Se existisse canais como esse na época que eu estudava na escola , eu não teria odiado tanto a matéria história Repito .. do alto dos meus 46 anos de idade , com canais como esse , percebi que eu nao odiava história, o que eu nao gostava era como a história me era ensinada !!! 😢 Parabéns pelo canal ! Desejo mais sucesso ainda !!!
Gostei do conteúdo, especialmente na análise em relação ao estilo da escrita. Tenho duas observações com relação a parte final da apresentação: (1) Eu tomaria um cuidado maior em relação ao "argumento do silêncio". Uma determinada fonte não citar um evento (ou contexto) x, não implica necessariamente que ela seja anterior a esse fato. Significa em primeira análise que esse evento não tem relevância para o que o autor está se propondo a escrever em sua obra. Portanto, devemos dar prioridade em datá-la por outros meios. (2) Existe uma questão maior em relação a Q, pois se trata de uma fonte puramente hipotética fundamentada naquilo que Mt e Lc possuem em comum e que não provém de Mc. Datar uma fonte hipotética é um problema e tanto, ainda mais quando vamos pra um caminho em que ela seja antiquíssima (em relação aos demais evangelhos) baseado apenas no que pressupomos que ela deveria mencionar (destruição de Jerusalém e do templo e/ou conflito judaico-romano) e não o faz. A Carta de Aristeias possui um contexto diferente de Q, nesse sentido.
Eu tenho muita vontade de ter esse segundo canal, mas não seria melhor quando aqui chegasse a 100 mil? Tenho reparado que a galera que tem canal de cortes só cria depois que pega a primeira placa.
Que beleza essa aula Muito boa Então a partir dessa explicação complexa e toda fica mais fácil definir as interpolações no texto de Mateus 1 2 3 no começo ❓
Boa noite. Muito boas essas orientações de datação dos documentos. Eu já ouvi dizer q o rapaz q corre nu enrolado no lençol no evangelho de Marcos, era ele próprio quando jovem. Será q isso procede?
Oi, Valéria! Que bom vê-la por aqui. Não trata-se de uma tradição ligada ao batismo e que também serviu de base para Lázaro, como expliquei nesse vídeo: ruclips.net/user/livehA8cEyz4gYM?feature=share
Antônio, João não escreveu absolutamente nada. No segundo dia veremos que são tradições autorais. A única coisa que sabemos do autor é que ele se autodenominou como o discípulo amado. E esse texto faz sim referência a queda do templo e logo no início do texto: Jo 2:19: Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei. O autor, inclusive, comenta que os judeus não entenderam e que Jesus, na verdade, estava falando da ressurreição. Essa explicação é fantástica porque dá conta da ressurreição do templo no cristianismo pós-queda do templo, onde Jesus assume o lugar e vira uma espécie de templo espiritual. Quanto a 1Jo, ela tem o intuito de reforçar a tradição joanina ligada aos estratos mais antigos do Evangelho de Jo, ou seja, ela veio depois como forma de ampliar essa ideia de Jesus como o templo espiritual e debater contra crenças consideradas "heréticas" pelo autor. Aliás, 1Jo nem seria uma carta originalmente. Koester nos lembra que ela não tem endereço e nem conclusão, elementos que caracterizam uma carta. Recomendo a leitura da bibliografia indicada e te espero ao vivo para o segundo dia da maratona.
No minuto 31 você afirma que Jesus ali é um personagem igual qualquer um da Marvel, porque ele não previu o templo, era narrativa do autor. Eu tenho uma pergunta: 1) como você sabe que tudo presente no texto a respeito de jesus não é fictício? Porque parte é histórica e outra um personagem da Marvel?
O Jesus fictício que me referi é o das crenças religiosas, por isso o paralelo com o quadrinho do Homem-aranha. Visões, presságios, ressurreições e ascensões não são históricas
@@JulianaCavalcantisim, isso eu entendi Prof. Mas a minha pergunta é como você sabe que o restante é histórico? Veja, homem aranha solta teias nos punhos, isso é ficção. Mas ele também é um estudante que vive em Nova York, isso é histórico? Ou o personagem é todo fictício? Essa é a minha dúvida.
