Igreja de Nossa Senhora da Conceição e Museu do Aleijadinho

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  • Опубликовано: 13 окт 2024
  • A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, em Ouro Preto-MG, foi construída por ordem do bandeirante Antônio Dias, por volta de 1699.
    Coube ao bandeirante Antônio Dias a iniciativa da construção de uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição, por volta de 1699. Em 1705, instituída como matriz, foi o edifício provavelmente ampliado para adaptar-se à nova função. O rápido crescimento da população do arraial de Antônio Dias que, em 1711, passara a fazer parte da recém criada Vila Rica, exigiu a construção de um novo templo. Assim sendo, em 1727 iniciou-se a construção da atual Matriz de Antônio Dias, cujo projeto é atribuído a Manoel Francisco Lisboa.
    Não é possível compor uma cronologia das obras da Matriz, uma vez que se perdeu a maior parte dos documentos de seu Arquivo, inclusive os livros da Irmandade do Santíssimo Sacramento, administradora da obra. Sabe-se que os trabalhos de construção foram iniciados um ou dois anos antes do que os da Matriz do Pilar, e tiveram um ritmo bem mais lento. Em 1741/1742, pelo menos uma das torres já devia estar concluída, conforme se infere do pagamento feito a Manoel Francisco Lisboa pelo conserto do sino. Em 1745, foi reconstruída em pedra e cal uma das paredes que ameaçava ruína, sabendo-se que a partir desta data até o ano de 1746, foram despendidos recursos com as campas, janelas e telhados da igreja. As obras se estenderam até 1756, ano em que foi iniciada a talha da capela-mor, concluída por volta de 1770, cujo risco de Antônio de Souza Calheiros, seria modificado posteriormente pelos entalhadores Jerônimo Félix Teixeira e Felipe Vieira, no período compreendido entre 1756 e 1768.
    As obras de pintura e douramento da talha se deram depois de 1770 e foram concluídas em 1772. Os altares da nave, bem mais antigos, incluem peças remanescentes da primitiva matriz. Em 1794, a edificação apresentava estado físico precário, necessitando de obras de reparo no frontispício, torre e escadas, conforme indica requerimento do vigário da Freguesia à D. Maria I, solicitando verbas para as obras necessárias.
    Desde 1852, os Relatórios dos Presidentes da Província referem-se a constantes verbas concedidas para obras de reparo na Matriz de Nossa Senhora da Conceição, tendo sido realizados até 1854 serviços na torre e acampamento, reparos no forro e assoalho do consistório, rebocamento interno das torres, dentre outros serviços. Cabe destacar a construção do adro em frente à igreja entre 1860 e 1863, cuja obra foi dirigida por Joaquim Mariano Augusto de Menezes, e a colocação de grades que guarnecem os muros do mesmo, em 1881.
    A construção da Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias é contemporânea à Matriz do Pilar, apresentando estrutura arquitetônica e fachada análogas. A nave e a capela-mor são ladeadas por corredores, encimados por tribunas no andar superior, no qual se encontra ainda o coro anexo à fachada principal e o consistório acima da sacristia.
    Internamente , difere-se totalmente da Matriz do Pilar, conservando a disposição tradicional, com os altares ao longo das paredes laterais. A decoração interna da nave é atribuída a Manoel Francisco Lisboa, arrematante da construção da igreja. Os altares laterais, em número de oito, são separados por monumentais pilastras caneladas e denticuladas no terço inferior, encimadas por capitéis jônicos. Esses altares incorporam-se apropriadamente ao conjunto geral da igreja, sendo caracterizados por Germain Bazin como representativos do estilo ” D. João V do Porto “. A talha da capela-mor (1756 e 1768 ) é constituída pela simplificação geral do programa decorativo, aliada à introdução de motivos rocaille na decoração das paredes laterais, podendo-se situá-la como obra de transição.
    A igreja conserva um bom acervo de imaginária, salientando-se que entre as imagens de roca do altar-mor ( Santa Bárbara e São João Nepomuceno), encontra-se uma imagem de Nossa Senhora da Conceição que, segundo consta, teria sido confeccionada em 1893. Entretanto, as melhores peças acham-se em exposição no Museu Aleijadinho, instalado nos fundos da igreja, particularmente quatro magníficos leões de eça e a imagem de roca de São Francisco de Paula, de autoria de Antônio Francisco Lisboa. Cabe ainda lembrar que Aleijadinho foi enterrado na Matriz de Antônio Dias, em 1814.
    O Museu Aleijadinho funciona em um Circuito que abrange três igreja históricas de Ouro Preto: Santuário Nossa Senhora da Conceição, Igreja de São Francisco de Assis e Igreja de Nossa Senhora das Mercês e Perdões.
    Créditos da música Soldado Ferido,a João Paulo e Jonas Benichio, da Congregação Cristã no Brasil (CCB).

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