Cara, sou professor de matemática. Curto muito seus vídeos e suas críticas. Sempre tenho a sensação de estar assistindo a demonstração de um teorema! Excelente explicação!
Massa! E no começo ali do vídeo, ele mostra que o raciocínio da Djamila em seu argumento inicial, funciona como uma espécie de movimento de se provar um teorema de cunho global/geral, mostrando sua validade apenas para um caso particular. Chique demais.
@@jacintaf3217 Que legal isso sobre materialismo histórico-dialético! Eu não tinha certeza sobre isso, mas suspeitava... rsrsrs ;) Obrigado por esclarecer!!
Rapaiz, eqto Jones passava respeitoso na análise pontual e objetiva do vídeo, eu era bem menos polida. Rs. Bora bater no lugar certo, "lugar" de luta de classe e gênero, de classe e raça, de classe e...
Sou gari e tenho pouca formação teorica mas ouvindo lendo e observando e relacionando e interagindo politicamente (no chão de fábrica)vou aprendendo Quero relatar aqui Uma experiência conversando com uma mulher negra lesbica e estudante de ciências políticas Falei que as discussões identitarias eram legitimas mas não eram centrais e que deixavam na maioria das vezes a discussão de classe de fora Argumentei que um trabalhador branco hetero etc também sofria a opressão do trabalho e da exploração Portanto a discussão identitaria deixava de fora o que era central Resposta ;é mas para mim é central (e ponto final) Sera que me faltou tato ?
Salve, salve! Acho, (de onde estou, no mais alto arranha-céu do mundo: a minha ignorância) que faltaram as duas coisas: repertório da moça e tato do Carlos. 1- a moça não enxerga a floresta. Aí, daqui deste arranha-céu, acredito q esta falta de repertório está muito ligado à própria à própria vivência, o " salvar-se a si próprio", e nós outros somos o espelho daquele q tenta se salvar; somos as árvores do mesmo tipo. O identitarismo. Bem, a consciência do todo ( a luta de classes) nem sempre é espontânea, vai muito de como se vê o mundo, de como se aprende quando criança a VER o mundo. Algumas pessoas são fora da curva, felizmente. E são perseguidos, são os chatos...não é facil. Outros precisam ser despertados! E é aí q vc entra Carlos, assim como eu e outres aqui. 2- A "falta de tato" : acho ( já falei do meu arranha- céu?!?) q quando a moça respondeu, faltou perguntar: "... porquê você acredita q é uma questão central?". Porque relembrando conversas q tenho com pessoas identitárias ou de direita, percebo que as conversas são quase como sessões de terapia. Procuro ter muito, muito tato porque não estou dialogando com uma opinião e sim com histórias de vida, com ensinamentos racistas, discriminatórios, perdas, covardias. Seculares. Enfim, conversamos não com a opinião de outres, mas com pessoas e suas experiências, com o q aprenderam até aqui mergulhadas no pântano do senso- comum. Tato é necessário. PARABÉNS, Carlos, por espalhar entendimento e consciência.
@@alma9663 Apenas se lembre que ao dialogar com as pessoas e suas histórias de vida, vai estar incluso tbm toda a hipocrisia e dualidiade do ser humano ali, e não uma pessoa 100% vítima em todas as situaçõee (salvo raras exceçõees). E aí é que ta o problema do identitarismo: vende a imagem de que essas pessoas são sempre eternas vítimas e pessoas "seres de luz".. Vou dar um exemplo: uma motociclista bateu e fodeu com o carro da minha namorada. Ela (a motocislista) estava errada, e fraturou a costela de leve, teve que ser inteernada e etc. Minha namorada prestou todas as ajudas .. Mais pra frente minha namorada conseguiui contato com familiares e a "parceira" dessa motociclista.. Sim uma lésbica e militante (pelo que descobrimos vendo em redes sociais). E adivinha ? Pra militar a favor das suas causas elas são como seres de luz, serees dee esquerad buscando justiça, mas e na vida prática e real ? e Na materialidade das coisas ? Tentou passar a pereena na minha namorada, agiram de má fé, tentaram desconversar que a moto não era delas, era alugada, q não tiniha seguro e etc ( e depois ddescobrimos que a moto eram delas sim, tiha seguro e tudo mais).. Entendeu a moral da história ? Ser um identitário, ser a tal "minoriai" não te faz uma boa pessoa, nem te faz uma pessoa éticia e tampouco te faz vítima em tudo nas suas vidas.. TEem muita gente mal carater que se aproveita dessas brechas o uque só olha pro próprio umbigo.. Logo algumas pessoas se cansam em focar nessas pautas como se fossem a centralidade de tudo e fossem tornar o nosso país melhor .. Muitas vezes aquela pessoa da comunidade lgbt q vc está ajudando e peensa ser uma peessoa sofrida e einjustiçada em tudo, muitias das vezes ela é só mais uum outro ser humano fdp.. A primeira coisa q devemos fazer é eparar de botar idenetitarismo no pedestal (mas não abandonar a pauta por completo), e parar de pedestalizar todas essas pessoas como vitimas coitadinhas da sociedade... Tem muito pobre fdp, tem muito pobre racista, tem muito pobre conservador e o mesmo vale pra comunidade lgbt. É tipo os gays tentando passar pano pra taylor swift...
