Fui criada por uma mulher que via minhas dificuldades com malandragem e preguiça....,sofri preconceito de todos os lados,escola,família...,nunca consumi drogas e não me casei porque nO tenho habilidade social...
Que bom que a ciência está avançando e os paradigmas de se ver a questão também! Muito importante essa evolução, e a Dra Ligya está acompanhando a vanguarda desse processo, gratidão por compartilhar conosco
Olá doutora, este foi o meu caso, só procurei ajuda pq no mestrado eu não conseguia responder a demanda social que me era atribuída. Passei a pensar em me m4tar quando conversava ou almoçava com os colegas da pos. Também fugia de conflitos, passava muito mal falando com pessoas que trabalhava comigo porque teria de resolver um conflito que eu não queria resolver. Também falhava em vários experimentos por desatenção. Antes disso recebi diagnostico de depressão, ansiedade, fobia social. Fui medicada com vários medicamentos, porém a maioria não funcionava, exceto o fluoxetina por um tempo. E quando ia em diferentes psicos e diferentes psiquiatras todos levantavam a dúvida de ser "bipolaridade", mesmo eu falando sobre não ter comportamento de risco algum. Por isso fui conversar com minha antiga psico e ela me indicou a suspeita dela sobre TEA ou TDAH, fui a um neuro, ela me tapeou com um eletroencefalograma, procurei outra psico, dessa vez com formação em ABBA, daí ela me passou para testes padronizados, o que me deu resultado de TEA e TDAH. Ainda, ela suspeita que eu tenha altas habilidades, pois sou absurdamente consciente das minhas emoções (eu mesma sempre busquei ajuda psicológica por iniciativa propria) e muito boa em comunicação, embora terrível em interação social. Infelizmente o Brasil tem em maioria profissionais que não entendem de TEA, especialmente TEA em meninas, o que fez eu viver 28 anos de sofrimento absoluto. Isso tem que melhorar muito ainda! Abraços
Me vi no seu relato. Tenho perguntas para aprender a lidar comigo mesmo. Você chegou a fazer eletroencefalograma? Tenho que fazer, mas é 290 reais. Toma medicamentos para a depressão? Faz terapia? Como foi após do diagnóstico de tea?
@@emanuelaribeiro3130 Amiga, eu cheguei a fazer sim, mas te recomendo a não gastar dinheiro atoa. O diagnostico de autismo é por acompanhamento psicologico, com psiquiatra ou neuropsicologo, fazemos testes padronizados. Eu fui tapeada por uma neuro a fazer o eletro e quase fiz o teste de processamento auditivo central que era mais de 300 reais. Meu eletro deu totalmente normal. Eu topo remedio pra depressão sim, mas não faz efeito, a maioria dos antidepressivos não faz efeito no TEA. Faço terapia sim, mas tem dias muito dificeis, depois do diagnostico eu só passei a entende o porque do meu sofrimento em situações que para os outros parecia algo facil. Agora fico menos em locais cheios de gente e atividades sociais. Sei que ir ao supermercado é dificil e me esgota muito, então vou com fone de ouvido e evito horarios de pico. Mas tem limites que ainda to descobrindo, achava que não sofria tanto com quebra de rotina, e descobri que sofro mais do que tudo. Enfim, é uma viagem de autodescoberta, ainda mais que passei a vida toda tentando me encaixar e falhando. Temos que aprender a dizer alguns "não" e a nos entender, e então com o tempo acredito que a qualidade de vida melhora muito. Outro ponto sobre medicação é que eu tomo pro TDAH, tomo também pra dormir porque o sono piora meus sintomas do TEA. E é bom consultar um psiquiatra que entenda um pouco de TEA, porque existe uma lista de antidepressivo que pode sim ter efeito no tratamento de alguns sintomas, só não funcionou pra mim tomar venfalaxina, mas o fluoxetina por exemplo me fez muito bem um tempo atrás. Abraços
Dra Lygia, sobre meninas no espectro, incentivar um círculo de amizades mais amplo é saudável? Pois percebo que há uma tendência para a fixação em uma única amiga. Obrigada.
