Estou vendo o vídeo em 25/08/24. Bem explicado e bem entendido professor, mas memso assim tenho uma dúvida. Quero fornecer ureia através do sal proteinado, já vi formulas de 1%, 2% e 3% que ja entendi tb o porquê, a pergunta é a seguinte: Qual a quantidade segura a ser fornecida diariamente sem a adaptação? 15 gramas p cada 100 quilos de peso vivo?
Parabéns prof. Danilo pela criação do canal. Excelente material e informações que nos ajudam no dia a dia no campo. Qto à esse episódio, suas explicações me fizeram pensar se por esses mesmos motivos a utilização de uréia de liberação lenta funciona tão bem em suplementos a pasto. Considerando o raciocínio elas aumentariam a eficiência da utilização do NH3 e evitariam perdas (custo uréia). Isso procede?
Alexandre, a grande vantagem da uréia protegida, no meu ponto de vista, é para animais em pasto, pois a proteção pode evitar a liberação da NH3 caso molhe o suplemento. No entanto, em relação ao efeito ruminal, os estudos não mostram com consistência que podemos substituir a uréia pecuária pela protegida. Temos que considerar também que no Brasil costumamos fornecer proteína um pouco acima do que é requerido pelos animais, o que colabora com o "pool" de amônia no rúmen e faz com que a uréia não seja tão efetiva.
Quero trabalhar com 1,5 % de peso vivo de concentrado para engorda em confinamento Quantos % de ureia posso usar Na formulação de 100 kg ? 2 % está bom ?
A taxa de degradabilidade e digestibilidade sao variáveis de acordo com o nível de amonia? Se manter um nível constante sem que seja muito alta ou muito baixa de amônia seja utilizada dentro do rumen nao seria melhor que usar proteína vegetal lenta? Uma vez que a flora gasta energia para buscar amonia destes ingredientes?
Rodrigo, excelente pergunta. O problema é que não conseguimos manter um nível constante de amônia durante todo o dia, pois a fermentação acontece com maior intensidade depois das grandes alimentações, e com menor intensidade antes das grandes alimentações. Logo, como o maior grau de fermentação favorece o uso de amônia, assim com a reciclagem, temos diferentes "momentos" de requerimento no meio ruminal. Da mesma forma, temos que pensar que a microbiota ruminal não necessita apenas de amônia como fonte de N, mas também de peptídeos e aminoácidos, os quais só podem ser obtidos por meio de fontes de proteína verdadeira. Um abraço! Danilo
Vai depender de vários fatores. O nível máximo de uréia vai variar conforme o sistema de produção (pasto vs. confinamento), e principalmente de acordo com o peso vivo dos animais. Quantidades típicas para animais em pasto ficam em torno 30-50 g por dia e para animais confinados entre 80 a 100g por dia. Abraço.
Vai depender do sistema de produção (pasto ou confinamento) e do peso dos animais. Tipicamente, animais em pasto, consomem entre 30-50g, e aqueles em confinamento 80-100g. Abraço.
Excelente fala professor Danilo! Professor, então o animal a pasto na época da seca tem uma maior suceptibilidade de ter uma intoxicação pela ingestão da ureia do que na época das águas? Por conta dessa atividade da urease mais acentuada?
Luiz, há diversas composições quando falamos em moduladores. Em linhas gerais, estes alteram a microbiota ruminal e consequentemente podem promover fermentação mais saudável para o hospedeiro (ex.: sem elevada concentração de lactato ou endotoxinas). Neste sentido, são privilegiados microrganismos benéficos em detrimento dos maléficos dentro do rúmen. Abraço!
Se em PH baixo a NH3 vira NH4 e esta é pouco ou não ocorre absorção pela parede do rumem. Então em dietas de confinamento com alto concentrado a reciclagem da ureia fica prejudicada ?
Reinaldo, em dietas de alta energia, usualmente suprimos todo o nitrogênio que a microbiota necessita via dieta, e desta forma, pode ser que a reciclagem seja mesmo menos exigida. Contudo, dependendo do grau de fermentação ruminal, a reciclagem pode ser acionada para completar a exigência dos microrganismos em relação a amônia. Para se ter reciclagem o ponto de partida é ter energia, via propionato, chegando no fígado para abastecer o ciclo da Ornitinina, o que ocorre tipicamente neste tipo de situação. Lembre-se que a concentração de NH3 nunca é zero! Abraço!