“Se existe uma falsa universalidade, a gente tem que construir uma universalidade verdadeira, histórica, concreta, que dê conta de todas as particularidades, porque o universal se realiza no particular.” obrigado por essa síntese!
Em uma frase: Djamila tá fazendo o corre dela, construindo a carreira dela, não tentando construir um mundo melhor pra todes. Ela tenta abrir as portas acadêmicas e econômicas para que ela tenha acesso a esses espaços. A obra dela é sobre ela, e não tá tudo bem, mas é sobre isso 😂
As perspectivas individualistas das opressões acabam por eternizar esse espaço de mestre do discurso antiopressão. A Djamila e diversos outros teóricos vão ter sempre esse lugar já que não há programa político de superação da opressão em si, então as entrevistas, livros e publis vão estar sempre disponíveis dentro de uma estrutura que não tem perspectiva de ser destruída.
@Ricardo Antonio e infelizmente os que têm ñ querem uma revolução por temer perder o q/ foi conquistado à duras penas, ñ priorizando as lutas coletivas.
Depois que me falaram do conceito lugar de fala, fiquei acabrunhada. Sempre tive muita empatia com a luta racial, mas fiquei atrapalhada, com medo de errar na fala e até na ação. Não sou acadêmica, nem teórica, só aprendiz. Tentei seguir a recomendação de ouvir e aprender. Depois desse vídeo vou tentar ler mais sobre o assunto a partir da visão crítica que você apresentou aqui.
Crítica pertinente, feita com rigorosidade teórica. Um grande serviço aos que pretendem pensar a realidade do Brasil, da AL e do mundo. Parabéns, camarada!
É isso só que ao contrário. Não tem nenhum embasamento teórico, não passou de opinião desinformada sobre o tema, fez uma leitura toda enviesada, uma interpretação cheia de distorções e conclusões equivocadas. É um vídeo totalmente desinformativo. Por exemplo, quando ele diz "eu acho um absurdo colocar Judith Butler nesse papel". Com base em que? Não passa de opinião pessoal essa afirmação. Demonstrou não ter o conhecimento mínimo necessário sobre decolonialidade, cometeu erros crassos, fez a análise mais rasa possível, e ainda é elogiado pela "rigorosidade técnica"? É de lascar mesmo.
Não existe universalidade verdadeira, não entendeu a crítica à universalidade e a necessidade de afirmação das particularidades, se limitou a dizer que isso é "pós-moderno", como se isso fosse argumento. E por aí vai, nem vale a pena, de tão rasas que são suas opiniões elas não chegam nem perto de constituir uma participação relevante no debate filosófico em curso.
O que faltou foi o Jones dizer logo no começo no vídeo que não tem a formação nem o embasamento teórico pra fazer uma análise rigorosa desse livro, e que na verdade ele vai apenas dar sua opinião de leigo. Se tivesse dito isso seria mais honesto.
@@contrafatual fala um pouco mais aí sobre universalidade e particulares então. Questões que ele deixou de falar. Porque, se for verdade, criticar e não mostrar o certo fica até vazio.