Sim, @JRS-r7y! Incentivar o cultivo de amizades e favorecer a boa interação é importante. Mas, em alguns casos, as pessoas autistas se sentem confortáveis apenas com um ou dois amigos mais próximos e usam o seu tempo livre para os estudos, por exemplo. O problema é quando há ansiedade de separação ou algum tipo de dependência. A fixação realmente pode ser sofrida. Mas ter uma mediadora amável costuma ser ótimo!
Asperger deixou de ser considerado um diagnóstico, no DSM 5 o Asperger foi incluído no Transtorno do Espectro do Autismo. O Asperger atualmente é o Autismo "leve" provavelmente nível 1 de suporte, segundo o DSM-5, ou autismo sem deficiência intelectual e sem comprometimento de linguagem, segundo o CID 11. Tipo eu, como recém descobri. Você é Asperger?
@@Jarimts Sim, fui recentemente diagnosticada e pra mim está tudo novo. 44 anos sofrendo um turbilhão de emoções. Preciso entender ainda este transtorno.
@@lygia.pereira muito obrigada. Preciso ainda entender este transtorno, tudo que vejo é sobre o autismo, e as características sao diferentes do asperger pelo que vi em vários vídeos. Meu Qi deu alto e na vdd nunca vi vantagem, nunca soube aproveitar minha habilidade intelectual. Sempre me senti perdida.
@@BorboletaBsb Entendo, tenho 43 e descobri esse ano que estou no espectro do autismo, recebi recentemente o relatorio neuropsicologico. Falta o laudo ainda. É um processo turbulento mesmo, uma transformaçao interna, inclusive na autopercepçao, mexendo bastante comigo. Acho que um Eu antigo está morrendo a medida que me conheço mais verdadeiramente. Mas vale muito a pena, está sendo um processo muito aliviador também, entender certas coisas, e passar a me auto aceitar também. Muitos mencionam um sentimento libertador também, acho que tem muito disso. Boa sorte, sucesso no seu processo de autoconhecimento e autodescoberta
No meu caso disseram que era falta de homem,porque era uma mulher velha solteira ,era drogada porque sou muito magra,e tenho seletividade alimentar e anorexia, nervosa quem fala isso de mim são profissionais de saúde tive um monte de diagnóstico no decorrer dos anos...
Colega, é comum quem não conhece falar isso. Infelizmente esses traumas nos marcamos muito. Um autista só da certo com outro pelo que percebo, alguém que compreenda nossa maneira e nós também o compreendamos porque podemos ser nós mesmos e não precisamos nos camuflar. É complexo somos incompreendidos.😊
Eu acho que o Brasil também precisa melhorar nos critérios de diagnóstico. Tem como aplicar critérios que foram formulados pensando no autismo masculino? E as meninas, será que considerando a fisiologia do cérebro feminino o autismo se manifesta sempre de acordo com os critérios? Por causa disso, a maioria dos profissionais de saúde mental não consegue reconhecer autismo em mulheres.
