SOU BAIANO, HOJE COM 76 ANOS, COMECEI A OUVIR FADO COM MEU PAI QUE CHEGOU AO BRASIL EM 1929.,COM APENAS 15 ANOS E AQUI VIVEU DURANTE 70 ANOS. HOJE TENHO A DUPLA CIDADANIA PORTUGUESA E POR TER NASCIDO NA BAHIA, OUÇO O FADO E O SAMBA, NAS MAIS DIVERSAS FORMAS.
Olá, tenha uma boa tarde. Vejo que não chegou a responder ao meu comentário, presumo então que não o tenha visto. Antes de tudo, deixe-me fazer um sucinta apresentação: sou um homem brasileiro que, tendo raízes e sangue em Portugal, sinto-me divido (ou integrado, para não ser pretensioso) em ambos níveis culturais. Fui amplamente apresentado a aspectos da cultura brasileira e portuguesa de forma mais ou menos igual, desde jovem, e assim habituei-me com as variações e particularidades de ambos sistemas linguísticos. Falo português brasileiro por aqui ter vivido durante toda a minha vida, mas cresci a ouvir o sotaque lisboeta pela família que de lá veio e se comunico-me com portugueses, não hesito em fazê-lo à maneira lisboeta. Se sou português ou brasileiro, nada me diz respeito além do que eu próprio denomino. Antes de tudo, sou uma pessoa inteira, nem um, nem outro, mas uma junção de cada qual com suas contribuições. A Raquel Tavares, por mais que não tenha raízes sanguíneas no Brasil, cá já viveu por mais de três anos e se sente acolhida em alma no Brasil. É tão brasileira como qualquer outro, é tão portuguesa como qualquer outro. Ela disse em entrevista que no Rio aprendeu a ser múltipla artisticamente e que não há apenas de ser limitadamente fadista - podendo se aventurar no samba e demais movimentos que a fazem bem. Isso porque cá também lhe é casa. Assim como Portugal também é casa. Noto, infelizmente, portugueses demasiadamente puristas (que ainda são muitos) a fazerem uso dum preceito limitante e que beira a intolerância de que somente quem é de sangue e nascido em Portugal tem o que se chama "alma lusitana", exclusiva aos portugueses e que nenhum outro estrangeiro, por mais próximo que dela esteja, possa alcançar. Eu, sendo considerado brasileiro por cá ter nascido, aprecio e sinto boa poesia e literatura portuguesa, música tradicional portuguesa de todos os níveis, gastronomia, história e demais aspectos culturais - sinto essa alma lusitana de saudade e não há quem me diga que não a tenho. É o meu sangue e a minha história.. O que impede a Raquel Tavares de ter uma parte d'alma brasileira tal como eu tenho parte d'alma lusitana? Isso não reduz nada. Ainda sou brasileiro e parte da minh'alma é brasileira e parte, lusitana. Quando Raquel cá vinha, sempre era para fazer concertos de fado. Pode ter dado entrevistas a brincar com o sotaque do Rio, mas sempre manteve-se portuguesa e a falar à portuguesa. Qual o motivo de tanto incomodar-se com isso? Simplesmente não há. É demasiado desumilde ferir-se com algo ingênuo quando há tanto mal a se passar ao redor. Ela que cante belo fado e fale à portuguesa e que cante belo samba à brasileira porque assim deve ser. Isso não a faz menos portuguesa ou menos brasileira: fá-la humana por ser múltipla e por não se limitar. Casa é onde a alma habita e por isso muitos de nós somos nômades. Surpreende-me que essa ofensiva tão hostil venha de portugueses que ora dizem ter tanto orgulho em serem do mundo e abertos culturalmente a tudo..
@@renan6336 quando disse que poderia dormir sem essa quis dizer sobre seu correto comentário na qual a cantora Raquel Tavares fala da forma que ela achar conveniente e foi chamada de ridícula por vamos dizer (abrasileirar)durante sua entrevista.
Deus abençoe sempre essa menina ,canta muito.
Que venha mais da cultura portuguesa ao Brasil.
É impressionante o talento da Raquel. Penso que na encarnação anterior do seu espírito ocorreu no Rio de Janeiro! Adoro-a!
SOU BAIANO, HOJE COM 76 ANOS, COMECEI A OUVIR FADO COM MEU PAI QUE CHEGOU AO BRASIL EM 1929.,COM APENAS 15 ANOS E AQUI VIVEU DURANTE 70 ANOS. HOJE TENHO A DUPLA CIDADANIA PORTUGUESA E POR TER NASCIDO NA BAHIA, OUÇO O FADO E O SAMBA, NAS MAIS DIVERSAS FORMAS.