@@matheusmatias2910 A desconstrução do discurso universalidade das mulheres, que ele diz que é algo da "cultura pós-moderna", é uma das principais características do feminismo interseccional, um termo cunhado por Kimberlé Crenshaw, em 1989.
Jones, sensacional tudo, mas os últimos 10 minutos são de uma força e síntese brilhantes. Eu pulei de entusiasmo. Meu camarada, quero viver pra te ver e te seguir como um grande líder revolucionário, na nossa presidência.
Jones, o vídeo é excelente, mas para um vídeo q chama: Crítica ao Conceito de Lugar de Fala, eu esperava q vc debatesse mais o conceito em si. Do jeito q vc fez o vídeo, ele ficou uma ótima crítica as visões da Djamila sobre marxismo e as falhas do livro, mas não sobre o conceito em sua totalidade. Mas lembrando, eu achei o vídeo excelente e abriu mt os meus olhos sobte o livro, coisas q eu n tinha percebido qunado o li
Rolou uma fake news, não? Fiquei sabendo que era mais de uma hora de vídeo que ia sair. Voou abrir uma sindicância. No mais, like dado. Bora assistir essa obra prima camaradass
Que baita aula e discussão riquíssima, professor!!! Ótimo ponto ter lembrado as pessoas que a professora Djamila prefaceia o livro da Angela Davis editado aqui no Brasil pela Boitempo. Ou seja, ela conhece a história dos militantes negros marxistas e opta deliberadamente em não citá-los nesse livro. E sim, precisamos fazer uma discussão filosófica sobre teoria do conhecimento/epistemologias que é fundamental a todos nós. Que primor de vídeo, professor! Meus parabéns!!!
Eu sou formada em química e agora faço graduação em farmácia e estava lendo o histórico de uma doença desde seus primeiros registros até os dias atuais e muito me surpreendi ao conseguir perceber nos relatos dos agentes de saúde questões de classe e raciais incutidos. Agradeço de verdade por esse tipo de papo, pois muitas vezes alguns profissionais falam bem, e a gente sabe que tem algo ali atrás, mas como não é estudioso da área, a gente não consegue identificar o que é. Pegando o gancho da Djamila, gostaria de uma análise similar a algum material do ilustríssimo Silvio Almeida. O acho genial, mas sinto que me falta malícia para interpretar algumas observações levantadas por ele.
Dou meus dois dentes da frente se a Djamila - caso venha a se posicionar sobre seu vídeo, camarada - não fugir da crítica lhe acusando de stalinista e ameaçar um processo. Infelizmente é aquela coisa, né. Atacar o carteiro para não ler a carta. Obrigado pela contribuição, camarada! Vou assistir agora. Tenho certeza que gostarei bastante!
Eu nunca li um livro da Djamila e já sentia essa vibe só de um ou outro textinho. Representatividade no capitalismo é o que a esquerda liberal acha revolucionário.
Cheguei no trabalho e dei o play em um vídeo recomendado desse canal (depois de ver você no história pública). Já estou aqui a umas 4 horas só escutando e torrando meus neurônios com tanta informação. Você é foda de mais!!!!!
Fiquei particularmente feliz quando você apontou que o problema de abordar decolonialidade sem falar de imperialismo é geral na universidade. A instituição é inerentemente conservadora e reacionária pela sua própria forma, mas felizmente ainda produz efeitos colaterais como você, Jones Manoel.
Ia fazer esse comentário. A grande sacada do Voloshinov (to convencido que é mais justo atribuir o livro a ele e não ao Bakhtin) é pensar a relação entre suprestrutura, infraestrutura, ideologia e discurso. Da o pontapé de saída pra pensarmos a dimensão ideológica e estrutural dos discursos, obviamente sem com isso cair numa dimensão individualizante da coisa. Depois ainda tivemos a análise do discurso francesa fortemente influenciada por Althusser, também pensando sempre o discurso e a ideologia. Agr, o que não da é pra cair nessa de pensar discurso como sinônimo de poder, sem mediação com as formas mais universais em torno das quais a sociedade se estrutura.
