria dos gays. Eu sempre fui mais reservado, nerd, e gostava de rock. E agora que a vida está muito mais corrida pra todo mundo, tenho me sentido ainda mais sozinho. Eu não curto baladas 100% gays, não curto sexo casual, não curto divas pops, micaretas, nada disso. Gosto muito de séries como "Downton Abbey", "When Calls The Heart", "Anne with an E", "Special", e por aí vai... Tenho uma forma mais romântica de enxergar a vida. Não estou falando de "amor romântico" exatamente... Estou falando de sensibilidade, introspecção, empatia, doação, altruísmo, essas coisas. Percebo muito egoísmo na maioria das pessoas, sejam heterossexuais ou LGBTs... Não quero dizer que eu seja santo e não seja egoísta também em algum grau, mas percebo que sou muito mais sensível que a maioria das outras pessoas.
Recentemente, eu descobri um aplicativo chamado Cíngulo e estou fazendo terapia através dele. Tem me ajudado muito a me conhecer melhor como ser humano integral, independente da minha sexualidade. Pessoas sensíveis e mais introspectivas existem independentemente de orientação sexual ou identidade de gênero. E quando a gente se percebe assim e se aceita, acho que tudo vai ficando mais fácil e leve. Somos todos seres humanos e acho que a gente não precisa se encaixar em lugar nenhum, em comunidade nenhuma. Acho que a gente tem que viver a nossa natureza e ocupar os espaços que nos deixem confortáveis, no momento que a gente quiser e tiver vontade. Nunca gostei de seguir manada, seguir moda, nada disso. E tô aprendendo a gostar de mim assim, do jeito que eu sou. Pra mim, só está faltando alguém pra compartilhar a vida, seja uma amizade sincera ou um namorado. Eu sou feliz assim, do jeitinho que eu sou. 😊
pareço com vc. .vamos ser amigos?
Que linda sua história ... Tem vários aspectos que eu penso como você desde a minha adolescência nunca gostei muito das baladas e acho que muitos eram medíocres e sem moral apenas ficavam nas baladas e julgavam hoje entendo... até porque nao era santo porque as vezes fazia alguma pegação mas essa sociedade ainda e muito errôneo quando nos classifica sabendo que tem sempre uma intenção política e monetária pra nos expor claro que nem com todos mas eu odeio a forma como os gays sao expostos na TV na musica... E tudo sobre show ... fama ou super valor ... isso nao e ver a essência embora poucos sao diferentes.
Muito sincero seu comentário!
Eu considero importante tentar identificar o quão sensíveis as pessoas são: você mesmo e as demais. Você disse tudo: empatia, doação, altruísmo. Alguns têm isso muito mais aflorado que outros. E as interações humanas podem ser maravilhosas se estivermos cientes do nível de sensibilidade/romantismo do outro. Ou catastróficas, caso se ignore esse fator 😅 Alguns são mais pragmáticos, realistas, racionais (clássicos). Outros mais emotivos, altruístas e idealistas (românticos). Mas penso que ambos podem ser introspectivos.
Me identifiquei com vc, quer ser meu amigo?
Sou cis gênero e gay. Porém minha aparência é considerada feminina por muitos, cabelo grande e bem cuidado, bunda e coxa grande, quadril largo. Por causa disso ao primeiro contato, muita gente ja aceita que eu sou gay, por exemplo "ouvem de outra pessoa que eu sou gay"
Porém quando a pessoa ela começa a conversar comigo, geralmente ela toma um susto, ou faz cara de confuso. Pq eu não tenho trejeitos e minha voz é beeem grave. Normalmente é um choque
Por causa disso eu sempre fui taxado de forçado, "é gay mas força a voz" ou "é gay mas se veste como homem". Sabe essas coisas muito sem noção.
Tanto que eu não sou aceito na panelinha dos afeminados, nem dos masculinos e nem na dos heteros. Eu ai eu fico tipo vagando com meus 2 amigos assim, que também são considerados fora do meio deles.
Que bom saber que eu não sou o único que pensa assim e que tem tanta gente que se sente meio que "o último a ser escolhido"
Vc ainda tem dois amigos para andar por aí....tem gente que nem tem
Nossa, xará! Onde você mora? 😍
Nossa, são muitas situações diferentes... nossa comunidade precisa e muito evoluir fico triste com esses tipos de coisas.
@@renemassera8370 Eu aqui, ninguém que eu falo acredita que sou bi, e isto me incomoda.
@@marcelo_jcd2042 com certeza!
Eu sou assim e odeio quando me xingam (ou outro gay parecido) de "heteronormativo" parecendo que a gente tá forçando masculinidade ou não queremos "parecer" gays.... NÃO ESTAMOS, nos respeitem, respeitem nossa homossexualidade, nossa individualidade e nosso ORGULHO! (Notas pro lacre??)
a gente é o que é neh, vivo levando - voce precisa se soltar. caralho eu sou assim
7,5 😎😎
Cara e é zoado quando um hetero chega e fala "mas você não parece gay". Como se pra eu ter CERTEZA de que eu sou gay eu tivesse que entender de moda, gostar de pop, ter diva internacional, frequentar uma porrada de balada gay, e falar e agir de uma X maneira. É como se eu não pudesse dizer que eu sou o que eu sou, sem ser questionado se realmente sou, simplesmente porquê não pareço com a definição que a maioria das pessoas tem do que é um gay.
