Inscrição feita e sininho ativado! Matheus estive fazendo uma pesquisa e cheguei em conclusões bem próximas das que você traz aqui nesse vídeo. Quero saber se eu posso fazer um react demonstrando seu vídeo ou se você participa em uma Live, sobre esse assunto?
No vídeo, você afirma e preconiza a todo momento sem da razão de por que a posição atacada no vídeo é falsa. Não imaginei que o vídeo teria esse tom de pregação. Não há nenhuma demonstração de nenhuma afirmação. Não sei, aliás, se preciso dizer, mas adianto que não sou tomista.
David Hume argumentou que a causalidade não pode ser derivada puramente da razão ou da lógica, sem depender da experiência. Ele afirmou que, ao observarmos eventos A e B ocorrendo em sucessão, nossa mente tende a inferir uma relação de causa e efeito entre eles. Por exemplo, se vemos uma pedra quebrando uma janela, assumimos que a pedra causou a quebra da janela. No entanto, Hume questionou se essa inferência é justificada apenas com base na razão. Ele argumentou que não podemos deduzir a relação de causa e efeito apenas pela razão, pois não podemos conceber logicamente por que um evento (a causa) necessariamente levaria a outro evento (o efeito). Por exemplo, não podemos deduzir logicamente por que a pedra quebraria a janela toda vez que fosse lançada contra ela. Não há uma conexão necessária entre a pedra e a quebra da janela que possamos estabelecer puramente pela razão. Em vez disso, Hume sugeriu que nossa crença na causalidade surge da observação constante de eventos que ocorrem em sucessão regular. Nossa mente, por meio de hábito e associação, começa a esperar que certos tipos de eventos sempre sigam outros. Essa é a base da sua ideia de causalidade empírica, onde a relação de causa e efeito é construída a partir da experiência sensorial e não pode ser conhecida apenas através da razão. Hume não negava a causalidade em si, ele questionava se poderíamos conhecer causalidade puramente através do raciocínio lógico e dedutivo, sem depender da experiência empírica. Ou seja cara para mim negar a Causalidade é um erro, assim como abordagem e de tentar explicar uma causalidade apenas através do Racionalismo e puramente da observação simplista e especulatória como Tomas de Aquino fez, induz ao erro. E não abrange todos os caminhos de forma honesta, mais sim de uma forma simplificada ou especulativa limitada, que não abrange todas as perspectiva do fenômeno em sí. A própria Física quântica é uma prova como uma abordagem a causalidade não se limita a esse puro Racionalismo e obervação perceptiva propagada pela metafisica.
É esse o ponto de hume ao meu ver, a crítica dele é a ligação feita e ao determinismo ligado a isso, por hábito e memoria somos induzidos a fazer "ligações" entre eventos, não pq de fato tais eventos estão ligados. O princípio da causalidade não passa de um guia para a construção de nosso conhecimento , esse de fato não existe no mundo real, outro ponto a falar é que os termos "causa" e "efeito" levam a pensar que tais eventos se sucedem um após o outro e de maneira necessária e obrigatória, e essa relação criada e determistica é o que o que chamamos de causalidade. A crítica de hume vem justamente do fato que quando fazemos a ligação de dois eventos, não há garantia que o resultado seja o mesmo, outros fatores podem influenciar e fazer o resultado ser diferente daquele que já era esperado, e além de algo externo influenciar, há a possibilidade dessa relação feita na verdade nunca ter existido, e por ver a regularidade acabamos concluindo que ali havia uma relação causal, quando na verdade nunca nem teve. Hume sabia que existe eventos que levam a outros eventos e coisas que influenciam no resultado, e devido a influência do hábito somos levados a concluir relações causais errôneas ou achar que uma regularidade observada continuará como é, sabendo disso hume organizou suas críticas.
"Cachorro", vc pode pfv me recomendar suas fontes? Vc fez um comentário interessante e criticou o argumento Tomista, gostaria de conhecer mais pontos de vista pra definir o meu
Matheus consegui ver somente agora! Gosto de ver as evoluções, gosto de ver a diferença das mentes filosóficas sem me apegar a um em específico, e gosto de analizar, achei muito proveitoso! E lúcido novamente! Vou ver o próximo vídeo que você indicou no canal Boa noite!
Muito produtivo o vídeo! Parabéns, professor! O estudo das causas é muito importante para todos nós que gostamos da área da filosofia, física, matemática, direito e etc. Não irei estender o assunto mas, a importância desse estudo é tão fundamental para explicar a relação de causa e efeito na área do direito por exemplo, dentro do código penal como última ratio, abordando este assunto no artigo 13, do CP! Como também as concausas!
Minha vida eu acho que mudou quando eu questionei a existência de Deus Como uma coisa tao insignificante e grandioso ao memso tempo pode ser tão confuso ? Eu realmente estava perdido na minha vida antes disso,mas depois desse ocorrido parece que minha vida gira em torno de achar essa resposta: Deus existe? TEOLOGIA : Quando eu fui ler a bíblia inteira com uma visão de questionamento,percebi várias contradições e mitos Ai eu te pergunto,como a palavra de Deus pode ser assim ? Com várias contradições(pois afinal sao vários escritores e epocas diferentes) E uns mitos totalmente impossível de acontecer CIÊNCIA : Quando eu era pequeno eu tinha um certo preconceito com a ciência,eu achava que eles tiraram umas ideias meio que daquele lugar😈😈 e eram malucos Mas depois que eu deixei pra o lado deles minha mente deu um bug Como dizem que a terra tem milhões de anos se na bíblia fala que Deus fez em alguns dias ? Na bíblia fala que noé colocou todos os animais demtro de uma arca e navegou por dias Mas nao temos registros nenhum disso e alem de ser impossível cientificamente (Podia falar varis coisas,mas to con preguiça) Filosofia : Essa é a única fonte que falta eu me "aprofundar",mas tenho um leve receio disso Temho receio de me tornar ateu ao pasar do tempo,eu realmente nao quero que Deus não exista Mas nao consigo voltar pra igreja e rezar para jesus com esse questionamento,me sinto desonesto comigo mesmo Desonesto em nao querer questionar Deus e so aceitar que ele exista
Em relação a sua pergunta sobre Deus existir, é possível sim que ele exista, mas não da mesma forma que a Bíblia e as demais religiões o descrevem, alguns acreditam que Deus é a própria natureza (essa é a minha crença ksjjswjsjjaj se chama de panteísmo), já outros acreditam que ele é uma inteligência suprema que criou o universo e não interfere nele (deísmo no caso). Alguns teístas vão justificar que a Bíblia é um livro cheio de interpretações que leva a uma universal, o exemplo da impossibilidade de Deus ter feito a terra em poucos dias por causa da terra conter bilhões de anos na realidade, pode acabar sendo refutado quando alguém teísta usa a relatividade do tempo como argumento, o teísta pode argumentar que dias para Deus, acaba equivalendo a bilhões no universo, por isso que Deus fez o mundo em poucos dias enquanto o mundo ainda tem bilhões de anos, pois a relatividade do tempo gera todo esse cenário. E o ponto que você trouxe a respeito da arca de noé realmente é intrigante mesmo, mas ainda sim os cristãos/teístas tentam recorrer a alguma justificativa.
@@Rafael-oc1wh Deus no panteísmo não é imperfeito, pois adota de uma qualidade, de um grau máximo, a imperfeição é a ausência desse grau, mas como Deus no panteísmo é uma presença e está no seu máximo por ser um grau único, logo é perfeito.
O problema é que você só está abordando a veracidade de uma interpretação específica de um livro, e não sobre se Deus ou deuses existem. Tanto que boa parte dos cristãos não crêem que essas estórias bíblicas sejam históricas, como a própria Igreja católica, afinal a intenção de quem escreveu essas estórias é apenas pra escrever alegorias/parábolas, cuja finalidade é mostrar exemplos do que deve-se ou não fazer, nada disso é pra ser um relato histórico, então duvidar dessas estórias...só não prova muita coisa. Por isso você devia se aprofundar mais na filosofia e até na teologia, 'Deus' é algo mais amplo do que apenas "deus bíblico".
@@atoa2518Mesmo que a bíblia tenha muitas metáforas, parábolas e alegorias Algum ponto dela tem que ser verdade visto que se ela foi escrita/inspirada por Deus é necessário que ela seja a verdade pelo menos em algumas histórias O ponto é que, se a bíblia não for literal então ela não é a palavra de Deus. Do mesmo jeito que o alcorão não é a palavra de Deus
Como argumentar sobre causalidade abrindo mão das ciências, propriamente, incluindo não apenas as matemáticas, mas os avanços da epigenética, da neurologia, da astrofísica etc. A tentativa em responder as questões dedutivamente valia num passado em que a ciência engatinhava. Aristóteles equivocou-se profundamente quanto à queda livre dos corpos, Descartes afirmava a não circulação do sangue. Aliás, a circulação, por exemplo, tem por causa os batimentos cardíacos que, por sua vez, advêm das leis que regem os movimentos peristálticos, e em profusão isso chega ao movimento cósmico. Filosofia será cada vez mais literatura. As IAs criarão elocubrações filosóficas, dezenas delas, em apenas horas. Ciência situa-se noutro patamar.
Você sabe que o fundamento da ciência é a filosofia não é? A metodologia científica só existe por conta de filósofos como Aristóteles, Francis Bacon, Karl Popper e outros, negar a filosofia é cuspir no prato que se come, além de uma clara evidência de ignorância em relação ao tema, qualquer cientista minimamente sério n trata a filosofia como algo inferior ou irrelevante, a filosofia e a ciência estão entrelaçadas de tal modo que poderia dizer que a filosofia é o coração da ciência.
Esse é um pensamento indutivo que não induz a negação da metafísica. Já que jogamos a criança com a água do banho, podemos descartar a teoria da evolução por ser totalmente indutiva. Ao negar a causa, necessariamente, toda ideia será rigorosamente indutiva.
