A Onda foi uma história real sim, acontecida nos Estados Unidos, Palo Alto - Califórnia 1967. Eu passo sempre para os alunos (já assisti centenas de vezes, mais de 30 anos como professor), e uso mais a primeira versão de 1981, produção americana, está no RUclips, assim como o documentário, A Terceira Onda, no qual os personagens da vida real, o prof. RON JONES e seus alunos (claro, todos acima dos 60) prestam depoimento. Primeiro foi um romance, depois virou peça de teatro, depois o filme americano de 81 (45 min - feito para ser usado na escola), depois o filme alemão de 2008, dirigido por Dennis Gansel, longa para o cinema.
Recentemente assisti o filme "O Substituto" de 2011 (enquanto tentava suprir minha necessidade de reassistir "Escritores da Liberdade" porque eu acho um filme lindo, que me enche de esperanças, e é baseado em uma história real) e, bom... Gosto muito do romantismo mas também sou muito fã das obras realistas, que é o caso de "O Substituto". Nesse filme, o professor não é narrado como alguém otário ou um herói, mas sim como um ser humano normal, que tem suas dores e limitações. Tem uma carga bem dramática puxada pro psicológico e eu cheguei à concepção que se trata de um filme que pega bem nesse lado da falta de estruturas nas famílias, que não participam da vida dos filhos, não dão amor ou carinho e mandam pra escola achando que ela vai magicamente lidar com todas as questões dos alunos. Em uma cena, é feita um tipo de "reunião" para os pais, e quase NENHUM pai (ou mãe ou responsável) aparece. Se apareceu 1, foi muito. O personagem também diz que um professor substituto não precisa realmente se preocupar em ensinar alguma coisa. No mínimo, manter os alunos vivos até conseguirem um prof° efetivo. Ou seja, o "professor substituto" não é realmente um professor substituto. Mas o nome do filme é justamente esse, e pela mensagem que ele passa em relação aos pais, entende-se também que um professor nunca poderá ser um substituto para os pais, mesmo que o vejam assim. Bom...eu poderia falar muito mais desse filme, ele é bem subjetivo, dá pra tirar várias reflexões dele e eu não diria que eu gostei (a não ser do personagem), porque sou pessimista em relação a realidade e não gosto dela, mas é importante que a conheçamos do jeito que é. Não é todo professor que consegue fazer o que Erin Gruwell fez, e também, a que custo? Sacrificou muito pelos seus alunos e ainda assim, não foi garantia que ela tenha "salvo" seus futuros para sempre. (Mas ainda assim, foi um feito admirável e gosto muito de sua história, enquanto o filme do professor substituto se inspira em vários profs e vale muito a pena ser refletido, principalmente pelos pais)
Li cada palavra do seu comentário. E concordo. Escritora da Liberdade é uma inspiração. O substituto ainda não vi, mas verei. Pelo visto se parece muito com a minha realidade, pois nas escolas estaduais de SP, professores substitutos (chamados aqui de professor "eventual") pouco ensinam efetivamente, e tem zero respeito dos alunos. Uma pena.
Um filme que recomendo é ENTRE OS MUROS DA ESCOLA, produção francesa, sem a pieguice de caricaturar o professor bobalhão nas mãos do aluno esperto, ou "a saga do herói" onde o professor se depara com uma classe indisciplinada pronta para linchá-lo, e depois de lutas e contendas, no final ele vence os monstros, podendo ser admitido no Olimpo. Entre os Muros da Escola não tem atores, foi filmado no dia a dia de uma escola pública de Paris, cujos alunos eram basicamente africanos filhos das famílias de imigração ilegal - reitero, personagens reais - e mostra tudo: brigas, porradaria, aluno sendo mandado para diretoria, lamúrias de sala dos professores, aluno xingando professor, reunião de conselho de classe fechando notas, trabalhos extraclasse, professor dando xilique por excesso de bagunça, bullying, aluno mandando professor para aquele lugar, aluno super estudioso, reunião de conselho de escola para expulsar aluno, professor que perde o controle e fala para aluno coisas que não poderia falar, etc.. - NÃO VI UM ÁTOMO DE DIFERENÇA COM A ESCOLA PÚBLICA BRASILEIRA. Super recomendo. Outros bons: O Preço de um Desafio, O Substituto.
