Que época maravilhosa eu nasci em 1966 então quando me vi vendo a Marvel já estava na mão da Bloch e a EBAL estava com a DC com Batman , superman etc.. mas eu tenho minha coleção EBAL com este original o facmile
Amo as várias fases da Marvel, tendo a Bloch como preferida. Mas o formato, as cores e o papel da Ebal são classudos demais😊Mais à frente, houve publicações a cores, e eu me lembro de uma história do Cap com o Falcão.
Só lembrando que o Capitão América já tinha aparecido por aqui lá no gibi O Guri, nos anos 40... Uma dica boa é o livro Marvel Comics:A Trajetória da Casa das Ideias no Brasil, onde conta em detalhes todos os lançamentos até 2017, eu acho. E no Catarse, tá rolando a campanha do Livro de Curiosidade Marvel, que é um complemento desse livro.
Bacana a informação. Mas o Cap, na época, ainda não era da Marvel que viríamos a conhecer com a criação do Quarteto Fantástico em 63. Dessa maneira, podemos dizer que essa revista foi a primeira “oficial” da nova Marvel no Brasil.
Eu tinha 10 anos quando os "Super-heróis Shell" estrearam na TV. Eu vivia cantarolando a música de abertura: "E tem o príncipe imortal com um martelo infernal, e o galante lançador do escudo voador. Campeões universais e lutadores sem igual, os Marvel Super-heróis são geniais. Superforça da cabeça até os pés, papo firme, não conhecem um revés..." cada herói tinha também seu tema próprio. A minha favorita era a música do Thor. Eu era feliz, e sabia.
Caso ainda não tenha vídeo a respeito, sugiro a história Cidade Armada, publicada na revista Homem-Aranha n° 42 da Editora Abril. Na história o Cabeça de Teia impede a entrega de um carregamento ilegal de armas em NY e o pano de fundo é o debate sobre o direito dos civis portarem armas. Recentemente a história foi publicada pela Panini na Saga do Homem- Aranha n° 15.
Gostei demais!!! Cara bem que poderiam voltar com essa ideia, sem que são outros tempos, mais seria muito legal pra tirar um pouco essa criançada da tela do celular, seria muito bom, valeu pelo vídeo Gico 👏👏👏👍🤘
Eu ganhei a primeira (e apenas uma, mesmo, esta mostrada pelo Gico), em um posto de gasolina que tinha em frente à minha casa, em Monteiro/PB. Acho que foi uma "sobra", pois ganhei esta hq em 1976.
Só adicionando informações: se não me engano, alguns personagens da Marvel já tinham sido lançados no Brasil ANTES das revistas ''Super Heróis Shell''. A diferença é que a maioria desses personagens nem sequer tinham suas revistas próprias e todos eram da Marvel ANTES da editora se chamar assim. Logo, Namor e outros personagens salvo um engano, embora não tão famosos como os heróis da DC no Brasil, chegaram a ser lançados quando a Marvel ainda era ''Timely'' e\ou ''Atlas''. Essas revistas da Shell marcam o início da Marvel, oficialmente e de modo organizado, com revistas PRÓPRIAS, DEPOIS da editora ter se consolidado com esse nome e com a cronologia oficial que temos até hoje. ;) Explicando, pro caso de acharem que o Gico passou desinformação ou que o título estaria ''errado''.