Esse canal é necessário é essencial para o YT, um local que está surgindo diversas pessoas tratando filosofia medieval como a verdade absoluta e inquestionável
Belo vídeo! Muito a dizer sobre mas os meios não são favoráveis. Concordo com a tese de Russel, Hume anteriormente, de causalidade como um produto da empiria. Senti falta da clarificação sobre a dependência do princípio ao Tempo. O tempo torna possível essa noção como link causal entre causa e efeito. Na menção à empiria isso já está subssumindo, mas seria legal uma clarificação por parte de Russell. Lerei o artigo na íntegra! Deixaria uma sugestão de leitura tbm, sobre o teorema de Bell, mas no início você diz que não entrará em física quântica etc., atendo-se apenas à filosofia. Mesmo assim, vale conferir depois, a título de incremento. Deixo uma sugestão de tema: a abordagem de Nietzsche sobre a definição de conhecimento como "crença verdadeira justificada". Li um artigo onde ele crítica essa definição mas não por conter "crença" ali, e sim a 'justificação'. Não concordo com essa definição clássica de conhecimento como crença. Poderia fazer um vídeo, abordando quem sabe Epistemologia em termos gerais.
Ótimo vídeo. Sou inscrito novo, vim do Gontijo, sou ateu mas por causa do ciência sem fim, vi o Guilherme Freire argumento mt bem articulado nessa visão, agora to compreendendo melhor as estratégias. Pretende gravar um vídeo em uma conversa construtiva com ele? Abraço
Para o pessoal que fica assustado: a refutação da causalidade metafísica não muda nada no nosso dia-a-dia. É possível separar a busca do conhecimento sem coerção da nossa vida cotidiana. Ninguém quer perder a sanidade aqui.
Se você estipular uma medida para o raio de uma circunferência num plano euclidiano, logo, ela terá como efeito decorrente dessa causa - estipulação da medida - que é: um valor de perímetro definido. Se você arremessar um objeto em direção para fora do planeta, com força inferior a sua força de escape, essa causa, terá como efeito, a permanência do objeto no planeta. Se você tiver seu braço arrancado, terá como efeito a perda da mobilidade dele, enquanto estiver totalmente descolado do seu corpo. A causalidade é uma necessidade. Reinterpreta-la de maneira equívoca não a torna menos real.
O exemplo que você deu sobre o Sol, de fato não se pode afirmar com 100% de certeza que ele nascerá amanhã, já que não temos uma compreensão absoluta de seus aspectos e das propriedades extrínsecas a ele que podem influenciar no seu estado. Mas isso não muda o fato de que essas propriedades estão lá, mesmo que desconhecidas. E se ele não nascer no dia seguinte, será por conta de algum motivo, em outras palavras, uma causa, que se investigarmos e descobrirmos qual é, poderemos descrevê-la com um grau de precisão, cientificamente. O fato é, uma causa implicará no efeito de o sol não nascer amanhã, como o esgotamento de sua energia, por exemplo, que seria uma das possibilidades. Ou seja, o efeito - Sol apagado - foi originado por uma causa - esgotamento de energia ou outro motivo. Se você causar um sopro suficientemente forte sobre um isqueiro aceso, ele apagará. Se você molhar seu bucal com uma quantidade mínima de água, ele apagará. Se você esgotar seu gás interno, ele apagará. Todos esses exemplos não passam de causas que geram seus respectivos efeitos sobre o isqueiro. Um mesmo efeito - o cessar do fogo - pode ser oriundo de várias causas, algumas conhecidas, outras que podemos desconhecer, mas o fato é, essas causas precederam e originaram o efeito decorrente delas.
Na física,até acho que exista cem por cento de causalidade,mas na vida não.O Suposto Deus "joga dados" com a vida de seres tão insignificantes perante a sua Supremacia Divina. Vejo isso no cotidiano. Se esse assunto e ou a filosofia envolve metafísica, então posso ter essa opinião.
Aqui está a diferença: Aristóteles foi fundamental o desenvolvimento da ciência, pois está conectado com a realidade e com a vida. Hume, por outro lado….
@@rodrigowalicoskicarvalho4008 "Aristóteles foi fundamental ao desenvolvimento das ciências,[...] Hume por outro lado..." Hume e os empiristas são literalmente responsáveis pelo desenvolvimento do método científico
Matheus, acredito que alguns que fazem crítica a hume acabam aceitando a crítica dele sem nem mesmo perceber. Hume crítica a relação de ligação entre dois eventos, onde seja necessária, obrigatória e regular ( causalidade), ele não nega que um evento A pode levar a um evento B, ele critica a garantia feita em cima da afirmação que relaciona A com B. Alem disso, segundo ele so criamos essa relação devido ao hábito, vemos um evento B ocorrer depois de um evento A, e somos induzido pela experiência a dizer que A causa B, ou que exista de fato uma relação de A com B, mas não temos garantia de saber se existe essa ligação de fato, é apenas algo arbitrária deduzido por perceber a repetição dos mesmos, tbm não há garantia que em um futuro essa regularidade seja afetada. Hume ou Russell não rejeitam que um evento A leve ou influencie o evento B, a critica de ambos é em cima da relação causal de A em B, que não é possível afirmar de forma definitiva e nem saber se de fato exista algo ali, dessa forma a causalidade como definida acima de fato não existe. Toda a confusão começa quando não entendem como se entende a causalidade e quando acham que hume ou russell simplesmente rejeitaram "causas" e "efeitos" quando não é esse o caso Obs: digo "causa", pq a palavra tende a dar o sentido de origem, motivação suficiente e/ou necessária. Usando o exemplo clássico de soltar uma pedra e ela cair. Evento A: soltar a pedra Evento B: pedra cair Hume diria que A é insuficiente para garantir B, que outro fator pode influenciar e fazer B mudar. Logo o evento A não implica B, A não é uma causa suficiente, e B não acontece apenas por A. Portanto, aqui não há uma relação de causalidade, mas uma mera possibilidade da pedra vim a cair induzida pelo habito de vê-la cair outras vezes no passado. Qualquer um que venha a discordar, falando que ela cai pela gravidade, alteração da massa da terra e tals, está concordando com hume, e qualquer um que diga que essas outras coisas são causas (em certo sentido são) tbm estão concordando com hume, pois a relação de causalidade proposta entre "soltar a pedra" e "a pedra cair" não está ligada necessariamente e sofre influência de fatores externos a A e B.
Muito obrigado pelo seu comentário. Eu estava com dúvida justamente nesse ponto e me esclareceu bastante. Mas, isso me levou a outro questionamento: O Evento A que você citou de fato é insuficiente para garantir B, e entendendo causalidade como o fator que garante o acontecimento de um evento em função de outro (acho que é isso que Hume quis dizer) então não poderíamos reformular o evento A para Soltar a pedra, ação da gravidade, leis de Newton etc, ou seja, mudar o evento A para de fato todos os fatores físicos que levam a pedra a cair? Dessa forma se o evento A engloba todas as supostas causas que conhecemos então ele não vai garantir que o evento B e portanto criar uma causalidade?
@@victohug100 ola man, fico feliz que eu tenha te ajudado. Sua dúvida faz todo o sentido, mas a conclusão não. Vou tentar explicar, fique a vontade para perguntar caso nao tenha entendido. A inexistência da causalidade filosófica não implica em problemas no nosso conhecimento, na realidade nos faz sermos mais honestos e nos abre a possibilidade do engano. O princípio da causalidade ou a causalidade filosófica é apenas uma forma que nossa mente constrói conhecimento, ela experiência o mundo real , faz inferências e vai acumulando, é devido a isso que o conhecimento nunca para de crescer, como ela não existe de fato, nosso conhecimento que veio de uma inferência indevida deve ser rejeitado e buscado um inferência melhor. Alem disso veja que coisas levam a outras coisas, esse é um tipo de "causalidade", so que um causalidade que de fato existe, o problema é que o termo "causalidade" remete a causalidade filosófica, onde dar a obrigação de algo ser uma causa suficiente e que obrigatoriamente gera um determinado efeito, devido a esse problema do termo Russel tentou corrigir a confusão feita e gerada fazendo a substituição por um novo termo a tal da "causassão"(n sei se é assim que escreve). Nosso conhecimento e ciência não usam a causalidade filosófica, pois ela não existe de fato, a não ser na abstração das ideias, por isso Hume não contraria ela dentro de áreas como matemática, já que é um sistema abstrato que possui garantia de causalidade filosófica, pois parte de axiomas não questionáveis, e até dentro dela é possível tirar conclusões diferente ("efeitos") ao mudar um simples axioma. Por isso hume sai da abstração e da ideia, que ele chama de *questões de ideias* e trata exclusivamente da existência da causalidade no mundo real, e as relações feitas no mundo real ele chama de *questões de fato* , é por esse motivo que quando alguém discorda dizendo que existe causalidade apela para noções matemáticas e de definições simplesmente por serem leigos no assunto e não saberem sobre Hume e nem mesmo saberem sobre a *causalidade filosófica* . A ciência e o conhecimento que parte do mundo fisico em geral em trabalha com uma *causalidade* na forma: "Dada o número de observações feitas, percebemos que um evento A pode levar e vem levando a um evento B" Isso garante a possibilidade do erro e força busca por validação ou contra pontos, assumindo que A não necessariamente causa B, por isso a inexistência da *causalidade filosófica* em nada afeta nossa maneira de conhecimento e construir afirmações em cima. Nosso conhecimento é essencialmente construído em cima de inferências passível a erro , mas que dada a natureza do objeto descrito há garantias de alguns efeitos. Ex: jogar uma pedra em uma janela de vidro simples, na maioria das vezes a quebrará, entretanto é impossível garantir que isso aconteça sempre. As descrições matemáticas e fisicas não são afetadas pela inexistência da causalidade, pois são inferência feitas em cima da definição de alguns objetos, ou seja, é resultante de abstrações ( *questão de ideias* ) e que são desenvolvidas em cima da observação de certas propriedades que esses objetos possuem, por isso dependendo de certos fatores a descrição feita deixa de servir e outra precisa agir. Ex: a teoria newtoniana descreve muito bem o mundo a nossa volta, entretanto ela deixa de servir quando os objetos possuem muita massa e/ou estão a velocidades altas, passando a serem descritas pela teoria da relatividade. A teoria de newtoniana essencialmente é incapaz de descrever a gravidade como ela é, por isso Newton chamou de *força* , mas somente com Einstein é que ela foi descrita de forma adequada, com a gravidade sendo a própria distorção do espaço-tempo nos empurrando em direção a um corpo massivo.
