É curioso como as situações, de alguma forma, se conectam. Recentemente, encontrei um texto seu falando de *Campo Branco*, do Elomar. Durante essa busca, deparei-me com um dicionário de termos usados na música *Campo Branco* e a letra dela em um blog com o seu nome, publicado em 2007. A partir disso, fui navegando pelo blog, interessado em conhecer mais sobre alguém que registrou uma conversa de bar que presenciei há anos entre meu pai e os amigos dele - companheiros de noites, músicas e quintais. Naquela ocasião, eles falavam sobre um dicionário de termos nordestinos relacionado às músicas do Elomar Figueira de Melo. Essa conversa aconteceu há cerca de trinta anos, mas ainda me lembro dela como se fosse ontem. O que me chamou a atenção foi perceber como cada pessoa se conecta à arte de um jeito diferente. Meu pai, ateu e ex-seminarista, parecia ser alcançado por um lado mais melancólico, talvez ligado à luta e à tristeza presentes na obra. Minha mãe e os amigos deles, por outro lado, enxergavam questões como a luta de classes e o encanto da melodia. Já em seu texto, encontrei uma interpretação que colocava em evidência a fé e a relação com o Criador. Ao revisitar essas diferentes perspectivas, sinto que todas elas me atravessaram de algum modo. Cada uma trouxe algo para mim. Não é mágico o que a arte consegue fazer?
Quantas leituras interessantes! A arte é assim, vai sempre além de uma só leitura, de uma só interpretação. O pensador Northrop Frye dizia que "[o] clássico é um livro cuja circunferência é sempre maior que a do melhor dos seus leitores". Acho que isso serve também para as obras musicais. Muito obrigado pelas reflexões.
Muito lindo, letra e melodia!!!
Muito obrigado, Thelma.
Que paz…
Obrigado, Jean. Que este ano de 2025 lhe traga muita vida e muita paz.
É curioso como as situações, de alguma forma, se conectam. Recentemente, encontrei um texto seu falando de *Campo Branco*, do Elomar. Durante essa busca, deparei-me com um dicionário de termos usados na música *Campo Branco* e a letra dela em um blog com o seu nome, publicado em 2007.
A partir disso, fui navegando pelo blog, interessado em conhecer mais sobre alguém que registrou uma conversa de bar que presenciei há anos entre meu pai e os amigos dele - companheiros de noites, músicas e quintais. Naquela ocasião, eles falavam sobre um dicionário de termos nordestinos relacionado às músicas do Elomar Figueira de Melo. Essa conversa aconteceu há cerca de trinta anos, mas ainda me lembro dela como se fosse ontem.
O que me chamou a atenção foi perceber como cada pessoa se conecta à arte de um jeito diferente. Meu pai, ateu e ex-seminarista, parecia ser alcançado por um lado mais melancólico, talvez ligado à luta e à tristeza presentes na obra. Minha mãe e os amigos deles, por outro lado, enxergavam questões como a luta de classes e o encanto da melodia. Já em seu texto, encontrei uma interpretação que colocava em evidência a fé e a relação com o Criador.
Ao revisitar essas diferentes perspectivas, sinto que todas elas me atravessaram de algum modo. Cada uma trouxe algo para mim. Não é mágico o que a arte consegue fazer?
Quantas leituras interessantes! A arte é assim, vai sempre além de uma só leitura, de uma só interpretação. O pensador Northrop Frye dizia que "[o] clássico é um livro cuja circunferência é sempre maior que a do melhor dos seus leitores". Acho que isso serve também para as obras musicais. Muito obrigado pelas reflexões.
@@gladircabralEu que agradeço por compartilhar as suas, sigamos.