Jones, vc não tem ideia do quanto tem me ajudado a organizar meu pensamento crítico nessa construção do conhecimento. Gratidão, seu canal ajuda demais . Gratidão 🙏🏽
Olá Jones. A G. Spivak faz justamente uma crítica aos pós estruturalistas , chama atenção para o papel das classes, o aspecto histórico e econômico que se liga diretamente a Divisão Internacional do Trabalho como também a partir de um discurso contra hegemônico. Identifica uma incongruência presente nos postulados de Foucault, Deleuze e Guatari, que fazem uma análise esquemática entre interesse e desejo e desconsideram o elemento constitutivo para análise que é o aspecto ideológico, de modo que, na análise dela esses autores acabam por contribuir para a violência epistêmica. Vale muito ler "Pode o subalterno falar?".
Sobre a Spivak, agradeço pelo seu comentário. Tive a oportunidade de ler esse texto e embora reconheça boa parte do que você disse acima, mas confesso que fiquei um pouco na dúvida com um único aspecto: a proposta da Spivak não tende a essencialisar a condição de subalternudade?
A autora em foco não aponta nem relações de clase, nem as conexões entre racismo e xenofobia. Além de essencializar as particularidades, que assim são particularismos específicos e absolutos.
@@solhando9054 o trabalho dele é estudar mesmo cara, nós trabalhamos igual um cavalo e ainda tiramos um tempinho pra ler ou ver vídeos como esses, acha que um trabalhador cujo tem seu material de trabalho a teoria não irá ler?
Eu acho que esse é o melhor exemplo de como criticar algo com o qual você não concorda, muito respeitoso e dando o crédito onde achou que era merecido (escrita, construção, domínio das referências)
Certa vez, ela disse em um post do Instagram com uma foto sentada no café da França reclamando de cansaço e tmb pq seu livro estava sendo compartilhado no WhatsApp mas não vinha sendo comprado nas loja pelo valor que segundo ela era bastante acessível. Eu questionei a foto, o cansados e perguntei pra ela se na pandemia ela estava fazendo Oq pelas mulheres que não podiam sair de casa por conta da COVID, e se racismo estrutural tinha acabado pra ela querer descansar em paris com o dinheiro dos livros…
Achei que o vídeo nem ia sair devido ao receio de processo judicial kkkk.. parabéns por citar Cláudia Jones, chegou a hora de mostrar que interseccionalidade não é uma invenção "plural" do Itaú ou da Vogue. C. Jones, Amy Ashwood e vambora! Parabéns Lavrapalavra! Bora pra cima!
Nossa... o que sobra em Djamila, nem passa perto de Jones Manoel: Rancor!!! Não que seja indiferente, mas parece que "ele"entendeu todo o contexto histórico, e conseguiu ir em frente se aprofundando, e formando suas ideias dentro do que realmente importa, que é a união dos "iguais" dentro de uma sociedade, indiferente de suas origens. Exatamente isso que ocorre no momento: um "craquelado" de ideias, onde cada causa segue seu discurso, e o importante vai ficando pra lá!!! Excelente vídeo!!! Gratidão plena!!!
Jones, acho que seria bacana rebater/desmentir algumas coisas do "livro negro do comunismo"! Já que quase 100% dos mitos anti comunistas falados hoje em dia veem disso aí...
Parabéns Professor excelente narrativa, sou seu seguidor, sempre passando o conhecimento, com muito altruísmo e inteligência..... siga em frente..... Forte abraço
Fui colega de faculdade da Djamila e jamais pensei ver meu canal marxista favorito fazendo uma crítica séria e fundamentada sobre seu trabalho. Vou até reler depois dessa
Democracia é isso. Não menosprezar o pensamento alheio, mas exercer uma crítica saudável sobre essa forma de pensamento e expressão escrita. Se o criticado(a) possui um ego exacerbado, o problema mental é só dele/dela. Notem que não estou me referindo a alguém em específico. Parabéns pelo vídeo.
É o Feminismo Liberal. Mas eu estou observando, pelo menos na internet, várias pessoas negando o femismo liberal por ele ser racista. Não falam que o Feminismo não liberal seria um socialista, mas pelo menos negam o liberal.