Olá Lygia tudo bem?? Em busca de autoconhecimento eu me deparei com seus vídeos e me deu uma pontinha de esperança para entender o que há de errado comigo. Eu venho de uma família humilde que após meu nascimento foram tentar a sorte no Japão. Vivi dos meus 1 aninho até 11 anos. Posso dizer que me formei como pessoa no Japão, cultura, ética e educação. Mesmo lá, sempre me senti deslocado, diferente e nunca entendi o motivo. Sempre era repreendido pelos professores, sempre fui alvo de meninos mais velhos.(Bullying) Aos 11 anos minha família decidiu voltar para o Brasil e esse evento reforçou ainda mais meu sentimento de que sou estranho. Não pertencia ao Japão e nem ao Brasil. Eu era constantemente repreendido pelos professores, não fazia dever de casa, não anotava em cadernos e isso era um absurdo para todos. Cresci escutando “É muito inteligente, mas é sem vergonha/preguiçoso”. Meus pais buscaram uma psicopedagoga e fui "diagnosticado" como hiperativo. Nunca soube oque fazer com essa informação. Então a partir da sexta série eu perdi completamente o interesse na escola. Só passava de ano na recuperação, mas me formei no ensino médio “Regular”. Entrou a fase da faculdade no qual eu me sentia completamente entediado e decepcionado com o sistema de ensino. Minha família pagou por vários anos no qual eu “fingia” que ia, mas não conseguia. Me culpo até hoje por isso. No fim abandonei minha faculdade e hoje com 35 anos vejo o quão isso me privou de experiências importantes para o meu desenvolvimento. Há um ano estou tendo crises existenciais severas (sempre tive, mas nunca tão grave) e cai em uma depressão profunda. Me sinto uma farsa, eu me escondo o tempo todo, uso uma máscara. Foi uma forma que encontrei da sociedade me “aceitar”. Hoje apenas minha esposa e minha família me conhecem de verdade. Não aguento mais essa situação. Busquei ajuda de profissionais, psiquiatra e psicóloga no qual indicaram uma avaliação neuropsicológica. Procurei a profissional indicada e o resultado apontou que tenho TPAS e traços de narcisismo. O resultado me destruiu, tudo que eu acreditava desmoronou. Sempre me considerei e era considerado uma pessoa amorosa, empática e ética. Inclusive tenho muito problema em comprar brigas que não sao minhas por injustiça. A justificativa foi que eu “racionalizava” esses sentimentos. Eu realmente sou extremamente racional, mas não me imagino fingindo sentimentos. Minha depressão piorou muito, pensei até em bobagem. Então em minhas buscas incessantes eu encontrei o termo AHSD no qual decidi entender melhor. Me deparei em um de seus vídeos e me identifiquei demais. Eu chorei lembrando do meu passado. Peguei meu Laudo e vi que meu QI geral deu 131 na escala WAIS-III mesmo me sentindo um completo zumbi devido aos antidepressivos. Eu sou de Belo Horizonte e gostaria muito de uma indicação de como posso buscar ajuda.
Oiii, sua história de infância é muito parecida com a minha na escola. Também so passava com recuperação após a 7 série, perdi o interesse pq nenhuma matéria me agradava, também sofria muito bullying, até mesmo por professores. Recebi o diagnóstico de TEA e TDAH desatento apenas com 28 anos. Eu não faço uso, mas no insta tem uma pag chamada "Psicoterapiapravc", é um projeto de terapia acessível que tem profissionais que tratam tanto o TEA quanto o TDAH, bem como superdotaçao. Ser uma pessoa com altas habilidades, TDAH ou TEA também inclui esse sentimento de insuficiência, de não se sentir pertencente ou de se sentir deslocado, mas se você compreender mais do seu diagnóstico, você pode aprender a se cuidar mais. Eu ainda estou no processo disso, mas acompanhamento psiquiátrico, terapia e conteúdos de outros autistas melhoraram uns 70%, antes vivia em completo sofrimento desde a infância. Espero que você também melhore! Abraços
Você não está sozinho. É exatamente assim que sinto e sempre senti. Muito triste. Hj tenho 57 anos e ainda não tenho diagnóstico fechado. TDAH diagnosticada e agora aguardando os testes neuropsicologicos para TEA. Boa sorte
Olá, @mafiasszk! Eu estou bem! Obrigada por compartilhar um pouco da sua história! Lamento tanto que não tenha recebido o suporte adequado... Infelizmente, o Efeito Golem petrifica muito alunos com excelente potencial. Pela incompreensão da neurodiversidade, nós vemos com frequência os adultos ignorarem crianças fora da média. E, como você bem descreveu, essas crianças crescem acreditando que são "uma farsa". Agora, então, é hora de elaborar as suas vivências e valorizar os seus neurônios! 🧠 Aqui em BH, se você estiver em busca de psicoterapia, o Espaço Integrar oferece acompanhamento bastante sério. Na psiquiatria, os meus alunos elogiam muito o trabalho da Dra. Nayara Zinato. Em Florianópolis, temos a Be Health. P.S.: Adoraria fazer um vídeo sobre o seu relato. Você me autoriza?!
