Outra cena que eu considero muito importante foi quando a menina no carro diz "vocês sabiam que o governo coloca uma substância na água pra controlar nossas mentes?" E ninguém responde Aí ela diz: "ah é, lembrei que ninguém se importa com o fim do mundo"
Algumas coisas interessantes a serem ressaltadas nesse filme que eu notei. Para mim as principais foram a tesoura e a camisa do Thriller, a tesoura representa a dualidade e duas partes iguais, o que uma faz, a outra parte repete. E a camisa, para quem lembra, no final do videoclipe (depois que o mal termina) é revelado que o Michael é um lobisomem. Outra coisa que percebi discutindo com amigos é a crítica social que o Jordan Peele faz ao estilo de vida norte americano. Os personagens já tem algo bom como uma casa de praia mas ainda invejam a casa do vizinho ou uma cirurgia plástica enquanto uns “mais abaixo” não tem nada. Depois disso o título do filme se tornou claro. Não é Us e sim “U.S” (United States). Tanto que quando a Adelaide pergunta “quem são vocês?” a clone responde “americans” O filme dá pistas do que vai acontecer (como a camisa thriller), nenhum clone fala exceto o da Adelaide e quando ela mata a clone da irmã gêmea, faz uns grunhidos assim como os clones E talvez a parte de Jeremias 11:11 é perfeita por conter a parte “eu nao os ouvirei”...e eles realmente não falam
Daniel Cena essa parte eu realmente é boa no filme mas ter feito as alternativas abraçarem a ideia de ficar de mãos dadas em vez de só roubar as vidas das originais foi o que mais me incomodo...
@@edisonoyama7003 sim ela é a única que fala pk é a criança verdadeira que foi trocada 😭😭😭tadinha dela, voltou para se vingar... Perdeu boa vida, só comia coelho 🐰
também tem aquela questão: o ambiente influencia quem nós somos. quem cresceu marginalizado, como os clones, tende a ser agressivo, revoltado, "bestial", já os personagens que cresceram em cima são calmos, felizes, etc a Adelaide mesmo sendo de baixo aprendeu a falar, se tornou uma mãe carinhosa e protetora, teve uma vida perfeitamente normal e até esqueceu da própria história. o problema ali não é QUEM eles eram, mas sim o ambiente que viveram, a forma como foram tratados. dá pra ligar isso com questões do nosso mundo.
O que você falou sobre a quebra da aliança, da desobediência citada em Jeremias 11:11 me fez pensar que essa própria situação foi o que aconteceu com a Adelaide ainda quando criança. Os pais dela avisaram especificamente pra ela não sair de perto deles, mesmo assim ela ignora a recomendação e desobedece. Exatamente nesse momento ela vê o homem com a placa "Jeremias 11:11". A desobediência e rebeldia dela levou ela a encontrar com sua cópia "má" e tudo aquilo acontecer, e já naquele momento não havia mais nada que ela pudesse fazer para voltar atrás. Essa situação toda me faz inclusive pensar sobre o pecado original... A desobediência a uma ordem direta que levou a corrupção da alma, ao conhecimento do bem e do mal e ao início de um efeito em cascata em que a maldade se proliferaria pelo mundo.
Huummm... Vc mencionou o pecado original... Lembremos que a Adelaide, antes de adentrar o túnel e encontrar a sósia na infância, estava segurando uma maçã do amor! Legal.
A cópia supostamente MÁ, pelo livre arbítrio optou por se adaptar e ter uma vida feliz, formar uma família, ter filhos etc, ao invés de continuar viver naquela prisão subterrânea.
Pra mim a frase "Nós somos americanos" é de extrema importância pro roteiro e denota a veia crítica da política americana, tanto atual, quanto de períodos mais antigos, como o colonial e escravagista.
Eles conta a verdade pra gente nos filme e mentem nas notícias, pesquem sobre o cubo de metraton e CERN...Canal Joe M: Q-the plan to save the world... Saia da matrix Q- O plano pra salvar o mundo,Siga o Coelho... Estejam preparados emocionalmente Pesquisem sobre a operação Qanon... O coelho é sobre o filho do presidente john Kennedy que "morreu" em 1999, bob Dylan lançou uma música depois de 8anos sobre a morte de John Kennedy veja a tradução e tire suas próprias conclusões... Volte entra comunhão com Deus
Por alguma razão essa cena me lembrou um "clipe" que o Spike jonze gravou pra apple, acho que apesar de elementos diferente elas têm uma energia parecida
Sobre a sua pergunta final PH, acho que a personagem alternativa é sim mãe e tão humana quantos os outros, pois ela aprendeu toda a nossa cultura (apredendo a falar e tudo mais). Nesse quesito, a "afetada" por isso foi a original, pois ela cita em certo diálogo que foi obrigada a se apaixonar pelo mesmo príncipe, obrigada a ter filhos e viver naquele submundo que não queria mesmo já tendo experimentado o "mundo real". Ter perdido essa normalidade é o motivo para ela buscar vingança. A alternativa viveu nossa vida de maneira perfeita e nos faz refletir em qual das duas é a vilã da história, se é que existe uma.
Isso mostra como o meio em q crescemos influência na nossa personalidade e tipo de cidadãos q seremos. Uma pessoa q nasce numa favela por exemplo tem muito mais chances de entrar no mundo do crime.
@@CleideSilva-lm1mq A voz tb é dada pela falta do uso. Lá em baixo as pessoas não falam. Ela passou a viver num mundo sem voz. Já a outra aprendeu a falar com a convivência. A oportunidade mostrar que todos podem se desenvolver.
Porém, o que é o mais curioso é que na cena que a Adelaide (alternativa que viveu na superfície) mata uma das gêmeas da família branca, ela não parece matar por sobrevivência, ela mostra sua verdadeira natureza, e fica batendo no cadáver já morto no chão. Pra mim essa cena é uma das mais simbólicas. O mesmo ocorre na batalha final das duas, quando a verdadeira morre enforcada pela corrente, que é um simbolo de aprisionamento com seu "bestial", já que depois que ela morre, a outra consegue se libertar.
Claro que não mudará. O filho sabe a verdade, mas porque isso mudaria a relação deles? Mesmo sendo uma alternativa, ela ainda é a mãe dele, foi ela que o protegeu quando preciso, ela o criou, e se for pra ter uma mãe que eliminou uma original pelo bem da família deles, ele com certeza ficará bem com isso. Ela conquistou tudo ao ir pro mundo real, se adaptou por completo, é normal entender o medo que ela teve ao ver a volta da original com os outros alternativos para dominar tudo
Pra mim o filme pareceu uma metáfora da guerra de classes. O trabalhador é retratado como o monstro do submundo que quer tomar o que é dos ricos. A cena do clone da Elisabeth moss passando batom e sorrindo por ter "conquistado" a casa e a vida de sua original, me deu essa impressão. Essa ideia do imigrante também é interessante, eles podem ser iguais a nós, a personagem principal é a prova disso, mas a eles não é dado chance e são retratados como monstros que tomam nossos empregos e tudo que é nosso.
Pra mim, duas mensagens ficaram bem marcadas no filme. A primeira é que o marido (Gabe) tenta imitar o amigo, e fica tão estranho quanto os gêmeos imitando os originais. Junte a isso o fato de ele colocar Igot5onit na trilha sonora (música "negra") e, na luta entre as duas Addys, ter traços da mesma música tocados em violoncelo. Acho que com isso ele fala de como é estranho tentar ser outra pessoa, mas se soubermos usar o que é bom dos outros junto com o que é nosso, essa mistura se torna interessante. A segunda mensagem vem de que (pelo menos na história do Brasil, não sei exatamente nos EUA), consideravam que o negro não tinha alma, assim como os gêmeos; mas a Addy gêmea saiu do mundo marginal e se tornou dançarina, esposa, mãe, amiga, exatamente como alguém que tem alma, enquanto a Addy real foi obrigada a viver no mundo marginal e isso fez com que ela tivesse dificuldade de se expressar. Acho que isso fala de como as oportunidades que temos na vida são a única diferença entre nós e alguém que é "marginal"
Eu adorei esse vídeo, essa interpretação!! Foi um resumo de praticamente tudo o que eu tinha concluído ao final do filme (: Eu concluí ainda no início do Segundo Ato, quando a Adelaide “original” aparece e fala em sombras e em correntes, que o experimento cinematográfico do Peele era de embasamento Filosófico e Social, afinal não tem como não associar essa parte da fala dela, essa Ideia, ao Mito da Caverna de Platão. A referência dos coelhos, que eu também captei logo no início, serviu pra me fazer ter certeza de que o filme não era sobre Racismo apenas, como o próprio Peele já havia declarado antes da estreia, e que a reflexão ia muito além disso. Partindo daí então, me perguntei “e se ao invés de matarem o indivíduo que havia se desprendido das correntes, visitado o Mundo Real, e voltado com as novidades, os outros acorrentados dentro da Caverna de Platão tivessem dado ouvidos ao mesmo, escutado o que esse indivíduo havia experimentado e visto, para além das sombras refletidas na parede? E se no mesmo contexto dessa Alegoria, os acorrentados se rebelassem?” Daí então o filme passa a ser praticamente auto explicativo, com várias metáforas que apenas quem estava vendo além do Thriller conseguiram enxergar. Falando em Thriller, a camiseta do Michael Jackson não foi por acaso! No clipe dos anos 80, o personagem do Michael está vendo um filme sobre Lobisomens. Daí ele sai com a sua namorada do cinema e encontra com zumbis por toda parte, dançando e reproduzindo a coreografia da música. No final do clipe, Michael olha pra traz, com pupilas amarelas, e revela que ele era um Lobisomem o tempo todo, seguido de uma gargalhada irônica. Coincidência a Adelaide estar usando a blusa com essa referência no parque? Nope. Coincidência a Cópia rir depois de sufocar a Original? Nope. A Filosofia de Rousseau também me veio em mente: a Sociedade corrompe o Homem. A Cópia, ao sair do Mundo das Sombras, teve que se adaptar, aprender a falar, observando atentamente aos próprios pais e agindo de acordo com o que eles esperavam dela, copiando eles de certa forma. Ela aprende a Dançar para se expressar. E no final do filme, ela mata. A Original, por outro lado, continuou falando enquanto crescia, mas não ensinou a Fala a nenhuma das outras Cópias com as quais convivia. De fato, as Cópias tinham seu próprio meio de Comunicação. Um meio “corrompeu” ou não a Essência do outro. Enfim, o filme é sem dúvidas uma obra Cinematográfica de cunho Filosófico. Eu poderia passar um bom tempo aqui mencionando outras referências e metáforas que o filme trás de cunho Social- vi em outras reviews pessoas ressaltando o fato do título do filme ser “Us”, uma referência dual aos “U.S.” (United States), e que no final o ato de estarem todos de mãos dadas ao redor dos EUA- e não nos esqueçamos que a família fugiu para o México, de onde tantos Imigrantes saem através de rotas perigosas, “túneis”, para chegarem a America- é uma Simbologia que se refere ao fato de que muitos Imigrantes, sem “voz”, sem oportunidades, tal qual as Cópias, copiam o modelo Americano de estilo de vida e consumo, ao mesmo tempo em que se sacrificam de varias formas para tal. No final, eles, os Imigrantes, somos nós, os Americanos- quando a casa é invadida, e veja você que a ideia de Invasão é comumente aceita por cidadãos Americanos xenofóbicos- é perguntado a Adelaide original quem são eles, ela responde “somos Americanos”. Enquanto eles comem o que é resto, o que foi abandonado depois do “experimento”- lê-se aqui “Colonização”, Eles, ou seja, Nós, temos que nos contentar ou ao menos tentar sobreviver com o que temos, com o que foi deixado para trás. Mesmo copiando o modelo de vida d’Eles. E por aí vai. Semiótica é quase como Mágica...
Além de todas as claras críticas ao Estados Unidos. Me chamou a atenção o fato de terem chamado a polícia, ela não aparecer e algum tempo depois rolar o som de "fuck the police" do N.W.A, senti que o diretor não se preocupou, nesse momento, em ser discreto.
