O EQUILIBRIO ENTRE DIONÍSIO E APOLO SEGUNDO NIETZSCHE | Paulo Niccoli Ramirez
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- Опубликовано: 12 сен 2024
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Apolo traz um prato de comida🍲 muito elaborado, mas é Dionísio que coloca a pimenta.🌶️Jim Morrison do The Doors , viajava nestes dois pólos , viveu até mesmo a loucura Dionísica até os extremos, bebia do cálice de Baco.
Que lindo seu comentário! Vivo com meu apolineo e meu dionisíaco em harmonia e tenho um quadro do Jim Morisson!
Eu gosto muito de Nietzsche.
Nietzsche está no mundo das ideias, vamos pra lá?
Não sei muito sobre...
Mais um excelente vídeo. Nietzsche é muito interessante.
Oiii Rafa! Posta mais vídeos no seu canal
Não me aprofundei muito, tenho um livro dele aqui comigo, mas tô lendo ainda, eu sei do que se trata e acho bom, mas não me aprofundei.
@@patricialima7340 Pelo que vi, o canal dele é de pscologia, não me atraio muito, mas concordo que ele deve postar mais, pois tem ótimos seguidores pelo que percebo.
A Grécia antiga é fascinante
demais
Eu amo de mais!
Estudo-a com muito amor.
O Grande Mestre Paulo é certeiro nos vídeos, sempre muito bons
Que maravilha de aula 👏🏽👏🏽👏🏽
Excelente vídeo e esse equilíbrio entre Apolo e Dionísio é um caleidoscópio para vida .
Excelente, Prof Paulo.
Já cheguei dando like. Estou estudando esse assunto há algum tempo, e infelizmente os conteúdos que estão disponíveis abordam a temática de uma forma massante.
Sensacional. Espetacular. Conceito de Transvaloração. Ligia Brasília
Excelente! Reassistindo esse vídeo!
Nietzsche é um grande pensador, brilhante; mas eu tenho profunda admiração por Sócrates. " Só sei que nada sei". Ótimo vídeo, aula muito rica .👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Verdade!
Concordo sobre Sócrates, fiz até TikTok sobre ele já. 😂
Sobre Nietzsche não sei muito.
@@ateismonamagia5483 , 😂😂😂
As questões que podemos trazer a respeito sobre esse assunto são vastas .
Muito bom!
Excelente.
Sensacional!!!
Aula maravilhosa!
Boa tarde 🖐️
Boa noite, tudo certo?
Obg, vou ver se passo na prova
Muito esclarecedor, obrigado!
que ótima explicação
Incrível!
Maravilhoso ❤
Muito obrigado
Obrigado.
Eu trocaria a palavra equilíbrio por integração
❤❤❤
Parece-me haver um equívoco nesta interpretação.
Paulo Niccoli Ramirez:
"segundo nietzsche o que começa a partir de sócrates, é o movimento do qual os elementos apolíneos, temperança, racionalidade, começam a ser muito mais valorizados do que os aspectos materiais, sensoriais dionisíacos, as paixões. então de fato até antes de sócrates a vida trágica grega, as tragédias gregas, revelavam um equilíbrio entre apolo e dionísio, a partir de sócrates haverá uma transvaloração, uma modificação de valores, começámos a ser mais apolíneos do que outra coisa"
a partir de sócrates começámos a ser mais apolíneos? como?
Nascimento da Tragédia:
10.
"E porque abandonaste Dionísio, por isso Apolo também te abandonou: afugenta todas as paixões de seu covil e as conjura em teu círculo, afila e
aguça como se deve uma dialética sofística para as falas de teus heróis."
12.
"Também Eurípides foi, em certo sentido, apenas máscara: a divindade, que falava por sua boca, não era Dionísio, tampouco Apolo, porém um demônio de recentíssimo nascimento, chamado Sócrates. Eis a nova contradição: o dionisíaco e o socrático, e por causa dela a obra de arte da tragédia grega foi abaixo."
"Tais excitantes são frios pensamentos paradoxais - em vez das introvisões apolíneas - e afetos ardentes - em lugar dos êxtases dionisíacos - e, na verdade, são pensamentos e afetos imitados em termos altamente realistas e de modo algum imersos no éter da arte."
14.
"Aqui o pensamento filosófico sobrepassa a arte e a constrange a agarrar-se estreitamente ao tronco da dialética. No esquematismo lógico crisalidou-se a tendência apolínea: como em Eurípides, cumpre notar algo de correspondente e, fora disso, uma transposição do dionisíaco em afetos naturalistas."