Acompanhado sempre seus vídeos e sempre me enquadro nos sintomas descritos, tenho 48 anos, sofri a vida inteira me achando um peixe fora d'água e parece que estou perto da resposta, já fui em três psiquiatras diferentes com a queixa de que acho que sou autista ou tenho tdsh, mas nenhuma se interessou em se aprofundar e me diagnósticar, fazem pouco caso e não dão importância😢, moro em Recife-PE, se alguém souber de um profissional especialista em diagnosticar adultos aqui ou que atenda por video me indique por favor.
Gostaria muito de saber se sou autista, mas não sei aonde procurar, sou de Goiânia, trato de vários diagnóstico mais nunca me falaram de autismo, mas todos os sintomas falam de mim, alguém pode me informar aonde procurar ajuda 😢 a propósito eu adquirir o livro espectro autista feminino, e me identifiquei em vários sintomas
![Como o médico faz o diagnóstico de Autismo? [EXAMES E TESTES]](http://i.ytimg.com/vi/fk_lSAAUnks/mqdefault.jpg)
Fui criada por uma mulher que via minhas dificuldades com malandragem e preguiça....,sofri preconceito de todos os lados,escola,família...,nunca consumi drogas e não me casei porque nO tenho habilidade social...
Dra. Lygia poderia falar sobre as preferências das autistas na hora se vestir. Obrigada.
Excelente ideia, @Liz3000!
Vamos falar sobre o estilo espectral!
Tipo... vestir as roupas do marido! 😇
@@lygia.pereira isso mesmo! Obrigada! Kkkkkkkkkk
Não consigo vestir roupa de outra pessoa... Só algodão e viscose. Tricô, canelado, renda eu não consigo porque tem textura...
Olá 😊 poderia por favor falar mais sobre as diferenças entre o TEPT complexo e o TEA? Gratidão ❤
Que bom que a ciência está avançando e os paradigmas de se ver a questão também! Muito importante essa evolução, e a Dra Ligya está acompanhando a vanguarda desse processo, gratidão por compartilhar conosco
Eu é que agradeço a companhia nos estudos, @Jarimts!
Obrigada pela presença! 🧠
Olá doutora, este foi o meu caso, só procurei ajuda pq no mestrado eu não conseguia responder a demanda social que me era atribuída. Passei a pensar em me m4tar quando conversava ou almoçava com os colegas da pos. Também fugia de conflitos, passava muito mal falando com pessoas que trabalhava comigo porque teria de resolver um conflito que eu não queria resolver. Também falhava em vários experimentos por desatenção. Antes disso recebi diagnostico de depressão, ansiedade, fobia social. Fui medicada com vários medicamentos, porém a maioria não funcionava, exceto o fluoxetina por um tempo. E quando ia em diferentes psicos e diferentes psiquiatras todos levantavam a dúvida de ser "bipolaridade", mesmo eu falando sobre não ter comportamento de risco algum. Por isso fui conversar com minha antiga psico e ela me indicou a suspeita dela sobre TEA ou TDAH, fui a um neuro, ela me tapeou com um eletroencefalograma, procurei outra psico, dessa vez com formação em ABBA, daí ela me passou para testes padronizados, o que me deu resultado de TEA e TDAH. Ainda, ela suspeita que eu tenha altas habilidades, pois sou absurdamente consciente das minhas emoções (eu mesma sempre busquei ajuda psicológica por iniciativa propria) e muito boa em comunicação, embora terrível em interação social. Infelizmente o Brasil tem em maioria profissionais que não entendem de TEA, especialmente TEA em meninas, o que fez eu viver 28 anos de sofrimento absoluto. Isso tem que melhorar muito ainda! Abraços
Me vi no seu relato. Tenho perguntas para aprender a lidar comigo mesmo.