E, também, em parceria com a Atma, que reproduzia os bonecos de plástico dos heróis, com os quais a gente se esbaldava! Eram simplezões, plástico maciço pintado de uma cor só… Seguiam o padrão americano, só que, acho, o do Namor só foi lançado no Brasil. A Marvel foi uma febre, no Brasil, graças ao trabalho conjunto da Shell, TV Tupi (depois, Globo, já na versão colorida), EBAL e ATMA. Gico, a gente se apega no que se habitua. Colecionei tanto EBAL, quanto Bloch. Se não tiver feito ainda, sugiro conferir o período (estimo, inícios a meados dos anos 1970) em que parte dos heróis da Marvel passaram da EBAL, para uma certa Editora GEP (não sei de onde, mas talvez, do Rio, onde eu conseguia comprar, nas férias). Além de pegarem da EBAL o Thor, o Hulk, o Homem de Ferro, o Quarteto Fantástico (acho que chamaram de “Os Quatro Fantásticos”, como no desenho da Hanna Barbera) e o Demolidor (que chamaram de “Defensor Destemido”, nome talvez mais próximo de “Daredevil”, mas que nunca “pegou”, no Brasil)… Muito importante, além desses, a GEP lançou no Brasil (e neste caso, pela 1a vez): Os X-Men originais - e curiosamente, chegou a ousar publicar algumas histórias inéditas deles, com artistas brasileiros (!)… E também o Capitão Marvel (versão original do da Marvel, o Mar-Vell, com seu primeiro uniforme). Por incrível que pareça, apesar de ter durado pouquíssimo, a GEP foi a única a usar o formato americano com material bem semelhante ao americano!!! Um papel tipo couché fino nas capas, e as páginas internas em papel jornal, porém colorido (lembrando um pouco o que a RGE fazia à época, só que em formatinho - será que a GEP teve algo a ver com a RGE, que era do grupo Globo? Bom, *se* tiver tido, seria mais um capítulo da “Guerra dos Gibis”, desde a “Era de Ouro”, existente, entre o Adolfo Aizen da EBAL e o Roberto Marinho). Infelizmente, a GEP não era distribuída para todo o Brasil, pelo menos, não de modo regular. Pode ter ficado impraticável, manter aquela qualidade, com uma distribuição nacional fraca… Foi aí que a Bloch entrou em campo? Ainda não! A EBAL lutou até o último fôlego para continuar com a Marvel. Nunca perdeu para a GEP o personagem mais popular, o Homem Aranha, que chegou a acompanhar a cronologia americana! Começou cinco anos depois, mas, a um certo ponto, a EBAL começou a lançar em 64 páginas, com histórias completas, e alcançou a cronologia original. Assim que a GEP saiu de cena, a EBAL voltou, na revista do Aranha, o Quarteto, pegando, simplesmente, a melhor fase do Jack Kirby… Foi quando a EBAL fez sua jogada mais ousada, lançando o “Homem Aranha, a Cores” (o que já fazia com seus principais títulos da DC, o Super-Homem e o Batman). Nessas, eles lançaram histórias da Marvel Team-Up, com Cross-over do Aranha com outros personagens da Marvel. Na aventura secundária, também “a cores”, começaram a lançar o Capitão América, no início da fase do Sal Buscema, quando ele começa a fazer dupla com o Falcão… Creio que retomaram de onde tinham deixado, quando pararam com o Gibi do Capitão com o Homem de Ferro, em preto e branco (a EBAL chegou a publicar histórias da fase do genial alterando; e não me lembro de ter visto o Capitão na GEP). Dizem que a própria Marvel ficou tão impressionada com a qualidade dos gibis a cores da Ebal, que chegou a cogitar fazer suas produções no Brasil. Aí por volta de 1974, com o sucesso da série de TV _Kung Fu_, a Marvel lança nos EUA vários personagens inspirados em personagens de “kung fu“ da TV e dos filmes de Bruce Lee, numa revista luxuosa chamada _Deadly Hands of Kung Fu_… Que a EBAL ousou lançar, tal qual, e com algumas aventuras a cores, também, com o nome de “Kung Fu”. Nela, trouxe o Shang Shi (desenhos do gênio Jim Staling) e Os Filhos do Tigre. De uma hora para a outra, a Bloch pública uma baita matéria na Manchete sobre o Stan Lee e a Marvel, e passa a publicar tudo, do jeito que publicou por um bom tempo, num projeto bem ousado, também a cores, mas no “formatinho“, mais típico dos gibis mais estáveis de então… Confesso que, com a Bloch, a minha relação era de “amor e ódio”, mas compre tudo! Ah, vale também lembrar que os personagens da “Era de Ouro” da Marvel (então, Timely Comics), na década de 1940, foram publicados no Brasil, creio que pelo Grupo Globo: Capitão América, Tocha Humana e Namor! (Chegou a haver, por parte de bom desenhista brasileiro um crossover entre personagens americanos de editoras concorrentes, mas que o Grupo Globo publicava: Tocha Humana (Marvel) e Capitão Marvel original (“Shazam”, então ainda da Fawcett). Ah, e quando a EBAL perdeu a linha de “Kung Fu” da Marvel, continuou com a sua revista, primeiro substituindo por heróis marciais da DC: Richard Dragon e Karate Kid… Até que começou a publicar material muito bom de aventuras de artes marciais, com autores e artisas Brazucas! Acho que cada assunto desses daria excelentes vídeos, se feitos por você, especialmente, com o seu sensacional olhar artístico de quadrinista!