19.
"esse esforço, rapidamente alternante, de agir ora sobre o conceito e sobre a representação, ora sobre o fundo musical do ouvinte, é algo tão completamente inatural e tão inteiramente contrário aos impulsos artísticos tanto do dionisíaco quanto do apolíneo, de igual maneira, que é preciso inferir uma fonte originária do recitativo situada fora dos instintos artísticos."
apolíneos eram os homéricos:
3.
"Para conceber tudo isso, precisamos demolir pedra após pedra, por assim dizer, o artístico edifício da cultura apolínea, até vislumbrarmos os fundamentos nos quais se assenta. Advertimos aqui, em primeiro lugar, as magníficas figuras dos deuses olímpicos, que se erguem sob o frontão desse edifício e cujos feitos, representados em relevos a resplender na distância, ornam seus frisos. Se entre eles também se acha Apolo, como uma divindade individual entre outras, o fato não nos deve desconcertar. O mesmo impulso, que se
materializou em Apolo, engendrou todo o mundo olímpico e, neste sentido, Apolo deve ser reputado por nós como um pai desse mundo"
"Para poderem viver, tiveram os gregos, levados pela mais profunda necessidade, de criar tais deuses, cujo advento devemos assim de fato nos representar, de modo que, da primitiva teogonia titânica dos terrores, se desenvolvesse, em morosas transições, a teogonia olímpica do júbilo, por meio do impulso apolíneo da beleza"
"Tão veementemente, no estádio apolíneo, anseia a "vontade" por essa existência, tão unido a ela se sente o homem homérico, que até o seu lamento se converte em hino de louvor à vida."
homéricos que fundaram a cultura artística (apolínea) sendo esta diferente da cultura socrática e da cultura trágica:
18.
"É um fenômeno eterno: a vontade ávida sempre encontra um meio, através de uma ilusão distendida sobre as coisas, de prender à vida as suas criaturas, e de obrigá-las a prosseguir vivendo. A um algema-o o prazer socrático do conhecer e a ilusão de poder curar por seu intermédio a ferida eterna da existência, a outro enreda-o, agitando-se sedutoramente diante de seus olhos, o véu de beleza da arte, àqueloutro, por sua vez, o consolo metafísico de que, sob o turbilhão dos fenômenos, continua fluindo a vida eterna;
Desses estimulantes compõe-se tudo o que chamamos cultura: conforme a proporção das mesclas, teremos uma cultura preferencialmente socrática ou artística ou trágica; ou se se deseja permitir exemplificações históricas: há ou uma cultura alexandrina, ou então helênica, ou budista."
fuckin' gold
Entendo sua discordância, mas concordo com o professor.
Seria válido dizer que Nietzsche defendia uma forma de Hedonismo no campp da moral ?
Nossa! Deu um nó agora rs
Não.
👏
Aula fora, parabéns, o melhor conteúdo sobre o tema no RUclips
A loucura sagrada,o fator Pará se larga a moral.
o bigodudo era brabo!
Uma idéia materialista. A coisa é mais simples.
Eu percebi que tenho em mim as duas citadas, idealista e materialista.
O problema da sua fala foi apresentar o Apolineo como contraposição ao Dionisiaco. Neste último ele comporta dentro dele o vir a ser e não Apolo e Dionisio. Não podemos pensar que os dois equivalem ao equilíbrio como complemento, pois o vir a ser é representado apenas pelo Dionisiaco.
São figuras opostas e ao mesmo tempo complementares...tá lá no vídeo...
socrates deixou nietzsche no chinelo
🤍
"A razão é quem conduz a Deus."
Concordo e muito.
Alguém sabe classificar esta obra? Claro que todos os livros de Nietzsche são heterodoxos, mas o nascimento da tragédia não é um livro de filosofia, nem de história da filosofia, nem de psicologia, nem um estudo de mitologia propriamente dito, é só devaneio. Se o nome do autor não fosse famoso, este texto nem seria traduzido para outros idiomas.
@@cesargomex, isso é poesia, literatura, escrevia muito bem, talvez nesse sentido a ideia de arte se aplique para classificar. Mas a reivindicação das ideias de filosofia e de ciência neste contexto, parece piada ou, no máximo, uma promessa e esperança de algum desenvolvimento intelectual futuro.