@@geovany15silva exatamente
Sofro muito com isso tbm…. Sou gay e pronto.
Acho que todo bissexual tem um pouco desse sentimento, de não ser nem queer o suficiente pra se enquadrar na comunidade, nem padrãozinho o suficiente pra ser totalmente heteronormativo. Eu sempre me senti repelido pelo "dialeto" que lésbicas e gays falam entre si, eu não entendo nada do que está sendo dito e só me sinto mais de fora ainda. :(
Caraca, você trás umas pautas tão legais, escuto umas coisas e fico pensando sobre horas e vem me ajudado com várias coisas sobre a vida. Obrigado Marcel! ❤️
Oi gato
Exaatamente oq acontece cmg, fico refletindo e me da um alivio
Vivo muitos dilemas e estão todos nesse vídeo, não sou hetero, mas também não me encaixo neste padrão normativo de gay. E as vezes dá uma sensação de esquecido mesmo, mas ao mesmo tempo, não podemos ser diferentes e a vida precisa seguir, com ou sem homonormatividade. Rsrs obs. Adorei o seu neologismo!
Me identifiquei muito quando vc comentou que quando se descobre gay, aparece um alívio com o pensamento de que finalmente se encontrou “sua turma”.
Me senti exatamente assim, lembro da alegria de finalmente entender o por que de me sentir tão fora dos padrões .
Com o tempo percebi que algo que não acontecia anteriormente passou a acontecer no meio gay… o racismo . Percebi com o tempo que havia uma preconceito contra asiáticos em geral.
Em resumo, a luta continua sempre, e o desafio de inclusão vai estar sempre lá! O negócio é amadurecer e não precisar deste tipo de aprovação.
Vídeos como esse são mais necessários nas redes sociais. Parabéns pela iniciativa. Mais empatia e menos julgamento.
Be Brave and Kind.
Acho que isso deve ser muito debatido, porque é uma questão de saúde mental pra esse grupo no qual eu me incluo. Sofri muito na adolescência por não me encontrar num grupo, e junto com todo o sofrimento inerente à situação de se descobrir e do preconceito, sofri também durante muito tempo com a solidão por ter colegas, mas não amigos de verdade pra falar de certos temas mais abertamente. É uma questão que gera enorme sofrimento que acaba sendo mais um item nesse pacote de sofrimento que a gente paga com o custo da nossa maneira de existir no mundo!!!
Acho que vc descreveu como me sinto. Sozinho, msm quando estou rodeado de outras pessoas. Falo sobre diversos temas de interesse comum, mas me sinto mal quando falam de mulher e ñ sei como reagir. Não nego para quem perguntar, mas não exponho abertamente que sou gay, ñ gostaria de expor algo tão pessoal para qualquer um. Me pergunto se vc tbm sentiu a solidão de ñ achar alguém para quem demonstrar afeto e só sonhar com um cara que nem sabe se existe. Geralmente, gosto muito de ficar sozinho, mas tem momentos que gostaria de compartilhar com alguém meus pensamentos que mantenho apenas para mim, dar e receber afeto. Infelizmente, ñ vejo ngm ao meu redor que poderia ser esse alguém. Os que eu sei que são visivelmente gays, nunca tentei uma proximidade real, pq ñ sinto que tenhamos nada em comum. Ñ tenho raiva de afeminado, mas simplesmente ñ me vejo como eles, assim como eles não se veem em mim, como se mesmo q sejamos gays, somos de espécies totalmente diferentes. Desculpe pelo textão no seu comentário, saí digitando o que vinha na minha cabeça.
Marcel importante muito pertinente esse vídeo, e como sempre vc consegue elucidar de forma clara e objetiva a questão...sou um homem gay assumido aos 46 anos, após um casamento de 19 anos, com um filho que hoje tem 33 anos e reside comigo...e por um bom tempo não sabia como me encaixar nos grupos...em alguns momentos já me senti muito deslocado em roda de amigos gays, mais jovens, sarados, etc...e tb com amigos heteros...pois me sentia fora do padrão em ambos os grupos...mas fui percebendo que tenho que ser autêntico comigo mesmo...hoje consigo me sentir mais confortável no Mundo...e consigo transitar bem em ambos os grupos e me sinto respeitado e aceito de alguma forma...obrigado pelo vídeo e pelo papo...abração carioca...
Vc tem instagram?
1. Legal você conseguir uma "missão" para seu canal. 2. Escalas Normativas são meramente acadêmicas. 3. Não sou homo ou heteronormativo mas transito normalmente em qualquer ambiente. 4. É fato que eu tenho minhas preferências e elas me guiam e 5. Meu pai me educou para um exercício: a busca da coerência comigo mesmo, meus sentimentos e objetivos. Citei estes cinco pontos porque considero seu canal educativo e bom no amplo aspecto embora eu não concorde com alguns vídeos. E sim, não curto movimentos LGBTQI+ o que não quer dizer que os condene. Vivo minha individualidade sempre focado no coletivo. E três aspectos me norteiam nas interações: Respeito, Amor e Solidariedade; ou, num entendimento mais prático: entendimento do "outro", preciso dizer o que é amor?, e ação efetiva para o bem estar coletivo.