Gosto demais das análises de Jones. Aprendo muito. Me ajudam a organizar o pensamento. A situar correntes e teorias. Já fui capturada por essa confusão "decolonial", embora nunca tenha levado a sério essa coisa do "lugar de fala", que sempre me soou equivocada do ponto de vista da luta política. Enfim, as dicas de leitura de Jones eu tenho seguido e há muito o que estudar. Valioso vídeo. Valeu demais, querido camarada! ❤️👊🏼 p.s. adoro quando Jones usa o pobre do Cauê para seus exemplos! Hahah Racho de rir. Saudade de ver vcs na Flipei, onde os conheci.
Essa crítica foi estruturalmente muito bem apresentada. Parabéns Camarada!. Admiro as construções literárias e teóricas de você e dela (mesmo reconhecendo algumas problemáticas envolvendo a autora). Leio as obras e produções teóricas de você e dela. E tenho algumas observações, além das alusões apontadas por você, Jones. Sobre a categoria "Universal" no que concerne o olhar crítico da Djamila R. sobre o feminismo liberal (branco e eurocêntrico) no que concerne ao aspecto "Racial" (ignorado na primeira onda feminista), a acusação dela sobre quem advoga a categoria "Classe" nos marxismos, sempre parte de um lugar que supõe haver uma hegemonia do pensamento nas esquerdas (principalmente revolucionária) de que a intersecção "Raça" ficaria em segundo plano, elevando a intersecção das "Classes Sociais" como categoria universal. Resta apontar nessa análise, por parte dela, quem são essas pessoas? Quais autores? Se havia dissonâncias ou não (isso você já apresentou que tinha, apontando uma porrada de autoras e autores marxistas que não ignoram a categoria "Raça" na discussão sobre a relação "Racismo e Capitalismo" - assim como a categoria "Gênero" não é negligenciada no marxismo). A pergunta que fica com as lacunas observadas na crítica é, até que ponto a perspectiva de "Classe" reduz a análise sobre "Raça" e "Gênero" como alguns setores da esquerda por preguiça tentam reduzir essas especificidades a uma categoria abstrata ou distorcida de "identitarismo"? Até que ponto a autora afirma a importância da "Classe" (mesmo mal mencionando sobre esta), centralizando sua análise na "Raça e Gênero"? Haverá uma busca central da Djamila em colocar a categoria "Raça" e "Gênero" como "mais" determinantes e "Classe" como subcategoria? Haverá uma busca central do marxismo colocando a "Classe" como categoria universal em conjunto com "Raça" e "Gênero", ou haverá uma noção por parte da Djamila em pensar o Marxismo colocando em subcategorias "Raça" e "Gênero" em detrimento da "Classe" como central, alegando á partir disso uma "descentralização" da "Classe" em prol de uma análise centrada na "Raça" e "Gênero"? Mas o papel não seria uma categoria universal com todos esses aspectos reunidos ao invés de dar ênfase demais em 1 ou 2 ao invés de outro (como você realmente propôs no vídeo)?. Reflexões! Outro aspecto de sua crítica diz respeito ao conceito "Lugar de Fala", que em outro vídeo passado você - ao lado do Spartakus Santiago - havia reduzido o conceito ao senso comum sobre "interdição do debate", após a leitura da obra (+6 vezes) acredito que tenha mudado essa percepção que o conceito não procura interditar nada, mas olhar de onde parte os discursos, como se articulam e como a legitimidade desta se faz á partir de quem o diz e como diz, colocando que todos tem um lugar de fala e pode discutir sobre tais assuntos. Uma ótima crítica sua nesse vídeo, é notar como esse processo não é discutido aprofundadamente pela autora, ficando em abstrato como pessoas brancas podem entender tal processo sem reforçar as estruturas que reproduzem o racismo. As contradições da autora que apresentou são muito pertinentes.
Os últimos minutos do vídeo foram perfeitos. Fica fácil entender pq que ela fez propaganda pra grife de luxo. A mulher negra ocupar espaços e parar por aí não vai acabar com o racismo estrutural, a exploração e outros problemas inerentes do capitalismo.
@@thalitaaguiar7174 a Butler fundamenta sua produção teórica em Hegel, Lacan e John Austin, que é um filósofo da linguagem, autor da teoria dos atos de fala.
Uma filósofa gigante me representa quanto mulher, negra e favelada! Amo suas obras e lugar de Fala é exatamente o lugar que o indivíduo parte dentro da sociedade. Sugiro lêem com responsabilidade e foco racial .