@@victohug100 Veja outro exemplo: A teoria de newton descreve como a gravidade pode fazer a pedra cair, ou seja, diz respeito a uma possibilidade, não garantia. A pedra tbm pode cair por outros motivos, suponha que ao soltar a pedra quem a segura a joga para baixo. Ou se a pedra é um minério de ferro, e abaixo tem um ímã. Caso a pedra seja menos densa que a atmosfera do planeta , com isso em vez de cair ela subiria mesmo na presença de gravidade. O sol engoliria a terra até que eu parasse de dar motivos que levem a pedra a cair ou não , literalmente falando, e isso impede uma "causa" determinada que leve a ao "efeito" cair. So por esse fato bobo fica demostrado que causalidade na forma filosófica de fato não existe e pq ainda assim somos capaz de gerar conhecimento confiável e útil.
@@victohug100 E mais uma coisa no final do seu questionamento, no caso de englobar todas as causas que levem o evento A a determinar o B em essência quebra a causalidade filosófica. O porquê da quebra? Bem, a causalidade filosófica é uma relação binária exclusiva de um evento A com um evento B. Se é necessário dizer um evento C( representando todos os fatores que influenciam A e B) precisa ser garantido, estou quebrando a relação de A e B, pois foi necessário uma terceira entidade *C* ser respeitada, ou seja, virou uma relação de 3 eventos e/ou objetos, mas causalidade é uma relação *um para um* sem interferência de terceiro. Uma solução seria dizer que o evento A englobaria todos os fatores externos, mas isso quebra a singularidade do evento e quebra a relação feita de causalidade feita de A com B, ou seja, é equivalente a dizer *as causas representadas como A levam ao efeito de B* , e isso é uma relação de *muitos para muitos* , o evento *A* teria que englobar todas as possibilidades de fatores existentes , mas como se trata de uma infinidade de possibilidades tal coisa não é possível ou existente.
Com todo respeito Mateus… nada foi derrubado. Livro i e ii da Fisica, Aristoteles diferencia 2 formas de entender a natureza: material e formal. As causas material e eficiente (mecanica) estao no plano da fisica. Eis a confusão estabelecida por Hume ao nao diferencia-las. Interpretou tudo como metafísica. Um trecho: “Natureza é isso que foi dito; por sua vez, tem natureza tudo quanto tem tal princípio. Todas essas coisas são substância, pois são um subjacente, e a natureza sempre reside num subjacente. São "conforme à natureza" tais coisas e tudo que lhes pertence devido a elas mesmas - por exemplo, para o fogo, locomover-se para o alto: de fato, isso não é natureza, nem tem natureza, mas é por natureza e conforme à natureza. [193 1] Está dito, portanto, o que é a natureza e o que é "por natureza" e "conforme à natureza"; por outro lado, seria ridículo tentar provar que a natreza existe, pois é manifesto que muitos entes são desse tipo. *Tentar provar as coisas manifestas através das não-manifestas é próprio de alguém incapaz de discernir entre aquilo que é cognoscível por si mesmo e aquilo que não é (evidentemente, é possível sofrer isso: alguém, sendo cego de nascença, poderia raciocinar sobre cores); necessariamente, tais adversários nada pensam, e o argumento deles concerne às palavras*. Russell tratou disso? Escandaloso dizer que não 😮 Do mesmo modo, ao que parece, com o exemplo do bilhar, Hume tratou especificamente da causa mecânica (movimento no sentido de locomoção). Mas Hume esqueceu (ignorou) a causa material: do que a bola da sinuca é feita. O bronze é causa da estatua. A madeira da cama. Negar isso equivale a negar a realidade por um raciocínio ilusório e radical emprestado do ceticismo. Assim, seria ridiculo querer provar que a causa material e eficiente nao existe a partir de ideias inexistentes. Nao dá pra misturar as causas metafísicas aqui: formal e final. Seria desonesto com Aristóteles. Alem disso, as “impressões”, conforme defende Hume na seção ii da “investigação do entendimento humano” nem seriam possíveis enquanto causa de conhecimento, considerando que sao “ilusões”, segundo seu próprio raciocínio
Se eu pudesse, daria 1000 likes neste vídeo. Não confie em pessoas que refutam o conhecimento surgido a partir do iluminismo porque estão presas a uma doutrina do século XIII.
Igualar noção causal de noite em relação a dia com a do dia para a noite é muita incongruência empírica, na medida em que se sabe, por provas seguras, que a escuridão remete a uma condição espacial de ausência de luz visível. Assim, essa ordem causal não é inversível. A não ser que se desconsidere outros saberes, como o da física, por exemplo, o que não faz sentido, mesmo para a filosofia.
Para cada efeito um emaranhado de causas unem-se para forma-lo, separam para dissolve-lo. Edson X Objetivamente o ser humano precisa ter entendimento , se não há conhecimento para o ser humano , o Sol continuou a nascer depois de Hume. Não gosto de Aquino
O vídeo não prova nada, são meras afirmações vazias e contraditórias. Toda ciência exata pressupõe causalidade. A indução nada mais é do que ir do efeito a causa, invés da causa para o efeito. A própria matemática pressupõe causalidade, sendo mais exata que a física, por exemplo. Há propriedades num círculo que se preservarão em qualquer plano euclidiano e se você estipular um determinado valor para o seu diâmetro, seu perímetro terá um valor determinado, como EFEITO. Estipular o diâmetro de um círculo, causa o efeito de ter um perímetro determinístico. Todas as coisas que existem, acontecem decorrentes de coisas anteriores que as originam, sendo assim, a causa gera o efeito. Se você arremessa uma esfera sem força de escape, essa causa - arremessar - terá como efeito, a permanência da bola na terra. Se você a arremessar com uma força igual ou superior a sua força de escape, essa causa terá como efeito, sua projeção para fora da terra. Não admitir a causalidade por não compreender esse conceito tão simples, não faz ela deixar de existir. E é contraditório não admiti-la e querer dar credibilidade para a ciência que precisa a pressupor como verdade.
Concordo com você no princípio, mas não com relação à matemática. O exemplo que você citou trata de lógica pura, pois são verdades simultâneas que não dependem do acontecimento de uma para que a outra aconteça, e toda causalidade é encadeada no tempo. Para haver o efeito, a causa precisa existir antes. Não posso dizer que 4 é o efeito de 2+2 na formalização matemática. É simplesmente uma obrigatoriedade lógica. Agora, posso sim colocar isso no mundo real e dizer que, se eu tenho duas maçãs em casa e vou para o mercado comprar mais 2 e trazer pra casa, haverá 4 maçãs em casa como efeito. Mas toda ciência pressupões causalidade. Ele fala que nem a física trabalha mais com isso hoje em dia, mas acredito ser uma confusão de conceitos, como ele confunde horrivelmente dizendo que o ataque de hume ao indutivismo é um ataque à causalidade metafísica propriamente dita, o que é um absurdo. Metafisicamente a causalidade precisa existir na ciência, caso contrário seria inútil realizar qualquer tipo de experimentação empírica.
O que me impressiona é a quantidade de pessoas nos comentários louvando o Matheus Benites como um grande professor e filósofo. É um festival de confusão de conceitos e coleção de informações imprecisas, que são tratadas não de forma crítica, mas de forma conceitual pronta e imprecisa. Do tipo "Hume já refutou isso com sua crítica X", quando na verdade, se pararmos para analisar a tese de Hume, vamos ver que ele sequer está querendo afirmar o que o Matheus acredita que ele afirmou. Só acha tudo isso genial quem é apenas curioso destes assuntos mas nunca pensou muito a respeito com maior seriedade.
@@cafiero98 então, a respeito do meu ponto sobre a matemática, talvez eu não tenha me expressado da melhor maneira, mas se tratando do cálculo, há um movimento do indivíduo que calcula, o de calcular, cujo resultado será garantido se o calculo for efetuado da maneira adequada seguindo uma definição determinada. Eu concordo com o seu ponto de que a matemática é abstração lógica pura e não está lidando com o movimento da realidade manifestada, mas o calculo em si efetuado por um indivíduo, é um movimento, e cujos efeitos - resultados - decorrerão de maneira garantida se forem assumidas determinadas premissas. O movimento que ocorre no mundo físico se da pelas propriedades intrínsecas dos entes envolvidos na interação. O modo como eles existem e como são dispostos numa interação, determinara os efeitos decorrentes de tal interação. Analogamente, figuras geométricas ou operações matematicas, tem propriedades intrínsecas a sua definição, da qual, necessariamente decorrerão resultados deterministicos, dado como você opera os valores.
@@cafiero98 mas de fato, tratam esse professor como um intelectual, sendo que ele sequer consegue argumentar em favor daquilo que ele quer provar. Você já viu ele afirmando o porque de a verdade ser relativa? É um monte de frase solta que não prova nada.
@@MatheusBenites um perito criminal ao analisar uma cena de um crime, e ao perceber um buraco em uma parede e tomando as medidas da perfuração e olhando mais profundamente no buraco ali na parede, ao encontrar restos de uma bala chega à conclusão que a causa do buraco ali na parede foi com grande probabilidade de uma arma de fogo. Isso chamamos em simples palavras de causalidade. Todo e qualquer cientista ou engenheiro de qualquer área que seja já mais negaria isso.
@@renatocavalcante8052 ora, na vida prática não muda nada. Pensei que fosse claro isso. O perito faz seu trabalho como normalmente, não importa se um filósofo acadêmico refutou a causalidade Metafísica.
A causalidade é parte inerente do pensamento humano. Por que? De onde venho: do meu pais: Mas meus pais vem de onde?... ou seja, o razão há de senpre buscar o princípio das coisas, pir uma questão nuito simples, o entendimento. Não estou afirmando a causalidade, porém, a busca da causa primeira, geralmente, segue uma regra lógica no evento do efeito. Deus, não é necessariamente um fato, mas uma necessidade diante do desconhecido.
Na verdade, a chance de Deus ser um fato é maior. O cosmos não iria projetar um pensamento tão bom para simplesmente ser um mito, é mais fácil que apenas exista de alguma forma, já que nós temos a capacidade de conhecer o cosmos e pela razão lógica chegamos na conclusão de algo divino que vai além dele.