Minha interpretação: acho que é uma crítica social. As pessoas podem ter o mesmo corpo, mas o que define elas é as condições que elas vivem. Isso fica claro no monólogo do clone (que na verdade era a "verdadeira") sobre as pessoas não valorizarem a vida que elas tem. Repare que, a única que fala foi a que foi trocada, que era da superfície, que teve um pouco de educação e planejou o ataque. Eles não conseguem falar, sofreram muito, não tiveram acesso à óculos (cena da primeira invasão, do pai clone roubando o óculos), etc. Quando Adelaide clone troca de lugar, ela não consegue falar, e mesmo assim ela volta ao "normal". Ou seja, é tudo uma questão do ambiente em que estamos colocados. Enquanto uns estão, como eu, numa cama confortável digitando sobre um filme, outros estão morrendo por uma mera tempestade (zimbabue, moçambique, etc). A condição nos limita ou nos liberta. O que acontece depois é que a única que teve acesso ao mundo "real" e viveu nele, a Adelaide, conseguiu orquestrar uma revolução. Ela possuia consciência de classe. Depois há violência. Dá pra dizer que há uma característica bem marxista, mesmo que não intencional, de só resolver o problema da desigualdade de classes com violência. Enfim, há também uma forte referência a caverna de Platão, é claro.
Só discurso qdo vc associa marxismo à violência. Mas de resto, faz mto sentido sim. A questão de privilégios, poderíamos ser completamente outros em outras condições.
Tenho uma tremenda dúvida: de onde veio a roupa vermelha e a tesoura? Outra dúvida: já que as versões alternativas não têm alma, como a clone da Adelaide se adaptou tão bem à superfície?
Quanto a roupa vermelha e a tesoura já não sei. Agora sobre sua outra dúvida é de que, Já que essa Adelaide (alternativa) não tinha alma e ela trocou de lugar com a Adelaide (Original), ela tenha ao longo dessa vida em que ela viveu se protagonizando como a (Normal), ela tenha aprendido muitas e muitas coisas em cima, como se ela estivesse realmente vivendo e aprendendo durante todo o seu crescimento, talvez seja por isso que ela se adaptou tão bem na superfície, com tudo que passou na vida dela, foram construindo aos poucos, camadas das quais foram feitas para uma construção de algo bom, ou até talvez uma boa estruturação e construção de uma alma, de que através disso, ela teve essa boa recepção que passou durante toda a sua vida, aprendendo e vivendo como uma pessoa normal de cima. É só o que eu acho.
Eles tem uma alma sim só que a alma é dividida entre os originais e as sombras por que os acorrentados imitam certos movimentos dos seus originais como quando o Jason faz sua duplicada se atirar ao fogo
A questão da roupa e da tesoura eu também fico na dúvida, mas a questão da alma não, no filme a original diz que eles foram criados mas não conseguiram duplicar a alma, que ficava dividida entre dois corpos. A clone não é sem alma, é só uma outra parte da original, seria a "parte selvagem" ou alternativa, como disse o autor do vídeo.
Não interpretei como se eles não tivessem almas... Pelo que lembro, ela comenta algo sobre eles terem almas compartilhadas, por isso agem da mesma forma etc. Acredito que ela desenvolveu sim afeto, carinho, zelo pelos filhos etc. Pra mim foi genuíno.
Quanto as tesouras a origem é desconhecida, mas a escolha faz sentido. Desde o design das alças que possuem o silhueta de cabeça/faces e o movimento; oque um lado faz, o outro repete e se encontram de uma forma ou outra. Sei lá, conspirações... tô apaixonado pelo filme. Muito bom!
Caraaaa e eu quando cheguei em casa apos ver o filme, estacionando o carro, na hr de virar a chave, olho pro relógio e adivinha que horas são? 11:11 me cagueeeeeei ali
Por isso que eu gosto das matérias do seu canal. Somos cercados por camadas. Temos uma camada familiar, uma camada social, uma camada política, uma camada espiritual, uma camada psíquica. Por dentro de todas elas, existe a gente. Quando rasgamos estas camadas, emerge o submundo.
Acredito que a versão da Adelaide (alternativa) fez a escolha por optar em ser uma pessoas diferente da qual ela era la no confinamento, diferentes e perturbados, e ela ao trocar de lugar com a Adelaide (original) ela escolheu viver como eles e nao como a vida que ela tinha antes, supondo que dai para frente nada mudará pois ela escolheu ser como eles e não ser uma alternativa. Não sei se dá para entender rs. Adorei seu vídeo me esclareceu muitas coisas.
Black Mirror significa em tradução literal espelho negro, faz alusão às telas de computadores, celulares, tablets, televisão e outros eletrônicos, todos os episódios da série e o filme, são relacionados a tecnologia O filme nós não tem nada de black Mirror
Eu vi um comentário falando que o rosto do clone é queimado porque o truque de mágica que o menino (original) não consegue fazer, nos esgotos o clone conseguia e isso queimava a cara dele pq o que o original faz o clone tem que copiar (não sei se deu pra entender mas ok kkkkk)
Kkkkkk eu entendi, toda vez que o menino verdadeiro tentava ascender o isqueiro e não conseguia, o do clone acendia e assim ele se queimava! Faz sentido, bem legal!
no filme ela fica acorrentada a cama, o que abre margem pra especulação de quanto tempo ela ficou acorrentada e como isso à afetou sendo criança. Outro ponto não por uma interpretação literal dos eventos, seria que ela ficou presa nessa espécie de mundo invertido não necessariamente acorrentada, mas impossibilitada de agir.
Cara é muito louco que o filme é aberto a diversas interpretações, e ainda assim tem uma critica social, nos estados tem muitas pessoas que vivem em tuneis subterraneos, moradores de rua e dependentes quimicos, e como é dito no filme eles são americanos, mas a sociedade americana os encherga como se fossem de outro mundo, bom se alguém quiser saber mais da um google, não é muito difícil de achar, tem uma materia da vice falando das pessoas que moram nos tuneis de las vegas. Além disso no começo do filme ele coloca um texto dizendo que nas cidades dos estados unidos existem tuneis subterraneos que aparentemente não tem uma ultilidade.
Algumas pessoas andam teorizando que o garoto pode ter sido trocado também em algum momento antes do filme e o filme dá algumas pistas disso como: o garoto xinga e os pais perguntam de onde veio esse palavreado, ele sente que já fez o truque de mágica antes mas nao sabe como fazer (o original pode ter feito e ele apenas repetiu), o garoto clone pode ter mexido em um isqueiro e o original lá embaixo repetindo a ação queimou seu rosto, assim não podendo mais falar... “Ah, mas os clones nao controlam os humanos e o garoto matou o clone repetindo movimentos” se os originais não repetem...porque a Adelaide original sofreu tanto lá embaixo? Lembrem-se, eles são 2 partes da mesma alma disputando entre si
E o fato dela claramente gostar e ter mais cuidado com o menino. Tem lógica isso. Apesar de q acho q o diretor pecou em alguns quesitos que ficaram tão obscuros que fez o filme ficar cansativo. Não foi tudo aquilo q eu imaginava.
Concordo que o menino seja trocado , na cena da praia as filhas dos amigos dizem achar o irmão dela estranho, e a menina diz que ele tem problema de atenção... O que Adelaide alternativa parecia ter quando trocou de lugar com a original.
Eu saí do cinema com a cabeça explodindo. Acho que o trunfo de um filme como esse é justamente a quantidade de filmes possíveis que você consegue enxergar no mesmo. Eu, de cara, vi três filmes: 1) O filme literal. Que seria justamente o horror e o filme de invasão domiciliar com aspectos de violência gratuita e com um plot twist ótimo no final; 2) Enxerguei a crítica social aos americanos. O que coloca o filme todo como uma grande metáfora. Daí faz você entender os furos de roteiro que apareceriam se apenas a leitura supracitada fosse válida. Penso que nesse aspecto, a cena final revela justamente a luta contra si próprio. Contra as pulsões que a sociedade regula e os monstros que escondemos em nossas sombras. Não à toa o final é dança e é luta ao mesmo tempo. E ao passo que a dança/luta avança “nós” nos tornamos os U.S. Observe que a protagonista de tão ensangüentada fica vermelha como os Reds. Nos tornamos um só. Os coelhos são libertos. Um deles vai no colo do garotinho. Isso que a sociedade esconde em seus porões, mesmo que ela dê as mãos num grande gesto público de paz; 3) Entendo que pode ser também um filme sobre trauma. Tive essa sensação desde o início. Observe que quando a menina desgarra dos pais no início do filme, o único olhar que o acompanha e o único que a percebe é o cara que segurava a placa de Jeremias 11:11. Na minha cabeça, ele a violentou naquela sala do auto-conhecimento. Um abuso ou algo do tipo. Não à toa ele é o primeiro que aparece com as mãos sujas de sangue e curiosamente é visto morto quando a família chega em Santa Cruz no tempo presente e é visto pelo garoto com as mãos pingando de sangue. Ali, acredito que os monstros foram liberados. Sinceramente? Acho que tudo que escrevi é possível e ainda possamos ter mais e mais filmes dentro do mesmo. De uma coisa eu sei: isso daí é cinema. Não tem um copo ou uma letra nesse filme que não componha a narrativa.
Kkkkkkkk nada a ver esse de o cara do jeremias seguir ela e abusar, não viaja. O filme é um lixo, vago, sem explicações e resoluções q prestem, um monte de coisa incoerência. Horroroso.
Márcio Benevides Essa terceira alternativa por mais louca que seja foi a mais diferente que eu li e a mais interessante, preciso assistir de novo com essa ótica!
Raphael, pela sua explicação, lembrei muito de Erving Goffman, interacionismo simbólico, as representações sociais que temos quando em sociedade. Ótima crítica!
Porque ele foi o único que teve contato direto com a duplicata dele, os demais só ficaram fugindo, vamos dizer que foi o único que parou para "conversar"
Se você pensar na teoria da marginalização, o menino também era marginalizado mesmo tendo vivido no mundo de cima. Tanto que na cena da praia as irmãs gemeas falam “seu irmão é estranho” e a irmã dele responde “ele tem problema pra se concentrar”. Talvez a marginalização seja o ponto de convergencia ai, eles se entendem.
Rapha, me abraça! É maravilhoso saber as suas visões (sempre tão bem pontuadas e enriquecedoras). O filme é um tesouro e também acabei de lançar aqui um vídeo com a análise das metáforas. Adorei sua visão sobre as simbologias, como os coelhos. Tive algumas pontuações diferentes, mas é incrível mesclar seu olhar aprofundado nas pinceladas.
"Corra" eu assisti muitas vezes, e sempre é prazeroso demais, e esse "Us" me deu vontade de ver de novo assim que terminei de assistir, com certeza assistirei mais de 10 vezes.
Uma das coisas que me deixaram confuso foi no momento em que as Adelaides conversam no final, a Adelaide original falou todo o plano como se tivesse nascido no submundo, mas nós minutos finais descobrimos que a troca das Adelaide e com isso me veio uma dúvida, Se a Adelaide termina o filme presa, como ela se soltou e porque ficou agindo como se fosse a alternativa??
PH, sobre o filho. Ele é muito jovem para ter máscaras sociais que os adultos tem. Por isso a máscara dele é de brinquedo. No final, quando ele coloca a máscara é justamente para interpretar essa personagem que irá esconder que ele sabe ou desconfia sobre quem é sua mãe.