@@andrepatrocinio666 entendi, André. A resposta é metodologia e datação! Ao cruzarmos as fontes cristãs a gente consegue identificar o que estava disponível em forma oral e se repete nesses autores, ou seja, a informações que comuns e que não estão ligados a um autor ou a uma autora. O Peter Park é diferente porque sabemos definir examente o momento de sua criação que parte de um único autor e não de vários autores que não se conheceram escrevendo ao mesmo tempo. O Peter ir para a escola, faculdade, trabalhar com o fotógrafo está na mesma dimensão dos relatos de nascimento de Jesus, ou seja, esforços autorais de humanizar o herói (Peter como o homem aranha, Jesus como o filho de Deus). As narrativas de nascimento são marcas autorais porque elas não se repetem, o nascimento de Jesus em Mateus é totalmente diferente do de Lucas.
@@JulianaCavalcanti entendi o que você quis dizer. Mas assistindo a live não aprendemos que mateus e lucas usaram marcos? Tem trechos ipsis litteris copiados entre os evangelhos. Então esse cruzamento de fontes fica comprometido não? A existência de uma fonte oral fica complicada quando vemos os autores se copiando, a datação não impossibilita isso certo? Sobre as divergências entre os textos, se tivesse uma fonte oral sobre o nascimento de JC, não era pra essas fontes contatem a mesma história? O que me parece é o seguinte, aprendi na live que marcos veio primeiro. Marcos não conta como Jesus nasceu, em marcos Jesus já começa velho. Mateus que está usando marcos, precisa inventar uma infância pra Jesus, é como se mateus fosse uma segunda edição, mais completa e corrigida. Lucas me parece fazer o mesmo. Claramente minha opinião não vale 1 real, mas tem sido a conclusão mais plausível pra mim no momento. Desde já agradeço seu tempo e suas respostas! Obrigado mesmo!
@@JulianaCavalcanti agradeço demais pelas respostas Professora! Permita-me problematizar ainda mais? Kkk são questões sinceras da minha parte. Na live aprendemos que Marcos é o primeiro evangelho, Mateus e Lucas estão usando marcos como fonte. Alguns trechos são cópias ipsis litteris. Então já temos um problema aí com esse cruzamento de fontes cristãs, porque se um texto está copiando o outro claramente essas informações vão bater, porém ainda assim não batem somente fontes possíveis de ter acontecido, milagres também se repetem entre os evangelhos. Sobre o nascimento de Jesus que você comentou, esse exemplo é melhor ainda pra explicar o problema desse JC histórico. Veja, Marcos é o primeiro evangelho, ele não cita como Jesus nasceu. Logo mateus só poderia ter tirado da tradição oral o nascimento de Jesus, mas tem um problema, Lucas também faz o mesmo, mas a história é diferente! Ou seja, nesse caso não teve tradição oral, pelo menos um autor inventou da própria cabeça isso. E veja, estamos falando do nascimento de Jesus, ele precisa nascer pra ser histórico, mas a história da infância é nascimento dele é obscura e mitológica. Em minha opinião ( que não vale nem 1 real lkkkk) alguém escreveu Marcos, Mateus copia Marcos mas tenta melhorar a abordagem, Lucas está fazendo o mesmo. Por isso tantas semelhanças os tardios tem com marcos, porém divergem entre eles. Mais uma vez agradeço pelo tempo e ajuda!
Mulher , como você consegue por tanta coisa na tua cachola . Você e o canal Estranha História estão fundindo meus neurônios ❤️❤️❤️🥉🥉🥉🥉
Acrescento a esses o canal a tenda do necromante.
@@MrFredbarata16 ☺️☺️☺️☺️
Mais uma aula completa pra nós. Obrigado, Juliana. Vamos aos 35k!
Se existisse canais como esse na época que eu estudava na escola , eu não teria odiado tanto a matéria história
Repito .. do alto dos meus 46 anos de idade , com canais como esse , percebi que eu nao odiava história, o que eu nao gostava era como a história me era ensinada !!! 😢
Parabéns pelo canal !
Desejo mais sucesso ainda !!!