A GEP (Gráfica Editora Penteado), do saudoso e lendário Miguel Penteado, era paulista (uma das editoras "do Brás" que, como bem lembrou Reinaldo de Oliveira, ficavam na Mooca). Foi o Penteado o primeiro a publicar revistas de X-Men, Nick Fury e Conan no Brasil (que eu saiba). O canal Pipoca & Nanquim tem um vídeo sobre isso.
@@donmaikurosawa1500 Muito obrigado, por esclarecer sobre a GEP! Muito boas informações. Sou de Brasília, onde cresci, e era muito difícil, comprar, por aqui. No Rio, encontrava. Acho que cismei que havia alguma ligação com a RGE, pois o padrão do papel era parecido, embora o formato não fosse. Então, também lançaram Nick Fury e Conam? Isso, eu não cheguei sequer a ver! Há muitos anos, creio que cheguei a ver um vídeo sobre a GEP, talvez tenha sido o que você recomendou, mas não me lembrava mais dos detalhes. Brás e Mooca, bairros bem tradicionais, por onde a economia industrial começou modestamente, no Brasil dos anos 1920. Você sabe por que eles não conseguiram levar adiante a Marvel, no Brasil? Difícil, manter, com os custos daquele formato e qualidade? Distribuição? Acho que o Aizen lutou até o último fôlego para ficar com a Marvel, mas foi atropelado pelo Bloch. Bom, manter um trabalho de qualidade como o da Marvel girando nunca foi tarefa fácil, nem para a própria Marvel. Acho quase que um milagre, com todos os limites que tivemos, que editores tão heróicos tenham mantido tudo funcionando, no Brasil. Mais uma vez, obrigado pela importante correção e pelas informações complementares! Espero que anime o Giko a levar adiante, os vídeos de cunho historiográfico! Não precisam ser "só" historiográficos, para satisfazer os que curtem essa parte. Para o benefício de todos, ele pode dar verdadeiras aulas, em cima de qualquer material histórico, comentando a qualidade da arte. O legal de quadrinhos é que não só o argumento é inseparável da arte, mas a parte historiográfica, também é! Engraçado, depois que a EBAL já tinha lançado boa parte do material revolucionário da DC dos anos 1970 (inclusive, parte do que o genial Jack Kirby fez com o universo do Superman, nas histórias do Jimmy Olsen, com os Novos Deuses, Apokoplis etc), a própria EBAL retoma o Quarteto Fantástico na melhor fase de Kirby, ainda na Marvel (antes da dramática ida dele para a DC), nos últimos números do Homem-Aranha. Toda a saga de Medusa e dos Inumanos, com a maravilhosa participação do Homem-Dragão, a vinda do Surfista Prateado, anunciando Galactus, a introdução de Johnny Storm na faculdade, onde conheceu Wyatt Wingfoot, cenário que tanto prometia, e também, trazer Wignfoot para aventuras com o Tocha e com o Quarteto, na África, onde passaram por Prester John e pelo "Olho Maldito", e chegaram a Wakanda e ao Pantera Negra, e introduziram Klaw, o Mestre do Som, as maravilhosas histórias de cunho mais "existencialista" do Ben Grimm, com a volta do Surfista Prateado, e do Dr. Doom... E, de repente, a EBAL para de trabalhar com a Marvel, e tudo é passado para a Bloch, que, simplesmente, vota para o ZERO, todaa crononogia do Homem Aranha e do Quarteto Fantástico, muito embora tenha retomado o Capitão América quase do ponto em que tinha