@@gansoygames3825Não algo divino mas sim algo imaterial. Deus como princípio da causa e efeito pode existir e isso nunca saberemos, mas Deus como descrito no alcorão, na bíblia ou qualquer coisa do tipo é bem improvável
@@StrongestDebunker então, como algo divino não pode se manifestar? É pra isso que muitos recorreram as religiões e até inventaram seitas, o Deus Judaico ele era sombras, muitos temiam, não o conheciam direito, mas era Deus, até vir Jesus que tivemos a capacidade de conhece-lo melhor.
@@gansoygames3825 o ponto é esse cara. Um ser transcendental imaterial e inalcançável NÃO vai ter retornado como um ser humano, inspirado um livro ou qualquer coisa do tipo Sua função é puramente de começar a teia causal de eventos que culminaram no presente e não levar as pessoas para algum tipo de "Salvação" ou "Punição". Jesus(se existiu) não era Deus, isso nem mesmo faz sentido. Várias vezes no novo testamento(gosto de chamar de "A mentira do Vaticano") Jesus se refere a Deus na terceira pessoa, outras vezes em primeira O ponto é que logicamente a causa primeira não iria se importar com seres insignificantes no meio de um universo quase infinito
Matheus, o que você acabou de trazer, não anula a existência objetiva da causalidade, nem mesmo é suficiente para anular a metafísica, o ponto dos filósofos mencionados sequer eram centralizados na anulação da causalidade.
@@MatheusBenites Não invalida, pois o efeito se moldar segundo ele, não muda no que a causa é, e a concepção spinoziana pode refutar essas premissas, o efeito não muda sua substância, ela apenas se manifesta de uma maneira diferente, mas a substância é a mesma que a da causa.
@@gabrielaaa_085 exatamente. O queijo ainda é leite. A mesa ainda é madeira. A substância é a causa. O efeito é variável. A natureza de qualquer fenômeno manifesta a substância de sua causa, seja ela física ou metafísica. O comportamento de uma pessoa, a materia-prima de um produto ou um acontecimento físico manifesta em si mesmo e por sua própria condição, a sua causa. A fruta contém a semente que contém a fruta.
Se tomas de Aquino é desonesto, Russell também é, pois o seu trabalho está contaminado com aquilo que ele não duvidava previamente: a inextencia de Deus.
Tentando provar a existência de Deus (substância) sem usufruir da causalidade metafísica, mas tão somente da causalidade lógica: Prova: (1) potência resume-se a possibilidade da possibilidade; (2) se tal procede, então, tudo o quanto é ato que outrora fora potência é contingente; (3) Ora, coisas eternas são por definição necessárias; (4) se tal procede, então, coisas eternas não podem, via de regra, ser em potência, mas tão somente em ato; (5) Ora, se coisas eternas são necessárias e só podem ser em ato e se a substância é por definição eterna e necessária, então, a substância só pode ser em ato. Conclui-se, portanto, que Deus (substância) existe.
uma dúvida, se essa substância seria sempre em ato não deveria haver nenhuma mudança, ela estaria em ato ainda hoje, se pensar num Deus criador ele ter tomado essa ação de criar o universo é uma ação e não me parece que um ato puro tome alguma ação, e se tu considera o universo como a substância ele está em constante mudança também não me parece coisas que se alteram são ato puro.
Não entendo porque sua resposta a minha duvida não me aparece aqui, vou colocar ela antes e depois meus comentários: Eduardo Ribeiro , excelente dúvida! Para dar-te uma resposta de mesmo nível, terei de introduzir um breve contexto; ei-lo: concluindo-se que Deus (substância) existe, convém-nos identificar alguns de seus possíveis atributos, quais sejam, a identidade de essência infinita e existência infinita, a identidade de intelecto infinito e atividade causante infinita, e a univocidade de sua substância, o que implica que a substância é o sustentáculo de tudo o mais, pelo que ela é absoluta, isto é, a origem da distinção de razão a qual chamamos perfeição e imperfeição, ou, melhor dizendo, da própria perfeição e imperfeição. Dado este contexto, passemos a vossa dúvida: primeiramente, a substância não é ato puro, mas sim potência de si e ato de si, isto é, absoluta potência receptiva e absoluto ato moldante, pelo que pode ela sofrer atualizações. Daí concluirmos que a substância (Deus) é absoluta perfeição e absoluta imperfeição, contendo-as quer em potência, quer em ato. Se tiveres questionamentos ou objeções, será um prazer respondê-lo! Peço desculpas pela demora a responder, segue alguns comentários: Primeiramente, foi erro meu que percebi só ao terminar a leitura da sua resposta, o conceito de Deus que você tem não é o que eu tinha em mente, e só então li seu nome de usuário, e passei a entender melhor sua resposta. Minha dúvida não foi respondida, irei guardá-lá e endereçá-la a uma pessoa com um pensamento mais aristotélico. Meu conhecimento dos textos de Espinosa é praticamente nulo, só assisti algumas videos aulas, li alguns capítulos do tratado teológico político e só consegui chegar a terceira página do etica. Vou entender que Deus para você é a "natureza" e "A causa de si e de todas as coisas", peço desculpas caso esteja batendo num espantalho. A resposta que você dá é intuitiva demais, se Deus é a natureza ninguém duvida que esse Deus exista, eu não duvido, não conheço ninguém que duvide da existência da natureza, e mesmo a tentativa mais famosa de duvida acabou concluindo que existia. Então Deus existe, mas me parece agora que a pergunta precisa ser feita de maneira diferente para você, eu penso que Deus é a resposta para a pergunta "porque existe alguma coisa?", para você uma pergunta mais adequada então seria "pode alguma coisa causar a si mesma?", e tenho outras dúvidas: Deus sempre existiu? se sim, como você concilia (ou não) com a teoria do big bang, se não, então a pergunta é "porque Deus causou a si mesmo?" Outra dúvida é sobre inteligência, acredito que nosso tempo a inteligência está muito relacionada ao cérebro. você poderia pensar um pouquinho sobre o que é inteligência, e depois ver se faz sentido o Deus que você pensa ser infinitamente inteligente?
Isso nao interfere nas vias de Aquino. Causa e efeito são relações contingentes, e devem ser mesmo, porque o mundo nao deveria existir, causa e efeito não é necessário senão isso levaria a uma regressão ao infinito. Porém, quando o fenômeno da causa e efeito passa a existir, ele passa a reger o mundo nessa relação, ainda que uma determinada causa gere um efeito excepcional e outro e outro...isso nao significa que a causa é totalmente diferente do efeito, na verdade nessas relações pode haver muitas causas CAUSANDO um determinado evento, mas qualquer mudança em uma dessas causas ocasionará mudança no efeito. Eu nao vi nada de mais, voces ateus lêem Bertrand de maneira ingênua
Pois é, nem mesmo Hume e Russell quiseram negar a existência da causalidade, mas propôr uma visão cética a respeito desse fenômeno, as relações causais podem passar a agir de diferentes formas e não serem a mesma coisa que pensávamos antes, o fato do efeito aparecer de uma forma diferente não muda aquele que o antecede dentro dessa interpretação, além disso, a concepção monista do Spinoza pode desafiar essa interpretação, porque dentro da interpretação spinoziana, o efeito apenas se manifesta de uma maneira diferente, mas sua substância é a mesma que a da causa, causa e efeito continua sendo um só e intrinsecamente ligados, mais uma vez o matheus acaba se equivocando nas suas premissas.
@@gabrielaaa_085 Perfeita sua colocação, Einstein cria no Deus de Spinoza, Benites tá dando ração estragada pros discípulos, mas ele tá num nível intermediário, precisa ser mais imparcial.
Outra coisa que preciso destacar, a afirmação de Hume sobre que a causa e o efeito estarem apenas juntos mas não conexos é apenas uma ignorância, a ignorância se situa no equívoco de sua premissa, pois a afirmação de Hume sobre ambos não estarem conexos é devido a essas possíveis coisas: a limitação da sua própria experiência (pois é possível que o que ele afirma como juntos mas não conexos, é com base ao que ele absolveu da realidade macroscópica, tentando assim aplicar isso de forma universal, mas a realidade microscópica pode ser bem diferente do que costumamos observar no mundo cotidiano) e, a limitação da ciência de sua época. Na MINHA opinião, eu acredito que causa e efeito continua sendo coisas conexas universalmente falando, não vejo separação nisso não.
As propriedades da matéria são podem mudar jamais. Hume, Bertrand Russell, Popper, Wheeler, Quine e outros foram pessoas enganadoras, ao negaram essa base da indução.
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Matheus estive fazendo uma pesquisa e cheguei em conclusões bem próximas das que você traz aqui nesse vídeo.
Quero saber se eu posso fazer um react demonstrando seu vídeo ou se você participa em uma Live, sobre esse assunto?
No vídeo, você afirma e preconiza a todo momento sem da razão de por que a posição atacada no vídeo é falsa. Não imaginei que o vídeo teria esse tom de pregação. Não há nenhuma demonstração de nenhuma afirmação.
Não sei, aliás, se preciso dizer, mas adianto que não sou tomista.
David Hume argumentou que a causalidade não pode ser derivada puramente da razão ou da lógica, sem depender da experiência. Ele afirmou que, ao observarmos eventos A e B ocorrendo em sucessão, nossa mente tende a inferir uma relação de causa e efeito entre eles. Por exemplo, se vemos uma pedra quebrando uma janela, assumimos que a pedra causou a quebra da janela. No entanto, Hume questionou se essa inferência é justificada apenas com base na razão.
Ele argumentou que não podemos deduzir a relação de causa e efeito apenas pela razão, pois não podemos conceber logicamente por que um evento (a causa) necessariamente levaria a outro evento (o efeito). Por exemplo, não podemos deduzir logicamente por que a pedra quebraria a janela toda vez que fosse lançada contra ela. Não há uma conexão necessária entre a pedra e a quebra da janela que possamos estabelecer puramente pela razão.