Que linda história. Parabéns
Amigo eu queria muito ver a Raquel Tavares cantando com a brasileira Adriana Ribeiro , seria top @@ASSIMEPORTUGAL
Saudades dela nos palcos
👏👏💐
Raquel Tavares quando fala aos BR, fala aos BR 's
Raquel linda ❤😍 tô apaixonando nas mulheres portuguesas ...
Não há razão para falar com sotaque br, isso é ridículo.
Ela fala como quiser. Ninguém tem qualquer relação com isso. É muito desrespeitoso e e deselegante ditar o que ou como alguém deve falar.
@@renan6336 poderia dormir sem essa!! Está correto seu comentário
Olá, tenha uma boa tarde. Vejo que não chegou a responder ao meu comentário, presumo então que não o tenha visto. Antes de tudo, deixe-me fazer um sucinta apresentação: sou um homem brasileiro que, tendo raízes e sangue em Portugal, sinto-me divido (ou integrado, para não ser pretensioso) em ambos níveis culturais. Fui amplamente apresentado a aspectos da cultura brasileira e portuguesa de forma mais ou menos igual, desde jovem, e assim habituei-me com as variações e particularidades de ambos sistemas linguísticos. Falo português brasileiro por aqui ter vivido durante toda a minha vida, mas cresci a ouvir o sotaque lisboeta pela família que de lá veio e se comunico-me com portugueses, não hesito em fazê-lo à maneira lisboeta. Se sou português ou brasileiro, nada me diz respeito além do que eu próprio denomino. Antes de tudo, sou uma pessoa inteira, nem um, nem outro, mas uma junção de cada qual com suas contribuições. A Raquel Tavares, por mais que não tenha raízes sanguíneas no Brasil, cá já viveu por mais de três anos e se sente acolhida em alma no Brasil. É tão brasileira como qualquer outro, é tão portuguesa como qualquer outro. Ela disse em entrevista que no Rio aprendeu a ser múltipla artisticamente e que não há apenas de ser limitadamente fadista - podendo se aventurar no samba e demais movimentos que a fazem bem. Isso porque cá também lhe é casa. Assim como Portugal também é casa. Noto, infelizmente, portugueses demasiadamente puristas (que ainda são muitos) a fazerem uso dum preceito limitante e que beira a intolerância de que somente quem é de sangue e nascido em Portugal tem o que se chama "alma lusitana", exclusiva aos portugueses e que nenhum outro estrangeiro, por mais próximo que dela esteja, possa alcançar. Eu, sendo considerado brasileiro por cá ter nascido, aprecio e sinto boa poesia e literatura portuguesa, música tradicional portuguesa de todos os níveis, gastronomia, história e demais aspectos culturais - sinto essa alma lusitana de saudade e não há quem me diga que não a tenho. É o meu sangue e a minha história.. O que impede a Raquel Tavares de ter uma parte d'alma brasileira tal como eu tenho parte d'alma lusitana? Isso não reduz nada. Ainda sou brasileiro e parte da minh'alma é brasileira e parte, lusitana. Quando Raquel cá vinha, sempre era para fazer concertos de fado. Pode ter dado entrevistas a brincar com o sotaque do Rio, mas sempre manteve-se portuguesa e a falar à portuguesa. Qual o motivo de tanto incomodar-se com isso? Simplesmente não há. É demasiado desumilde ferir-se com algo ingênuo quando há tanto mal a se passar ao redor. Ela que cante belo fado e fale à portuguesa e que cante belo samba à brasileira porque assim deve ser. Isso não a faz menos portuguesa ou menos brasileira: fá-la humana por ser múltipla e por não se limitar. Casa é onde a alma habita e por isso muitos de nós somos nômades. Surpreende-me que essa ofensiva tão hostil venha de portugueses que ora dizem ter tanto orgulho em serem do mundo e abertos culturalmente a tudo..
@@renan6336 quando disse que poderia dormir sem essa quis dizer sobre seu correto comentário na qual a cantora Raquel Tavares fala da forma que ela achar conveniente e foi chamada de ridícula por vamos dizer (abrasileirar)durante sua entrevista.
@@carlosleomouraduque Olá, Carlos. Sim, eu sei. Respondi ao outro senhor que fez este comentário.