parado na EBAL... E pegou Thor e Hulk, mais ou menos, dos pontos em que tinham já começado na GEP.. Nisso, lançaram o primeiro gibi dos Vingadores, no Brasil, começando do zero. Pouco tempo depois, lançaram Os Defensores, quase do inicio. A gente ia recebendo tudo aquilo como um "quebra-cabeças", ocasionalmente, complementando com gibis americanos... Mas o que eu queria comentar é que a interrupção da melhor fase do Kirby pela EBAL foi algo que senti muito, pois havia um "crescendo" impressionante, Kirby parece que pegou o "jeito" de produzir grandes sagas como as de Ditko no Homem Aranha, e que realmente iria dar um cunho mais humano e biográfico normal ao Tocha Humana, ao Ben Grimm, e ia abrindo o Quarteto para incorporar mais personagens (Homem-Dragão, Wingfoot), abrindo horizontes para construir grandes sagas... Anos depois, já nos tempos da Internet, ficou claro que o Kirby foi se irritando, e não prosseguiu naquela veia criativa, simplificando tudo, antes de sair, e foi na sua explosiva passagem pela DC, que ele alçou asas a seus projetos de cunho mais épico, só para descobrir que, também lá, não se estava preparado para tudo aquilo. Acabou voltando para a Marvel, e tentando continuar o que vinha fazendo com os Novos Deuses, numa nova versão, separando entidades cósmicas absolutas de suas "criaçoes" na terra. Curiosamente, essa volta de Kirby para a Marvel chegou a sair na Bloch, bom, só o começo dela, no gibi do Capitão América. Muito embora Kirby tivesse dado o seu melhor, nos Eternos, a impressão é que ele teve uma baixa energética, com essas idas e vindas. Retomou o Capitão América, sem dar a mínima, para o estágio maravilhoso que fora conquistado pelo grupo que o levara adiante. Kirby é de uma complexidade ímpar, um gênio criador, que tinha uma agenda artística sensacional, que ia levando e desenvolvendo, de modo quase que "independente de editoras", enquanto transitava de uma para outra. Obrigado pelo espaço para compartilhar algumas memórias, no fundo, não só dos gibis, mas também, da aventura que era ser fã colecionador de quadrinhos no Brasil dos anos 1960 e 1970.
Nesta época tinha 6 anos de idade e lembro que meu pai trouxe essas revistas para casa. Tempos que deixaram saudades.
Se as tivesse guardado, cada uma vale uma pequena FORTUNA...😅😅😅😅😅😅😅😅😅😅😅😅😅😅
As hqs de hoje em dia nunca vão superar as hqs de antigamente
Boa tarde gico esse histórico do ebal da Marvel fantástico
Essa eu consegui na Banca de meu amigo Cleber, aqui em Ananindeua PA.
Essa eu comprei no posto,boas lembranças.
Que massa! 😁
Eu tenho essa Edição Marvel 40 Anos e o fac-símile. Muito interessante mesmo!
Com certeza mais vídeos assim. ❤
Essa época mostra como tudo começou em termos de quadrinhos Marvel aqui no Brasil.
Que época maravilhosa eu nasci em 1966 então quando me vi vendo a Marvel já estava na mão da Bloch e a EBAL estava com a DC com Batman , superman etc.. mas eu tenho minha coleção EBAL com este original o facmile
Amo as várias fases da Marvel, tendo a Bloch como preferida. Mas o formato, as cores e o papel da Ebal são classudos demais😊Mais à frente, houve publicações a cores, e eu me lembro de uma história do Cap com o Falcão.