Esse vídeos é incrível e mto necessário. Eu por exemplo, não sei nada de Divas POP, e já me peguei várias vezes, me forçando a ouvir, a entender, saber quem é… Devido às inúmeras críticas que recebo por curti ROCK Internacional.
minha madrasta tbm pensava q os gays viviam em uma bonita comunidade e eu expliquei como realmente funciona
Isso não vale apenas para os gays, mas para todo o vale. Eu sou trans e sempre me senti menosprezada porque na mente das pessoas, sejam LGBTs ou não, toda trans tem que ser perfeitamente menininha mesmo desmontada, tem que ter silicone, ter o corpo perfeito, uma neca gigante e saber dançar funk... Eu não me encaixo em nenhum desses esteriótipos. Confesso que isso ainda é fonte da maioria das minhas inseguranças.
Que video perfeito, eu sempre me sinto excluso de todos os meios incluindo o gay, ainda busco mta validaçao externa e isso doi mto pois mtas vezes ela nao vem e parece que acabo vivendo a vida num projeto intangivel de ser alguem melhor mas para os outros, infelizmente sexualizo mto minhas relaçoes com outros gays e nessa briga interna de querer validação como alguem sexualmente atraente e um amigo com um enredo comum (ser um homem gay), sinto q até hoje nao criei laços efetivos com outro homem gay e me sinto sim solitario dentro e fora da comunidade, inclusive vira e mexe me vejo forçando comportamentos estereotipados pra me sentir encaixado na minha identidade(?) e acho que nun geral tenhi grande problema pra definir minha identidade pra mim mesmo, me sinto perdido dentro de esteriotipos de mim mesmo, das formas como as pessoas ou eu acham que eu vou agir, enfim, desabafei mto cruzes 👁👄👁
Tbm me sinto de certa forma como vc. Tbm tenho esses desejos de ser alguém "melhor", mas para ser aceito pelos outros. Eu queria ter um corpo padrão, pra ser melhor aceito pelos caras e pela sociedade em geral, pq é isso que percebo que a maioria gosta. Tbm queria saber dançar bem, e saber coreografias das músicas do momento e clássicos das divas pops ou algo assim. Mas eu n sou nada disso. E eu me sinto muito solitário nesse sentido, apesar de ter um namorado. Conheci ele numa festa e estamos namorando há três anos já. Ele gosta de mim e me aceita, mas a minha autoestima é tão lascada que eu sempre acho que ele só finge gostar de mim ou finge me achar bonito. Além dele, não tenho outros amigos gays, apenas alguns conhecidos e uns ex amigos que eram mais próximos de mim há algum tempo. Tbm tenho esse problema de sexualizar demais qualquer contato ou relação q eu tenha cm algum cada gay, e isso é bem problemático, pq me gera muitas inseguranças e sentimentos controversos. Sempre anceio que o outro cara gay me ache bonito e atraente e queria transar cmg.
O título do vídeo me chamou bastante atenção, até porque já virou regra eu discutir com meus amigos sobre "não ser o suficiente". Eu nem sou másculo (no sentido estético e até em personalidade) pra ser visto como "padrão", nem afeminado (mais uma vez, em sentido estético ou em personalidade) pra ser visto como "afeminado". Isso me gera um desconforto ENORME, ao ponto de gerar uma sensação próxima a disforia, porque por mais que eu me esforce eu nem me aproximo de um, nem do outro, então é comum eu dizer algo como "Eu sou só eu e isso não é o bastante pra ninguém".
Pode ter certeza que eu vou ver e rever esse vídeo durante um tempo e compartilhar com amigos, que talvez estejam tentando me entender e não conseguem 100%. :)
Esse sou eu , muito prazer . 38 anos trilhando o caminho do meio rs . É tenso.
Finalmente encontrei um canal que me identifiquei. Obrigado.
Sou solitario não por ser um gay hetero normativo, sou por opção e traumas de infancia e adolescência, quantos seres humanos vivem como eu por seus traumas, independente de sexualidade. O mundo de hoje está muito chato e complexo de se viver.
Que traumas?
@@semidentificacao8933 Desculpe, esses traumas cabi somente a mim e não há estranhos, não estou sendo mal educado, mas são coisas pessoais e particulares de cada um...
Este mundo é seu também. Não se sinta menor ou maior que ninguém. Apenas saiba do seu valor que Ning pode tomar.
Ainda me sinto excluído entre os heteros e gays. Dificuldade de me encaixar, muitos anos tentando parecer ser hetero, gerou consequências.
Um dos vídeos mais necessário para o canal.
Eu sou isso, só que sendo lésbica
Não tenho amizade com outras lésbicas, nem com as héteros
No campo dos romances, não atraio nem as ladys nem as bofinhos
Triste demais
Nathalia, eu tbm passei por algo parecido por ter um núcleo de amizade bem reduzido sendo o unico LGBT do grupo. Para mudar isso e conhecer mais pessoas como eu, fui atras de ONG's que prestam ajuda a LGBT's em situação vulnerabilidade pra conhecer, mesmo sendo muito timido, não gostando de coisas que a sociedade julgam ser de GAYS como ir a baladas ou qualquer coisa que envolva multidão e festas em geral. Tanto que a primeira Parada que eu fui, foi aquela que eu ajudei a fazer há um pouco mais de 3 anos pq a Ong era uma das organizadoras, foi uma experiencia bem lgl em ver meu trabalho estampado pela cidade e literalmente no peito das pessoas. Sobre conhecer pessoas novas, confesso que as coisas estão evoluindo gradativamente mas ainda sim bastante progressivo. Força aí!!!