Em vez disso, Hume sugeriu que nossa crença na causalidade surge da observação constante de eventos que ocorrem em sucessão regular. Nossa mente, por meio de hábito e associação, começa a esperar que certos tipos de eventos sempre sigam outros. Essa é a base da sua ideia de causalidade empírica, onde a relação de causa e efeito é construída a partir da experiência sensorial e não pode ser conhecida apenas através da razão.
Hume não negava a causalidade em si, ele questionava se poderíamos conhecer causalidade puramente através do raciocínio lógico e dedutivo, sem depender da experiência empírica.
Ou seja cara para mim negar a Causalidade é um erro, assim como abordagem e de tentar explicar uma causalidade apenas através do Racionalismo e puramente da observação simplista e especulatória como Tomas de Aquino fez, induz ao erro. E não abrange todos os caminhos de forma honesta, mais sim de uma forma simplificada ou especulativa limitada, que não abrange todas as perspectiva do fenômeno em sí. A própria Física quântica é uma prova como uma abordagem a causalidade não se limita a esse puro Racionalismo e obervação perceptiva propagada pela metafisica.
É esse o ponto de hume ao meu ver, a crítica dele é a ligação feita e ao determinismo ligado a isso, por hábito e memoria somos induzidos a fazer "ligações" entre eventos, não pq de fato tais eventos estão ligados. O princípio da causalidade não passa de um guia para a construção de nosso conhecimento , esse de fato não existe no mundo real, outro ponto a falar é que os termos "causa" e "efeito" levam a pensar que tais eventos se sucedem um após o outro e de maneira necessária e obrigatória, e essa relação criada e determistica é o que o que chamamos de causalidade.
A crítica de hume vem justamente do fato que quando fazemos a ligação de dois eventos, não há garantia que o resultado seja o mesmo, outros fatores podem influenciar e fazer o resultado ser diferente daquele que já era esperado, e além de algo externo influenciar, há a possibilidade dessa relação feita na verdade nunca ter existido, e por ver a regularidade acabamos concluindo que ali havia uma relação causal, quando na verdade nunca nem teve.
Hume sabia que existe eventos que levam a outros eventos e coisas que influenciam no resultado, e devido a influência do hábito somos levados a concluir relações causais errôneas ou achar que uma regularidade observada continuará como é, sabendo disso hume organizou suas críticas.
ótimo comentário
"Cachorro", vc pode pfv me recomendar suas fontes? Vc fez um comentário interessante e criticou o argumento Tomista, gostaria de conhecer mais pontos de vista pra definir o meu
Matheus consegui ver somente agora! Gosto de ver as evoluções, gosto de ver a diferença das mentes filosóficas sem me apegar a um em específico, e gosto de analizar, achei muito proveitoso! E lúcido novamente! Vou ver o próximo vídeo que você indicou no canal
Boa noite!
Muito produtivo o vídeo! Parabéns, professor! O estudo das causas é muito importante para todos nós que gostamos da área da filosofia, física, matemática, direito e etc. Não irei estender o assunto mas, a importância desse estudo é tão fundamental para explicar a relação de causa e efeito na área do direito por exemplo, dentro do código penal como última ratio, abordando este assunto no artigo 13, do CP! Como também as concausas!
Parabéns, mais um vídeo espetacular 👏
Que video fod@ professor!! Muito complexo o assunto, mas extremamente profundo! Tenho que pensar mais a respeito...
Minha vida eu acho que mudou quando eu questionei a existência de Deus
Como uma coisa tao insignificante e grandioso ao memso tempo pode ser tão confuso ?
Eu realmente estava perdido na minha vida antes disso,mas depois desse ocorrido parece que minha vida gira em torno de achar essa resposta: Deus existe?
TEOLOGIA :
Quando eu fui ler a bíblia inteira com uma visão de questionamento,percebi várias contradições e mitos
Ai eu te pergunto,como a palavra de Deus pode ser assim ? Com várias contradições(pois afinal sao vários escritores e epocas diferentes)
E uns mitos totalmente impossível de acontecer
CIÊNCIA : Quando eu era pequeno eu tinha um certo preconceito com a ciência,eu achava que eles tiraram umas ideias meio que daquele lugar😈😈 e eram malucos
Mas depois que eu deixei pra o lado deles minha mente deu um bug
Como dizem que a terra tem milhões de anos se na bíblia fala que Deus fez em alguns dias ? Na bíblia fala que noé colocou todos os animais demtro de uma arca e navegou por dias
Mas nao temos registros nenhum disso e alem de ser impossível cientificamente
(Podia falar varis coisas,mas to con preguiça)
Filosofia : Essa é a única fonte que falta eu me "aprofundar",mas tenho um leve receio disso
Temho receio de me tornar ateu ao pasar do tempo,eu realmente nao quero que Deus não exista
Mas nao consigo voltar pra igreja e rezar para jesus com esse questionamento,me sinto desonesto comigo mesmo
Desonesto em nao querer questionar Deus e so aceitar que ele exista
Tenha coragem,sair da caverna é uma obrigação de uma mente psnsante.
Em relação a sua pergunta sobre Deus existir, é possível sim que ele exista, mas não da mesma forma que a Bíblia e as demais religiões o descrevem, alguns acreditam que Deus é a própria natureza (essa é a minha crença ksjjswjsjjaj se chama de panteísmo), já outros acreditam que ele é uma inteligência suprema que criou o universo e não interfere nele (deísmo no caso).
Alguns teístas vão justificar que a Bíblia é um livro cheio de interpretações que leva a uma universal, o exemplo da impossibilidade de Deus ter feito a terra em poucos dias por causa da terra conter bilhões de anos na realidade, pode acabar sendo refutado quando alguém teísta usa a relatividade do tempo como argumento, o teísta pode argumentar que dias para Deus, acaba equivalendo a bilhões no universo, por isso que Deus fez o mundo em poucos dias enquanto o mundo ainda tem bilhões de anos, pois a relatividade do tempo gera todo esse cenário.
E o ponto que você trouxe a respeito da arca de noé realmente é intrigante mesmo, mas ainda sim os cristãos/teístas tentam recorrer a alguma justificativa.
@@Rafael-oc1wh Deus no panteísmo não é imperfeito, pois adota de uma qualidade, de um grau máximo, a imperfeição é a ausência desse grau, mas como Deus no panteísmo é uma presença e está no seu máximo por ser um grau único, logo é perfeito.
O problema é que você só está abordando a veracidade de uma interpretação específica de um livro, e não sobre se Deus ou deuses existem.
Tanto que boa parte dos cristãos não crêem que essas estórias bíblicas sejam históricas, como a própria Igreja católica, afinal a intenção de quem escreveu essas estórias é apenas pra escrever alegorias/parábolas, cuja finalidade é mostrar exemplos do que deve-se ou não fazer, nada disso é pra ser um relato histórico, então duvidar dessas estórias...só não prova muita coisa.
Por isso você devia se aprofundar mais na filosofia e até na teologia, 'Deus' é algo mais amplo do que apenas "deus bíblico".
@@atoa2518Mesmo que a bíblia tenha muitas metáforas, parábolas e alegorias
Algum ponto dela tem que ser verdade visto que se ela foi escrita/inspirada por Deus é necessário que ela seja a verdade pelo menos em algumas histórias
O ponto é que, se a bíblia não for literal então ela não é a palavra de Deus. Do mesmo jeito que o alcorão não é a palavra de Deus
Como argumentar sobre causalidade abrindo mão das ciências, propriamente, incluindo não apenas as matemáticas, mas os avanços da epigenética, da neurologia, da astrofísica etc. A tentativa em responder as questões dedutivamente valia num passado em que a ciência engatinhava. Aristóteles equivocou-se profundamente quanto à queda livre dos corpos, Descartes afirmava a não circulação do sangue. Aliás, a circulação, por exemplo, tem por causa os batimentos cardíacos que, por sua vez, advêm das leis que regem os movimentos peristálticos, e em profusão isso chega ao movimento cósmico. Filosofia será cada vez mais literatura. As IAs criarão elocubrações filosóficas, dezenas delas, em apenas horas. Ciência situa-se noutro patamar.
Parece uma boa observação essa sua. Também tenho a impressão que a Filosofia é ínútil perante a ciência e estudos mecânicos da realidade.
Você sabe que o fundamento da ciência é a filosofia não é? A metodologia científica só existe por conta de filósofos como Aristóteles, Francis Bacon, Karl Popper e outros, negar a filosofia é cuspir no prato que se come, além de uma clara evidência de ignorância em relação ao tema, qualquer cientista minimamente sério n trata a filosofia como algo inferior ou irrelevante, a filosofia e a ciência estão entrelaçadas de tal modo que poderia dizer que a filosofia é o coração da ciência.
Esse é um pensamento indutivo que não induz a negação da metafísica.
Já que jogamos a criança com a água do banho, podemos descartar a teoria da evolução por ser totalmente indutiva.
Ao negar a causa, necessariamente, toda ideia será rigorosamente indutiva.
Excelente vídeo. Seria legal fazer um refutando o tomismo e o pensamento aristotélico.
Faça um vídeo sobre os últimos desdobramentos do pensamento filosófico de Russell sobre o conhecimento empírico e sensorial
Esse canal é necessário é essencial para o YT, um local que está surgindo diversas pessoas tratando filosofia medieval como a verdade absoluta e inquestionável
Belo vídeo!
Muito a dizer sobre mas os meios não são favoráveis.
Concordo com a tese de Russel, Hume anteriormente, de causalidade como um produto da empiria.
Senti falta da clarificação sobre a dependência do princípio ao Tempo. O tempo torna possível essa noção como link causal entre causa e efeito.
Na menção à empiria isso já está subssumindo, mas seria legal uma clarificação por parte de Russell.
Lerei o artigo na íntegra!
Deixaria uma sugestão de leitura tbm, sobre o teorema de Bell, mas no início você diz que não entrará em física quântica etc., atendo-se apenas à filosofia.
Mesmo assim, vale conferir depois, a título de incremento.
Deixo uma sugestão de tema: a abordagem de Nietzsche sobre a definição de conhecimento como "crença verdadeira justificada".
Li um artigo onde ele crítica essa definição mas não por conter "crença" ali, e sim a 'justificação'.
Não concordo com essa definição clássica de conhecimento como crença.
Poderia fazer um vídeo, abordando quem sabe Epistemologia em termos gerais.