Você chegou a fazer eletroencefalograma? Tenho que fazer, mas é 290 reais.
Toma medicamentos para a depressão?
Faz terapia?
Como foi após do diagnóstico de tea?
@@emanuelaribeiro3130 Amiga, eu cheguei a fazer sim, mas te recomendo a não gastar dinheiro atoa. O diagnostico de autismo é por acompanhamento psicologico, com psiquiatra ou neuropsicologo, fazemos testes padronizados. Eu fui tapeada por uma neuro a fazer o eletro e quase fiz o teste de processamento auditivo central que era mais de 300 reais. Meu eletro deu totalmente normal. Eu topo remedio pra depressão sim, mas não faz efeito, a maioria dos antidepressivos não faz efeito no TEA. Faço terapia sim, mas tem dias muito dificeis, depois do diagnostico eu só passei a entende o porque do meu sofrimento em situações que para os outros parecia algo facil. Agora fico menos em locais cheios de gente e atividades sociais. Sei que ir ao supermercado é dificil e me esgota muito, então vou com fone de ouvido e evito horarios de pico. Mas tem limites que ainda to descobrindo, achava que não sofria tanto com quebra de rotina, e descobri que sofro mais do que tudo. Enfim, é uma viagem de autodescoberta, ainda mais que passei a vida toda tentando me encaixar e falhando. Temos que aprender a dizer alguns "não" e a nos entender, e então com o tempo acredito que a qualidade de vida melhora muito. Outro ponto sobre medicação é que eu tomo pro TDAH, tomo também pra dormir porque o sono piora meus sintomas do TEA. E é bom consultar um psiquiatra que entenda um pouco de TEA, porque existe uma lista de antidepressivo que pode sim ter efeito no tratamento de alguns sintomas, só não funcionou pra mim tomar venfalaxina, mas o fluoxetina por exemplo me fez muito bem um tempo atrás. Abraços
Dra Lygia, sobre meninas no espectro, incentivar um círculo de amizades mais amplo é saudável? Pois percebo que há uma tendência para a fixação em uma única amiga. Obrigada.
Sim, @JRS-r7y! Incentivar o cultivo de amizades e favorecer a boa interação é importante. Mas, em alguns casos, as pessoas autistas se sentem confortáveis apenas com um ou dois amigos mais próximos e usam o seu tempo livre para os estudos, por exemplo. O problema é quando há ansiedade de separação ou algum tipo de dependência. A fixação realmente pode ser sofrida. Mas ter uma mediadora amável costuma ser ótimo!
Obrigada Dra.
Dra. por favor fale sobre o Asperger e suas características
Asperger deixou de ser considerado um diagnóstico, no DSM 5 o Asperger foi incluído no Transtorno do Espectro do Autismo.
O Asperger atualmente é o Autismo "leve" provavelmente nível 1 de suporte, segundo o DSM-5, ou autismo sem deficiência intelectual e sem comprometimento de linguagem, segundo o CID 11. Tipo eu, como recém descobri. Você é Asperger?
Claro, @BorboletaBsb! Vamos falar! Obrigada pela sugestão!
@@Jarimts Sim, fui recentemente diagnosticada e pra mim está tudo novo. 44 anos sofrendo um turbilhão de emoções. Preciso entender ainda este transtorno.
@@lygia.pereira muito obrigada. Preciso ainda entender este transtorno, tudo que vejo é sobre o autismo, e as características sao diferentes do asperger pelo que vi em vários vídeos. Meu Qi deu alto e na vdd nunca vi vantagem, nunca soube aproveitar minha habilidade intelectual. Sempre me senti perdida.
@@BorboletaBsb Entendo, tenho 43 e descobri esse ano que estou no espectro do autismo, recebi recentemente o relatorio neuropsicologico. Falta o laudo ainda. É um processo turbulento mesmo, uma transformaçao interna, inclusive na autopercepçao, mexendo bastante comigo. Acho que um Eu antigo está morrendo a medida que me conheço mais verdadeiramente. Mas vale muito a pena, está sendo um processo muito aliviador também, entender certas coisas, e passar a me auto aceitar também. Muitos mencionam um sentimento libertador também, acho que tem muito disso.