Luis, quando se inicia a adaptação, supõe-se que há menos microrganismos no rúmen. O fato é que o rúmen estaria até então não sincronizado em termos de aporte de nitrogênio e energia. Logo, a transição gradual de doses se faz necessário para dar tempo da microbiota aumentar para então utilizar a quantidade maior de amônia que será liberada no rúmen em virtude da dose mais alta de uréia. Se isso não for respeitado, sobra amônia, pH ruminal sobe, aumenta-se o aporte de amônia que chega ao fígado, e então este pode não dar conta de processar toda essa amônia, a qual acaba escapando para corrente sanguínea e causando os efeitos que já sabemos.
Danilo, por que animais criados a pasto e animais criados em confinamento possuem essas diferenças em questão a bactérias ruminais? É por questão de adaptação durante a vida criado em determinado ambiente?
Rafael, isso ocorre em geral por duas razões: 1) o alimento que o animal consome irá moldar o tipo de comunidades bacterianas que habitarão o rúmen; 2) cada animal possuí características anatômicas e fisiológicas intrínsecas, que também podem influenciar na microbiota.
Quer ser uma referência na nutrição de bovinos de corte? Acesso o link: rumenologia.com.br/
Top Professor 👍
Obrigado Fernando! 👊
Estou vendo o vídeo em 25/08/24. Bem explicado e bem entendido professor, mas memso assim tenho uma dúvida. Quero fornecer ureia através do sal proteinado, já vi formulas de 1%, 2% e 3% que ja entendi tb o porquê, a pergunta é a seguinte: Qual a quantidade segura a ser fornecida diariamente sem a adaptação? 15 gramas p cada 100 quilos de peso vivo?
Oi Lucas, obrigado pela sua pergunta. Sem adaptação não recomendo ultrapassar 13g por 100kg de peso vivo. Abraço
Professor, Bacterias SC e NSC, essas siglas são abreveatura do que?
SC: bactérias fermentadoras de carboidratos estruturais.
NSC: bactérias fermentadoras de carboidratos não estruturais.
Espero ter ajudado! Abraço
Obrigada professor. O senhor é maravilhoso!!
Obrigado Esther! 🙏🏻
Muito bom!
Vai ajudar na prova de hoje sobre intoxicação por ureia.
Show! Espero que tenha feito uma excelente prova 👊. Danilo
Simplesmente perfeito.
Obrigado Marcos! À disposição. Abraço
Parabéns prof. Danilo pela criação do canal. Excelente material e informações que nos ajudam no dia a dia no campo. Qto à esse episódio, suas explicações me fizeram pensar se por esses mesmos motivos a utilização de uréia de liberação lenta funciona tão bem em suplementos a pasto. Considerando o raciocínio elas aumentariam a eficiência da utilização do NH3 e evitariam perdas (custo uréia). Isso procede?
Alexandre, a grande vantagem da uréia protegida, no meu ponto de vista, é para animais em pasto, pois a proteção pode evitar a liberação da NH3 caso molhe o suplemento. No entanto, em relação ao efeito ruminal, os estudos não mostram com consistência que podemos substituir a uréia pecuária pela protegida. Temos que considerar também que no Brasil costumamos fornecer proteína um pouco acima do que é requerido pelos animais, o que colabora com o "pool" de amônia no rúmen e faz com que a uréia não seja tão efetiva.
Parabéns, Danilo! Excelente explicação. Muito didático!
Muito obrigado! À disposição.
Excelente conteúdo, parabéns como sempre!
Obrigado pelo feedback Jéssica! Abraço, Danilo.
Show, parabéns Danilo, sempre estou de olho em seus vídeos 👏👏👏👏
Obrigado Ketlin! Abraço
Quero trabalhar com 1,5 % de peso vivo de concentrado para engorda em confinamento
Quantos % de ureia posso usar
Na formulação de 100 kg ?
2 % está bom ?
A taxa de degradabilidade e digestibilidade sao variáveis de acordo com o nível de amonia? Se manter um nível constante sem que seja muito alta ou muito baixa de amônia seja utilizada dentro do rumen nao seria melhor que usar proteína vegetal lenta? Uma vez que a flora gasta energia para buscar amonia destes ingredientes?