Matheus, ótimo video! Você poderia fazer um video sobre as maiores criticas a nietzsche, dos grandes filósofos e até a sua? Abraços!
Ótimo vídeo. Sou inscrito novo, vim do Gontijo, sou ateu mas por causa do ciência sem fim, vi o Guilherme Freire argumento mt bem articulado nessa visão, agora to compreendendo melhor as estratégias. Pretende gravar um vídeo em uma conversa construtiva com ele? Abraço
Eu estou à disposição caso ele também esteja!
E entropia como fica então? Zé
Para o pessoal que fica assustado: a refutação da causalidade metafísica não muda nada no nosso dia-a-dia. É possível separar a busca do conhecimento sem coerção da nossa vida cotidiana. Ninguém quer perder a sanidade aqui.
Se você estipular uma medida para o raio de uma circunferência num plano euclidiano, logo, ela terá como efeito decorrente dessa causa - estipulação da medida - que é: um valor de perímetro definido.
Se você arremessar um objeto em direção para fora do planeta, com força inferior a sua força de escape, essa causa, terá como efeito, a permanência do objeto no planeta.
Se você tiver seu braço arrancado, terá como efeito a perda da mobilidade dele, enquanto estiver totalmente descolado do seu corpo.
A causalidade é uma necessidade. Reinterpreta-la de maneira equívoca não a torna menos real.
O exemplo que você deu sobre o Sol, de fato não se pode afirmar com 100% de certeza que ele nascerá amanhã, já que não temos uma compreensão absoluta de seus aspectos e das propriedades extrínsecas a ele que podem influenciar no seu estado. Mas isso não muda o fato de que essas propriedades estão lá, mesmo que desconhecidas. E se ele não nascer no dia seguinte, será por conta de algum motivo, em outras palavras, uma causa, que se investigarmos e descobrirmos qual é, poderemos descrevê-la com um grau de precisão, cientificamente.
O fato é, uma causa implicará no efeito de o sol não nascer amanhã, como o esgotamento de sua energia, por exemplo, que seria uma das possibilidades.
Ou seja, o efeito - Sol apagado - foi originado por uma causa - esgotamento de energia ou outro motivo.
Se você causar um sopro suficientemente forte sobre um isqueiro aceso, ele apagará. Se você molhar seu bucal com uma quantidade mínima de água, ele apagará. Se você esgotar seu gás interno, ele apagará. Todos esses exemplos não passam de causas que geram seus respectivos efeitos sobre o isqueiro. Um mesmo efeito - o cessar do fogo - pode ser oriundo de várias causas, algumas conhecidas, outras que podemos desconhecer, mas o fato é, essas causas precederam e originaram o efeito decorrente delas.
Na física,até acho que exista cem por cento de causalidade,mas na vida não.O Suposto Deus "joga dados" com a vida de seres tão insignificantes perante a sua Supremacia Divina.
Vejo isso no cotidiano.
Se esse assunto e ou a filosofia envolve metafísica, então posso ter essa opinião.
Aqui está a diferença: Aristóteles foi fundamental o desenvolvimento da ciência, pois está conectado com a realidade e com a vida. Hume, por outro lado….
@@rodrigowalicoskicarvalho4008 "Aristóteles foi fundamental ao desenvolvimento das ciências,[...] Hume por outro lado..."
Hume e os empiristas são literalmente responsáveis pelo desenvolvimento do método científico
Que assunto complicado. Li todos os comentários.
Muito interessante
faria um vídeo sobre Kierkegaard?
Matheus, acredito que alguns que fazem crítica a hume acabam aceitando a crítica dele sem nem mesmo perceber.
Hume crítica a relação de ligação entre dois eventos, onde seja necessária, obrigatória e regular ( causalidade), ele não nega que um evento A pode levar a um evento B, ele critica a garantia feita em cima da afirmação que relaciona A com B.
Alem disso, segundo ele so criamos essa relação devido ao hábito, vemos um evento B ocorrer depois de um evento A, e somos induzido pela experiência a dizer que A causa B, ou que exista de fato uma relação de A com B, mas não temos garantia de saber se existe essa ligação de fato, é apenas algo arbitrária deduzido por perceber a repetição dos mesmos, tbm não há garantia que em um futuro essa regularidade seja afetada.
Hume ou Russell não rejeitam que um evento A leve ou influencie o evento B, a critica de ambos é em cima da relação causal de A em B, que não é possível afirmar de forma definitiva e nem saber se de fato exista algo ali, dessa forma a causalidade como definida acima de fato não existe. Toda a confusão começa quando não entendem como se entende a causalidade e quando acham que hume ou russell simplesmente rejeitaram "causas" e "efeitos" quando não é esse o caso
Obs: digo "causa", pq a palavra tende a dar o sentido de origem, motivação suficiente e/ou necessária.
Usando o exemplo clássico de soltar uma pedra e ela cair.
Evento A: soltar a pedra
Evento B: pedra cair
Hume diria que A é insuficiente para garantir B, que outro fator pode influenciar e fazer B mudar.
Logo o evento A não implica B, A não é uma causa suficiente, e B não acontece apenas por A.
Portanto, aqui não há uma relação de causalidade, mas uma mera possibilidade da pedra vim a cair induzida pelo habito de vê-la cair outras vezes no passado.
Qualquer um que venha a discordar, falando que ela cai pela gravidade, alteração da massa da terra e tals, está concordando com hume, e qualquer um que diga que essas outras coisas são causas (em certo sentido são) tbm estão concordando com hume, pois a relação de causalidade proposta entre "soltar a pedra" e "a pedra cair" não está ligada necessariamente e sofre influência de fatores externos a A e B.
Muito obrigado pelo seu comentário. Eu estava com dúvida justamente nesse ponto e me esclareceu bastante. Mas, isso me levou a outro questionamento: O Evento A que você citou de fato é insuficiente para garantir B, e entendendo causalidade como o fator que garante o acontecimento de um evento em função de outro (acho que é isso que Hume quis dizer) então não poderíamos reformular o evento A para Soltar a pedra, ação da gravidade, leis de Newton etc, ou seja, mudar o evento A para de fato todos os fatores físicos que levam a pedra a cair? Dessa forma se o evento A engloba todas as supostas causas que conhecemos então ele não vai garantir que o evento B e portanto criar uma causalidade?
@@victohug100 ola man, fico feliz que eu tenha te ajudado.
Sua dúvida faz todo o sentido, mas a conclusão não. Vou tentar explicar, fique a vontade para perguntar caso nao tenha entendido.
A inexistência da causalidade filosófica não implica em problemas no nosso conhecimento, na realidade nos faz sermos mais honestos e nos abre a possibilidade do engano.
O princípio da causalidade ou a causalidade filosófica é apenas uma forma que nossa mente constrói conhecimento, ela experiência o mundo real , faz inferências e vai acumulando, é devido a isso que o conhecimento nunca para de crescer, como ela não existe de fato, nosso conhecimento que veio de uma inferência indevida deve ser rejeitado e buscado um inferência melhor.
Alem disso veja que coisas levam a outras coisas, esse é um tipo de "causalidade", so que um causalidade que de fato existe, o problema é que o termo "causalidade" remete a causalidade filosófica, onde dar a obrigação de algo ser uma causa suficiente e que obrigatoriamente gera um determinado efeito, devido a esse problema do termo Russel tentou corrigir a confusão feita e gerada fazendo a substituição por um novo termo a tal da "causassão"(n sei se é assim que escreve).
Nosso conhecimento e ciência não usam a causalidade filosófica, pois ela não existe de fato, a não ser na abstração das ideias, por isso Hume não contraria ela dentro de áreas como matemática, já que é um sistema abstrato que possui garantia de causalidade filosófica, pois parte de axiomas não questionáveis, e até dentro dela é possível tirar conclusões diferente ("efeitos") ao mudar um simples axioma.
Por isso hume sai da abstração e da ideia, que ele chama de *questões de ideias* e trata exclusivamente da existência da causalidade no mundo real, e as relações feitas no mundo real ele chama de *questões de fato* , é por esse motivo que quando alguém discorda dizendo que existe causalidade apela para noções matemáticas e de definições simplesmente por serem leigos no assunto e não saberem sobre Hume e nem mesmo saberem sobre a *causalidade filosófica* .
A ciência e o conhecimento que parte do mundo fisico em geral em trabalha com uma *causalidade* na forma:
"Dada o número de observações feitas, percebemos que um evento A pode levar e vem levando a um evento B"
Isso garante a possibilidade do erro e força busca por validação ou contra pontos, assumindo que A não necessariamente causa B, por isso a inexistência da *causalidade filosófica* em nada afeta nossa maneira de conhecimento e construir afirmações em cima.
Nosso conhecimento é essencialmente construído em cima de inferências passível a erro , mas que dada a natureza do objeto descrito há garantias de alguns efeitos.
Ex: jogar uma pedra em uma janela de vidro simples, na maioria das vezes a quebrará, entretanto é impossível garantir que isso aconteça sempre.
As descrições matemáticas e fisicas não são afetadas pela inexistência da causalidade, pois são inferência feitas em cima da definição de alguns objetos, ou seja, é resultante de abstrações ( *questão de ideias* ) e que são desenvolvidas em cima da observação de certas propriedades que esses objetos possuem, por isso dependendo de certos fatores a descrição feita deixa de servir e outra precisa agir.
Ex: a teoria newtoniana descreve muito bem o mundo a nossa volta, entretanto ela deixa de servir quando os objetos possuem muita massa e/ou estão a velocidades altas, passando a serem descritas pela teoria da relatividade.
A teoria de newtoniana essencialmente é incapaz de descrever a gravidade como ela é, por isso Newton chamou de *força* , mas somente com Einstein é que ela foi descrita de forma adequada, com a gravidade sendo a própria distorção do espaço-tempo nos empurrando em direção a um corpo massivo.
@@victohug100
Veja outro exemplo:
A teoria de newton descreve como a gravidade pode fazer a pedra cair, ou seja, diz respeito a uma possibilidade, não garantia.
A pedra tbm pode cair por outros motivos, suponha que ao soltar a pedra quem a segura a joga para baixo.
Ou se a pedra é um minério de ferro, e abaixo tem um ímã.
