vocês são essenciais na vida de alunos de ri e muito obrigada por nos ajudar sempre! continuem com o canal !!! não imaginam a diferença que fazem na vidas das pessoas!!
# Eu sou de Moçambique e curso RI. suas aulas tem sido muito importantes pra mim no auxílio de compreensão das demais manifestações das RI quer sobre teorias,...
Eu gostaria de fazer uma ressalva sobre o comentário da Fer, se não for muita prepotência da minha parte rs, em que ela fala que partindo da teoria de Marx e Engels, o Comunismo levaria à anarquia e não a um regime totalitário como vimos na história. Mas, na verdade, o Anarquismo seria um modelo econômico de ruptura do Capitalismo que supera imediatamente o Estado, enquanto que o Comunismo, segundo a teoria marxista, seria posterior ao Socialismo, em que este seria um período de transição após o Capitalismo, onde o poder passaria da burguesia para o poder popular, e somente quando a população conseguisse se organizar com autonomia, o Estado seria superado e alcançaríamos o modelo econômico do Comunismo. Pra quem tiver interesse no assunto, essa explicação está melhor embasada no vídeo da socióloga Sabrina Fernandes sobre o Socialismo, no link ruclips.net/video/zP_Rta9B-3s/видео.html. Ela é marxista e tem um canal incrível, o Tese Onze :)
Com todo respeito ao seu posicionamento, acho importante trazer algumas ponderações sobre as distinções que você fez entre o anarquismo e o comunismo, especialmente na questão da transição e superação do Estado. Você mencionou que, no comunismo marxista, o Estado seria superado após o período de transição socialista, enquanto no anarquismo haveria uma ruptura imediata com o capitalismo e o Estado. Embora essa distinção faça sentido no nível teórico, ela não se sustenta bem quando analisamos as experiências práticas que buscaram implementar o marxismo. Regimes que se basearam na teoria marxista, como a União Soviética ou a China, não avançaram em direção à superação do Estado. Pelo contrário, o que observamos foi a consolidação de um aparato estatal ainda mais centralizado, muitas vezes acompanhado de autoritarismo. Essa "transição socialista" para o comunismo, na prática, nunca saiu do papel. Além disso, a ideia de que o poder passaria da burguesia para o "poder popular" também levanta dúvidas práticas. Quem garantiria que esse poder permaneceria com o povo? Na maioria dos casos, vimos o surgimento de uma nova elite burocrática ou partidária que acabou monopolizando o poder em nome do povo, mas sem, de fato, distribuir esse poder de forma igualitária. Já no caso do anarquismo, eu concordo que a proposta de ruptura imediata parece mais coerente no que tange à rejeição do Estado, mas a história também mostra que modelos anarquistas enfrentaram enormes dificuldades práticas. Um exemplo clássico é a Revolução Espanhola, onde os anarquistas conseguiram estabelecer experiências de autogestão, mas enfrentaram desafios gigantescos para coordenar essas estruturas em larga escala e resistir a pressões externas. Isso revela que, na ausência de uma estrutura mínima de organização central, é muito difícil manter coesão social e econômica. Acredito que é fundamental não apenas analisar a teoria, mas também refletir sobre os resultados concretos dessas tentativas. Não estou desmerecendo as aspirações de nenhum dos dois modelos, mas acho importante reconhecer que tanto o comunismo quanto o anarquismo enfrentam dificuldades significativas para superar o capitalismo e o Estado de maneira viável, especialmente quando falamos de experiências em sociedades complexas. Por fim, sua recomendação do vídeo da Sabrina Fernandes é interessante, pois ela realmente tem um olhar crítico sobre o socialismo. Porém, mesmo entre marxistas, há debates profundos sobre como evitar que o poder fique concentrado e sobre as lições que precisamos aprender com os fracassos históricos. Essa é uma discussão rica, e acredito que reconhecer esses limites nos ajuda a evoluir a teoria e a prática.
Sobre a falta de debate sobre a teoria da dependência, especificamente a TMD, cabe ressaltar a questão da repressão militar e a repulsa da academia brasileira, lembrando que muito o que foi produzido por intelectuais brasileiros como Marini, Bambirra e Theotonio durante o regime empresarial-militar está ainda em espanhol ou em outras línguas devido o exílio e a tradução para o português muito recente e de modo escasso, mesmo que sejam figuras muito celebradas fora do Brasil pela América Latina e mesmo pela Europa.