Para mim o menino também era trocado, não só pelo olhar dele para mãe no final do filme. Na hora que o menino brinca no armario e fica preso porque a irmã chuta o brinquedo de ambulancia e a mãe o resgata minutos depois e fala que ele não podia brincar la, a irmã fala que ele fez a mesma coisa no ano anterior. Mas o menino age como se não soubesse que não podia brincar la. Quando a familia chega a praia a Adelaide(sombra) e o filho se olham atraves de olhares estranhos depois de verem o brinquedo dos espelhos na areia. O menino não faz castelos de areia e sim tuneis na areia. O menino não sabe aonde esta o bastão que o pai pede a ele (no primeiro encontro com a familia sombra) sendo que o jeito que o pai pede o bastão ao menino é de uma forma como se o menino soubesse, com certeza, aonde o bastão estava. E o menino responde:”que bastão?”. Como se nunca tivesse ouvido falar da existencia do bastão. Na hora que a mãe sai do carro para matar o menino “sombra” com o bastão da lareira ela desiste de mata-lo e ao inves disso tenta dar a mão a ele. Depois que o menino abre os braços e joga a “sombra” no fogo a mãe fica com pena do menino “sombra” como se fosse a mãe realmente dele. Por isso acredito que o menino queimado é o verdadeiro. Sofreu um acidente no armario, se queimou e a mãe o trocou pela sombra, a final, ela sabia o caminho de retorno ao tunel pois era de la e não quis ter um filho “imperfeito”. A sombra do menino foi trocada pelo verdadeiro da superficie e teve que aprender como falar e tudo mais como a propria historia da mãe sombra. Por isso a irmã dele fala para as gemeas na praia que ele tem dificuldades e por isso é considerado estranho.
Fiz na hora um paralelo com o filme "O homem da máscara de ferro", o fato de serem duas pessoas exatamente iguais com vidas opostas, desde pequenas. Até que um dia o excluido vai atrás de uma espécie de justiça.
Santa Cruz, 1986. Em determinado momento, a mãe de Adelaide diz que estão filmando uma produção no parque. Tudo indica que esse filme é Garotos Perdidos ❤️. Essa é só uma das muitas referências a outros filme de terror.
Cara vou te falar se eu não tivesse prestado uma atenção mais aprofundada eu teria ficado muito mais confuso. Aquela cena inicial é a chave para o segredo de quem é quem no filme. Acabei de assistir.
Fiquei tentando entender como que, depois da inversão entre as duas, a original passou a copiar a alternativa (como na cena da dança de ballet, por exemplo). É algo como "o ambiente faz a pessoa" x "a pessoa faz o ambiente"? Eu nao entendi bem porque essa inversao acontece, mas explicaria o fato da original nao ter fugido daquele ambiente das copias tb.. Me confundiu ainda mais por causa do original/alternativo do jason, que a sombra copiava o menino em situações especificas, coisa que nao acontecia com os outros personagens depois da revolta das sombras.
sobre a interpretação da máscara da criança, achei curioso como ela pode interpretar a inocência infantil. como ainda tem dúvidas sobre o mundo - evidenciado nas frequentes perguntas para os pais -, não aprendeu que precisa vestir sua máscara sempre. por ainda ser inocente, se apresenta sem máscara perante a sociedade, enquanto os mais velhos já a vestem de forma permanente, como seus rostos originais.
Gostei muito de suas interpretações. Gostaria que você falasse mais sobre a corrente humana. Por que o uniforme dos "alternativos" é vermelho? Por que a cópia do filho da Adelaide tinha o rosto queimado? Um abraço!
Raphael, vídeos no alto padrão do canal. A cena da briga final como uma coreografia é linda. Fiquei com a impressão de ter uma mensagem no estilo “a arte salva/nos torna humanos”. A Lupita malvada passa a ser uma pessoa (voltar a ser o que era para a sociedade) porque ela vai pra dança/artes. O próprio uso da música do NWA tem um pouco disso, de usar a arte como expressão e protesto. Filme pra ver e rever.
Eu fiquei com dúvidas de como a Adelaide que ficou na superficie conseguia agir se os clones tinham que copiar os originais... tipo a original começou a copiar a clone? E ainda nesse ponto, o filho dela conseguiu controlar o clone dele na cena que ele faz o clone caminhar em direção as chamas, só ele parecia ter essa conexão de controlar o clone, mas como funcionaria isso?
Respondendo sua pergunta PH, acho que muda a partir do momento que ela se lembra e cria consciência de que era a alternativa. E ela percebe que o seu filho sabe disto.
Quantas análises maravilhosas, a sua e de diversos comentários. Que coisa gostosa esses debates saudáveis! ❤️ Sobre o filme: como disse uma colega, eu tbm vi como uma crítica social. E pensando no científico, fica minha pergunta: a Lupita rouca diz que sentia td que a outra fazia (aí ela fala dos partos e tals), partindo disso: quando elas “trocaram” de lugar a alma mudou de pessoa OU a alma é sempre a que fica no exterior, independentemente de qual corpo vai usá-la?
aquela ultima cena em q a protagonista olha pro filho enquanto dirige e ri pra ele deu entender q o filho tambem foi trocado (quando eles tavam na praia, ele sumiu e viu a casa de espelhos). será???
Acho que não, porque o período de tempo foi muito curto para o menino clone se adaptar à sociedade. Assim, como seria pouco tempo para o original ficar "bestial" e perder a fala. Pelo que eu entendi, essa adaptação leva um tempo, não é de uma hora para outra.
Nao nao, ele sabe qual é a verdade, e ela sorriu porque sabe que ele descobriu a verdade. Porque nao tinha como ele trocar de lugar tambem, o clone dele andava que nem cachorro, nao falava, se tivesse sido trocado daria pra perceber. A clone teve anos para se adptar ao mundo real.
Pra mim não fica claro como existem tantos clones das pessoas e como eram feitos. Além disso, quando o filho dela coloca a máscara depois de olhar para a mãe no final do filme da indício a uma continuação ? Você acha que isso pode acontecer ?
PH, uma coisa que me chamou a atenção foi quando os alternativos entraram na casa e o Gabe pergunta quem eles eram, aí a versão alternativa do Gabe responde: "nós somos americanos". Isso me pareceu uma crítica social, pra dizer que eles são excluídos, mas são cidadãos americanos assim como seus originais. Que tu acha? Beijo e parabéns pelos vídeos, melhor canal para analisar tecnicamente os filmes! 😊
Roberta Rodrigues no comecinho do filme , a menina original antes de ir pro parque tá assistindo um programa na tv que fala que milhares de americanos vão se reunir tal dia pra erradicar a fome nos eua, mostra o símbolo lá dos bonequinhos de mãos dadas, e dps o nome do projeto que é americanos não sei oque, até ela está no parque com a camisetinha dessa ação de americanos ! Por isso do nome, ela era a única que falava lá por isso deve ter falado aos clones que eles eram americanos
Tbm tive a mesma interpretação,na verdade ela foi bem clara na explicação falando das diferenças entre elas,assim como na nossa sociedade,uns vivem bem e outros n. Eles representam a margem da sociedade.
*3:09** • Exatamente essa a minha interpretação!: **_máscaras sociais, contenção moral, inclusão e oportunidades!_* Ela nasceu num ambiente 'tóxico' e tinha tudo pra ser mais uma 'paranóica' dentro do 'submundo', porém, 'trocou' de identidade com sua antiga 'eu' e teve a 'oportunidade' de ser 'inclusa' numa boa criação, com bons pais e ter um ótimo convívio social com os demais. Imagine quando tudo isso te é privado. Pois é!
Tem interpretação e citação de tudo quanto é tipo nesse filme: social, política, bíblica, Alice, o mito da caverna de Platão, Matrix, Saramago (O Homem Duplo). A única conclusão certa é: Peele é um bibliófilo, um cinéfilo. Um intelectual.
Raphael tem um ponto que não vi ninguém comentando,o truque do filho,com uma espécie de isqueiro,que ele mesmo fala que havia abandonado no verão passado,o dele parece que estava sem gás mas o do menino do submundo parece que funcionava pois ele estava com o rosto todo queimado,ou seja quando o menino tentava o truque com ele o do submundo dava certo dava certo,levando ele a se queimar.
Eu vi uma alegoria sobre o Id (pessoal do submundo), ego (marido e os amigos que buscam o prazer nas questões materiais - ir à praia, barco, casa) e o superego (a mãe, que tem o papel de controle sobre os demais).
Eu não entendi e achei que ficou devendo uma explicação ou um insight maior sobre a conexão de movimentos deles. Certo, os movimentos e atividades dos de cima são replicadas pelos de baixo. Ai quando temos a troca da original pela falsa, lá na infancia, o problema seria que a da superficie ficaria sendo influenciada e controlada pela de baixo, causando uma estranheza nos outros, pois foi estabelecido que as cópias não conseguiram comandar o movimento dos de cima e sim o contrário. Então como a original passou agora replicar os movimentos da cópia? Como ouve a desconexão das cópias com os originais? Uma desconexão incompleta, pois o menino controla sua cópia cachorro em um momento. Outra coisa que não ficou clara foi o momento da dança. Em que a original no subtêrraneo dançou ao mesmo tempo que a clone, mas dançou da forma particular dela. Pareceu que por ela ter escapado dos movimentos exatos da sua clone da superficie os habitantes lá de baixo a considereram uma messias, mas como eles sabiam que ela estava dançando diferente?
Pensei a mesma coisa. Se ela estava lá embaixo não tem sentido seguir os movimentos da cópia. Porque a original de casou e teve filhos iguais ao da outra se ela era a original o.o Se ela sabia da verdade, porque não saiu do subterrâneo?
A tendência do final explicado sempre me incomodou muito porque as pessoas frequentemente usavam ele de uma maneira que a explicação definitiva tapando todos os buracos e ambiguidades de uma obra. Eu acho brilhante como você faz, PH, que é de fato interpretar signos e falar sobre como cada coisa pode fazer você se sentir e o cunho metafórico da obra. Inclusive, adorei o fato de que a sua interpretação foi pra um lado bem diferente do minha, que pensei mais em uma coisa sobre a política ocidental que cria uma dicotomia de Nós contra Eles, coloca certos grupos pra viver abaixo da sociedade e que quando percebemos que Adelaide que acompanhamos, nos relacionamos com, torcemos por, o tempo inteiro era parte do Eles, acaba revelando a farsa dessa dicotomia em primeiro lugar. Temos muito mais em comum do que somos levados a acreditar. Enfim, só queria acrescentar também ao símbolo da tesoura a definição do dicionário, que fala por si só sobre o uso desse objeto em um filme que é tanto sobre dualidade: utensílio para cortar, formado por duas lâminas de aço que se movem em cruz, unidas em um eixo.
quando a Lupita clone mata a Lupita original, tive a impressão de que naquele momento ela tornou-se completa, desligando a cópia do corpo que dividia sua alma.
*DETALHE* O início do filme mostra um homem (mendigo?) Segurando uma placa JEREMIAS 11:11, encostado em um brinquedo, que logo atrás se encontrava o brinquedo que tinha a entrada do "laboratório"... Ele sabia do que acontecia, ou a sua alternativa de alguma forma o influenciava a ficar ali, para esperar o dia em que pudesse sair. Vele lembrar que do lado de dentro do laboratório, a alternativa dele, também ficava encostado no corredor que dava acesso a saída pela escada (comprovando que ele esperava sair um dia ou que ele era um guardião) Sendo assim, depois de vários anos que se passou, quando a família está a caminho da praia, a Lupita vê o mendigo senso levado, já falecido, e em seguida o filho dela vai ao banheiro ao lado do brinquedo e vê a cópia do homem do lado de fora do laboratório de braços abertos, contemplando o sol, contemplando a sua liberdade. Ele então saindo do local, deu oportunidade pra vários outros saírem, e provavelmente foi a chance que a versão original da Lupita saiu.
Sim,faz sentido. Mas porque demorou todos aqueles anos, e justamente quando ela volta pra praia ?Acho que ela diz que foi tudo planejado durante muito tempo então o cara da placa não foi o responsável pela saída dos outros. Ou seja esse filme teve muitos furos.
Se, a lupita acorrrentada do passado subiu as escadas e trocou de lugar, e no presente ela desce de volta sem passar por nenhum porta trancada, o q mantinha os acorrentados lá embaixo sem q subissem? Ou seria essa mais uma metáfora de q o nosso eu animalesco só tem prisões não físicas, mas q a qualquer momento poderia vir à tona?
Cara, eu acho que o controle funciona mais de acordo com a superfície/submundo Quem tá no submundo obrigatoriamente réplica os movimentos dos de cima. Isso explica a duplicata dominar os passos da menina original lá embaixo. Quando os 2 estão no mesmo plano, eles não tem que imitar os movimentos. O garoto imitou os passos do original, mas acho que ele imitou por ser mais irracional mesmo, encarando como se fosse uma brincadeira.