Boa sorte, sucesso no seu processo de autoconhecimento e autodescoberta
amo seus vídeos longos ❤
No meu caso disseram que era falta de homem,porque era uma mulher velha solteira ,era drogada porque sou muito magra,e tenho seletividade alimentar e anorexia, nervosa quem fala isso de mim são profissionais de saúde tive um monte de diagnóstico no decorrer dos anos...
Quero distância de profissionais de saúde se pudesse não iria nem mesmo ao médico mas infelizmente sou obrigada disso depende minha subsistência
Colega, é comum quem não conhece falar isso. Infelizmente esses traumas nos marcamos muito. Um autista só da certo com outro pelo que percebo, alguém que compreenda nossa maneira e nós também o compreendamos porque podemos ser nós mesmos e não precisamos nos camuflar. É complexo somos incompreendidos.😊
Eu acho que o Brasil também precisa melhorar nos critérios de diagnóstico. Tem como aplicar critérios que foram formulados pensando no autismo masculino? E as meninas, será que considerando a fisiologia do cérebro feminino o autismo se manifesta sempre de acordo com os critérios? Por causa disso, a maioria dos profissionais de saúde mental não consegue reconhecer autismo em mulheres.
Olá Lygia tudo bem?? Em busca de autoconhecimento eu me deparei com seus vídeos e me deu uma pontinha de esperança para entender o que há de errado comigo. Eu venho de uma família humilde que após meu nascimento foram tentar a sorte no Japão. Vivi dos meus 1 aninho até 11 anos. Posso dizer que me formei como pessoa no Japão, cultura, ética e educação. Mesmo lá, sempre me senti deslocado, diferente e nunca entendi o motivo. Sempre era repreendido pelos professores, sempre fui alvo de meninos mais velhos.(Bullying) Aos 11 anos minha família decidiu voltar para o Brasil e esse evento reforçou ainda mais meu sentimento de que sou estranho. Não pertencia ao Japão e nem ao Brasil. Eu era constantemente repreendido pelos professores, não fazia dever de casa, não anotava em cadernos e isso era um absurdo para todos. Cresci escutando “É muito inteligente, mas é sem vergonha/preguiçoso”. Meus pais buscaram uma psicopedagoga e fui "diagnosticado" como hiperativo. Nunca soube oque fazer com essa informação. Então a partir da sexta série eu perdi completamente o interesse na escola. Só passava de ano na recuperação, mas me formei no ensino médio “Regular”. Entrou a fase da faculdade no qual eu me sentia completamente entediado e decepcionado com o sistema de ensino. Minha família pagou por vários anos no qual eu “fingia” que ia, mas não conseguia. Me culpo até hoje por isso. No fim abandonei minha faculdade e hoje com 35 anos vejo o quão isso me privou de experiências importantes para o meu desenvolvimento. Há um ano estou tendo crises existenciais severas (sempre tive, mas nunca tão grave) e cai em uma depressão profunda. Me sinto uma farsa, eu me escondo o tempo todo, uso uma máscara. Foi uma forma que encontrei da sociedade me “aceitar”. Hoje apenas minha esposa e minha família me conhecem de verdade. Não aguento mais essa situação. Busquei ajuda de profissionais, psiquiatra e psicóloga no qual indicaram uma avaliação neuropsicológica. Procurei a profissional indicada e o resultado apontou que tenho TPAS e traços de narcisismo. O resultado me destruiu, tudo que eu acreditava desmoronou. Sempre me considerei e era considerado uma pessoa amorosa, empática e ética. Inclusive tenho muito problema em comprar brigas que não sao minhas por injustiça. A justificativa foi que eu “racionalizava” esses sentimentos. Eu realmente sou extremamente racional, mas não me imagino fingindo sentimentos. Minha depressão piorou muito, pensei até em bobagem. Então em minhas buscas incessantes eu encontrei o termo AHSD no qual decidi entender melhor. Me deparei em um de seus vídeos e me identifiquei demais. Eu chorei lembrando do meu passado. Peguei meu Laudo e vi que meu QI geral deu 131 na escala WAIS-III mesmo me sentindo um completo zumbi devido aos antidepressivos. Eu sou de Belo Horizonte e gostaria muito de uma indicação de como posso buscar ajuda.