No meu caso eu sou a LGBT do grupo. Tenho mais amizade com pessoal hetero e mesmo sendo de boas tem tópicos que sinto que tô forçando a barra tipo "lá vem a arco íris falar da série gay nova que começou a ver". Acaba que sinto falta da comunidade mas também parece que "sou muito hetero ou galera". Em relacionamento basicamente os caras acham que eu sou lésbica e as minas que eu sou hetero. soma o fato de eu ser extrovertida e simpática demais, as pessoas adoram fazer amizade mas tem medo de tentar algo mais ou nem pensam na possibilidade. Povo ainda acha que bi tem o dobro de opção(pra levar fora isso sim)
Só sei que mulheres gays são muito melhores, mais inteligentes e humanas. Afinal, são mulheres, seres que de fato evoluíram, eu acredito muito nisso.
Mto legal conhecer sua vivência Nathalia, não imaginava que isso acontecia entre lésbicas
@@TheG4BR1EL4 mds, sei que seu comentário tem 8 meses, mas é exatamente isso kkkkk os homens acham que eu sou lésbica e as mulheres acham que sou hetero. Vamos começar a criar a bi culture pfvr hahahah
Já me senti "menos tudo" nesse processo de entendimento sobre minha existência homossexual dentro da realidade em que vivo. Hoje, após 34 anos, já me enxergo de uma oooutra perspectiva muito melhor, mais madura e mais multipla e plural. Acompanho seus videos e presto muita atenção na sua fala e percebo que vc tras muita vivencia e fala sobre a geração anos 80, 90 e 00's que, acredito eu, ser a geração da mudança... da quebra de paradigmas e da revolução nesse mundo. Obrigado por pontuar o que ninguém pontua.
Por muitos anos na escola eu era o garoto "estranho".
Dentro de varios nichos, eu nunca me classifiquei em nenhum, na verdade!
Eu nao era masculino demais para andar com os rapazes, eu nao era gay demais para andar com as meninas, eu nao era nerd demais para andar com eles, eu nao era nada.
No intervalo, a minha diversao era ler na biblioteca e ver meio mundo brincar, com seus grupos, e eu de escanteio, porque quando tentava "me encaixar" em algum, eu era excluido, colocado de lado.
Só comecei mesmo a ver "meu lado", " meu mundo" Quando eu comecei a ter problemas sociais e fui enfim, para o pátio, e comecei a jogar game boy e olhar aquele lot de pessoas .
Acho que o pessoal da escola só começaram a me notar no dia que eu tive uma crise de pânico ao ver aquele amontoado de gente. Dia esse que desmaiei no pátio e o pessoal começou a me "aturar".
Eu mesmo criei meu grupo, aonde fiquei anos sendo o unico dele. Só consegui me soltar mais e ter um pouco mais de aceitaçao aos 17 anos. Antes disso, eu era um ser invisivel
vamo criar um grupo no whatsapp?
Cara talvez você esteja dentro do espectro autista, existe um tipo de autismo leve grau 1 também chamado de "sindrome de spanger", é comum em adultos do sexo masculino, por ser mais difícil o diagnóstico porque esses indivíduos parecem normais e sociáveis, muitos homens passam a vida sem saber disso mesmo se sentindo diferentes não consideram que podem está no espectro também .
Você pode pesquisar mais a respeito e procurar um profissional para um diagnóstico preciso 👍.
Minha história de vida
Esse vídeo tem um conteúdo tão ímpar, que vou assistir mais de uma vez (estou na primeira). É o tema que minha terapeuta mais identifica nas minhas falas e certamente vou mostrar a ela na próxima sessão. Quem sabe ela mostre a outros pacientes que provavelmente sentem o mesmo.
Somos únicos em cada um.
Vou abrir um parêntese
Amigo como você conseguiu resumir em um vídeo, exatamente o que a grande maioria gays sofrem neste mundo.
Cara você é muito inteligente, adorei seus posicionamentos!
É sério, Marcel… fico cada dia mais surpreso com os teus vídeos e de uma forma muito legal… vc está sempre falando sobre coisas das quais nem sempre pensamos ou que simplesmente esquecemos, porque é melhor, porque é menos constrangedor, porque assusta menos… e você fala de uma maneira tão diferente e tão esclarecedora que eu fico feliz de saber que alguém nesta dita comunidade pensa e reage aos nossos problemas mais cotidianos e humanos… parabéns pelo vídeo e que venham mais 50 mil gays únicos, para que possamos debater e entender a nossa existência… somos únicos e somos diferentes e todos devemos nos aceitar mutuamente, para que, de verdade, possamos desfrutar de um mundo melhor… beijos e sucesso pra esse canal tão importante!❤️❤️😘
Bem o meu caso. Quando adolescente e no começo da vida adulta eu era heteronormativo o suficiente pra ser aceito por meus amigos na época, até que o inevitável aconteceu: eu nunca ficava com mulher e ninguém entendia o porquê, e eu não tinha explicação pra dar, só me esquivava. Anos depois quando fui pra comunidade LGBT foi ainda pior pois ali eu não parecia gay nem era considerado atraente o bastante pra ficar com os caras. Quem eu tentava ficar virava "amigo", se é que dá pra chamar alguém que te rejeitou de amigo. Hoje devo ser um mistério, nunca ninguém me viu nem com homens nem mulheres. Agora imagina o que é isso pra alguém que NÃO é assexuado...