Pq a Adelaide original parecia agir como se fosse a sombra? Ela em nenhum momento disse que era a original. Ela falava como se fosse mesmo a sombra. Ela esqueceu?
Ao mesmo tempo que no final achei que pudesse ser tudo fruto de sua imaginação, devido ao trauma e conflitos internos, pois achei muito estranho todos no parque mortos, a corrente se formando mar a dentro, a notícia se espalhando pelos canais de tv, e nenhuma for a policial para tentar dete-los, minutos depois, já na cena final, parece que tudo era realmente real, pois a corrente era mostrada por todo o país, entre florestas e montanhas, o que poderia indicar uma subjetividade, mas haviam Helicópteros sobrevoando a mesma, deixando o entendimento que aquilo tudo estava sendo acompanhado pelo público em geral.
Fiquei em dúvida na parte que os alternativos copiavam as rotinas dos originais, partindo desse pressuposto, quando tem a troca da Red pela sua sósia que passa a viver no mundo em cima, ficou a dúvida de quem copia quem? Porque a médica auxilia os pais dela a colocar ela pra fazer algo pelo trauma que teve, ela começar a dançar e logo também a Red verdadeira que ficou no submundo repeti a sua cópia, porém são os alternativos que copiam os originais, então por quê a Red verdadeira copiam sua cópia?? Será que foi um furo?
Achei o filme sensacional! As Almas estavam interligadas, por isso cada cópia sabia exatamente onde suas matrizes estavam e foi exatamente por isso que a mãe sabia exatamente onde a "cópia" havia levado seu filho para o "vale das sombras" e exatamente naquela sala de aula. E percebi que que Adelaide (cópia) foi algemada pela Cópia (matriz) por vingança, para ela sentir um pouco de como ela se sentiu ao ser acorrentada por ela quando criança. 👏🏼👏🏼👏🏼
Esse foi um dos filmes mais de esquerda que já vi feitos em Hollywood. O conforto dos "de cima" está fundado na desgraça dos "de baixo". O fato de serem duplos demonstra que essa desigualdade não é acidental, mas imanente, intrínseca ao sistema em que vivem. É PORQUE existem abastados que existem subalternos. Esse é um problema de classe, que envolve brancos e negros, mas não é por acaso que os protagonistas são negros, já que são a maioria da classe trabalhadora explorada. O caráter ambíguo da Adelaide mostra que privilégio ou desgraça não são características naturais, mas socialmente estabelecidas. Quando "os de baixo" se enfurecem, não adianta tentar encarcerar (daí os macacões iguais aos dos presídios americanos). Eles irrompem numa onda de violência que polícia nenhuma segura ("Fuck the police!"). Tudo perfeitamente marxista, exceto por um ponto: no filme, a nossa empatia é quase sempre dirigida para os "de cima". Além disso, como marxista, acredito que os "de baixo" são capazes de criar muito mais do que só uma onda de violência sem sentido...
Pra mim a fala mais significativa desse filme é quando a Adelaide dupla fala que "são americanos", ou o que eles no discurso almejam ser e tomar pra si, o que as vezes se reflete na realidade quando os americanos se sentem protagonistas do mundo. Isso ganha todos os níveis políticos e sociais do filme, o que automaticamente não exclui o tema da negritude. E fugindo um pouco mais da interpretação do universo proposto no filme, eu achei esse filme uma puta tirada de sarro na clara diferença como os americanos brancos se comportam diante dos problemas e em como os americanos negros se comportam diante dos problemas, e o diretor resgata o humor que é algo assim imprescindível na própria trajetória dele, o que o fez sair de um lugar e chegar em outro tão diferente, humor e terror psicossocial, o que deixa o filme muito mais interessante. Eu achei genial absolutamente tudo
Uma dúvida: por que quando as 2 familias estão reunidas (vermelha e original), a Mãe da vermelha (Adelaide original) não fala com o marido humano que ela foi trocada quando era criança???
Uma dúvida.. se a principal foi trocada pela sombra...como a sombra estava se vingando e sabia de tudo.. e como a original sabia mas não fez nada a respeito..
Adoro os seus vídeos PH! Então, a minha principal dúvida é como uma "clone" conseguiu planejar atrair a menina, levá-la pro submundo e tomar o seu lugar? Já que até então eles só copiavam o que os humanos faziam...
Ela não planejou encontrar ela, simplismente aconteceu por elas estarem interligadas e proximas, ae depois de a Adeline do subsolo encontrar sua versão original, ela meio que sai do "transe" e troca de lugar com ela...
Algo que eu acho que não deve ter relação, mas eu vi um vídeo do Jordan Peele respondendo umas teorias de Corra! Nele aparece a cena do transplante de cérebro e no meio de diversos objetos pra cirurgia, tinha uma tesoura dourada, a mesma que os Amarrados usam.
Ótima interpretação. Saí agora do cinema com 1000 ideias na cabeça sobre os signos deixados em alguns trechos por Jordan Peele. Curti sua interpretação sobre a tesoura. Novamente parabéns pelo vídeo!! Abraços!
E ai pessoal e PH, tudo bem? Como seria a explicação para a cena do menino de máscara (original) indo para trás, pois haveria o risco do carro explodir devido ao fogo é-o clone do menino tbm indo para trás e eventualmente morrendo devido ao fogo?
Ph, e quanto a questao do clone sem almas, em teoria a adelaide pequena nao teria alma consequentemente a adelaide pequena que ficou no submundo ali teria. Na minha cabeca ficou meio confuso, visto que a loucura de viver la embaixo destruiria a alma de uma e a bonanza da superficie traria humanidade da outra?!
Se interpretar o filme levando em conta oportunidades faz um pouco de sentido. Foi dito que eles não tinham alma e por isso agiam quase como animais. Mas a clone que fugiu meio que pos isso em dúvida, pois quando ficou em um ambiente com oportunidade de se desenvolver ela começou a falar e teve uma família. Então fica a dúvida, se eles são daquela forma por não ter "alma" ou pelo confinamento desumano.
Excelente, incrível o filme e as interpretações do vídeo e dos comentários, já tinha gostado muito do filme Corra... E acabei de ver esse... Muito bom.
PH, responde sobre o final. A família da Adelaide escapou, mas e as outras versões malignas que formaram um laço, elas ganharam? Vão ser mortas? Ou ficarão vivendo no mundo junto com a família da Adelaide pelo simples fato de já terem derrotado suas versões originais?
Video muito bom. Mas não entendi como a Adelaide original conta a história da criação dos alternativos. Sendo que teoricamente ela não sabia o que acontecia antes.
Uma Falha no filme : A Adelaide Wilson devia ter uns 10 anos qdo fugiu do submundo clonado... Porque ele nunca se lembrou desse fato ? Porque ele só foi se lembrar que é um clone no final ?
A interpretação que eu tive tem um cunho mais social. A versão alternativa dos personagens são os explorados, os pobres, sobre os quais os direitos são recolhidos para que os abastados, os que tem barcos e casas de praia, tenham essa vida feliz, não se importando sobre os explorados que devem existir no capitalismo para que alguns tenham esse padrão. A revolta dos subterrâneos é como se fosse uma revolução, a vingança dos despossuídos. Quando a versão alternativa da loira se corta pensei que fosse uma crítica sobre o aparato ideológico das classes dominantes, que faz com que as classes dominadas queiram pra si mesmo os hábitos nocivos de se multilar e tentar ser outro. No final, a corrente que fazem, no caminho para o mexico é um muro, como o de Trump.
Da onde vieram as roupas vermelhas e as tesouras douradas? Eu sei das alegorias e tal, mas e do ponto de vista da realidade prática, onde conseguiram as tesouras e as roupas?
Essa segunda interpretação casa perfeitamente com uma duvida minha (boba, mas...): se após o plot twist no final ( que o trailer já entegrava), onde descobrimos que houve a troca das crianças, e vimos que a Red não ficou presa continuamente, então porque ela simplesmente não saiu dos corredores e voltou para casa? Fiquei com essa dúvida. Vlws.
Outra cena que eu considero muito importante foi quando a menina no carro diz "vocês sabiam que o governo coloca uma substância na água pra controlar nossas mentes?" E ninguém responde
Aí ela diz: "ah é, lembrei que ninguém se importa com o fim do mundo"
TB fikei c essa cena na cabeça. Mas.acho q foi mais p confundir a galera .
Boa!! São tantos detalhes, que passam despercebidos à primeira vista.
Flúor?
Acho que eles soltam essas verdades aqui e ali de forma que parecem loucuras e assim as pessoas vão deixando de se questionar a respeito.
Eu pensei exatamente isto quando tudo começou a acontecer
Algumas coisas interessantes a serem ressaltadas nesse filme que eu notei.
Para mim as principais foram a tesoura e a camisa do Thriller, a tesoura representa a dualidade e duas partes iguais, o que uma faz, a outra parte repete. E a camisa, para quem lembra, no final do videoclipe (depois que o mal termina) é revelado que o Michael é um lobisomem.
Outra coisa que percebi discutindo com amigos é a crítica social que o Jordan Peele faz ao estilo de vida norte americano. Os personagens já tem algo bom como uma casa de praia mas ainda invejam a casa do vizinho ou uma cirurgia plástica enquanto uns “mais abaixo” não tem nada. Depois disso o título do filme se tornou claro. Não é Us e sim “U.S” (United States). Tanto que quando a Adelaide pergunta “quem são vocês?” a clone responde “americans”
O filme dá pistas do que vai acontecer (como a camisa thriller), nenhum clone fala exceto o da Adelaide e quando ela mata a clone da irmã gêmea, faz uns grunhidos assim como os clones
E talvez a parte de Jeremias 11:11 é perfeita por conter a parte “eu nao os ouvirei”...e eles realmente não falam
Daniel Cena essa parte eu realmente é boa no filme mas ter feito as alternativas abraçarem a ideia de ficar de mãos dadas em vez de só roubar as vidas das originais foi o que mais me incomodo...
Ela fala por que nao é um clone, é a verdadeira. Enquanto que a outra é o clone e passa muito tempo sem falar pq nao sabe .
Michael é um lobisomem.e referente a supostas vidas obscura dele referente a pedofilia.
sensacional o drtalhe da camiseta.
@@edisonoyama7003 sim ela é a única que fala pk é a criança verdadeira que foi trocada 😭😭😭tadinha dela, voltou para se vingar... Perdeu boa vida, só comia coelho 🐰
também tem aquela questão: o ambiente influencia quem nós somos. quem cresceu marginalizado, como os clones, tende a ser agressivo, revoltado, "bestial", já os personagens que cresceram em cima são calmos, felizes, etc a Adelaide mesmo sendo de baixo aprendeu a falar, se tornou uma mãe carinhosa e protetora, teve uma vida perfeitamente normal e até esqueceu da própria história. o problema ali não é QUEM eles eram, mas sim o ambiente que viveram, a forma como foram tratados. dá pra ligar isso com questões do nosso mundo.
É que nem o livro "O cortiço" né?O meio pode determinar quem nós somos.
O que você falou sobre a quebra da aliança, da desobediência citada em Jeremias 11:11 me fez pensar que essa própria situação foi o que aconteceu com a Adelaide ainda quando criança. Os pais dela avisaram especificamente pra ela não sair de perto deles, mesmo assim ela ignora a recomendação e desobedece. Exatamente nesse momento ela vê o homem com a placa "Jeremias 11:11". A desobediência e rebeldia dela levou ela a encontrar com sua cópia "má" e tudo aquilo acontecer, e já naquele momento não havia mais nada que ela pudesse fazer para voltar atrás. Essa situação toda me faz inclusive pensar sobre o pecado original... A desobediência a uma ordem direta que levou a corrupção da alma, ao conhecimento do bem e do mal e ao início de um efeito em cascata em que a maldade se proliferaria pelo mundo.
Huummm... Vc mencionou o pecado original... Lembremos que a Adelaide, antes de adentrar o túnel e encontrar a sósia na infância, estava segurando uma maçã do amor! Legal.