Jones, Me posiciono como descolonial e concordo com sua ideia sobre os "universais". Em um recente evento falamos exatamente isso: é preciso pensar o verdadeiro universal, e não o local europeu imperialista universalizado a outras culturas.
Jones, queria um vídeo sobre a arte na sociedade socialista, acho que seria muito interessante, se você não quiser fazer mas conhecer algum vídeo legal sobre eu teria interesse
pesquisa sobre a arte na urss, eles usaram pra criar uma identidade visual, mas eu acho que vc ta falando de questão de renda né, ai eu não sei nenhum video sobre
Não sei se conhece, mas a editora Kinoruss tem uns materiais interessantes sobre a arte na URSS. Não conheço a fundo o catálogo por questões de $$$, mas o que já vi me parece muito bom
Apoio. Inclusive é notório como alguns artistas socialistas, especialmente os dos países agregados como a Polônia, são jogados num ostracismo e é difícil de pesquisá-los/achar informações sobre eles.
Eu fiz um trabalho sobre o Vertov no período passado e acabei me debruçando um pouco sobre o Construtivismo Russo, e é impressionante como os artistas soviéticos da época estavam em constante inspiração e alinhados a revolução do proletariado.
Amo os vídeos de crítica literária do Jones. Bem embasadas, usando citações do próprio livro e outros autores muito bons para refutar essas idéias. Parabéns 👏👏👏
3 года назад+1
Tu fala bem guri, e é bem inteligente também! Parabéns 👏
Eu gosto dos vídeos do Jones, especialmente esses de crítica a algum pensamento, porque além do conteúdo em si você consegue captar vários elementos do pensamento marxista ao mesmo tempo que, se prestar boa atenção, aprende a fazer uma boa estruturação de argumentos.
Total! Estou cursando teorias da história II esse semestre e os vídeos dele tem me ajudado muito a olhar os diversos teóricos de forma mais crítica e menos inebriada.
Parabéns, Jones, uma crítica séria, sem apelar para ofensas baixas, sem entrar em discussões desnecessárias. Uma coisa que me preocupa bastante, e que é um derivado dessa fragmentação de como enxergar a classe trabalhadora, e que é algo presente entre pessoas que defendem o projeto político igual ao que a Djamila defende, é de que a representatividade pelo consumo é a solução para todos os problemas da população negra; se a maioria de nós, os negros, que os negros liberais dizem defender quando pensam nessa linha fragmentada de "raça sim, classe não", terão suas vidas pioradas graças as consequências da ofensiva burguesa contra a classe trabalhadora. Um exemplo concreto: eu, homem negro, trabalhador, estou terminando minha graduação, gostaria de ingressar em um mestrado para me especializar e me tornar pesquisador. Mas é uma realidade que foi dificultada graças aos cortes na produção de conhecimento, de bolsas de estudo, de fomento à pesquisa, frutos das políticas neoliberais. Essa é a realidade de milhões de negros no país. O que é ofertado para a maioria dos negros? Empregos precarizados, fim dos direitos trabalhistas, aumento da miséria, das mortes (seja pela fome ou violência do Estado Burguês racista). Vimos o aumento de empregos informais e do desemprego entre a população negra durante a pandemia, que também é mais fatal para os negros trabalhadores. Como a representatividade pelo consumo nos ajudará a mudar esse quadro? Como ter mais negros e negras em locais de destaque no sistema capitalista ajudará aos outros que ficarão de fora? A impressão que passam as pessoas que defendem essa abordagem, é a seguinte: se 5% de nós, negros (e pego o recorte apenas dos negros trabalhadores para andar na linha fragmentada defendida pelos negros liberais) estivermos em locais como apresentadores da Globo, atores de grandes conglomerados de mídia de Hollywood, cantores no topo das paradas de mídias de Streaming, influciadores digitais bem remunerados, ok, tá tudo, bem. E os outros 95%? E mesmo esses 5% ainda terão que lidar com o racismo, ele não acaba com a representatividade pelo consumo, ele não acaba enquanto exisfir capitalismo. É como você bem colocou neste vídeo e sempre aponta em suas críticas, não há desejo da tomada de poder, não, é apenas um desejo de um dia, quem sabe, ser um dos representantes dos negros a se sentar à mesa com a burguesia, estar entre aqueles que mantém a estrutura que mantém o racismo "de pé"; o sistema racista que acolhe alguns negros só para dizer que não é racista. E como disse, usei o recorte racial para pegar a linha liberal, concordo com o pensamento de um projeto político universal estruturado na classe trabalhadora, mas pensando em suas particularidades. Mais uma vez, parabéns pelo vídeo, Jones. Ficou muito bom, uma crítica bem feita, respeitosa.