Belo vídeo, parabéns aos professores. Gostaria de deixar uma observação: o termo marxiano diz respeito exclusivamente à obra de Karl Marx. Já o termo marxista refere-se tanto a Karl Marx quanto aos inúmeros autores e correntes que se inserem na tradição do pensamento dele. Há uma curiosidade sobre isso. Marx teria dito certa vez: "tudo que eu sei é que eu não sou marxista".
Imagina, recentemente, para entender um pouco mais do sistema político estadunidense, acabei assistindo o vídeo de vocês a respeito. Gostei tanto do vídeo e da proposta do canal que, desde então, sempre que posso, tenho visto outros. O conteúdo é muito bom e tenho aprendido muito com vocês. Tenho formação em ciências sociais (o que inclui ciência política), então é bacana entender um pouco mais sobre o universo das relações internacionais como um campo de conhecimento próximo ao que me dedico.
Josimar Priori opa, que legal! Muito obrigado pelo feedback, a gente gosta muito dessa interdisciplinaridade. Abre muitos caminhos legais de pesquisa e de interesses comuns ;)
Gente a faculdade Furg RS estão com vagas abertas para relações internacionais 30 vagas.podem usar notas das últimas cinco edições do Enem 2022/2 Cidade de Santa Vitória do palmar boa sorte
vocês são essenciais na vida de alunos de ri e muito obrigada por nos ajudar sempre! continuem com o canal !!! não imaginam a diferença que fazem na vidas das pessoas!!
# Eu sou de Moçambique e curso RI. suas aulas tem sido muito importantes pra mim no auxílio de compreensão das demais manifestações das RI quer sobre teorias,...
Eu gostaria de fazer uma ressalva sobre o comentário da Fer, se não for muita prepotência da minha parte rs, em que ela fala que partindo da teoria de Marx e Engels, o Comunismo levaria à anarquia e não a um regime totalitário como vimos na história. Mas, na verdade, o Anarquismo seria um modelo econômico de ruptura do Capitalismo que supera imediatamente o Estado, enquanto que o Comunismo, segundo a teoria marxista, seria posterior ao Socialismo, em que este seria um período de transição após o Capitalismo, onde o poder passaria da burguesia para o poder popular, e somente quando a população conseguisse se organizar com autonomia, o Estado seria superado e alcançaríamos o modelo econômico do Comunismo. Pra quem tiver interesse no assunto, essa explicação está melhor embasada no vídeo da socióloga Sabrina Fernandes sobre o Socialismo, no link ruclips.net/video/zP_Rta9B-3s/видео.html. Ela é marxista e tem um canal incrível, o Tese Onze :)
Com todo respeito ao seu posicionamento, acho importante trazer algumas ponderações sobre as distinções que você fez entre o anarquismo e o comunismo, especialmente na questão da transição e superação do Estado. Você mencionou que, no comunismo marxista, o Estado seria superado após o período de transição socialista, enquanto no anarquismo haveria uma ruptura imediata com o capitalismo e o Estado. Embora essa distinção faça sentido no nível teórico, ela não se sustenta bem quando analisamos as experiências práticas que buscaram implementar o marxismo. Regimes que se basearam na teoria marxista, como a União Soviética ou a China, não avançaram em direção à superação do Estado. Pelo contrário, o que observamos foi a consolidação de um aparato estatal ainda mais centralizado, muitas vezes acompanhado de autoritarismo. Essa "transição socialista" para o comunismo, na prática, nunca saiu do papel. Além disso, a ideia de que o poder passaria da burguesia para o "poder popular" também levanta dúvidas práticas. Quem garantiria que esse poder permaneceria com o povo? Na maioria dos casos, vimos o surgimento de uma nova elite burocrática ou partidária que acabou monopolizando o poder em nome do povo, mas sem, de fato, distribuir esse poder de forma igualitária. Já no caso do anarquismo, eu concordo que a proposta de ruptura imediata parece mais coerente no que tange à rejeição do Estado, mas a história também mostra que modelos anarquistas enfrentaram enormes dificuldades práticas. Um exemplo clássico é a Revolução Espanhola, onde os anarquistas conseguiram estabelecer experiências de autogestão, mas enfrentaram desafios gigantescos para coordenar essas estruturas em larga escala e resistir a pressões externas. Isso revela que, na ausência de uma estrutura mínima de organização central, é muito difícil manter coesão social e econômica.