Exatamente isso.
Eu to na fase “eu nunca ficava com mulher e ngm entendia o pq” kskaksks é foda 🥲
@@umapessoaqualquer8789 somos 2 amigo
Claro que dá para chamar de amigo. São duas esferas diferentes. Houve uma rejeição na âmbito sexual/romântico não no fraternal.
@@lucas-prado sim concordo. O problema é quando isso se torna uma rotina. Ninguém quer ser só o "amigão" de todo mundo.
Marcelo vc é sempre assertivo mas esse vídeo hoje foi p mim kkkk. Por ja estar nos 40 e ter me aceitado mais tarde me sinto exatamente “nem nem”. Pensando nisto percebo que muito ja avançou e foi digerido mas muita coisa ainda tem que ser assimilada para de fato termos o espaço que nos é devido, e essa assimilação esta na sociedade, na comunidade lgbtqia+ e em nós mesmos. Parabéns pelo conteúdo
Gente, esse canal é maravilhoso, precisa crescer mais pra chegar em quem precisa!!! Compartilhe :)
Interessante a perspectiva! Mais uma vez traz a questão da ACEITAÇÃO dentro e fora da comunidade. Várias pluralidades para serem acolhidas!
Oi Marcel. Fiquei impressionado com o vídeo muito preciso. Faz mais de um ano que faço terapia, e comecei a me aceitar como gay olhando exatamente para esses aspectos. Um homem não é menos gay por ter a voz grave, ou por não gostar de sexo casual, por não gostar de pop, e nem é menos gay por nunca ter se envolvido com outro homem. O que vale é o sentimento, a sensação de se sentir atraído por pessoas do mesmo sexo, e ponto.
Esse vídeo sou eu. Eu NUNCA me senti abraçado pela comunidade gay, e dentro dela sofri mais preconceito do que no " mundo hetero". Ao mesmo tempo n me sinto completamente bem no universo hétero. Sou gay, n gosto de "coisas que gays geralmente gostam" como música pop, boate etc. Gosto de surf, esportes radicais e ao mesmo tempo sou da antiga religião, bruxaria. Amo um papo de espiritualidade, meditação e energia universal. Entre esses dois pólos, gay e hetero, n me sinto parte de nenhum. E essa semana tive uma crise justamente por me sentir completamente sem lugar. Mas tô bem agora, pois o meu lugar sou eu mesmo.
Só curte coisa bacana, seu lugar é em todo lugar!! Seja feliz
Comecei a frenquentar o meio - na época GLS - aos 16 anos. Vou completar 49 anos e somente por volta dos 33 - após mais de 5 anos de relação estável com um estrangeiro e morando no exterior - fiz meu comig out para minha família. Sempre ouvi de alguns: “você não pare gay” e de outros “mas dava pra perceber” mas nunca quis questão de ser masculino ou feminino. O que eu sempre soube é que desde criança eu era diferente e que eu tinha atrações físicas e sexuais por homens. Não me interessa a classificação. Me preocupo mais com meu bem estar físico e espiritual pois venho de uma família completamente disfuncional física e psicologicamente .
Lamento,todo esse história desses conflitos internalizados pelas as experiências negativas que nos ,gays sempre somos expostos, porém mim aconchego por não ser o único e torna isso um elemento de compreender essa situação e analisar la.otimo vídeo.
Particularmente hoje esse vídeo foi um respiro, um mundo de normas e padrões, muitos dedos apontando como a gente tem que ser... Muita falta de representatividade, e um mundo de reprovações, e a gente, nós todos somos responsáveis, a insegurança da falta de referenciais positivos, a banalização do sexo e relações e aplicativos, um peso enorme nos dizendo que nunca somos bons o suficiente... Mesmo que vc seja mais afirmativo, que não se importe tanto, que esteja bem consigo mesmo, o peso da pressão externa principalmente do mundo virtual uma hora pesa, e nos deixa com aquela sensação de "nem, nem" e de solidão infinita...🤷🏼♂️
Nossa Marcel, dentre todos os videos que voce fez, esse na minha opniao foi o melhor, espetacular... militancia exagerada é como "igreja evangelica" na minha opniao... militar e respeitar deve caminhar juntos (dentro da propria comunidade) tudo deve ter um balanço e devemos nos unir mais e não julgar e "discriminar" quem faz ou não faz isso ou aquilo.... super abraço... alias logo vou por as maos naqueles premios que você mandou no meu irmao. 😉
Uma coisa que tem passado pela minha cabeça é o quão invisível me tornei como homem gay acima dos 50, e solteiro, e qto isso muitas vezes me levou a relacionamentos desnecessários, como não sou uma bandeira típica da minha sexualidade, qdo solteiro minha cidadania fica bem reduzida, quase camuflado, sufocado até... As pessoas jogam uma toalha por cima e nenhuma questão é abordada... Tudo que eu conquistei em termos de visibilidade e cidadania some...
Apesar de terem nos agrupado em um lugar "mágico cheio dos não héteros" somos muito diferentes um dos outros, assim como os héteros e assim como qualquer um!...somos únicos, eu como lésbica nunca me encaixei em "um molde feito para a lésbica feminina", não sou máscula, não me atraio por mulher máscula e não falo o pajubá com desenvoltura..aliás acho o pajubá misógino..etc..etc...meus amigos são héteros. Não gosto de "coisas de lésbicas".