Eu queria perguntar pra Djamila se um professor de Sociologia/História, branco cis como eu, devo evitar em falar (produzir conhecimento) sobre racismo ou feminismo por não ser negro e nem mulher? Devo alienar as gerações de estudantes que passarem por minhas mãos em discutir esses temas por não fazer parte desse "lugar de fala"? Sobre o que devo falar em 3 anos de ensino médio então? Sobre assuntos de homens brancos?
Depende do que, e principalmente, como você está falando. Você está repassando as teorias das pensadoras negras, ou está tentando definir a partir do seu ponto de vista o que é ou não racismo e feminismo? Porque assim, só nesse comentário você já está tentando invalidar toda a teoria de uma mulher negra a respeito desse assunto, provavelmente sem nunca a ter estudado. Nem imagino como deve ser em sala de aula, onde você tem autoridade.
Nossa, que maravilhoso seu vídeo! Aprendi muito! Reafirmei algumas inquietações que já tinha, e pude ampliar meus conhecimentos e referências sobre a história da luta comunista que sim, compreende as diferentes experiências dos sujeitos da classe trabalhadora no capitalismo, mas não perde seu foco em combater a origem que se aproveita e também fundamenta todas as desigualdades. (até porque o capitalismo atribui diferentes valores para nós e faz com que a gente disperse da disputa contra a elite). Anotei os nomes dos livros e estudos que você recomendou ❤️ Você falando me fez entender que esse livro tinha brilhado meus olhos não porque inovava nas reflexões sobre poder, mas porque eu não tive acesso de estudar sobre isso com intelectuais que já debateram aspectos desse tipo há tempos (sem anular ou abafar a crítica ao sistema capitalista, algo que eu realmente ficava já meio atrapalhado lendo) Realmente preocupante não haver um desenvolvimento sobre a história e importância comunista, não se aprofundar nas questões da luta de classes e na tentativa de relativizar qualquer relação de poder como equivalentes entre si. Há possibilidade de se pensar tais aspectos ao mesmo tempo... Os comunistas fizeram (e fazem) isso. É preciso considerar sim que existem diferentes experiências entre as classe trabalhadora pelos seus diversos aspectos de identidade, mas é completamente urgente compreender que a gente sobrevive diante de uma classe dominante que se alimenta em todas as lógicas desiguais. Eles fazem a gente olhar apenas para os conflitos entre nós (da classe trabalhadora em nossas diferenças) e fazem a gente perder o foco em derrubar eles do poder. Não é por acaso que alguns empresários dizem apoiar discussões que parecem se importar com o racismo, com a homofobia, com o machismo e tantas outras coisas, mas seguem explorando de maneiras ultraproblematicas e causando todo o nosso adoecimento. Nem tudo que reluz é ouro. Eu, enquanto pessoa da classe trabalhadora que já passou muita necessidade, LGBT, periférico, órfão que perdeu o pai muito cedo porque a polícia o matou na porta de casa sem ele ter cometido nenhum crime, não consigo desassociar todas as violências que me ferem, da estrutura capitalista. Esse sistema é responsável, ele alimentou toda uma ideologia e agora finge outra ideologia pra disfarçar os seus podres. Os burgueses, empresários e homens da elite são os principais responsáveis pela estrutura como ela é. Hoje eu tenho 3 preocupações: Os caras da elite conservadora, que ainda cospem várias porcarias meritocratas, defendem empresários como se eles fossem merecedores da fortuna que têm, falam todos os tipos de preconceito e discriminação e querem que todo mundo tenha a mesma crença e postura que eles. Esses capitalistas que estão falando de questões sociais, que só usam o discurso bonitinho da igualdade pra continuar explorando e lucrando pra porra em cima das nossas lutas, subvertendo as nossas lutas e fazendo a gente se adaptar ao capitalismo e as pessoas dentro da norma entender a gente como consumidores E as pessoas mais próximas, que já estão alienadas por esse sistema e precisam de um processo de formação. (Essas eu tô disposto a construir algo, porque são da classe trabalhadora e é por isso que sou professor) É preciso que nós brancos, por exemplos, tenhamos compreensão crítica do que significa ser brancos nesse sistema, por exemplo, e combater essa desigualdade. Mas é preciso entender a origem desse sistema que racializa comunidades de pessoas como inferiores também. A gente tem que debater racismo sim, só que sempre entendendo o papel do capitalismo na elaboração dessas desigualdades. Desculpa o comentário mal escrito, eu tô meio cansado hoje e não elaborei muito bem, mas não pode deixar de refletir aqui um pouco Amei seu vídeo. Brigado ❤️❤️
A expressão "lugar de fala" sempre foi usada por aqueles que fazem e praticam a análise de discurso de linha francesa, caiu no jargão acadêmico nas ciências sociais, bem semelhante ao que acontece com os termos potência e potente usados hoje com muita frequência.