Eu acho que sei por que a educação hoje está ruim. Antigamente, lá pelos anos 40 ou 50, se um aluno chegava atrasado, o professor batia na mão dele usando uma régua. Se o aluno errava, o professor falava mal dele também. As crianças de antigamente são os adultos hoje que têm filhos. É claro que os pais irão contra os professores porque os pais acham que bater na criança resolveria tudo e que está se repetindo mas hoje em dia inverteu. Fizeram uma versão deturpada que o professor é o vilão o tempo todo. E é claro que irão desmoralizar os professores por conta o passado. Como diz o ditado: Quem bate esquece. Quem apanha não esquece. Mas convenhamos: Nos anos 50, quem teve a ideia estúpida de bater na criança só porque a criança chegou atrasado na aula?
Sim, toda carreira tem uma representação positiva. A do professor, justamente por lidar com jovens e adolescentes, vez em quando é colocado como se fossemos velhos ridículos
Descobri esse canal e estou maratonando seus vídeos, excelente conteúdo....
A Onda foi uma história real sim, acontecida nos Estados Unidos, Palo Alto - Califórnia 1967. Eu passo sempre para os alunos (já assisti centenas de vezes, mais de 30 anos como professor), e uso mais a primeira versão de 1981, produção americana, está no RUclips, assim como o documentário, A Terceira Onda, no qual os personagens da vida real, o prof. RON JONES e seus alunos (claro, todos acima dos 60) prestam depoimento. Primeiro foi um romance, depois virou peça de teatro, depois o filme americano de 81 (45 min - feito para ser usado na escola), depois o filme alemão de 2008, dirigido por Dennis Gansel, longa para o cinema.
Recentemente assisti o filme "O Substituto" de 2011 (enquanto tentava suprir minha necessidade de reassistir "Escritores da Liberdade" porque eu acho um filme lindo, que me enche de esperanças, e é baseado em uma história real) e, bom... Gosto muito do romantismo mas também sou muito fã das obras realistas, que é o caso de "O Substituto". Nesse filme, o professor não é narrado como alguém otário ou um herói, mas sim como um ser humano normal, que tem suas dores e limitações. Tem uma carga bem dramática puxada pro psicológico e eu cheguei à concepção que se trata de um filme que pega bem nesse lado da falta de estruturas nas famílias, que não participam da vida dos filhos, não dão amor ou carinho e mandam pra escola achando que ela vai magicamente lidar com todas as questões dos alunos. Em uma cena, é feita um tipo de "reunião" para os pais, e quase NENHUM pai (ou mãe ou responsável) aparece. Se apareceu 1, foi muito. O personagem também diz que um professor substituto não precisa realmente se preocupar em ensinar alguma coisa. No mínimo, manter os alunos vivos até conseguirem um prof° efetivo. Ou seja, o "professor substituto" não é realmente um professor substituto. Mas o nome do filme é justamente esse, e pela mensagem que ele passa em relação aos pais, entende-se também que um professor nunca poderá ser um substituto para os pais, mesmo que o vejam assim. Bom...eu poderia falar muito mais desse filme, ele é bem subjetivo, dá pra tirar várias reflexões dele e eu não diria que eu gostei (a não ser do personagem), porque sou pessimista em relação a realidade e não gosto dela, mas é importante que a conheçamos do jeito que é. Não é todo professor que consegue fazer o que Erin Gruwell fez, e também, a que custo? Sacrificou muito pelos seus alunos e ainda assim, não foi garantia que ela tenha "salvo" seus futuros para sempre. (Mas ainda assim, foi um feito admirável e gosto muito de sua história, enquanto o filme do professor substituto se inspira em vários profs e vale muito a pena ser refletido, principalmente pelos pais)
Li cada palavra do seu comentário. E concordo. Escritora da Liberdade é uma inspiração. O substituto ainda não vi, mas verei. Pelo visto se parece muito com a minha realidade, pois nas escolas estaduais de SP, professores substitutos (chamados aqui de professor "eventual") pouco ensinam efetivamente, e tem zero respeito dos alunos. Uma pena.