Meu avô comprava pra mim, e eu ainda nem sabia ler, devia ter uns 5 ou 6 anos de idade
Muito importante toda essa informação muito obrigado Fico feliz obrigado Gico
Que bom que gostou!
Caraca video incrivellllllll pode fazer mais ❤❤❤❤
Só lembrando que o Capitão América já tinha aparecido por aqui lá no gibi O Guri, nos anos 40... Uma dica boa é o livro Marvel Comics:A Trajetória da Casa das Ideias no Brasil, onde conta em detalhes todos os lançamentos até 2017, eu acho. E no Catarse, tá rolando a campanha do Livro de Curiosidade Marvel, que é um complemento desse livro.
Bacana a informação. Mas o Cap, na época, ainda não era da Marvel que viríamos a conhecer com a criação do Quarteto Fantástico em 63. Dessa maneira, podemos dizer que essa revista foi a primeira “oficial” da nova Marvel no Brasil.
Época onde os quadrinhos eram mais acessíveis com relação aos preços a saudosa editora EBAL
Eu tinha 10 anos quando os "Super-heróis Shell" estrearam na TV. Eu vivia cantarolando a música de abertura: "E tem o príncipe imortal com um martelo infernal, e o galante lançador do escudo voador. Campeões universais e lutadores sem igual, os Marvel Super-heróis são geniais. Superforça da cabeça até os pés, papo firme, não conhecem um revés..." cada herói tinha também seu tema próprio. A minha favorita era a música do Thor. Eu era feliz, e sabia.
Caso ainda não tenha vídeo a respeito, sugiro a história Cidade Armada, publicada na revista Homem-Aranha n° 42 da Editora Abril. Na história o Cabeça de Teia impede a entrega de um carregamento ilegal de armas em NY e o pano de fundo é o debate sobre o direito dos civis portarem armas.
Recentemente a história foi publicada pela Panini na Saga do Homem- Aranha n° 15.
A Panini podia republicar pro aniversário de 60 anos da Marvel no Brasil hein!
Gostei demais!!! Cara bem que poderiam voltar com essa ideia, sem que são outros tempos, mais seria muito legal pra tirar um pouco essa criançada da tela do celular, seria muito bom, valeu pelo vídeo Gico 👏👏👏👍🤘
Seria ótimo!!!
Muito bom saber de como aconteceu o começo dos gibis dos super heróis no nosso país. Valeu
Fantástico Gico! O primeiro herói marvel que conheci foi o homem aranha pela RGE. Na revista que ele enfrenta o mysterio.
Eu tenho essa edição em Fac-Símile. Veio de brinde junto com a edição de 40 anos da Marvel no Brasil publicada pela Panini no início dos anos 2000.
É justamente sobre isso o vídeo 😁
Eu ganhei a primeira (e apenas uma, mesmo, esta mostrada pelo Gico), em um posto de gasolina que tinha em frente à minha casa, em Monteiro/PB. Acho que foi uma "sobra", pois ganhei esta hq em 1976.
Hypando o vídeo 😊
Mestre Jedi Gico HQ 🥷👍👍👍
ÉPOCA Boa ESSA DOS brindes, AGORA o Brasileiro ganha é fumo 😂😂😂
incrível 😮
Só adicionando informações: se não me engano, alguns personagens da Marvel já tinham sido lançados no Brasil ANTES das revistas ''Super Heróis Shell''. A diferença é que a maioria desses personagens nem sequer tinham suas revistas próprias e todos eram da Marvel ANTES da editora se chamar assim. Logo, Namor e outros personagens salvo um engano, embora não tão famosos como os heróis da DC no Brasil, chegaram a ser lançados quando a Marvel ainda era ''Timely'' e\ou ''Atlas''. Essas revistas da Shell marcam o início da Marvel, oficialmente e de modo organizado, com revistas PRÓPRIAS, DEPOIS da editora ter se consolidado com esse nome e com a cronologia oficial que temos até hoje. ;)
Explicando, pro caso de acharem que o Gico passou desinformação ou que o título estaria ''errado''.