Sim, experimentei exatamente isso no início de minha juventude, mas na juventude segui meu caminho na minha, pois nunca fui de querer pertencer a grupinhos. Mais tarde conquistei amizades preciosas, q em alguma medida compensaram o afeto q não pude vivenciar com meus familiares conservadores e religiosos.
Mudando de assunto, respeitosamente, gostaria de dizer q , vendo suas fotos q vc traz aqui, da sua adolescência, devo afirmar, sem sombra de dúvida, q vc agora como homem formando, vc está... 500% mais interessante q no começo da juventude. É até meio difícil de te identificar antes, Marcel, Abraço, amigo. vc é muito querido, e tem uma energia muito carinhosa. Saúde e dias de felicidade p vc e seu companheiro. Xêro de Recife! :)
Obrigado, querido!
Finalmente alguém me entende. Obrigado pelo vídeo ❤️🏳️🌈
Passei por muitos questionamentos vindo dos outros adolescência..."como assim você é gay e não sabe dançar, fazer maquiagem, essas coisas que gay sabem?" Dentre outras milhares de perguntas, que geravam dúvidas enormes dentro de mim.
E é por isso que esse canal se faz muito necessário, ele toca em pautas com uma riqueza de detalhes muito grande e acaba tendo uma abrangência tão grande de uma forma inimaginável, em poucas palavras ele "toca numa ferida" que a sociedade e até a própria comunidade nem imagina existir.
Eu sou gordinho. E moro numa cidade de interior, onde os gays tem “grupos”.. e bom, nunca consegui me encaixar em nada, na verdade, nunca me deixaram tentar me encaixar.
Costumo dizer que os gays não gostam de mim, rsrs.. tenho UM amigo gay, de resto não sei o que acontece que eles não vão com a minha cara.
Obrigado por esse vídeo. ♥️
Parabéns Marcel por tua sensibilidade em expor este sentimento que praticamente é uma constante entre a comunidade. Todos passamos por isso em maior ou menor intensidade. Sempre me senti assim, meio que um estrangeiro, praticamente um ET. Tenho inclusive efeitos físicos por conta da sensação de rejeição. A única saída sim, é desenvolver a percepção de ser Único, e esta unicidade é uma característica tão forte e magnética, que quando bem aceita e incorporada, torna-se nossa maior arma na luta pela aceitação social. Brilhante!
Como sempre, mais um assunto super interessante! Me sinto assim também, principalmente por ser da faixa dos 40 e ter vivido essa abertura da questão gay. E bom saber que pensamos parecido, ou seja, sem aquela ansiedade de pertencer a um grupo específico. A gente sempre perde algo? Sim... Mas a gente pode transitar e absorver o melhor dos dois. O importante é se sentir bem onde quiser.
Parabéns pela abordagem e sucesso com o canal!
Ótimo vídeo como sempre!
A questão identitária muitas vezes é o que nos dá a sensação de pertencimento. E o pertencimento é o que nos afasta da ideia de solidão. E a solidão é justamente a armadilha que nos da a percepção de sermos únicos em nossa dor (como você tão bem explicou no vídeo).
Acredito que as próximas gerações não carecerão de tanta necessidade de serem classificadas em caixinhas, mas como ainda estamos galgando espaço num mundo majoritariamente heteronormativo é normal que se tente "validar" nossa existência com normas, categorias e protocolos. Soa mais legítimo, talvez. "Olha só, temos regras".
Os héteros têm o direito de serem quem são desde quando nascem. Nós precisamos redigir leis e mudar paradigmas sociais para isso.
Contudo, acho que parte do desligamento dessa necessidade classificatória gay vem com a maturidade. Pelo menos foi o meu caso: tive muita dificuldade de me entender como um gay funcional durante muito tempo, justamente por esse sentimento "nem nem".
A camuflagem heteronormativa me serviu muito bem para fugir da homofobia direcionado, pois segundo o mundo eu "nem parecia ser gay". Mas a homofobia estrutural era justamente o que me mantinha afastado da comunidade gay. Afinal, por que eu iria deliberadamente me tornar um alvo de discriminação e sofrimento? Já não era difícil o bastante com o mundo falando mal da sua forma de amar? Qual vantagem eu teria em me assumir e tomar a militância?
Esse mecanismo de auto-defesa, quando reconhecido por outros gays, acaba sendo associado com covardia, traição e homofobia internalizada (que acho que é um pouco mais complexo do que simplesmente não gostar de ser gay e descarregar isso em outros gays).
Mas, com o tempo, passando pelo processo de me assumir, conhecendo mais pessoas, conhecendo melhor o mundo, comecei a ver outros aspectos do que significa ser gay e fazer parte de uma comunidade. Atualmente a questão identitária (menos ou mais gay) acaba não tendo muita relevância. Talvez por que meu ciclo de amigos seja muito diverso (na verdade lembra um pouco a composição da Força Queer, cada um com um "estereótipo gay" a mostra).
No fim estamos falando de pessoas que têm atração pelo mesmo sexo. Os desdobramentos comportamentais, as posturas políticas e o resultado disso na sociedade são apenas questões que irradiam dessa premissa simples.