@@cesargomex, as teses de Nietzsche, eu conheço bem. O que perguntei em meu comentário foi sobre a classificação desta obra, cujas teses não são identificáveis como filosóficas ou históricas, já que são devaneios extremamente subjetivos, suas fontes não são a mitologia nem a filosofia, mas apenas a imaginação do autor. Que Nietzsche não gostasse da distinção entre filosofia, ciência, mito e arte não significa que devamos assumir SEM CRÍTICA o ponto de vista do autor. Aliás, a confusão entre essas coisas está presente em sociedades nas quais Nietzsche consideraria insuportável viver.
@@cesargomex, acho muito respeitável, sinceramente, que vc tenha o bom hábito de respaldar e contextualizar suas opiniões através dos textos. Mas vc distorceu alguns pontos de meus comentários, sou obrigado a corrigir... primeiro, eu não fiz nenhuma avaliação do que é bom ou mau, meu questionamento era apenas sobre a classificação da obra. Um devaneio inspirado em imaginação subjetiva pode ter valor positivo segundo muitos critérios, sobretudo estéticos, mas não é filosofia, a não ser que o termo filosofia seja tão vago e flexível que se aplique a qualquer expressão de raciocínios e concepções. Aí, efetivamente, seria indistinguível de mito, religião, arte ou poesia. Me parece que a filosofia tem algo de próprio, uma diferença específica em contraste com essas outras manifestações do espírito, mas talvez a Nietzsche não agrade tal propriedade, que está vinculada obviamente ao conhecimento, à lógica, ao método, à razão, ao critério para decidir o que é verdadeiro ou falso. O romantismo confundiu muitos pensadores do século XIX no que diz respeito a tais parâmetros básicos da atividade filosófica. E, veja, não estou depreciando o autor, não conhecia esta passagem, mas é evidente que juntar um agregado de símbolos, valores, referências históricas, filosóficas desse jeito meio aleatório é uma estrutura bizarra. Exatamente isso que me parece tão pitoresco, além do excesso de complacência e ausência de crítica dos leitores enfeitiçados pelo estilo do autor. Apenas perguntei sobre a classificação da obra supondo, naturalmente, que os especialistas em Nietzsche se ocupassem deste problema.
@@cesargomex , não, de maneira alguma, pelo contrário, meu juízo sobre outras obras de Nietzsche é bem diferente, ainda que possam ser criticadas, naturalmente, mas a abordagem do autor é muito mais consistente em livros como Crepúsculo dos Ídolos ou Anticristo, por exemplo. E o que aponto é um fato: autores famosos por determinadas obras clássicas passam a despertar interesse por escritos de menor importância de sua autoria, tanto pela formação de seu pensamento quanto por sua biografia. Isso pode ser afirmado sobre qualquer grande filósofo, ou você acha que coletânea de cartas seria publicada e traduzida para vários idiomas no caso de autores desconhecidos? O nascimento da tragédia é um experimento literário, que ainda é lido e comentado até hoje por causa do prestígio de Nietzsche, ou teria desaparecido da memória como a esmagadora maioria das obras do século XIX, inclusive as de filosofia propriamente dita. Quanto a você ignorar a definição própria de filosofia, não sou eu que tenho que te convencer de que ela existe, posso te indicar a obra de Hegel (tanto a Enciclopédia como sua concepção de História da Filosofia oferecem uma definição exemplar e sem romantismo heterodoxo anti-razão), mas mesmo os gregos como Platão, Aristóteles e os estoicos oferecem definição para o conceito de filosofia. Agora, se somos obrigados a negar que tal conceito exista, para cair no obscurantismo confuso dos românticos, e esquecermos ou anularmos as conquistas de 2 milênios de pensamento filosófico, pois Nietzsche pessoalmente PREFERE a confusão entre os termos (só para contrariar o princípio de ideias claras e distintas), isso é o dogmatismo autoritário mais caricato que já vi. Sobre a estética, se trata de uma área PARTICULAR da Filosofia, não de uma base para SUBSTITUIR a gnosiologia. Se você confunde problemas ontológicos, antropológicos, históricos, gnosiológicos com questão estética, vc está apenas seguindo a cartilha de Nietzsche mas não representa a história da filosofia, que é majoritariamente contrária ao irracionalismo. Movimento, fluidez e vida são diretrizes estabelecidas por Hegel, nas quais Nietzsche surfou como se fossem suas. Se filosofia é o mesmo que mito, os filósofos desperdiçaram suas vidas elaborando doutrinas, podiam apenas ter se limitado a recitar a poesia épica grega, aliás, teriam sido poupados das consequências fatais para quem se atreve a filosofar onde a cultura mitológica é hegemônica. E não, não discuti a classificação de Nietzsche como filósofo (apesar deste status ser obra de Heidegger, como mencionado por Gianni Vattimo em seu livro sobre Nietzsche). Um filósofo, mesmo entre os mais convencionais, pode escrever um texto de poesia, de jornalismo, até um panfleto ideológico. E aí? Vc vai classificar como obra filosófica até lista de supermercado feita por um filósofo? Essa é a questão.