Só guarda raridades
Interessante
Essa hq e do fundo do bau
opa
🎉🎉🎉🎉🎉🎉🎉🎉🎉🎉🎉🎉
Sensacional!!!
E, também, em parceria com a Atma, que reproduzia os bonecos de plástico dos heróis, com os quais a gente se esbaldava! Eram simplezões, plástico maciço pintado de uma cor só… Seguiam o padrão americano, só que, acho, o do Namor só foi lançado no Brasil. A Marvel foi uma febre, no Brasil, graças ao trabalho conjunto da Shell, TV Tupi (depois, Globo, já na versão colorida), EBAL e ATMA.
Gico, a gente se apega no que se habitua. Colecionei tanto EBAL, quanto Bloch.
Se não tiver feito ainda, sugiro conferir o período (estimo, inícios a meados dos anos 1970) em que parte dos heróis da Marvel passaram da EBAL, para uma certa Editora GEP (não sei de onde, mas talvez, do Rio, onde eu conseguia comprar, nas férias). Além de pegarem da EBAL o Thor, o Hulk, o Homem de Ferro, o Quarteto Fantástico (acho que chamaram de “Os Quatro Fantásticos”, como no desenho da Hanna Barbera) e o Demolidor (que chamaram de “Defensor Destemido”, nome talvez mais próximo de “Daredevil”, mas que nunca “pegou”, no Brasil)…
Muito importante, além desses, a GEP lançou no Brasil (e neste caso, pela 1a vez):
Os X-Men originais - e curiosamente, chegou a ousar publicar algumas histórias inéditas deles, com artistas brasileiros (!)…
E também o Capitão Marvel (versão original do da Marvel, o Mar-Vell, com seu primeiro uniforme).
Por incrível que pareça, apesar de ter durado pouquíssimo, a GEP foi a única a usar o formato americano com material bem semelhante ao americano!!! Um papel tipo couché fino nas capas, e as páginas internas em papel jornal, porém colorido (lembrando um pouco o que a RGE fazia à época, só que em formatinho - será que a GEP teve algo a ver com a RGE, que era do grupo Globo? Bom, *se* tiver tido, seria mais um capítulo da “Guerra dos Gibis”, desde a “Era de Ouro”, existente, entre o Adolfo Aizen da EBAL e o Roberto Marinho).
Infelizmente, a GEP não era distribuída para todo o Brasil, pelo menos, não de modo regular. Pode ter ficado impraticável, manter aquela qualidade, com uma distribuição nacional fraca…
Foi aí que a Bloch entrou em campo?
Ainda não! A EBAL lutou até o último fôlego para continuar com a Marvel.
Nunca perdeu para a GEP o personagem mais popular, o Homem Aranha, que chegou a acompanhar a cronologia americana! Começou cinco anos depois, mas, a um certo ponto, a EBAL começou a lançar em 64 páginas, com histórias completas, e alcançou a cronologia original.
Assim que a GEP saiu de cena, a EBAL voltou, na revista do Aranha, o Quarteto, pegando, simplesmente, a melhor fase do Jack Kirby…
Foi quando a EBAL fez sua jogada mais ousada, lançando o “Homem Aranha, a Cores” (o que já fazia com seus principais títulos da DC, o Super-Homem e o Batman). Nessas, eles lançaram histórias da Marvel Team-Up, com Cross-over do Aranha com outros personagens da Marvel. Na aventura secundária, também “a cores”, começaram a lançar o Capitão América, no início da fase do Sal Buscema, quando ele começa a fazer dupla com o Falcão… Creio que retomaram de onde tinham deixado, quando pararam com o Gibi do Capitão com o Homem de Ferro, em preto e branco (a EBAL chegou a publicar histórias da fase do genial alterando; e não me lembro de ter visto o Capitão na GEP).