Gosto muito do seu canal por ser tão esclarecedor e orientador.Principalmente pra mim que sai tarde do armario. Me ajuda muito! Parabens pelos tres anos do canal! Você é uma referêcia para quem quer se orientar nesse mundo confuso.
Me identifico bastante. Quando eu comecei a sair com amigos gays foi um verdadeiro choque cultural pra mim. As únicas divas pop que eu realmente era fã eram Madonna e Shakira, sempre fui mais fã das divas do rock/metal. Eu chegava na balada e não entendia nenhum dos códigos daquele mundo, não conhecia as coreografias, a cultura drag etc. Minha parada era buteco, bar de rock, natureza. Com o tempo adicionei as outras coisas ao meu gosto. Já cheguei a ser acusado de ser heteronormativo pelos meus amigos mais afeminados, por falar mais gíria de quebrada do que pajubá kkkk. E é aí que entra outro ponto: sou maconheiro. E no meio da galera que fumava, eram mais heteros e foi dali que absorvi a cultura cannábica. No meio dos heteros eu era o "gay legal que fuma um", no meio das bichas eu era "gay que se fazia de bofe". Demorou pra eu entender que eu não preciso seguir padrão nenhum e simplesmente ser eu!
Caralho! Eu amo as tuas reflexões. Vc é mto inteligente real. Esse vídeo me ajudou mto especialmente nessa semana q esse sentimento de solidão tá imenso! Minha cabeça realmente explode com os teus termas. Obg!!!!
Meu deus do céu MANOOOO como eu demorei tanto tempo pra me inscrever nesse canal????? Eu me identifiquei completamente com o exemplo do começo! Senti até uma pontada no coração... Muito feliz de existir um canal assim.
Maravilhoso...Só de assistir esse vídeo me senti menos sozinho.
Adorei.
Me identifiquei muito com o tema do vídeo. Foi até difícil eu descobrir e aceitar minha orientação sexual porque eu não me via representado na mídia, pois sou um gay com gostos bem "masculinos", nerd e não acompanho cultura pop, ou curto baladas, essas coisas que você mesmo comentou sobre o "homonormativo" não são do meu interesse. Foi depois de um tempo amadurecendo minha cabeça e conhecendo outras pessoas que também são assim que me identifiquei mais, como nesse vídeo.
Esse vídeo é tudo! Passei a minha vida inteira me sentindo assim. Me sentindo diferente, deslocado até hoje. Um sensação de não ser adequado em local algum. Nem hétero normativo para locais héteros, nem afeminado demais para locais gays.
E eu que sou bissexual, meu jeito de ser é hetero mas gostava de animes de garotas também, RBD e Sandy e Junior, além de gostar de rock e ter sido vocalista e guitarrista de uma banda de grunge e rock alternativo, e também gostava de Banda Eva... uma mistura kkkkk jogava futebol e fazia artes marciais também
Nossa estou super surpreso em ter encontrado esse vídeo. Nunca pensei que fosse uma coisa percebida por outras pessoas, é bom saber que eu não estou sozinho.
Eu ia escrever uma mensagem que me sinto assim ,nem um nem outro ,mas tudo bem.somos múltiplos e não tem problema algum ser " diferente".
Gosto das tuas análises, parabéns pelo canal.
Já conversamos por telefone a alguns anos, uma pré-estrevista para uma matéria sobe casais gays de longévolos, alguns anos depois terminamos, foram 17 anos do nosso primeiro relacionamento. Depois de conhecer algumas pessoas interessantes, frustrações e fugas de toxicidades já vividas (kkkk) estou no meu 2⁰ a quatro.
Me identifico com esse tema do "Nem Nem", mesmo pendendo mais pra heteronormatividade, sinto essa frustração de não pertencimento a quase nada relacionado a comunidade e claro, aquelas olhadinhas de canto bem características, tanto de um ou outro extremo da balança.
Ok, continuo fiel a mim.
Famílias, poucos amigos a anos e o relacionamento mantém a sanidade.
Abraço
Sou gay, casado com um bissexual, mas não me enquadro bem no mundo gay apresentado pela mídia. Sou discreto, mas não tenho receio de falar da minha sexualidade com as pessoas ou ambientes. Sou religioso, e entendo da normalidade da homossexualidade. Parabéns pelo oportuno tema e muito esclarecedor. 👍👏
Que discussão importante. Mto bom tanto o vídeo quanto a abordagem! 👏👏👏
Interessante essa temática. Também não me sinto acolhido por nenhum grupo. Mas entendo que cada um é único e temos que nos orgulhar de quem somos sem ficar nos comparando com fotos ilusórias de redes sociais.
Embora seja um gay assumido e casado com outro homem, me sinto transitando entre esses dois universos, o do gay e o do hétero, o tempo todo e confesso que acho isto muito divertido.
Quando era jovem, frequentei todas as festas e boates gays possíveis e imagináveis, vestindo muita "moda gay" e dando uma certa pinta por causa disso, mas eu enchi o saco daquilo e parei de sair quando primeira onda de maturidade começou a bater na minha porta próximo aos 30 anos de idade.
Mas sempre me mantive informado sobre a "gay culture" primeiramente quando eu a vivi e depois pela internet, onde participo de alguns grupos LGBTQIA+ e assisto alguns canais como o seu para ver o que está rolando em nossa comunidade, principalmente nas novas gerações.