Caso a pedra seja menos densa que a atmosfera do planeta , com isso em vez de cair ela subiria mesmo na presença de gravidade.
O sol engoliria a terra até que eu parasse de dar motivos que levem a pedra a cair ou não , literalmente falando, e isso impede uma "causa" determinada que leve a ao "efeito" cair.
So por esse fato bobo fica demostrado que causalidade na forma filosófica de fato não existe e pq ainda assim somos capaz de gerar conhecimento confiável e útil.
@@victohug100
E mais uma coisa no final do seu questionamento, no caso de englobar todas as causas que levem o evento A a determinar o B em essência quebra a causalidade filosófica.
O porquê da quebra?
Bem, a causalidade filosófica é uma relação binária exclusiva de um evento A com um evento B. Se é necessário dizer um evento C( representando todos os fatores que influenciam A e B) precisa ser garantido, estou quebrando a relação de A e B, pois foi necessário uma terceira entidade *C* ser respeitada, ou seja, virou uma relação de 3 eventos e/ou objetos, mas causalidade é uma relação *um para um* sem interferência de terceiro.
Uma solução seria dizer que o evento A englobaria todos os fatores externos, mas isso quebra a singularidade do evento e quebra a relação feita de causalidade feita de A com B, ou seja, é equivalente a dizer *as causas representadas como A levam ao efeito de B* , e isso é uma relação de *muitos para muitos* , o evento *A* teria que englobar todas as possibilidades de fatores existentes , mas como se trata de uma infinidade de possibilidades tal coisa não é possível ou existente.
Com todo respeito Mateus… nada foi derrubado.
Livro i e ii da Fisica,
Aristoteles diferencia 2 formas de entender a natureza: material e formal.
As causas material e eficiente (mecanica) estao no plano da fisica.
Eis a confusão estabelecida por Hume ao nao diferencia-las. Interpretou tudo como metafísica.
Um trecho:
“Natureza é isso que foi dito; por sua vez, tem natureza tudo quanto tem tal princípio. Todas essas coisas são substância, pois são um subjacente, e a natureza sempre reside num subjacente. São "conforme à natureza" tais coisas e tudo que lhes pertence devido a elas mesmas - por exemplo, para o fogo, locomover-se para o alto: de fato, isso não é natureza, nem tem natureza, mas é por natureza e conforme à natureza.
[193 1] Está dito, portanto, o que é a natureza e o que é "por natureza" e
"conforme à natureza"; por outro lado, seria ridículo tentar provar que a natreza existe, pois é manifesto que muitos entes são desse tipo.
*Tentar provar as coisas manifestas através das não-manifestas é próprio de alguém incapaz de discernir entre aquilo que é cognoscível por si mesmo e aquilo que não é (evidentemente, é possível sofrer isso: alguém, sendo cego de nascença, poderia raciocinar sobre cores); necessariamente, tais adversários nada pensam, e o argumento deles concerne às palavras*.
Russell tratou disso? Escandaloso dizer que não 😮
Do mesmo modo, ao que parece, com o exemplo do bilhar, Hume tratou especificamente da causa mecânica (movimento no sentido de locomoção).
Mas Hume esqueceu (ignorou) a causa material: do que a bola da sinuca é feita. O bronze é causa da estatua. A madeira da cama. Negar isso equivale a negar a realidade por um raciocínio ilusório e radical emprestado do ceticismo.
Assim, seria ridiculo querer provar que a causa material e eficiente nao existe a partir de ideias inexistentes.
Nao dá pra misturar as causas metafísicas aqui: formal e final. Seria desonesto com Aristóteles.
Alem disso, as “impressões”, conforme defende Hume na seção ii da “investigação do entendimento humano” nem seriam possíveis enquanto causa de conhecimento, considerando que sao “ilusões”, segundo seu próprio raciocínio
Entenda neste vídeo a diferença entre Filosofia Analítica e Filosofia Continental: ruclips.net/video/OVbbvAe2Zd4/видео.html
Seria a afirmação de que não existe causalidade uma projeção ateísta e afins na realidade?
Se eu pudesse, daria 1000 likes neste vídeo.
Não confie em pessoas que refutam o conhecimento surgido a partir do iluminismo porque estão presas a uma doutrina do século XIII.
Igualar noção causal de noite em relação a dia com a do dia para a noite é muita incongruência empírica, na medida em que se sabe, por provas seguras, que a escuridão remete a uma condição espacial de ausência de luz visível. Assim, essa ordem causal não é inversível. A não ser que se desconsidere outros saberes, como o da física, por exemplo, o que não faz sentido, mesmo para a filosofia.
👏👏👏
Fala meu guru
Voce deveria fazer uma live aberta para que, quem realmente estudou Filosofia de forma séria, questionasse as besteiras que voce diz.
Para cada efeito um emaranhado de causas unem-se para forma-lo, separam para dissolve-lo. Edson X
Objetivamente o ser humano precisa ter entendimento , se não há conhecimento para o ser humano , o Sol continuou a nascer depois de Hume.
Não gosto de Aquino
Octavarium
O vídeo não prova nada, são meras afirmações vazias e contraditórias. Toda ciência exata pressupõe causalidade. A indução nada mais é do que ir do efeito a causa, invés da causa para o efeito.
A própria matemática pressupõe causalidade, sendo mais exata que a física, por exemplo. Há propriedades num círculo que se preservarão em qualquer plano euclidiano e se você estipular um determinado valor para o seu diâmetro, seu perímetro terá um valor determinado, como EFEITO. Estipular o diâmetro de um círculo, causa o efeito de ter um perímetro determinístico.
Todas as coisas que existem, acontecem decorrentes de coisas anteriores que as originam, sendo assim, a causa gera o efeito.
Se você arremessa uma esfera sem força de escape, essa causa - arremessar - terá como efeito, a permanência da bola na terra. Se você a arremessar com uma força igual ou superior a sua força de escape, essa causa terá como efeito, sua projeção para fora da terra.
Não admitir a causalidade por não compreender esse conceito tão simples, não faz ela deixar de existir. E é contraditório não admiti-la e querer dar credibilidade para a ciência que precisa a pressupor como verdade.
Concordo com você no princípio, mas não com relação à matemática. O exemplo que você citou trata de lógica pura, pois são verdades simultâneas que não dependem do acontecimento de uma para que a outra aconteça, e toda causalidade é encadeada no tempo. Para haver o efeito, a causa precisa existir antes. Não posso dizer que 4 é o efeito de 2+2 na formalização matemática. É simplesmente uma obrigatoriedade lógica. Agora, posso sim colocar isso no mundo real e dizer que, se eu tenho duas maçãs em casa e vou para o mercado comprar mais 2 e trazer pra casa, haverá 4 maçãs em casa como efeito.
Mas toda ciência pressupões causalidade. Ele fala que nem a física trabalha mais com isso hoje em dia, mas acredito ser uma confusão de conceitos, como ele confunde horrivelmente dizendo que o ataque de hume ao indutivismo é um ataque à causalidade metafísica propriamente dita, o que é um absurdo. Metafisicamente a causalidade precisa existir na ciência, caso contrário seria inútil realizar qualquer tipo de experimentação empírica.
O que me impressiona é a quantidade de pessoas nos comentários louvando o Matheus Benites como um grande professor e filósofo. É um festival de confusão de conceitos e coleção de informações imprecisas, que são tratadas não de forma crítica, mas de forma conceitual pronta e imprecisa. Do tipo "Hume já refutou isso com sua crítica X", quando na verdade, se pararmos para analisar a tese de Hume, vamos ver que ele sequer está querendo afirmar o que o Matheus acredita que ele afirmou. Só acha tudo isso genial quem é apenas curioso destes assuntos mas nunca pensou muito a respeito com maior seriedade.
@@cafiero98 então, a respeito do meu ponto sobre a matemática, talvez eu não tenha me expressado da melhor maneira, mas se tratando do cálculo, há um movimento do indivíduo que calcula, o de calcular, cujo resultado será garantido se o calculo for efetuado da maneira adequada seguindo uma definição determinada.
Eu concordo com o seu ponto de que a matemática é abstração lógica pura e não está lidando com o movimento da realidade manifestada, mas o calculo em si efetuado por um indivíduo, é um movimento, e cujos efeitos - resultados - decorrerão de maneira garantida se forem assumidas determinadas premissas.
O movimento que ocorre no mundo físico se da pelas propriedades intrínsecas dos entes envolvidos na interação. O modo como eles existem e como são dispostos numa interação, determinara os efeitos decorrentes de tal interação. Analogamente, figuras geométricas ou operações matematicas, tem propriedades intrínsecas a sua definição, da qual, necessariamente decorrerão resultados deterministicos, dado como você opera os valores.
@@cafiero98 mas de fato, tratam esse professor como um intelectual, sendo que ele sequer consegue argumentar em favor daquilo que ele quer provar.
Você já viu ele afirmando o porque de a verdade ser relativa? É um monte de frase solta que não prova nada.
Conclusão, a causalidade continua a existir.
Não como se supunha antes, não metafisicamente, apenas metafórica e conceitualmente.
@@MatheusBenites um perito criminal ao analisar uma cena de um crime, e ao perceber um buraco em uma parede e tomando as medidas da perfuração e olhando mais profundamente no buraco ali na parede, ao encontrar restos de uma bala chega à conclusão que a causa do buraco ali na parede foi com grande probabilidade de uma arma de fogo. Isso chamamos em simples palavras de causalidade. Todo e qualquer cientista ou engenheiro de qualquer área que seja já mais negaria isso.
@@renatocavalcante8052 ele ignora a causalidade apriori para analisar e questionar o evento,senão nem sequer iniciaria
@@renatocavalcante8052 ora, na vida prática não muda nada. Pensei que fosse claro isso. O perito faz seu trabalho como normalmente, não importa se um filósofo acadêmico refutou a causalidade Metafísica.
@@MatheusBenites causualidade em carl Jung e a sincronicidade dos eventos o que só se suprepõe no metafísico
A causalidade é parte inerente do pensamento humano. Por que?
De onde venho: do meu pais: Mas meus pais vem de onde?... ou seja, o razão há de senpre buscar o princípio das coisas, pir uma questão nuito simples, o entendimento.