A cópia supostamente MÁ, pelo livre arbítrio optou por se adaptar e ter uma vida feliz, formar uma família, ter filhos etc, ao invés de continuar viver naquela prisão subterrânea.
Vinicius Espin faz sentido. Ela até tava com uma maçã na mão.
Nossa perfeita sua colocação
Muito bem colocado.
Inclusive há a maçã só pra confirmar.
Pra mim a frase "Nós somos americanos" é de extrema importância pro roteiro e denota a veia crítica da política americana, tanto atual, quanto de períodos mais antigos, como o colonial e escravagista.
Alexandre Homobono total man...
Eles conta a verdade pra gente nos filme e mentem nas notícias, pesquem sobre o cubo de metraton e CERN...Canal Joe M: Q-the plan to save the world... Saia da matrix Q- O plano pra salvar o mundo,Siga o Coelho...
Estejam preparados emocionalmente Pesquisem sobre a operação Qanon... O coelho é sobre o filho do presidente john Kennedy que "morreu" em 1999, bob Dylan lançou uma música depois de 8anos sobre a morte de John Kennedy veja a tradução e tire suas próprias conclusões... Volte entra comunhão com Deus
A melhor parte foi ela lutando contra ela mesma com cenas dela dançando balé e a trilha sonora foda no fundo, crlho. ♥ #Us #Nós
Verdade melhor parte
Simm! Tô c essa cena na cabeça até agora
Por alguma razão essa cena me lembrou um "clipe" que o Spike jonze gravou pra apple, acho que apesar de elementos diferente elas têm uma energia parecida
Caramba, eu fiquei toda arrepiada nessa cena!!
Foi uma batalha par ver quem seria a verdadeira "ela" e foi tbm uma bataha de dança na vdd...rs
"O homem só é homem porque é civilizado." Emile Durkheim
9oopo
Sobre a sua pergunta final PH, acho que a personagem alternativa é sim mãe e tão humana quantos os outros, pois ela aprendeu toda a nossa cultura (apredendo a falar e tudo mais). Nesse quesito, a "afetada" por isso foi a original, pois ela cita em certo diálogo que foi obrigada a se apaixonar pelo mesmo príncipe, obrigada a ter filhos e viver naquele submundo que não queria mesmo já tendo experimentado o "mundo real". Ter perdido essa normalidade é o motivo para ela buscar vingança. A alternativa viveu nossa vida de maneira perfeita e nos faz refletir em qual das duas é a vilã da história, se é que existe uma.
siiiiimmmm e aquela voz sufocada q a original retornada tem é mto significativa! Sua liberdade foi roubada!
Isso mostra como o meio em q crescemos influência na nossa personalidade e tipo de cidadãos q seremos. Uma pessoa q nasce numa favela por exemplo tem muito mais chances de entrar no mundo do crime.
@@CleideSilva-lm1mq A voz tb é dada pela falta do uso. Lá em baixo as pessoas não falam. Ela passou a viver num mundo sem voz. Já a outra aprendeu a falar com a convivência. A oportunidade mostrar que todos podem se desenvolver.
@@cristinarodrigues9243 ou em um ambiente familiar desestruturado !
Porém, o que é o mais curioso é que na cena que a Adelaide (alternativa que viveu na superfície) mata uma das gêmeas da família branca, ela não parece matar por sobrevivência, ela mostra sua verdadeira natureza, e fica batendo no cadáver já morto no chão. Pra mim essa cena é uma das mais simbólicas. O mesmo ocorre na batalha final das duas, quando a verdadeira morre enforcada pela corrente, que é um simbolo de aprisionamento com seu "bestial", já que depois que ela morre, a outra consegue se libertar.
Claro que não mudará. O filho sabe a verdade, mas porque isso mudaria a relação deles? Mesmo sendo uma alternativa, ela ainda é a mãe dele, foi ela que o protegeu quando preciso, ela o criou, e se for pra ter uma mãe que eliminou uma original pelo bem da família deles, ele com certeza ficará bem com isso. Ela conquistou tudo ao ir pro mundo real, se adaptou por completo, é normal entender o medo que ela teve ao ver a volta da original com os outros alternativos para dominar tudo
Pra mim o filme pareceu uma metáfora da guerra de classes. O trabalhador é retratado como o monstro do submundo que quer tomar o que é dos ricos. A cena do clone da Elisabeth moss passando batom e sorrindo por ter "conquistado" a casa e a vida de sua original, me deu essa impressão. Essa ideia do imigrante também é interessante, eles podem ser iguais a nós, a personagem principal é a prova disso, mas a eles não é dado chance e são retratados como monstros que tomam nossos empregos e tudo que é nosso.
Pra mim, duas mensagens ficaram bem marcadas no filme.
A primeira é que o marido (Gabe) tenta imitar o amigo, e fica tão estranho quanto os gêmeos imitando os originais. Junte a isso o fato de ele colocar Igot5onit na trilha sonora (música "negra") e, na luta entre as duas Addys, ter traços da mesma música tocados em violoncelo. Acho que com isso ele fala de como é estranho tentar ser outra pessoa, mas se soubermos usar o que é bom dos outros junto com o que é nosso, essa mistura se torna interessante.
A segunda mensagem vem de que (pelo menos na história do Brasil, não sei exatamente nos EUA), consideravam que o negro não tinha alma, assim como os gêmeos; mas a Addy gêmea saiu do mundo marginal e se tornou dançarina, esposa, mãe, amiga, exatamente como alguém que tem alma, enquanto a Addy real foi obrigada a viver no mundo marginal e isso fez com que ela tivesse dificuldade de se expressar. Acho que isso fala de como as oportunidades que temos na vida são a única diferença entre nós e alguém que é "marginal"
"O homen é produto do meio em que vive" - jean jacques rousseau
Essa frase nunca definiu tão bem esse filme
Eu adorei esse vídeo, essa interpretação!! Foi um resumo de praticamente tudo o que eu tinha concluído ao final do filme (:
Eu concluí ainda no início do Segundo Ato, quando a Adelaide “original” aparece e fala em sombras e em correntes, que o experimento cinematográfico do Peele era de embasamento Filosófico e Social, afinal não tem como não associar essa parte da fala dela, essa Ideia, ao Mito da Caverna de Platão. A referência dos coelhos, que eu também captei logo no início, serviu pra me fazer ter certeza de que o filme não era sobre Racismo apenas, como o próprio Peele já havia declarado antes da estreia, e que a reflexão ia muito além disso. Partindo daí então, me perguntei “e se ao invés de matarem o indivíduo que havia se desprendido das correntes, visitado o Mundo Real, e voltado com as novidades, os outros acorrentados dentro da Caverna de Platão tivessem dado ouvidos ao mesmo, escutado o que esse indivíduo havia experimentado e visto, para além das sombras refletidas na parede? E se no mesmo contexto dessa Alegoria, os acorrentados se rebelassem?” Daí então o filme passa a ser praticamente auto explicativo, com várias metáforas que apenas quem estava vendo além do Thriller conseguiram enxergar.
Falando em Thriller, a camiseta do Michael Jackson não foi por acaso! No clipe dos anos 80, o personagem do Michael está vendo um filme sobre Lobisomens. Daí ele sai com a sua namorada do cinema e encontra com zumbis por toda parte, dançando e reproduzindo a coreografia da música. No final do clipe, Michael olha pra traz, com pupilas amarelas, e revela que ele era um Lobisomem o tempo todo, seguido de uma gargalhada irônica. Coincidência a Adelaide estar usando a blusa com essa referência no parque? Nope. Coincidência a Cópia rir depois de sufocar a Original? Nope.
A Filosofia de Rousseau também me veio em mente: a Sociedade corrompe o Homem. A Cópia, ao sair do Mundo das Sombras, teve que se adaptar, aprender a falar, observando atentamente aos próprios pais e agindo de acordo com o que eles esperavam dela, copiando eles de certa forma. Ela aprende a Dançar para se expressar. E no final do filme, ela mata. A Original, por outro lado, continuou falando enquanto crescia, mas não ensinou a Fala a nenhuma das outras Cópias com as quais convivia. De fato, as Cópias tinham seu próprio meio de Comunicação. Um meio “corrompeu” ou não a Essência do outro.
Enfim, o filme é sem dúvidas uma obra Cinematográfica de cunho Filosófico. Eu poderia passar um bom tempo aqui mencionando outras referências e metáforas que o filme trás de cunho Social- vi em outras reviews pessoas ressaltando o fato do título do filme ser “Us”, uma referência dual aos “U.S.” (United States), e que no final o ato de estarem todos de mãos dadas ao redor dos EUA- e não nos esqueçamos que a família fugiu para o México, de onde tantos Imigrantes saem através de rotas perigosas, “túneis”, para chegarem a America- é uma Simbologia que se refere ao fato de que muitos Imigrantes, sem “voz”, sem oportunidades, tal qual as Cópias, copiam o modelo Americano de estilo de vida e consumo, ao mesmo tempo em que se sacrificam de varias formas para tal. No final, eles, os Imigrantes, somos nós, os Americanos- quando a casa é invadida, e veja você que a ideia de Invasão é comumente aceita por cidadãos Americanos xenofóbicos- é perguntado a Adelaide original quem são eles, ela responde “somos Americanos”. Enquanto eles comem o que é resto, o que foi abandonado depois do “experimento”- lê-se aqui “Colonização”, Eles, ou seja, Nós, temos que nos contentar ou ao menos tentar sobreviver com o que temos, com o que foi deixado para trás. Mesmo copiando o modelo de vida d’Eles. E por aí vai. Semiótica é quase como Mágica...
Além de todas as claras críticas ao Estados Unidos. Me chamou a atenção o fato de terem chamado a polícia, ela não aparecer e algum tempo depois rolar o som de "fuck the police" do N.W.A, senti que o diretor não se preocupou, nesse momento, em ser discreto.
Acabei de assistir e precisava conversar com alguém!
Alessandro Maia o que você entendeu do filme? Acabei de ver estou nó na cabeça rs
Minha interpretação: acho que é uma crítica social. As pessoas podem ter o mesmo corpo, mas o que define elas é as condições que elas vivem. Isso fica claro no monólogo do clone (que na verdade era a "verdadeira") sobre as pessoas não valorizarem a vida que elas tem. Repare que, a única que fala foi a que foi trocada, que era da superfície, que teve um pouco de educação e planejou o ataque. Eles não conseguem falar, sofreram muito, não tiveram acesso à óculos (cena da primeira invasão, do pai clone roubando o óculos), etc. Quando Adelaide clone troca de lugar, ela não consegue falar, e mesmo assim ela volta ao "normal". Ou seja, é tudo uma questão do ambiente em que estamos colocados. Enquanto uns estão, como eu, numa cama confortável digitando sobre um filme, outros estão morrendo por uma mera tempestade (zimbabue, moçambique, etc). A condição nos limita ou nos liberta. O que acontece depois é que a única que teve acesso ao mundo "real" e viveu nele, a Adelaide, conseguiu orquestrar uma revolução. Ela possuia consciência de classe. Depois há violência. Dá pra dizer que há uma característica bem marxista, mesmo que não intencional, de só resolver o problema da desigualdade de classes com violência. Enfim, há também uma forte referência a caverna de Platão, é claro.
Só discurso qdo vc associa marxismo à violência. Mas de resto, faz mto sentido sim. A questão de privilégios, poderíamos ser completamente outros em outras condições.
Marxismo nunca defendeu a violência.
Nossa eu adorei a dua interpretaçao. Pra mim foi a q mais fez sentido ate agora.
Em moçambique ninguém ta morrendo por tempestade nao kkkk
Eu penso exatamente como vc .
Tbm já referência clara a caverna de Platão
É um filme mto bom .
Tenho uma tremenda dúvida: de onde veio a roupa vermelha e a tesoura? Outra dúvida: já que as versões alternativas não têm alma, como a clone da Adelaide se adaptou tão bem à superfície?
no hora que vi essa parte eu entendi foi que eles não conseguiram copiar a alma, por isso ela é dividida entre os dois.
