(6)FRANCO JUNIOR, Hilário. A Idade Média: nascimento do Ocidente. São Paulo: Brasiliense, 1988

Поделиться
HTML-код
  • Опубликовано: 12 сен 2024
  • pix americomoura@live.com
    FRANCO JUNIOR, Hilário. A Idade Média: nascimento do Ocidente. São Paulo: Brasiliense, 1988
    O capítulo 1 do livro "A Idade Média: nascimento do Ocidente" de Hilário Franco Junior trata das estruturas demográficas durante a Idade Média. O autor destaca a importância da Demografia Histórica para compreender o passado e revela que a Idade Média estava inserida no Antigo Regime Demográfico característico das sociedades agrárias pré-industriais, com altas taxas de natalidade e mortalidade.
    O capítulo descreve a primeira fase medieval, que representou uma continuação da situação do Império Romano, com a população em declínio desde o século II. A desorganização do aparelho estatal romano levou à diminuição das importações de alimentos e ao esvaziamento das cidades, tornando as populações mais vulneráveis a crises alimentares. A chegada de pequenos grupos de bárbaros não provocou mudanças significativas na situação demográfica.
    Durante a Alta Idade Média, houve um início tímido de recuperação demográfica, favorecido pela reorganização promovida pelos Carolíngios e a criação de bolsões despovoados. No entanto, essa recuperação foi desigual no tempo e no espaço, com muitas regiões ainda enfrentando fome e alta mortalidade. Para equilibrar a população com os recursos disponíveis, a sociedade medieval recorreu a métodos de controle de natalidade, como práticas anticonceptivas, aborto, celibato e infanticídio feminino.
    A partir do século X, ocorreu uma expansão demográfica mais significativa, indicada por indícios como movimento migratório, arroteamentos, aumento do preço da terra e do trigo, crescimento da população urbana e transformações arquitetônicas. No entanto, é difícil quantificar o crescimento populacional medieval devido à falta de dados estatísticos confiáveis.
    O texto também aborda fatores que reduziram a mortalidade, como a ausência de epidemias como a peste e a malária, o tipo de guerra feudal e a abundância de recursos naturais, além de inovações agrícolas que contribuíram para uma dieta mais equilibrada e aumento da produtividade.
    No entanto, a superpopulação e o desmatamento levaram a desequilíbrios ecológicos, que, combinados com condições climáticas adversas, desencadearam fomes e epidemias, incluindo o ressurgimento da Peste Negra. A Peste Negra, que ocorreu no período crítico de 1348-1350, foi a maior catástrofe populacional da história ocidental, causando a morte de cerca de 30% da população europeia ocidental.
    O capítulo 2 aborda as estruturas econômicas da Idade Média. A História Econômica do período enfatiza estudos qualitativos baseados em indícios, tendências e características, devido à falta de dados quantitativos confiáveis.
    Nos séculos IV a X, a Europa passou por uma "escassez endêmica" devido a baixa produtividade agrícola e artesanal, resultando em poucos bens de consumo disponíveis e uma economia monetária em declínio, resultado do retrocesso demográfico. No setor agrícola, existiam propriedades agrícolas dominiais e pequenas explorações camponesas. A economia dependia da prestação de serviço na reserva senhorial por parte dos camponeses.
    Na Idade Média Central (séculos XI a XIII), houve mudanças econômicas significativas. A agricultura passou de dominial para senhorial, devido ao crescimento demográfico. Surgiu a diferenciação entre senhorio e feudo, com a economia feudal dependendo das rendas do senhorio. O comércio se expandiu, tanto o mediterrânico como o nórdico, com a Liga Hanseática exercendo influência política no comércio báltico e do Mar do Norte.
    O uso crescente da moeda facilitou as transações comerciais. O crescimento do comércio e o surgimento da burguesia contribuíram para a transição da Idade Média Central para a Alta Idade Média, marcando uma economia mais dinâmica e comercial. Essas mudanças também trouxeram transformações sociais, enfraquecendo o poder dos senhores feudais e dando destaque à burguesia como uma nova classe social.
    Assim, os dois capítulos abordam diferentes aspectos da Idade Média, abrangendo a demografia, as crises populacionais, os desafios e avanços econômicos e as mudanças sociais ao longo desse período histórico.

Комментарии • 13

  • @user-eo7lf6kk4x
    @user-eo7lf6kk4x Год назад +2

    kkkk Valeu Professor !!!!!!!

  • @cristianesabino6088
    @cristianesabino6088 Год назад +1

    🎉🎉🎉🎉🎉 Gracias

  • @jessicachabaribery
    @jessicachabaribery Год назад +1

    Obrigadoooooo

  • @adriana-5764
    @adriana-5764 Год назад +1

    Vlw professor!!!

  • @roxanamariaFilett
    @roxanamariaFilett Год назад +4

    "O crescimento do comércio e o surgimento da burguesia contribuíram para a transição da Idade Média Central para a Alta Idade Média".
    Seguramente vc não percebeu, mas da idade média central surge a BAIXA IDADE MÉDIA e não a Alta Vc, inclusive menciona isso no início do seu texto. Nâo pude deixar de alerta-lo.

    • @concursossp
      @concursossp  Год назад +1

      Obrigado 🫂 pela colaboração 🙌🙌

    • @Luciano-ue4bh
      @Luciano-ue4bh Год назад +1

      Adoro como vocês tratam tudo como uma constante ruptura

    • @outrahistoriareal
      @outrahistoriareal Год назад

      @@Luciano-ue4bh nesse caso aí, não houve ruptura, é tudo permanencia com certa modificação

  • @bella_isa10
    @bella_isa10 Год назад +1

    ✌🏾📝

  • @laninhabarrense4885
    @laninhabarrense4885 Год назад +1

    Muito obrigada ❤ Se der fala de Ginzburg, por favor!