No entanto, após ler um livro que me foi importantíssimo, "A Análise do Discurso" de Foucault, eu pude aprender a dizer o que as pessoas querem ouvir e fazer uso deste recurso, que me serve ou não a depender da ocasião em que me encontro, e que pode sim ser extremamente hipócrita (quem nunca?), mas que me diverte tanto.
Se estou sozinho, posso me passar tranquilamente por um hétero. Eu aprendi a falar a linguagem deles. Hoje eu uso a moda deles (eu sempre gostei de moda e hétero também tem moda), mas eu uso a moda deles porque eu gosto e também por não achar que a "moda gay" me caia mais bem pelo fato de já ser um quarentão. Coisas minhas.
Eu praticamente não tenho trejeitos e minha voz é muito grossa. Tão grossa que uma vez o marido da minha ex-faxineira teve uma crise de ciúmes com ela porque ela disse que eu era gay pra ele, o cara ligou pra minha casa, eu atendi e ele não acreditou por causa da minha voz. Tenho vários amigos homens héteros e me dou muito bem com eles por causa desse meu "outro lado", mas tenho uma turma mais fechada de amigos, todos homens gays cis, a maioria dos quais se passam tranquilamente por héteros.
A tal famigerada "passabilidade". A ""passabilidade" que eu usei esta semana pra pegar um Uber e ficar de papo com o motorista até meu marido me ligar e ele perceber e perguntar com um certo espanto se eu era gay. Naturalmente disse que sim. Estava a fim de provocá-lo.
Eu e minha turma não costumamos frequentar lugares gays, mas logicamente quanto a gente se junta em qualquer lugar, damos uma relaxada e o fato de sermos gays se torna totalmente evidente (não me importo nem um pouco com isso), pois usamos gírias gays, fazemos piadas gays e todo mundo tem seus apelidinhos também muito gays, embora sejamos todos bastante masculinos.
Na verdade, eu não me sinto um NEM NEM, eu me sinto um TAMBÉM TAMBÉM! E eu gosto disso. Da liberdade de transitar entre dois mundos, dois universos tão distintos e das possibilidades que isto me apresenta, ainda que por meios que podem ser considerados hipócritas (mais uma vez, quem nunca?).
Algumas pessoas podem vir aqui e me detonar pelo que escrevi, mas não me importo. Nunca discriminei ninguém na minha vida, defendo todas as formas de sexualidade, mas me importo também com o que me pode ser útil e me diverte. Somente. E ninguém tem nada a ver com isto.
Um beijo Marcel! Adoro seu canal. Hoje tirei uma parte da noite pra ver seus vídeos e comentar em alguns deles. Vc me faz pensar.... nem que neste momento seja por linhas um pouco tortas...rs
Não tenho que pertencer em nenhuma caixinha, eu sou eu único.
Nossa, cheguei a chorar vendo esse vídeo. Realmente é bem difícil não se sentir acolhido ou pertecente a um local, ainda mais quando esse se trata do local onde a gente deveria encontrar apoio.
o maior problema da nossa própria comunidade é a aceitação, o fato de não estar a altura do padrão fictício que os próprios criam na mente, abre um abismo e com isso vem a exclusão, quando adolescente me sentia muito excluído depois dos 20 anos fui moldando minha personalidade até chegar no meu momento de maturidade e aceitação, a felicidade tem que partir de mim, o amor próprio tem que vir em primeiro lugar
Só digo o seguinte: "Vídeo necessário"!
Queria ter assistindo esse vídeo a 25 anos. Me sentia assim, deslocado e solitário aos 20, mas nada me preparou para a chegada dos 45... só piorou.
Hoje estou saindo do Brasil para refazer a vida em Portugal para, quem sabe, me sentir um pouco mais respeitado e inserido.
Cheguei agora no canal mas já estou amando!
Eaí, deu certo? Tenho 21 anos, e penso em ir de vez para a Europa ano que vem quando tiver meu passaporte Italiano em mãos.. tenho vários amigos por aí, mas estou curioso para saber da sua experiência
Espero que estejes bem ai em Portugal
Eu sou gay e minha identidade pega um pouco de cada grupo. Gosto de música pop, mas não sou aficionado por divas pop; louco por esporte, mas curto mais basquete e vôlei; curto balada, mas também uma livraria; tenho um jeito mais heteronormativo, mas não o suficiente pra héteros implorarem pela minha companhia, nem gay o suficiente para receber ligação das gays combinando o fim de semana.
Acho que esse vídeo foi meio que uma luz pra mim. Saí de Fortaleza e vim morar em Lisboa pra estudar, tô cá há 4 anos e até hoje não encontrei "minha turma". Os gays dizem q sou muito intelectual, os héteros que sou muito sério. Mas meu lado sagitário não nega o quanto curto uma diversão. Mas talvez não seja o suficiente pra eu me encaixar em algum grupo. Enfim, muitas interrogações.
Enquanto isso, vamos vivendo, nos amando e vendo no que vai dar. Ótimo vídeo, by the way :)
Vídeo maravilhoso
Também sou da tribo do meio rs
Já me senti MUITO assim, mas hoje em dia é bem mais tranquilo perceber que existe toda a possibilidade de ser uma pluralidade de coisas...
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Só confesso que adoraria ter sido o gay de sucesso que fica rico e vive longe da família, mas não rolou. 😅