Nós, alemães, somos hegelianos, mesmo que nunca tivesse havido um Hegel, na medida em que nós (em oposição a todos os latinos) atribuímos instintivamente ao devir, ao desenvolvimento, um sentido mais profundo e um valor mais rico do que àquilo que ·é·; mal acreditamos na legitimidade do conceito ·ser·.
Nietzsche @ A Gaia Ciência
@@cesargomex, a depender do conteúdo da poesia, do panfleto ou do texto jornalístico, tenho dúvidas sobre a inferioridade de uma lista de supermercado, mas é ÓBVIO que mencionei este exemplo como uma CARICATURA, para ilustrar o argumento simples que tenho oferecido desde o início: nem tudo que é escrito por um filósofo em sua vida é, NECESSARIAMENTE, uma "obra filosófica". Aliás, há filósofos que deram grande contribuição à aritmética, à geometria, à física, etc., e é perfeitamente possível diferenciar um conteúdo de matemática de um tratado filosófico, sem nenhuma depreciação envolvida nesta classificação. Quanto ao que você afirma sobre a distinção entre o conceito de filosofia e os de mito, religião, poesia, etc., é uma falácia bastante óbvia: você afirma que há "relação", inclusive no sentido da origem da filosofia, o que são fatos, mas daí você infere que há IDENTIDADE entre tais termos, o que é extrapolar os fatos e cair em obscurantismo romântico. Pois ninguém nega a relação entre filosofia e a cultura humana em geral, mas tal relação é DIALÉTICA, ou seja, há coisas em comum e simultaneamente oposição RADICAL em outros aspectos. Se vc BORRA a fronteira essas realidades, o conceito de filosofia fica desfigurado. Ao invés de ser uma ideia clara e distinta, se torna obscura e confusa. Também é uma acusação falsa e romântica que exista algum prejuízo em alcance da compreensão, totalmente falso, há também uma DIALÉTICA entre parâmetros mais universais e mais particulares, até singulares. Isso é o movimento próprio do pensamento, a razão não distorce, ela organiza e estabelece a estrutura que conecta todos esses aspectos, inclusive estéticos. Ou seja, é óbvia que estão "intimamente relacionadas", como vc diz, mas não são áreas que se confundam, que é o propósito das passagens e teses de Nietzsche que vc citou em comentários anteriores. Também é falsa a interpretação sobre a história da filosofia aludida por você: não é por excesso de rigor lógico ou de precisão no pensamento que a filosofia foi prejudicada em seu desenvolvimento, mas justamente pela INCAPACIDADE da maioria de se orientar pelos princípios estabelecidos pelo pensamento filosófico. O senso comum culpa a filosofia por ser filosofia, alegando que a filosofia seria melhor se fosse mais parecida com o senso comum, sem critérios, sem profundidade, sem coerência, etc. Quanto ao ideal de "unidade cultural", é um MITO ideológico alemão que não vejo necessidade de buscar. Mas SIM, o horizonte da TOTALIDADE e sua unidade são metas autênticas da filosofia, que se realizam em grandes filósofos como Kant e Hegel, mas justamente são alvo do romântico Nietzsche, com sua alergia por sistemas. Também é falaciosa a acusação de "desejo de controle" diante do simples EXERCÍCIO RACIONAL do pensamento. Ou seja, a filosofia não é suspeita de ser culpada de querer controlar todas as coisas, este rótulo é obra de seus caluniadores. O problema é o desprezo humano pela inteligência, que é alvo de todo tipo de acusação absurda e maliciosa. No mundo em que EU vivo, NINGUÉM está mergulhado em uma preocupação excessiva por definição de conceitos, PELO CONTRÁRIO, o que marca a cultura e a humanidade em seu cotidiano é a aversão a qualquer esforço intelectual em busca de maior clareza, precisão e HONESTIDADE no uso da retórica.
Sócrates, o chato
Maravilhosooo