Oiii, sua história de infância é muito parecida com a minha na escola. Também so passava com recuperação após a 7 série, perdi o interesse pq nenhuma matéria me agradava, também sofria muito bullying, até mesmo por professores. Recebi o diagnóstico de TEA e TDAH desatento apenas com 28 anos. Eu não faço uso, mas no insta tem uma pag chamada "Psicoterapiapravc", é um projeto de terapia acessível que tem profissionais que tratam tanto o TEA quanto o TDAH, bem como superdotaçao. Ser uma pessoa com altas habilidades, TDAH ou TEA também inclui esse sentimento de insuficiência, de não se sentir pertencente ou de se sentir deslocado, mas se você compreender mais do seu diagnóstico, você pode aprender a se cuidar mais. Eu ainda estou no processo disso, mas acompanhamento psiquiátrico, terapia e conteúdos de outros autistas melhoraram uns 70%, antes vivia em completo sofrimento desde a infância. Espero que você também melhore! Abraços
Você não está sozinho. É exatamente assim que sinto e sempre senti. Muito triste. Hj tenho 57 anos e ainda não tenho diagnóstico fechado. TDAH diagnosticada e agora aguardando os testes neuropsicologicos para TEA. Boa sorte
olá, em bh a neuropsicóloga yara garrocho atende. tenta marcar uma consulta
Olá, @mafiasszk! Eu estou bem!
Obrigada por compartilhar um pouco da sua história!
Lamento tanto que não tenha recebido o suporte adequado...
Infelizmente, o Efeito Golem petrifica muito alunos com excelente potencial. Pela incompreensão da neurodiversidade, nós vemos com frequência os adultos ignorarem crianças fora da média. E, como você bem descreveu, essas crianças crescem acreditando que são "uma farsa".
Agora, então, é hora de elaborar as suas vivências e valorizar os seus neurônios! 🧠
Aqui em BH, se você estiver em busca de psicoterapia, o Espaço Integrar oferece acompanhamento bastante sério. Na psiquiatria, os meus alunos elogiam muito o trabalho da Dra. Nayara Zinato.
Em Florianópolis, temos a Be Health.
P.S.: Adoraria fazer um vídeo sobre o seu relato. Você me autoriza?!
@@lygia.pereira muito obrigado pela indicação. Autorizo sim, oque puder contribuir para que outras pessoas se identifiquem.
Acompanhado sempre seus vídeos e sempre me enquadro nos sintomas descritos, tenho 48 anos, sofri a vida inteira me achando um peixe fora d'água e parece que estou perto da resposta, já fui em três psiquiatras diferentes com a queixa de que acho que sou autista ou tenho tdsh, mas nenhuma se interessou em se aprofundar e me diagnósticar, fazem pouco caso e não dão importância😢, moro em Recife-PE, se alguém souber de um profissional especialista em diagnosticar adultos aqui ou que atenda por video me indique por favor.
Olá, fui atendida e diagnosticada pela
@sabidamente.neuropp
Gostaria muito de saber se sou autista, mas não sei aonde procurar, sou de Goiânia, trato de vários diagnóstico mais nunca me falaram de autismo, mas todos os sintomas falam de mim, alguém pode me informar aonde procurar ajuda 😢 a propósito eu adquirir o livro espectro autista feminino, e me identifiquei em vários sintomas
Busque um neuropsicólogo para um diagnóstico. Se der positivo, você leva o diagnóstico para o psiquiatra para lhe dar o laudo médico.