Quanto a roupa vermelha e a tesoura já não sei. Agora sobre sua outra dúvida é de que, Já que essa Adelaide (alternativa) não tinha alma e ela trocou de lugar com a Adelaide (Original), ela tenha ao longo dessa vida em que ela viveu se protagonizando como a (Normal), ela tenha aprendido muitas e muitas coisas em cima, como se ela estivesse realmente vivendo e aprendendo durante todo o seu crescimento, talvez seja por isso que ela se adaptou tão bem na superfície, com tudo que passou na vida dela, foram construindo aos poucos, camadas das quais foram feitas para uma construção de algo bom, ou até talvez uma boa estruturação e construção de uma alma, de que através disso, ela teve essa boa recepção que passou durante toda a sua vida, aprendendo e vivendo como uma pessoa normal de cima. É só o que eu acho.
Eles tem uma alma sim só que a alma é dividida entre os originais e as sombras por que os acorrentados imitam certos movimentos dos seus originais como quando o Jason faz sua duplicada se atirar ao fogo
A questão da roupa e da tesoura eu também fico na dúvida, mas a questão da alma não, no filme a original diz que eles foram criados mas não conseguiram duplicar a alma, que ficava dividida entre dois corpos. A clone não é sem alma, é só uma outra parte da original, seria a "parte selvagem" ou alternativa, como disse o autor do vídeo.
Não interpretei como se eles não tivessem almas... Pelo que lembro, ela comenta algo sobre eles terem almas compartilhadas, por isso agem da mesma forma etc. Acredito que ela desenvolveu sim afeto, carinho, zelo pelos filhos etc. Pra mim foi genuíno.
Quanto as tesouras a origem é desconhecida, mas a escolha faz sentido. Desde o design das alças que possuem o silhueta de cabeça/faces e o movimento; oque um lado faz, o outro repete e se encontram de uma forma ou outra. Sei lá, conspirações... tô apaixonado pelo filme. Muito bom!
Bruno Vinicius Faria a tesoura representa a dualidade. Dois lados iguais.
Caraaaa e eu quando cheguei em casa apos ver o filme, estacionando o carro, na hr de virar a chave, olho pro relógio e adivinha que horas são? 11:11 me cagueeeeeei ali
Lukaz Alvez 🤣🤣🤣🤣🤣🤣
Por isso que eu gosto das matérias do seu canal. Somos cercados por camadas. Temos uma camada familiar, uma camada social, uma camada política, uma camada espiritual, uma camada psíquica. Por dentro de todas elas, existe a gente. Quando rasgamos estas camadas, emerge o submundo.
Acredito que a versão da Adelaide (alternativa) fez a escolha por optar em ser uma pessoas diferente da qual ela era la no confinamento, diferentes e perturbados, e ela ao trocar de lugar com a Adelaide (original) ela escolheu viver como eles e nao como a vida que ela tinha antes, supondo que dai para frente nada mudará pois ela escolheu ser como eles e não ser uma alternativa. Não sei se dá para entender rs. Adorei seu vídeo me esclareceu muitas coisas.
Esse filme é mais Black Mirror que o filme do Black Mirror.
Pode crer
Black Mirror significa em tradução literal espelho negro, faz alusão às telas de computadores, celulares, tablets, televisão e outros eletrônicos, todos os episódios da série e o filme, são relacionados a tecnologia
O filme nós não tem nada de black Mirror
sim rs
@@darlangomess Hoje em dia praticamente tudo que é fora da caixa (seja filme ou série) é chamado de Black mirror... kkkk e eu não entendo pq.
@@darlangomess Ia comentar isso agora, cag
ou na jeba.
É um filme que é obrigatório assistir mais de uma vez !
Concordo com você.
Concordo. Quero assistir novamente estou estupefacta com esse filme
Olha quem está aqui kkk
Concordo, pq eu não entendi nada 😂😂😂
C tá doido, eu vi uma vez e não consegui superar ainda, só d lembrar o coração acelera, é macabro demais, meu coraçãozinho não aguenta
Eu vi um comentário falando que o rosto do clone é queimado porque o truque de mágica que o menino (original) não consegue fazer, nos esgotos o clone conseguia e isso queimava a cara dele pq o que o original faz o clone tem que copiar (não sei se deu pra entender mas ok kkkkk)
Isso faz sentido demais, socorro
Kkkkkk eu entendi, toda vez que o menino verdadeiro tentava ascender o isqueiro e não conseguia, o do clone acendia e assim ele se queimava! Faz sentido, bem legal!
Faz todo sentido
bart barthus eu acho que o menino tbm era trocado. No final ele da uma olhada fixa para a mãe.
@@marcio179100 não, ele já sabia que a mãe ali não era a verdadeira
Uma dúvida existe, se a original trocada foi levada ao submundo, qual o motivo de ela ter ficado lá se sabia o caminho da saída?
Ela ficou algemada, lembra ? Tanto é que quando ela saiu ela levou a algema...
Parece q ela só se deu conta de querer fugir na hora da dança
ela não sabe o caminho, ela foi enforcada e desmaiou, já acordou no submundo.
no filme ela fica acorrentada a cama, o que abre margem pra especulação de quanto tempo ela ficou acorrentada e como isso à afetou sendo criança. Outro ponto não por uma interpretação literal dos eventos, seria que ela ficou presa nessa espécie de mundo invertido não necessariamente acorrentada, mas impossibilitada de agir.
Ela não sabia. Foi levada inconsciente para lá
Cara é muito louco que o filme é aberto a diversas interpretações, e ainda assim tem uma critica social, nos estados tem muitas pessoas que vivem em tuneis subterraneos, moradores de rua e dependentes quimicos, e como é dito no filme eles são americanos, mas a sociedade americana os encherga como se fossem de outro mundo, bom se alguém quiser saber mais da um google, não é muito difícil de achar, tem uma materia da vice falando das pessoas que moram nos tuneis de las vegas. Além disso no começo do filme ele coloca um texto dizendo que nas cidades dos estados unidos existem tuneis subterraneos que aparentemente não tem uma ultilidade.
Algumas pessoas andam teorizando que o garoto pode ter sido trocado também em algum momento antes do filme e o filme dá algumas pistas disso como: o garoto xinga e os pais perguntam de onde veio esse palavreado, ele sente que já fez o truque de mágica antes mas nao sabe como fazer (o original pode ter feito e ele apenas repetiu), o garoto clone pode ter mexido em um isqueiro e o original lá embaixo repetindo a ação queimou seu rosto, assim não podendo mais falar...
“Ah, mas os clones nao controlam os humanos e o garoto matou o clone repetindo movimentos” se os originais não repetem...porque a Adelaide original sofreu tanto lá embaixo? Lembrem-se, eles são 2 partes da mesma alma disputando entre si
Tem o lance da máscara do Chew tb, que é um personagem que só emite grunido, não fala
caraca, explodiu minha mente real...
E o fato dela claramente gostar e ter mais cuidado com o menino. Tem lógica isso. Apesar de q acho q o diretor pecou em alguns quesitos que ficaram tão obscuros que fez o filme ficar cansativo. Não foi tudo aquilo q eu imaginava.
Concordo que o menino seja trocado , na cena da praia as filhas dos amigos dizem achar o irmão dela estranho, e a menina diz que ele tem problema de atenção... O que Adelaide alternativa parecia ter quando trocou de lugar com a original.
Será que não pode ter sido na parte do banheiro?
Alguém lembrou algo meio "Alice"... tipo, coelho, espelhos...enfim...
O filme só me faz lembrar da série Star Trek Discovery.
Jaqueline tem essa referência sim.
Eu saí do cinema com a cabeça explodindo. Acho que o trunfo de um filme como esse é justamente a quantidade de filmes possíveis que você consegue enxergar no mesmo. Eu, de cara, vi três filmes:
1) O filme literal. Que seria justamente o horror e o filme de invasão domiciliar com aspectos de violência gratuita e com um plot twist ótimo no final;
2) Enxerguei a crítica social aos americanos. O que coloca o filme todo como uma grande metáfora. Daí faz você entender os furos de roteiro que apareceriam se apenas a leitura supracitada fosse válida. Penso que nesse aspecto, a cena final revela justamente a luta contra si próprio. Contra as pulsões que a sociedade regula e os monstros que escondemos em nossas sombras. Não à toa o final é dança e é luta ao mesmo tempo. E ao passo que a dança/luta avança “nós” nos tornamos os U.S. Observe que a protagonista de tão ensangüentada fica vermelha como os Reds. Nos tornamos um só. Os coelhos são libertos. Um deles vai no colo do garotinho. Isso que a sociedade esconde em seus porões, mesmo que ela dê as mãos num grande gesto público de paz;
3) Entendo que pode ser também um filme sobre trauma. Tive essa sensação desde o início. Observe que quando a menina desgarra dos pais no início do filme, o único olhar que o acompanha e o único que a percebe é o cara que segurava a placa de Jeremias 11:11. Na minha cabeça, ele a violentou naquela sala do auto-conhecimento. Um abuso ou algo do tipo. Não à toa ele é o primeiro que aparece com as mãos sujas de sangue e curiosamente é visto morto quando a família chega em Santa Cruz no tempo presente e é visto pelo garoto com as mãos pingando de sangue. Ali, acredito que os monstros foram liberados.
Sinceramente? Acho que tudo que escrevi é possível e ainda possamos ter mais e mais filmes dentro do mesmo. De uma coisa eu sei: isso daí é cinema. Não tem um copo ou uma letra nesse filme que não componha a narrativa.
Kkkkkkkk nada a ver esse de o cara do jeremias seguir ela e abusar, não viaja. O filme é um lixo, vago, sem explicações e resoluções q prestem, um monte de coisa incoerência. Horroroso.
O cara do Jeremias que ta na praia matou o original, por isso o sangue
Resumindo... Esse filme é pura arte!
Márcio Benevides Essa terceira alternativa por mais louca que seja foi a mais diferente que eu li e a mais interessante, preciso assistir de novo com essa ótica!
Raphael, pela sua explicação, lembrei muito de Erving Goffman, interacionismo simbólico, as representações sociais que temos quando em sociedade. Ótima crítica!
Por que o menino é quem tem mais ligação com o alternativo dele? Seria devido a idade ? Fiquei com essa dúvida...
Porque ele foi o único que teve contato direto com a duplicata dele, os demais só ficaram fugindo, vamos dizer que foi o único que parou para "conversar"
Pq ele foi o q desceu e com certeza a verdadeira falou a verdade pra ele. Não sei se to sabendo explicar kkkkk.
Acho que é porque os dois estavam de máscara, nenhum tava mostrando realmente o que era
Se você pensar na teoria da marginalização, o menino também era marginalizado mesmo tendo vivido no mundo de cima. Tanto que na cena da praia as irmãs gemeas falam “seu irmão é estranho” e a irmã dele responde “ele tem problema pra se concentrar”. Talvez a marginalização seja o ponto de convergencia ai, eles se entendem.
Vc é muito perspicaz, já ouvi vários vídeos mas este é um dos melhores, obrigada! É um filme para ver mais de uma vez!
Rapha, me abraça! É maravilhoso saber as suas visões (sempre tão bem pontuadas e enriquecedoras). O filme é um tesouro e também acabei de lançar aqui um vídeo com a análise das metáforas. Adorei sua visão sobre as simbologias, como os coelhos. Tive algumas pontuações diferentes, mas é incrível mesclar seu olhar aprofundado nas pinceladas.
Eu assisti o filme às 15:00, e assim que acabou eu já fui correndo verificar se você já havia feito sua análise, muito obrigado!!!
"Corra" eu assisti muitas vezes, e sempre é prazeroso demais, e esse "Us" me deu vontade de ver de novo assim que terminei de assistir, com certeza assistirei mais de 10 vezes.
Uma das coisas que me deixaram confuso foi no momento em que as Adelaides conversam no final, a Adelaide original falou todo o plano como se tivesse nascido no submundo, mas nós minutos finais descobrimos que a troca das Adelaide e com isso me veio uma dúvida, Se a Adelaide termina o filme presa, como ela se soltou e porque ficou agindo como se fosse a alternativa??