Dizem que a própria Marvel ficou tão impressionada com a qualidade dos gibis a cores da Ebal, que chegou a cogitar fazer suas produções no Brasil.
Aí por volta de 1974, com o sucesso da série de TV _Kung Fu_, a Marvel lança nos EUA vários personagens inspirados em personagens de “kung fu“ da TV e dos filmes de Bruce Lee, numa revista luxuosa chamada _Deadly Hands of Kung Fu_…
Que a EBAL ousou lançar, tal qual, e com algumas aventuras a cores, também, com o nome de “Kung Fu”. Nela, trouxe o Shang Shi (desenhos do gênio Jim Staling) e Os Filhos do Tigre.
De uma hora para a outra, a Bloch pública uma baita matéria na Manchete sobre o Stan Lee e a Marvel, e passa a publicar tudo, do jeito que publicou por um bom tempo, num projeto bem ousado, também a cores, mas no “formatinho“, mais típico dos gibis mais estáveis de então… Confesso que, com a Bloch, a minha relação era de “amor e ódio”, mas compre tudo!
Ah, vale também lembrar que os personagens da “Era de Ouro” da Marvel (então, Timely Comics), na década de 1940, foram publicados no Brasil, creio que pelo Grupo Globo: Capitão América, Tocha Humana e Namor! (Chegou a haver, por parte de bom desenhista brasileiro um crossover entre personagens americanos de editoras concorrentes, mas que o Grupo Globo publicava: Tocha Humana (Marvel) e Capitão Marvel original (“Shazam”, então ainda da Fawcett).
Ah, e quando a EBAL perdeu a linha de “Kung Fu” da Marvel, continuou com a sua revista, primeiro substituindo por heróis marciais da DC: Richard Dragon e Karate Kid… Até que começou a publicar material muito bom de aventuras de artes marciais, com autores e artisas Brazucas!
Acho que cada assunto desses daria excelentes vídeos, se feitos por você, especialmente, com o seu sensacional olhar artístico de quadrinista!
A GEP (Gráfica Editora Penteado), do saudoso e lendário Miguel Penteado, era paulista (uma das editoras "do Brás" que, como bem lembrou Reinaldo de Oliveira, ficavam na Mooca). Foi o Penteado o primeiro a publicar revistas de X-Men, Nick Fury e Conan no Brasil (que eu saiba). O canal Pipoca & Nanquim tem um vídeo sobre isso.
@@donmaikurosawa1500 Muito obrigado, por esclarecer sobre a GEP! Muito boas informações. Sou de Brasília, onde cresci, e era muito difícil, comprar, por aqui. No Rio, encontrava. Acho que cismei que havia alguma ligação com a RGE, pois o padrão do papel era parecido, embora o formato não fosse. Então, também lançaram Nick Fury e Conam? Isso, eu não cheguei sequer a ver! Há muitos anos, creio que cheguei a ver um vídeo sobre a GEP, talvez tenha sido o que você recomendou, mas não me lembrava mais dos detalhes. Brás e Mooca, bairros bem tradicionais, por onde a economia industrial começou modestamente, no Brasil dos anos 1920. Você sabe por que eles não conseguiram levar adiante a Marvel, no Brasil? Difícil, manter, com os custos daquele formato e qualidade? Distribuição? Acho que o Aizen lutou até o último fôlego para ficar com a Marvel, mas foi atropelado pelo Bloch. Bom, manter um trabalho de qualidade como o da Marvel girando nunca foi tarefa fácil, nem para a própria Marvel. Acho quase que um milagre, com todos os limites que tivemos, que editores tão heróicos tenham mantido tudo funcionando, no Brasil. Mais uma vez, obrigado pela importante correção e pelas informações complementares! Espero que anime o Giko a levar adiante, os vídeos de cunho historiográfico! Não precisam ser "só" historiográficos, para satisfazer os que curtem essa parte. Para o benefício de todos, ele pode dar verdadeiras aulas, em