Rodrigo, excelente pergunta. O problema é que não conseguimos manter um nível constante de amônia durante todo o dia, pois a fermentação acontece com maior intensidade depois das grandes alimentações, e com menor intensidade antes das grandes alimentações. Logo, como o maior grau de fermentação favorece o uso de amônia, assim com a reciclagem, temos diferentes "momentos" de requerimento no meio ruminal. Da mesma forma, temos que pensar que a microbiota ruminal não necessita apenas de amônia como fonte de N, mas também de peptídeos e aminoácidos, os quais só podem ser obtidos por meio de fontes de proteína verdadeira. Um abraço! Danilo
Qusnto seria a ureia em excesso? Otimo video.
Vai depender de vários fatores. O nível máximo de uréia vai variar conforme o sistema de produção (pasto vs. confinamento), e principalmente de acordo com o peso vivo dos animais. Quantidades típicas para animais em pasto ficam em torno 30-50 g por dia e para animais confinados entre 80 a 100g por dia. Abraço.
Vai depender do sistema de produção (pasto ou confinamento) e do peso dos animais. Tipicamente, animais em pasto, consomem entre 30-50g, e aqueles em confinamento 80-100g. Abraço.
Excelente fala professor Danilo! Professor, então o animal a pasto na época da seca tem uma maior suceptibilidade de ter uma intoxicação pela ingestão da ureia do que na época das águas? Por conta dessa atividade da urease mais acentuada?
Isso mesmo Estevão. E também pelos microrganismos celulolíticos serem mais lentos para usar o NH3 no rúmen.
Parabéns prof. Danilo! Excelente explicação. Minha dúvida é os microorganismos utilizam o NH3 ou NH4?
Usam, em sua maior parte, NH4! Abraço!
Qual é o mecanismo de ação dos moduladores ruminais?
Luiz, há diversas composições quando falamos em moduladores. Em linhas gerais, estes alteram a microbiota ruminal e consequentemente podem promover fermentação mais saudável para o hospedeiro (ex.: sem elevada concentração de lactato ou endotoxinas). Neste sentido, são privilegiados microrganismos benéficos em detrimento dos maléficos dentro do rúmen. Abraço!
Se em PH baixo a NH3 vira NH4 e esta é pouco ou não ocorre absorção pela parede do rumem. Então em dietas de confinamento com alto concentrado a reciclagem da ureia fica prejudicada ?
Reinaldo, em dietas de alta energia, usualmente suprimos todo o nitrogênio que a microbiota necessita via dieta, e desta forma, pode ser que a reciclagem seja mesmo menos exigida. Contudo, dependendo do grau de fermentação ruminal, a reciclagem pode ser acionada para completar a exigência dos microrganismos em relação a amônia. Para se ter reciclagem o ponto de partida é ter energia, via propionato, chegando no fígado para abastecer o ciclo da Ornitinina, o que ocorre tipicamente neste tipo de situação. Lembre-se que a concentração de NH3 nunca é zero! Abraço!
Em dietas onde adicionamos água na mistura para abaixar o teor de MS existe alguma perca por volatilizaçao da uréia?
Vinícius, bem pouco, mas pode ocorrer.
Quais são os cintomas
Problemas neurológicos, movimentos erráticos, falta de ar e decúbito.
Danilo , seguindo essa linha sobre urease , NH3, etc qual o efeito metabólico da adaptação dos animais quando se inicia tratamento com uréia ?
Luis, quando se inicia a adaptação, supõe-se que há menos microrganismos no rúmen. O fato é que o rúmen estaria até então não sincronizado em termos de aporte de nitrogênio e energia. Logo, a transição gradual de doses se faz necessário para dar tempo da microbiota aumentar para então utilizar a quantidade maior de amônia que será liberada no rúmen em virtude da dose mais alta de uréia. Se isso não for respeitado, sobra amônia, pH ruminal sobe, aumenta-se o aporte de amônia que chega ao fígado, e então este pode não dar conta de processar toda essa amônia, a qual acaba escapando para corrente sanguínea e causando os efeitos que já sabemos.
Obrigado Danilo , Felipe (véio)
Danilo, por que animais criados a pasto e animais criados em confinamento possuem essas diferenças em questão a bactérias ruminais? É por questão de adaptação durante a vida criado em determinado ambiente?
Rafael, isso ocorre em geral por duas razões: 1) o alimento que o animal consome irá moldar o tipo de comunidades bacterianas que habitarão o rúmen; 2) cada animal possuí características anatômicas e fisiológicas intrínsecas, que também podem influenciar na microbiota.