PH, sobre o filho. Ele é muito jovem para ter máscaras sociais que os adultos tem. Por isso a máscara dele é de brinquedo. No final, quando ele coloca a máscara é justamente para interpretar essa personagem que irá esconder que ele sabe ou desconfia sobre quem é sua mãe.
Para mim o menino também era trocado, não só pelo olhar dele para mãe no final do filme.
Na hora que o menino brinca no armario e fica preso porque a irmã chuta o brinquedo de ambulancia e a mãe o resgata minutos depois e fala que ele não podia brincar la, a irmã fala que ele fez a mesma coisa no ano anterior. Mas o menino age como se não soubesse que não podia brincar la.
Quando a familia chega a praia a Adelaide(sombra) e o filho se olham atraves de olhares estranhos depois de verem o brinquedo dos espelhos na areia.
O menino não faz castelos de areia e sim tuneis na areia.
O menino não sabe aonde esta o bastão que o pai pede a ele (no primeiro encontro com a familia sombra) sendo que o jeito que o pai pede o bastão ao menino é de uma forma como se o menino soubesse, com certeza, aonde o bastão estava. E o menino responde:”que bastão?”. Como se nunca tivesse ouvido falar da existencia do bastão.
Na hora que a mãe sai do carro para matar o menino “sombra” com o bastão da lareira ela desiste de mata-lo e ao inves disso tenta dar a mão a ele. Depois que o menino abre os braços e joga a “sombra” no fogo a mãe fica com pena do menino “sombra” como se fosse a mãe realmente dele.
Por isso acredito que o menino queimado é o verdadeiro. Sofreu um acidente no armario, se queimou e a mãe o trocou pela sombra, a final, ela sabia o caminho de retorno ao tunel pois era de la e não quis ter um filho “imperfeito”. A sombra do menino foi trocada pelo verdadeiro da superficie e teve que aprender como falar e tudo mais como a propria historia da mãe sombra. Por isso a irmã dele fala para as gemeas na praia que ele tem dificuldades e por isso é considerado estranho.
Fiz na hora um paralelo com o filme "O homem da máscara de ferro", o fato de serem duas pessoas exatamente iguais com vidas opostas, desde pequenas. Até que um dia o excluido vai atrás de uma espécie de justiça.
Santa Cruz, 1986. Em determinado momento, a mãe de Adelaide diz que estão filmando uma produção no parque. Tudo indica que esse filme é Garotos Perdidos ❤️.
Essa é só uma das muitas referências a outros filme de terror.
e ela diz: veja se estão precisando de figurantes!
Cara vou te falar se eu não tivesse prestado uma atenção mais aprofundada eu teria ficado muito mais confuso. Aquela cena inicial é a chave para o segredo de quem é quem no filme. Acabei de assistir.
Que cena , explique me
Que cena, explique me
Atenta
Fiquei tentando entender como que, depois da inversão entre as duas, a original passou a copiar a alternativa (como na cena da dança de ballet, por exemplo).
É algo como "o ambiente faz a pessoa" x "a pessoa faz o ambiente"?
Eu nao entendi bem porque essa inversao acontece, mas explicaria o fato da original nao ter fugido daquele ambiente das copias tb..
Me confundiu ainda mais por causa do original/alternativo do jason, que a sombra copiava o menino em situações especificas, coisa que nao acontecia com os outros personagens depois da revolta das sombras.
O marido da protagonista também era sombra do amigo. Cobiçava o carro, o barco, o estilo de vida.
Fiquei pensando nisto também.
Eu adoro esses vídeos com explicações.
Obrigada. 😉
Assisti esse filme ontem e seus dois vídeos ajudaram naquele gostinho de quero mais! Parabéns pelo vídeo.
sobre a interpretação da máscara da criança, achei curioso como ela pode interpretar a inocência infantil. como ainda tem dúvidas sobre o mundo - evidenciado nas frequentes perguntas para os pais -, não aprendeu que precisa vestir sua máscara sempre. por ainda ser inocente, se apresenta sem máscara perante a sociedade, enquanto os mais velhos já a vestem de forma permanente, como seus rostos originais.
Gostei muito de suas interpretações.
Gostaria que você falasse mais sobre a corrente humana.
Por que o uniforme dos "alternativos" é vermelho?
Por que a cópia do filho da Adelaide tinha o rosto queimado?
Um abraço!
Outra pergunta, qual seria a explicação para o sincronismo dos originais com os alternativos?
Parabéns pH...que vídeo incrível, ótimo trabalho, que perdure por anos. 😁
Raphael, vídeos no alto padrão do canal. A cena da briga final como uma coreografia é linda. Fiquei com a impressão de ter uma mensagem no estilo “a arte salva/nos torna humanos”. A Lupita malvada passa a ser uma pessoa (voltar a ser o que era para a sociedade) porque ela vai pra dança/artes. O próprio uso da música do NWA tem um pouco disso, de usar a arte como expressão e protesto. Filme pra ver e rever.
Eu fiquei com dúvidas de como a Adelaide que ficou na superficie conseguia agir se os clones tinham que copiar os originais... tipo a original começou a copiar a clone? E ainda nesse ponto, o filho dela conseguiu controlar o clone dele na cena que ele faz o clone caminhar em direção as chamas, só ele parecia ter essa conexão de controlar o clone, mas como funcionaria isso?
Excelente vídeo PH. Você conseguiu quebrar em mim, este estigma de video explicado. Parabéns mesmo
Sobre a questão da roupa, o macacão vermelho? O que você entendeu sobre isso?
Respondendo sua pergunta PH, acho que muda a partir do momento que ela se lembra e cria consciência de que era a alternativa. E ela percebe que o seu filho sabe disto.
Quantas análises maravilhosas, a sua e de diversos comentários. Que coisa gostosa esses debates saudáveis! ❤️
Sobre o filme: como disse uma colega, eu tbm vi como uma crítica social. E pensando no científico, fica minha pergunta: a Lupita rouca diz que sentia td que a outra fazia (aí ela fala dos partos e tals), partindo disso: quando elas “trocaram” de lugar a alma mudou de pessoa OU a alma é sempre a que fica no exterior, independentemente de qual corpo vai usá-la?
aquela ultima cena em q a protagonista olha pro filho enquanto dirige e ri pra ele deu entender q o filho tambem foi trocado (quando eles tavam na praia, ele sumiu e viu a casa de espelhos).
será???
EU TAMBÉM SENTI ISSO
Acho que não, porque o período de tempo foi muito curto para o menino clone se adaptar à sociedade. Assim, como seria pouco tempo para o original ficar "bestial" e perder a fala. Pelo que eu entendi, essa adaptação leva um tempo, não é de uma hora para outra.
Acho q nao, acho q ali o filho entende q a mae dele na vdd era a copia e aceita isso pq alias foi ela quem o criou e deu amor
Nao nao, ele sabe qual é a verdade, e ela sorriu porque sabe que ele descobriu a verdade.
Porque nao tinha como ele trocar de lugar tambem, o clone dele andava que nem cachorro, nao falava, se tivesse sido trocado daria pra perceber. A clone teve anos para se adptar ao mundo real.
Não, a queimadura da a entender que não tem essa hipotese
Esse filme é tão bom que é infinito de teorias e interpretações. Adoro.
Só queria entender da onde sairam as roupas q eles usavam e se todos da cidade foram "clonados", como eles viviam num espaço tão pequenos... 🤔
Se considerar q é o fundo de todo os EUA aquele subsolo nao é tao pequeno assim
Pra mim não fica claro como existem tantos clones das pessoas e como eram feitos. Além disso, quando o filho dela coloca a máscara depois de olhar para a mãe no final do filme da indício a uma continuação ? Você acha que isso pode acontecer ?
PH, uma coisa que me chamou a atenção foi quando os alternativos entraram na casa e o Gabe pergunta quem eles eram, aí a versão alternativa do Gabe responde: "nós somos americanos". Isso me pareceu uma crítica social, pra dizer que eles são excluídos, mas são cidadãos americanos assim como seus originais. Que tu acha? Beijo e parabéns pelos vídeos, melhor canal para analisar tecnicamente os filmes! 😊
Roberta Rodrigues no comecinho do filme , a menina original antes de ir pro parque tá assistindo um programa na tv que fala que milhares de americanos vão se reunir tal dia pra erradicar a fome nos eua, mostra o símbolo lá dos bonequinhos de mãos dadas, e dps o nome do projeto que é americanos não sei oque, até ela está no parque com a camisetinha dessa ação de americanos ! Por isso do nome, ela era a única que falava lá por isso deve ter falado aos clones que eles eram americanos
Tbm entendi dessa forma...
Tbm tive a mesma interpretação,na verdade ela foi bem clara na explicação falando das diferenças entre elas,assim como na nossa sociedade,uns vivem bem e outros n. Eles representam a margem da sociedade.
*3:09** • Exatamente essa a minha interpretação!: **_máscaras sociais, contenção moral, inclusão e oportunidades!_*
Ela nasceu num ambiente 'tóxico' e tinha tudo pra ser mais uma 'paranóica' dentro do 'submundo', porém, 'trocou' de identidade com sua antiga 'eu' e teve a 'oportunidade' de ser 'inclusa' numa boa criação, com bons pais e ter um ótimo convívio social com os demais.
Imagine quando tudo isso te é privado.
Pois é!
Tem interpretação e citação de tudo quanto é tipo nesse filme: social, política, bíblica, Alice, o mito da caverna de Platão, Matrix, Saramago (O Homem Duplo). A única conclusão certa é: Peele é um bibliófilo, um cinéfilo. Um intelectual.
...um gênio!
Melhor comentário a respeito do diretor...
Que porra de bandeira é essa?
Video de explicações maravilhoso ph ✂️✂️✂️✂️✂️✂️✂️✂️✂️✂️✂️✂️✂️✂️✂️✂️✂️✂️✂️✂️✂️✂️✂️✂️✂️✂️
Raphael tem um ponto que não vi ninguém comentando,o truque do filho,com uma espécie de isqueiro,que ele mesmo fala que havia abandonado no verão passado,o dele parece que estava sem gás mas o do menino do submundo parece que funcionava pois ele estava com o rosto todo queimado,ou seja quando o menino tentava o truque com ele o do submundo dava certo dava certo,levando ele a se queimar.
Eu acho que o menino também era trocado. Aquele olhar final disse tudo.
Eu vi uma alegoria sobre o Id (pessoal do submundo), ego (marido e os amigos que buscam o prazer nas questões materiais - ir à praia, barco, casa) e o superego (a mãe, que tem o papel de controle sobre os demais).
Eu não entendi e achei que ficou devendo uma explicação ou um insight maior sobre a conexão de movimentos deles. Certo, os movimentos e atividades dos de cima são replicadas pelos de baixo. Ai quando temos a troca da original pela falsa, lá na infancia, o problema seria que a da superficie ficaria sendo influenciada e controlada pela de baixo, causando uma estranheza nos outros, pois foi estabelecido que as cópias não conseguiram comandar o movimento dos de cima e sim o contrário. Então como a original passou agora replicar os movimentos da cópia? Como ouve a desconexão das cópias com os originais? Uma desconexão incompleta, pois o menino controla sua cópia cachorro em um momento. Outra coisa que não ficou clara foi o momento da dança. Em que a original no subtêrraneo dançou ao mesmo tempo que a clone, mas dançou da forma particular dela. Pareceu que por ela ter escapado dos movimentos exatos da sua clone da superficie os habitantes lá de baixo a considereram uma messias, mas como eles sabiam que ela estava dançando diferente?
Pensei a mesma coisa. Se ela estava lá embaixo não tem sentido seguir os movimentos da cópia. Porque a original de casou e teve filhos iguais ao da outra se ela era a original o.o
Se ela sabia da verdade, porque não saiu do subterrâneo?
Sim faz sentido
E outra coisa porque o clone do menino andava igual a um animal? Sendo que eles imitam os gestos e o menino não anda estranho daquele modo? ???