cima de qualquer material histórico, comentando a qualidade da arte. O legal de quadrinhos é que não só o argumento é inseparável da arte, mas a parte historiográfica, também é! Engraçado, depois que a EBAL já tinha lançado boa parte do material revolucionário da DC dos anos 1970 (inclusive, parte do que o genial Jack Kirby fez com o universo do Superman, nas histórias do Jimmy Olsen, com os Novos Deuses, Apokoplis etc), a própria EBAL retoma o Quarteto Fantástico na melhor fase de Kirby, ainda na Marvel (antes da dramática ida dele para a DC), nos últimos números do Homem-Aranha. Toda a saga de Medusa e dos Inumanos, com a maravilhosa participação do Homem-Dragão, a vinda do Surfista Prateado, anunciando Galactus, a introdução de Johnny Storm na faculdade, onde conheceu Wyatt Wingfoot, cenário que tanto prometia, e também, trazer Wignfoot para aventuras com o Tocha e com o Quarteto, na África, onde passaram por Prester John e pelo "Olho Maldito", e chegaram a Wakanda e ao Pantera Negra, e introduziram Klaw, o Mestre do Som, as maravilhosas histórias de cunho mais "existencialista" do Ben Grimm, com a volta do Surfista Prateado, e do Dr. Doom... E, de repente, a EBAL para de trabalhar com a Marvel, e tudo é passado para a Bloch, que, simplesmente, vota para o ZERO, todaa crononogia do Homem Aranha e do Quarteto Fantástico, muito embora tenha retomado o Capitão América quase do ponto em que tinha parado na EBAL... E pegou Thor e Hulk, mais ou menos, dos pontos em que tinham já começado na GEP.. Nisso, lançaram o primeiro gibi dos Vingadores, no Brasil, começando do zero. Pouco tempo depois, lançaram Os Defensores, quase do inicio. A gente ia recebendo tudo aquilo como um "quebra-cabeças", ocasionalmente, complementando com gibis americanos... Mas o que eu queria comentar é que a interrupção da melhor fase do Kirby pela EBAL foi algo que senti muito, pois havia um "crescendo" impressionante, Kirby parece que pegou o "jeito" de produzir grandes sagas como as de Ditko no Homem Aranha, e que realmente iria dar um cunho mais humano e biográfico normal ao Tocha Humana, ao Ben Grimm, e ia abrindo o Quarteto para incorporar mais personagens (Homem-Dragão, Wingfoot), abrindo horizontes para construir grandes sagas... Anos depois, já nos tempos da Internet, ficou claro que o Kirby foi se irritando, e não prosseguiu naquela veia criativa, simplificando tudo, antes de sair, e foi na sua explosiva passagem pela DC, que ele alçou asas a seus projetos de cunho mais épico, só para descobrir que, também lá, não se estava preparado para tudo aquilo. Acabou voltando para a Marvel, e tentando continuar o que vinha fazendo com os Novos Deuses, numa nova versão, separando entidades cósmicas absolutas de suas "criaçoes" na terra. Curiosamente, essa volta de Kirby para a Marvel chegou a sair na Bloch, bom, só o começo dela, no gibi do Capitão América. Muito embora Kirby tivesse dado o seu melhor, nos Eternos, a impressão é que ele teve uma baixa energética, com essas idas e vindas. Retomou o Capitão América, sem dar a mínima, para o estágio maravilhoso que fora conquistado pelo grupo que o levara adiante. Kirby é de uma complexidade ímpar, um gênio criador, que tinha uma agenda artística sensacional, que ia levando e desenvolvendo, de modo quase que "independente de editoras", enquanto transitava de uma para outra. Obrigado pelo espaço para compartilhar algumas memórias, no fundo, não só dos gibis, mas também, da aventura que era ser fã colecionador de quadrinhos no Brasil dos anos 1960 e 1970.