Acredito que é fundamental não apenas analisar a teoria, mas também refletir sobre os resultados concretos dessas tentativas. Não estou desmerecendo as aspirações de nenhum dos dois modelos, mas acho importante reconhecer que tanto o comunismo quanto o anarquismo enfrentam dificuldades significativas para superar o capitalismo e o Estado de maneira viável, especialmente quando falamos de experiências em sociedades complexas. Por fim, sua recomendação do vídeo da Sabrina Fernandes é interessante, pois ela realmente tem um olhar crítico sobre o socialismo. Porém, mesmo entre marxistas, há debates profundos sobre como evitar que o poder fique concentrado e sobre as lições que precisamos aprender com os fracassos históricos. Essa é uma discussão rica, e acredito que reconhecer esses limites nos ajuda a evoluir a teoria e a prática.
vocês salvam tanto os alunos de ri, muitooo obrigada
Sobre a falta de debate sobre a teoria da dependência, especificamente a TMD, cabe ressaltar a questão da repressão militar e a repulsa da academia brasileira, lembrando que muito o que foi produzido por intelectuais brasileiros como Marini, Bambirra e Theotonio durante o regime empresarial-militar está ainda em espanhol ou em outras línguas devido o exílio e a tradução para o português muito recente e de modo escasso, mesmo que sejam figuras muito celebradas fora do Brasil pela América Latina e mesmo pela Europa.
Belo vídeo, parabéns aos professores.
Gostaria de deixar uma observação: o termo marxiano diz respeito exclusivamente à obra de Karl Marx. Já o termo marxista refere-se tanto a Karl Marx quanto aos inúmeros autores e correntes que se inserem na tradição do pensamento dele.
Há uma curiosidade sobre isso. Marx teria dito certa vez: "tudo que eu sei é que eu não sou marxista".
Josimar Priori obrigado pelo esclarecimento!
Imagina, recentemente, para entender um pouco mais do sistema político estadunidense, acabei assistindo o vídeo de vocês a respeito. Gostei tanto do vídeo e da proposta do canal que, desde então, sempre que posso, tenho visto outros. O conteúdo é muito bom e tenho aprendido muito com vocês. Tenho formação em ciências sociais (o que inclui ciência política), então é bacana entender um pouco mais sobre o universo das relações internacionais como um campo de conhecimento próximo ao que me dedico.
Josimar Priori opa, que legal! Muito obrigado pelo feedback, a gente gosta muito dessa interdisciplinaridade. Abre muitos caminhos legais de pesquisa e de interesses comuns ;)
obrigado pelo video
video muito legal!! gostaria de ouvir mais da parte de superestrutura que é fenomenal!!
Esse casal e muito jóia, obrigado pela ajuda a entender as teorias
por favor continuem fazendo vídeos assim, vcs são muito bons!!!
cara, vcs são muito bons professores!!!
Excelente explicação! Obrigado, professores
Muito bom, gostei demais
Pensei que o RUclips não tinha me mostrado o vídeo novo. Olhei na página do canal agora a pouco hahaha
Maravilhosos!
Muito obrigado pelo vídeo! Vocês são demais!!
adoreii, so fica melhor esse canal
Ótimo conteúdo professores. Que ajuda.
bom vídeo, apesar dos graves erros teóricos
Ótimo vídeo!!! Obrigada por compartilharem tanto conhecimento com a gente ☺️
Gente a faculdade Furg RS estão com vagas abertas para relações internacionais 30 vagas.podem usar notas das últimas cinco edições do Enem 2022/2 Cidade de Santa Vitória do palmar boa sorte
Muito bom, realmente me ajudaram com a prova kkkkkk
Deterioração dos termos de troca
Lembrei do João Carvalho
Qual a melhor faculdade EAD em Relações internacionais ?
Ixi Miguel, não sabemos dizer :/ procure pelo Guia do Estudante e outras listas com faculdades de RI, pode ser que te ajudem
Eu tenho uma ideia de criar uma terceira via que não seja o capitalismo nem o socialismo porque nenhum dos dois não concordo .
Já existe, o fascismo.