Não estou afirmando a causalidade, porém, a busca da causa primeira, geralmente, segue uma regra lógica no evento do efeito.
Deus, não é necessariamente um fato, mas uma necessidade diante do desconhecido.
Na verdade, a chance de Deus ser um fato é maior. O cosmos não iria projetar um pensamento tão bom para simplesmente ser um mito, é mais fácil que apenas exista de alguma forma, já que nós temos a capacidade de conhecer o cosmos e pela razão lógica chegamos na conclusão de algo divino que vai além dele.
@@gansoygames3825Não algo divino mas sim algo imaterial. Deus como princípio da causa e efeito pode existir e isso nunca saberemos, mas Deus como descrito no alcorão, na bíblia ou qualquer coisa do tipo é bem improvável
Não , pois sendo ele mesmo mais um , necessariamente teria outro e afirmar que é o único ser necessário é árbitro e não necessário
@@StrongestDebunker então, como algo divino não pode se manifestar? É pra isso que muitos recorreram as religiões e até inventaram seitas, o Deus Judaico ele era sombras, muitos temiam, não o conheciam direito, mas era Deus, até vir Jesus que tivemos a capacidade de conhece-lo melhor.
@@gansoygames3825 o ponto é esse cara. Um ser transcendental imaterial e inalcançável NÃO vai ter retornado como um ser humano, inspirado um livro ou qualquer coisa do tipo
Sua função é puramente de começar a teia causal de eventos que culminaram no presente e não levar as pessoas para algum tipo de "Salvação" ou "Punição".
Jesus(se existiu) não era Deus, isso nem mesmo faz sentido. Várias vezes no novo testamento(gosto de chamar de "A mentira do Vaticano") Jesus se refere a Deus na terceira pessoa, outras vezes em primeira
O ponto é que logicamente a causa primeira não iria se importar com seres insignificantes no meio de um universo quase infinito
Matheus, o que você acabou de trazer, não anula a existência objetiva da causalidade, nem mesmo é suficiente para anular a metafísica, o ponto dos filósofos mencionados sequer eram centralizados na anulação da causalidade.
A crítica de Hume à causalidade logicamente invalida sim a Metafísica. O ponto de Russell é que a causalidade não é tão simples como se supunha.
@@MatheusBenites Não invalida, pois o efeito se moldar segundo ele, não muda no que a causa é, e a concepção spinoziana pode refutar essas premissas, o efeito não muda sua substância, ela apenas se manifesta de uma maneira diferente, mas a substância é a mesma que a da causa.
@@gabrielaaa_085 exatamente. O queijo ainda é leite. A mesa ainda é madeira. A substância é a causa. O efeito é variável. A natureza de qualquer fenômeno manifesta a substância de sua causa, seja ela física ou metafísica. O comportamento de uma pessoa, a materia-prima de um produto ou um acontecimento físico manifesta em si mesmo e por sua própria condição, a sua causa. A fruta contém a semente que contém a fruta.
Se tomas de Aquino é desonesto, Russell também é, pois o seu trabalho está contaminado com aquilo que ele não duvidava previamente: a inextencia de Deus.
Tentando provar a existência de Deus (substância) sem usufruir da causalidade metafísica, mas tão somente da causalidade lógica:
Prova: (1) potência resume-se a possibilidade da possibilidade; (2) se tal procede, então, tudo o quanto é ato que outrora fora potência é contingente; (3) Ora, coisas eternas são por definição necessárias; (4) se tal procede, então, coisas eternas não podem, via de regra, ser em potência, mas tão somente em ato; (5) Ora, se coisas eternas são necessárias e só podem ser em ato e se a substância é por definição eterna e necessária, então, a substância só pode ser em ato.
Conclui-se, portanto, que Deus (substância) existe.
Ótimo raciocínio amigo
boaaa
uma dúvida, se essa substância seria sempre em ato não deveria haver nenhuma mudança, ela estaria em ato ainda hoje, se pensar num Deus criador ele ter tomado essa ação de criar o universo é uma ação e não me parece que um ato puro tome alguma ação, e se tu considera o universo como a substância ele está em constante mudança também não me parece coisas que se alteram são ato puro.
Não entendo porque sua resposta a minha duvida não me aparece aqui, vou colocar ela antes e depois meus comentários:
Eduardo Ribeiro , excelente dúvida! Para dar-te uma resposta de mesmo nível, terei de introduzir um breve contexto; ei-lo: concluindo-se que Deus (substância) existe, convém-nos identificar alguns de seus possíveis atributos, quais sejam, a identidade de essência infinita e existência infinita, a identidade de intelecto infinito e atividade causante infinita, e a univocidade de sua substância, o que implica que a substância é o sustentáculo de tudo o mais, pelo que ela é absoluta, isto é, a origem da distinção de razão a qual chamamos perfeição e imperfeição, ou, melhor dizendo, da própria perfeição e imperfeição. Dado este contexto, passemos a vossa dúvida: primeiramente, a substância não é ato puro, mas sim potência de si e ato de si, isto é, absoluta potência receptiva e absoluto ato moldante, pelo que pode ela sofrer atualizações. Daí concluirmos que a substância (Deus) é absoluta perfeição e absoluta imperfeição, contendo-as quer em potência, quer em ato. Se tiveres questionamentos ou objeções, será um prazer respondê-lo!
Peço desculpas pela demora a responder, segue alguns comentários:
Primeiramente, foi erro meu que percebi só ao terminar a leitura da sua resposta, o conceito de Deus que você tem não é o que eu tinha em mente, e só então li seu nome de usuário, e passei a entender melhor sua resposta. Minha dúvida não foi respondida, irei guardá-lá e endereçá-la a uma pessoa com um pensamento mais aristotélico.
Meu conhecimento dos textos de Espinosa é praticamente nulo, só assisti algumas videos aulas, li alguns capítulos do tratado teológico político e só consegui chegar a terceira página do etica.
Vou entender que Deus para você é a "natureza" e "A causa de si e de todas as coisas", peço desculpas caso esteja batendo num espantalho.
A resposta que você dá é intuitiva demais, se Deus é a natureza ninguém duvida que esse Deus exista, eu não duvido, não conheço ninguém que duvide da existência da natureza, e mesmo a tentativa mais famosa de duvida acabou concluindo que existia.
Então Deus existe, mas me parece agora que a pergunta precisa ser feita de maneira diferente para você, eu penso que Deus é a resposta para a pergunta "porque existe alguma coisa?", para você uma pergunta mais adequada então seria "pode alguma coisa causar a si mesma?", e tenho outras dúvidas: Deus sempre existiu? se sim, como você concilia (ou não) com a teoria do big bang, se não, então a pergunta é "porque Deus causou a si mesmo?"
Outra dúvida é sobre inteligência, acredito que nosso tempo a inteligência está muito relacionada ao cérebro. você poderia pensar um pouquinho sobre o que é inteligência, e depois ver se faz sentido o Deus que você pensa ser infinitamente inteligente?
@@eduardoribeiro9497mas sempre esteve, pois não está em movimento.
O Conde Loppeux fez quatro vídeos te refutando.
Por isso, a filosofia caiu no ostracismo. Chega a ser infantil. 😂
1. Tudo o que existe tem causa.
2. O Universo existe.
3. O Universo tem causa.
Deus existe? Se sim, qual a sua causa?
Deus não teve uma causa.
Prove a primeira premissa...
@@gabri41200 Deus existe sem causa. Se não Ele não pudesse, não seria Deus.
@@ocaminho.domeio entao sua premissa 1 está logicamente errada. Tente novamente
Isso nao interfere nas vias de Aquino. Causa e efeito são relações contingentes, e devem ser mesmo, porque o mundo nao deveria existir, causa e efeito não é necessário senão isso levaria a uma regressão ao infinito. Porém, quando o fenômeno da causa e efeito passa a existir, ele passa a reger o mundo nessa relação, ainda que uma determinada causa gere um efeito excepcional e outro e outro...isso nao significa que a causa é totalmente diferente do efeito, na verdade nessas relações pode haver muitas causas CAUSANDO um determinado evento, mas qualquer mudança em uma dessas causas ocasionará mudança no efeito. Eu nao vi nada de mais, voces ateus lêem Bertrand de maneira ingênua
Pois é, nem mesmo Hume e Russell quiseram negar a existência da causalidade, mas propôr uma visão cética a respeito desse fenômeno, as relações causais podem passar a agir de diferentes formas e não serem a mesma coisa que pensávamos antes, o fato do efeito aparecer de uma forma diferente não muda aquele que o antecede dentro dessa interpretação, além disso, a concepção monista do Spinoza pode desafiar essa interpretação, porque dentro da interpretação spinoziana, o efeito apenas se manifesta de uma maneira diferente, mas sua substância é a mesma que a da causa, causa e efeito continua sendo um só e intrinsecamente ligados, mais uma vez o matheus acaba se equivocando nas suas premissas.
@@gabrielaaa_085 Perfeita sua colocação, Einstein cria no Deus de Spinoza, Benites tá dando ração estragada pros discípulos, mas ele tá num nível intermediário, precisa ser mais imparcial.
Outra coisa que preciso destacar, a afirmação de Hume sobre que a causa e o efeito estarem apenas juntos mas não conexos é apenas uma ignorância, a ignorância se situa no equívoco de sua premissa, pois a afirmação de Hume sobre ambos não estarem conexos é devido a essas possíveis coisas: a limitação da sua própria experiência (pois é possível que o que ele afirma como juntos mas não conexos, é com base ao que ele absolveu da realidade macroscópica, tentando assim aplicar isso de forma universal, mas a realidade microscópica pode ser bem diferente do que costumamos observar no mundo cotidiano) e, a limitação da ciência de sua época.
Na MINHA opinião, eu acredito que causa e efeito continua sendo coisas conexas universalmente falando, não vejo separação nisso não.
@@bezerrajunior572 Exatamente, o Matheus precisa ser mais atento quanto ao que diz!
"Vocês ateus"
Não generaliza não nengue
As propriedades da matéria são podem mudar jamais.
Hume, Bertrand Russell, Popper, Wheeler, Quine e outros foram pessoas enganadoras, ao negaram essa base da indução.