Myriam, nunca é tarde para se encantar pela História. Fico feliz em ver sua mensagem um dia depois do dia do historiador ☺️
Boa Noite e parabéns pelo Dia do Historiador, querida professora Juliana Cavalcanti. 🎉🎉🎉🎉❤
❤
Muito obrigada, Patrícia ☺️
Obrigado pelo vídeo, muito interessante, este tema em história eu não sabia nada
Sempre, excelente!!😊
Assistindo a reprise 😊
Olá prof preferida ❤. ❤ Excelente
Excelentes esclarecimentos, Juliana!
Bom dia professora e a todos.
Oi, Gilson
Aula muito boa. Parabéns
Parabéns pelo vídeo!
Boa noite
Muito interessante ❤
Eu !!
Prof.juliana,boa noite, porque você não convida o prof. Fábio Sabino para um bate-papo, seria bem legal.
Gostei do conteúdo, especialmente na análise em relação ao estilo da escrita.
Tenho duas observações com relação a parte final da apresentação:
(1) Eu tomaria um cuidado maior em relação ao "argumento do silêncio". Uma determinada fonte não citar um evento (ou contexto) x, não implica necessariamente que ela seja anterior a esse fato. Significa em primeira análise que esse evento não tem relevância para o que o autor está se propondo a escrever em sua obra. Portanto, devemos dar prioridade em datá-la por outros meios.
(2) Existe uma questão maior em relação a Q, pois se trata de uma fonte puramente hipotética fundamentada naquilo que Mt e Lc possuem em comum e que não provém de Mc. Datar uma fonte hipotética é um problema e tanto, ainda mais quando vamos pra um caminho em que ela seja antiquíssima (em relação aos demais evangelhos) baseado apenas no que pressupomos que ela deveria mencionar (destruição de Jerusalém e do templo e/ou conflito judaico-romano) e não o faz. A Carta de Aristeias possui um contexto diferente de Q, nesse sentido.
Cria um canal, cortes da Juliana Cavalcante. Seria bacana 👍🏼
Eu tenho muita vontade de ter esse segundo canal, mas não seria melhor quando aqui chegasse a 100 mil? Tenho reparado que a galera que tem canal de cortes só cria depois que pega a primeira placa.
Que beleza essa aula Muito boa Então a partir dessa explicação complexa e toda fica mais fácil definir as interpolações no texto de Mateus 1 2 3 no começo ❓
Sim, Moacir. Por meio do estilo da escrita a gente consegue mapear o que vem ou não do autor, daí a identificação também das interpolações
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Boa noite. Muito boas essas orientações de datação dos documentos.
Eu já ouvi dizer q o rapaz q corre nu enrolado no lençol no evangelho de Marcos, era ele próprio quando jovem. Será q isso procede?
Oi, Valéria!
Que bom vê-la por aqui. Não trata-se de uma tradição ligada ao batismo e que também serviu de base para Lázaro, como expliquei nesse vídeo:
ruclips.net/user/livehA8cEyz4gYM?feature=share
Professora, e porque então João que escreveu seu evangelho, assim como a cartinha nos ensinou, não fala da queda do templo, sendo um evangelho tardio?
Antônio, João não escreveu absolutamente nada. No segundo dia veremos que são tradições autorais.
A única coisa que sabemos do autor é que ele se autodenominou como o discípulo amado. E esse texto faz sim referência a queda do templo e logo no início do texto: Jo 2:19: Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei.
O autor, inclusive, comenta que os judeus não entenderam e que Jesus, na verdade, estava falando da ressurreição. Essa explicação é fantástica porque dá conta da ressurreição do templo no cristianismo pós-queda do templo, onde Jesus assume o lugar e vira uma espécie de templo espiritual.
Quanto a 1Jo, ela tem o intuito de reforçar a tradição joanina ligada aos estratos mais antigos do Evangelho de Jo, ou seja, ela veio depois como forma de ampliar essa ideia de Jesus como o templo espiritual e debater contra crenças consideradas "heréticas" pelo autor.
Aliás, 1Jo nem seria uma carta originalmente. Koester nos lembra que ela não tem endereço e nem conclusão, elementos que caracterizam uma carta.
Recomendo a leitura da bibliografia indicada e te espero ao vivo para o segundo dia da maratona.