Super recomendo O Substituto. Ceguei a recomendar para a diretora e coordenadora.
Um filme que recomendo é ENTRE OS MUROS DA ESCOLA, produção francesa, sem a pieguice de caricaturar o professor bobalhão nas mãos do aluno esperto, ou "a saga do herói" onde o professor se depara com uma classe indisciplinada pronta para linchá-lo, e depois de lutas e contendas, no final ele vence os monstros, podendo ser admitido no Olimpo. Entre os Muros da Escola não tem atores, foi filmado no dia a dia de uma escola pública de Paris, cujos alunos eram basicamente africanos filhos das famílias de imigração ilegal - reitero, personagens reais - e mostra tudo: brigas, porradaria, aluno sendo mandado para diretoria, lamúrias de sala dos professores, aluno xingando professor, reunião de conselho de classe fechando notas, trabalhos extraclasse, professor dando xilique por excesso de bagunça, bullying, aluno mandando professor para aquele lugar, aluno super estudioso, reunião de conselho de escola para expulsar aluno, professor que perde o controle e fala para aluno coisas que não poderia falar, etc.. - NÃO VI UM ÁTOMO DE DIFERENÇA COM A ESCOLA PÚBLICA BRASILEIRA. Super recomendo. Outros bons: O Preço de um Desafio, O Substituto.
Nossa! Te entendo muito! Aliás já "tretei" em um "curso" por causa de um filme kkkkkkk
Ah! Mas tem uma série que eu gostei bastante!
Merli?
@@profgustavoleao8439 a série? Não. É "Rita" eu amei! "Merli" eu não assisti, vou procurar.
Rita é muito bom! Mas precisa fazer ressalvas pelas cenas quentes! 😅
@@escolapublicapodcast Cenas quentes é um eufemismo, né? 🤣🤣🤣🤣🤣
@@escolapublicapodcast Eu amo quando ela responde pra coordenadora porque ela é professora.
A Onda é um filme muito bom, mas tem que ser explicado depois de passado ou...
Sim, é um filme delicado. Cabe inúmeras interpretações equivocadas.
Esse da escola do imperador nunca assisti, vou correr pra ver!!! 🙏🏻
Clube do Imperador. Parece um filme coxinha, mas não é ❤️
Eu acho que sei por que a educação hoje está ruim. Antigamente, lá pelos anos 40 ou 50, se um aluno chegava atrasado, o professor batia na mão dele usando uma régua. Se o aluno errava, o professor falava mal dele também. As crianças de antigamente são os adultos hoje que têm filhos. É claro que os pais irão contra os professores porque os pais acham que bater na criança resolveria tudo e que está se repetindo mas hoje em dia inverteu. Fizeram uma versão deturpada que o professor é o vilão o tempo todo. E é claro que irão desmoralizar os professores por conta o passado. Como diz o ditado: Quem bate esquece. Quem apanha não esquece. Mas convenhamos: Nos anos 50, quem teve a ideia estúpida de bater na criança só porque a criança chegou atrasado na aula?
o problema é o autoritarismo dos profes contra os alunos, ninguem gosta d ser mandado
vc ta cm quantos anos?
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E filmes orientais sobre o tema? Alguma sugestão?
Eu sei que voce disse que nao gosta, mas eu queria te recomendar a serie Breaking Bad 😅
Uma excelente série
TB não gosto como vc, pq denigrem a imagem da profissão e dos profissionais, coisa que não acontecem com outras profissões.
Sim, toda carreira tem uma representação positiva. A do professor, justamente por lidar com jovens e adolescentes, vez em quando é colocado como se fossemos velhos ridículos