A tendência do final explicado sempre me incomodou muito porque as pessoas frequentemente usavam ele de uma maneira que a explicação definitiva tapando todos os buracos e ambiguidades de uma obra. Eu acho brilhante como você faz, PH, que é de fato interpretar signos e falar sobre como cada coisa pode fazer você se sentir e o cunho metafórico da obra. Inclusive, adorei o fato de que a sua interpretação foi pra um lado bem diferente do minha, que pensei mais em uma coisa sobre a política ocidental que cria uma dicotomia de Nós contra Eles, coloca certos grupos pra viver abaixo da sociedade e que quando percebemos que Adelaide que acompanhamos, nos relacionamos com, torcemos por, o tempo inteiro era parte do Eles, acaba revelando a farsa dessa dicotomia em primeiro lugar. Temos muito mais em comum do que somos levados a acreditar.
Enfim, só queria acrescentar também ao símbolo da tesoura a definição do dicionário, que fala por si só sobre o uso desse objeto em um filme que é tanto sobre dualidade: utensílio para cortar, formado por duas lâminas de aço que se movem em cruz, unidas em um eixo.
Minha interpretação foi a mesma que a sua! Quem somos nós e quem são eles...
Meu parâmetro de crítica. Quando eu crescer quero ser assim.
quando a Lupita clone mata a Lupita original, tive a impressão de que naquele momento ela tornou-se completa, desligando a cópia do corpo que dividia sua alma.
*DETALHE* O início do filme mostra um homem (mendigo?) Segurando uma placa JEREMIAS 11:11, encostado em um brinquedo, que logo atrás se encontrava o brinquedo que tinha a entrada do "laboratório"... Ele sabia do que acontecia, ou a sua alternativa de alguma forma o influenciava a ficar ali, para esperar o dia em que pudesse sair. Vele lembrar que do lado de dentro do laboratório, a alternativa dele, também ficava encostado no corredor que dava acesso a saída pela escada (comprovando que ele esperava sair um dia ou que ele era um guardião) Sendo assim, depois de vários anos que se passou, quando a família está a caminho da praia, a Lupita vê o mendigo senso levado, já falecido, e em seguida o filho dela vai ao banheiro ao lado do brinquedo e vê a cópia do homem do lado de fora do laboratório de braços abertos, contemplando o sol, contemplando a sua liberdade. Ele então saindo do local, deu oportunidade pra vários outros saírem, e provavelmente foi a chance que a versão original da Lupita saiu.
Sim,faz sentido. Mas porque demorou todos aqueles anos, e justamente quando ela volta pra praia ?Acho que ela diz que foi tudo planejado durante muito tempo então o cara da placa não foi o responsável pela saída dos outros. Ou seja esse filme teve muitos furos.
Se, a lupita acorrrentada do passado subiu as escadas e trocou de lugar, e no presente ela desce de volta sem passar por nenhum porta trancada, o q mantinha os acorrentados lá embaixo sem q subissem? Ou seria essa mais uma metáfora de q o nosso eu animalesco só tem prisões não físicas, mas q a qualquer momento poderia vir à tona?
Você é o melhor PH! Sem mais...
Cara, eu acho que o controle funciona mais de acordo com a superfície/submundo
Quem tá no submundo obrigatoriamente réplica os movimentos dos de cima.
Isso explica a duplicata dominar os passos da menina original lá embaixo.
Quando os 2 estão no mesmo plano, eles não tem que imitar os movimentos.
O garoto imitou os passos do original, mas acho que ele imitou por ser mais irracional mesmo, encarando como se fosse uma brincadeira.
Pq a Adelaide original parecia agir como se fosse a sombra? Ela em nenhum momento disse que era a original. Ela falava como se fosse mesmo a sombra. Ela esqueceu?
Ao mesmo tempo que no final achei que pudesse ser tudo fruto de sua imaginação, devido ao trauma e conflitos internos, pois achei muito estranho todos no parque mortos, a corrente se formando mar a dentro, a notícia se espalhando pelos canais de tv, e nenhuma for a policial para tentar dete-los, minutos depois, já na cena final, parece que tudo era realmente real, pois a corrente era mostrada por todo o país, entre florestas e montanhas, o que poderia indicar uma subjetividade, mas haviam Helicópteros sobrevoando a mesma, deixando o entendimento que aquilo tudo estava sendo acompanhado pelo público em geral.
No início já entregam o final do filme, tem um texto falando dos túneis, etc
Fiquei em dúvida na parte que os alternativos copiavam as rotinas dos originais, partindo desse pressuposto, quando tem a troca da Red pela sua sósia que passa a viver no mundo em cima, ficou a dúvida de quem copia quem? Porque a médica auxilia os pais dela a colocar ela pra fazer algo pelo trauma que teve, ela começar a dançar e logo também a Red verdadeira que ficou no submundo repeti a sua cópia, porém são os alternativos que copiam os originais, então por quê a Red verdadeira copiam sua cópia?? Será que foi um furo?
Achei o filme sensacional!
As Almas estavam interligadas, por isso cada cópia sabia exatamente onde suas matrizes estavam e foi exatamente por isso que a mãe sabia exatamente onde a "cópia" havia levado seu filho para o "vale das sombras" e exatamente naquela sala de aula.
E percebi que que Adelaide (cópia) foi algemada pela Cópia (matriz) por vingança, para ela sentir um pouco de como ela se sentiu ao ser acorrentada por ela quando criança. 👏🏼👏🏼👏🏼
Esse foi um dos filmes mais de esquerda que já vi feitos em Hollywood. O conforto dos "de cima" está fundado na desgraça dos "de baixo". O fato de serem duplos demonstra que essa desigualdade não é acidental, mas imanente, intrínseca ao sistema em que vivem. É PORQUE existem abastados que existem subalternos. Esse é um problema de classe, que envolve brancos e negros, mas não é por acaso que os protagonistas são negros, já que são a maioria da classe trabalhadora explorada. O caráter ambíguo da Adelaide mostra que privilégio ou desgraça não são características naturais, mas socialmente estabelecidas. Quando "os de baixo" se enfurecem, não adianta tentar encarcerar (daí os macacões iguais aos dos presídios americanos). Eles irrompem numa onda de violência que polícia nenhuma segura ("Fuck the police!"). Tudo perfeitamente marxista, exceto por um ponto: no filme, a nossa empatia é quase sempre dirigida para os "de cima". Além disso, como marxista, acredito que os "de baixo" são capazes de criar muito mais do que só uma onda de violência sem sentido...
Pra mim a fala mais significativa desse filme é quando a Adelaide dupla fala que "são americanos", ou o que eles no discurso almejam ser e tomar pra si, o que as vezes se reflete na realidade quando os americanos se sentem protagonistas do mundo. Isso ganha todos os níveis políticos e sociais do filme, o que automaticamente não exclui o tema da negritude.
E fugindo um pouco mais da interpretação do universo proposto no filme, eu achei esse filme uma puta tirada de sarro na clara diferença como os americanos brancos se comportam diante dos problemas e em como os americanos negros se comportam diante dos problemas, e o diretor resgata o humor que é algo assim imprescindível na própria trajetória dele, o que o fez sair de um lugar e chegar em outro tão diferente, humor e terror psicossocial, o que deixa o filme muito mais interessante. Eu achei genial absolutamente tudo
Uma dúvida: por que quando as 2 familias estão reunidas (vermelha e original), a Mãe da vermelha (Adelaide original) não fala com o marido humano que ela foi trocada quando era criança???
Daniel Gomes pq era a original que estava na parte de baixo. Ela sabia falar.
ela pode ter descoberto essa história de experimento procurando ou investigando o espaço, afinal se eles não sabiam falar eles não sabiam ler
Uma dúvida.. se a principal foi trocada pela sombra...como a sombra estava se vingando e sabia de tudo.. e como a original sabia mas não fez nada a respeito..
Adoro os seus vídeos PH! Então, a minha principal dúvida é como uma "clone" conseguiu planejar atrair a menina, levá-la pro submundo e tomar o seu lugar? Já que até então eles só copiavam o que os humanos faziam...
Ela não planejou encontrar ela, simplismente aconteceu por elas estarem interligadas e proximas, ae depois de a Adeline do subsolo encontrar sua versão original, ela meio que sai do "transe" e troca de lugar com ela...
Algo que eu acho que não deve ter relação, mas eu vi um vídeo do Jordan Peele respondendo umas teorias de Corra!
Nele aparece a cena do transplante de cérebro e no meio de diversos objetos pra cirurgia, tinha uma tesoura dourada, a mesma que os Amarrados usam.
Ótima interpretação. Saí agora do cinema com 1000 ideias na cabeça sobre os signos deixados em alguns trechos por Jordan Peele. Curti sua interpretação sobre a tesoura. Novamente parabéns pelo vídeo!! Abraços!
Eu acabei de ver o filme, estou procurando respostas kkkkk (filme top)
E ai pessoal e PH, tudo bem? Como seria a explicação para a cena do menino de máscara (original) indo para trás, pois haveria o risco do carro explodir devido ao fogo é-o clone do menino tbm indo para trás e eventualmente morrendo devido ao fogo?
minha duvida: o clone da adelaide esqueceu oq ela fez? e como o filho dela descobriu q ela era o clone?
Por que o carinha do Jeremias (Aparentava ser ele), estava na Praia na posição de mãos dadas, muito antes dos outros?!
Ph, e quanto a questao do clone sem almas, em teoria a adelaide pequena nao teria alma consequentemente a adelaide pequena que ficou no submundo ali teria. Na minha cabeca ficou meio confuso, visto que a loucura de viver la embaixo destruiria a alma de uma e a bonanza da superficie traria humanidade da outra?!
Se interpretar o filme levando em conta oportunidades faz um pouco de sentido. Foi dito que eles não tinham alma e por isso agiam quase como animais. Mas a clone que fugiu meio que pos isso em dúvida, pois quando ficou em um ambiente com oportunidade de se desenvolver ela começou a falar e teve uma família.
Então fica a dúvida, se eles são daquela forma por não ter "alma" ou pelo confinamento desumano.
Excelente, incrível o filme e as interpretações do vídeo e dos comentários, já tinha gostado muito do filme Corra... E acabei de ver esse... Muito bom.
PH, responde sobre o final. A família da Adelaide escapou, mas e as outras versões malignas que formaram um laço, elas ganharam? Vão ser mortas? Ou ficarão vivendo no mundo junto com a família da Adelaide pelo simples fato de já terem derrotado suas versões originais?
A família da Adelaide foi pro México
Você é meu herói! Que critica maravilhosa, como sempre.
Video muito bom. Mas não entendi como a Adelaide original conta a história da criação dos alternativos. Sendo que teoricamente ela não sabia o que acontecia antes.
Alguém contou
Ne?
Talvez alguns documentos que ela encontrou nos túneis?
@@alandavidlima ninguém lá fala.
Uma Falha no filme : A Adelaide Wilson devia ter uns 10 anos qdo fugiu do submundo clonado... Porque ele nunca se lembrou desse fato ? Porque ele só foi se lembrar que é um clone no final ?
A interpretação que eu tive tem um cunho mais social. A versão alternativa dos personagens são os explorados, os pobres, sobre os quais os direitos são recolhidos para que os abastados, os que tem barcos e casas de praia, tenham essa vida feliz, não se importando sobre os explorados que devem existir no capitalismo para que alguns tenham esse padrão.
A revolta dos subterrâneos é como se fosse uma revolução, a vingança dos despossuídos.
Quando a versão alternativa da loira se corta pensei que fosse uma crítica sobre o aparato ideológico das classes dominantes, que faz com que as classes dominadas queiram pra si mesmo os hábitos nocivos de se multilar e tentar ser outro.
No final, a corrente que fazem, no caminho para o mexico é um muro, como o de Trump.
Da onde vieram as roupas vermelhas e as tesouras douradas? Eu sei das alegorias e tal, mas e do ponto de vista da realidade prática, onde conseguiram as tesouras e as roupas?
Essa segunda interpretação casa perfeitamente com uma duvida minha (boba, mas...): se após o plot twist no final ( que o trailer já entegrava), onde descobrimos que houve a troca das crianças, e vimos que a Red não ficou presa continuamente, então porque ela simplesmente não saiu dos corredores e voltou para casa? Fiquei com essa dúvida. Vlws.