No minuto 31 você afirma que Jesus ali é um personagem igual qualquer um da Marvel, porque ele não previu o templo, era narrativa do autor.
Eu tenho uma pergunta:
1) como você sabe que tudo presente no texto a respeito de jesus não é fictício? Porque parte é histórica e outra um personagem da Marvel?
O Jesus fictício que me referi é o das crenças religiosas, por isso o paralelo com o quadrinho do Homem-aranha.
Visões, presságios, ressurreições e ascensões não são históricas
@@JulianaCavalcantisim, isso eu entendi Prof. Mas a minha pergunta é como você sabe que o restante é histórico? Veja, homem aranha solta teias nos punhos, isso é ficção. Mas ele também é um estudante que vive em Nova York, isso é histórico? Ou o personagem é todo fictício?
Essa é a minha dúvida.
@@andrepatrocinio666 entendi, André.
A resposta é metodologia e datação!
Ao cruzarmos as fontes cristãs a gente consegue identificar o que estava disponível em forma oral e se repete nesses autores, ou seja, a informações que comuns e que não estão ligados a um autor ou a uma autora.
O Peter Park é diferente porque sabemos definir examente o momento de sua criação que parte de um único autor e não de vários autores que não se conheceram escrevendo ao mesmo tempo.
O Peter ir para a escola, faculdade, trabalhar com o fotógrafo está na mesma dimensão dos relatos de nascimento de Jesus, ou seja, esforços autorais de humanizar o herói (Peter como o homem aranha, Jesus como o filho de Deus). As narrativas de nascimento são marcas autorais porque elas não se repetem, o nascimento de Jesus em Mateus é totalmente diferente do de Lucas.
@@JulianaCavalcanti entendi o que você quis dizer.
Mas assistindo a live não aprendemos que mateus e lucas usaram marcos? Tem trechos ipsis litteris copiados entre os evangelhos.
Então esse cruzamento de fontes fica comprometido não? A existência de uma fonte oral fica complicada quando vemos os autores se copiando, a datação não impossibilita isso certo?
Sobre as divergências entre os textos, se tivesse uma fonte oral sobre o nascimento de JC, não era pra essas fontes contatem a mesma história?
O que me parece é o seguinte, aprendi na live que marcos veio primeiro. Marcos não conta como Jesus nasceu, em marcos Jesus já começa velho.
Mateus que está usando marcos, precisa inventar uma infância pra Jesus, é como se mateus fosse uma segunda edição, mais completa e corrigida.
Lucas me parece fazer o mesmo.
Claramente minha opinião não vale 1 real, mas tem sido a conclusão mais plausível pra mim no momento.
Desde já agradeço seu tempo e suas respostas! Obrigado mesmo!
@@JulianaCavalcanti agradeço demais pelas respostas Professora! Permita-me problematizar ainda mais? Kkk são questões sinceras da minha parte.
Na live aprendemos que Marcos é o primeiro evangelho, Mateus e Lucas estão usando marcos como fonte. Alguns trechos são cópias ipsis litteris.
Então já temos um problema aí com esse cruzamento de fontes cristãs, porque se um texto está copiando o outro claramente essas informações vão bater, porém ainda assim não batem somente fontes possíveis de ter acontecido, milagres também se repetem entre os evangelhos.
Sobre o nascimento de Jesus que você comentou, esse exemplo é melhor ainda pra explicar o problema desse JC histórico. Veja, Marcos é o primeiro evangelho, ele não cita como Jesus nasceu.
Logo mateus só poderia ter tirado da tradição oral o nascimento de Jesus, mas tem um problema, Lucas também faz o mesmo, mas a história é diferente! Ou seja, nesse caso não teve tradição oral, pelo menos um autor inventou da própria cabeça isso.
E veja, estamos falando do nascimento de Jesus, ele precisa nascer pra ser histórico, mas a história da infância é nascimento dele é obscura e mitológica.
Em minha opinião ( que não vale nem 1 real lkkkk) alguém escreveu Marcos, Mateus copia Marcos mas tenta melhorar a abordagem, Lucas está fazendo o mesmo. Por isso tantas semelhanças os tardios tem com marcos, porém divergem entre eles.
Mais uma vez agradeço pelo tempo e ajuda!