Qualquer pessoa da classe trabalhadora, com o mínimo de conhecimento e discernimento, já percebeu a armadilha dessa fragmentação... Fico impressionada de ver como muitas vezes as pessoas que compram esse discurso, não percebem, ou percebem e seguem em uma má fé absurda, usando desses discursos para deslegitimar histórias de vida e de luta
Excelentes reflexões ! Mas so um adento ao editor (não sei quem é kkkk) se possivel coloque sempre as legendas quando o Jones for ler, facilita à quem vê. Tirando isso tudo muito legal, adoro ver esses videos de critica a livros populares na academia, dá um olhar diferente a um discurso tão normalizado dentro desses espaços.
Jones: eu NÃO VOU FAZER referência sobre aquela vez que a Djamila fez publi pra Ifood durante o break dos apss kkkkkkk
Achei o máximo!!!!
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Ele não pode falar (processo) mas a gente pode... kkkkk
Djamila é um deserviço
Cara, sou professor de matemática. Curto muito seus vídeos e suas críticas. Sempre tenho a sensação de estar assistindo a demonstração de um teorema! Excelente explicação!
Massa! E no começo ali do vídeo, ele mostra que o raciocínio da Djamila em seu argumento inicial, funciona como uma espécie de movimento de se provar um teorema de cunho global/geral, mostrando sua validade apenas para um caso particular. Chique demais.
Massa seu comentário! Em outras palavras, camarada dizemos ser o materialismo histórico-dialetico rsrsrs ❤️🔥
Tbm sou e tenho a mesma impressão, fica muito claro o desenvolvimento do pensamento
@@jacintaf3217 Que legal isso sobre materialismo histórico-dialético! Eu não tinha certeza sobre isso, mas suspeitava... rsrsrs ;) Obrigado por esclarecer!!
@@luccassilva4035 exatamente!
A maneira respeitosa com a qual você colocou as questões é bem importante.
Parabéns!
Verdade
Rapaiz, eqto Jones passava respeitoso na análise pontual e objetiva do vídeo, eu era bem menos polida. Rs. Bora bater no lugar certo, "lugar" de luta de classe e gênero, de classe e raça, de classe e...
E é um vídeo de quase uma hora né. Ele foi bem mais profundo.
Se Jones fosse branco, a maneira respeitosa pouco importaria.
Te assisto desde os primórdios do seu canal 😍
Sou gari e tenho pouca formação teorica mas ouvindo lendo e observando e relacionando e interagindo politicamente (no chão de fábrica)vou aprendendo
Quero relatar aqui
Uma experiência conversando com uma mulher negra lesbica e estudante de ciências políticas
Falei que as discussões identitarias eram legitimas mas não eram centrais e que deixavam na maioria das vezes a discussão de classe de fora
Argumentei que um trabalhador branco hetero etc também sofria a opressão do trabalho e da exploração
Portanto a discussão identitaria deixava de fora o que era central
Resposta ;é mas para mim é central (e ponto final)
Sera que me faltou tato ?
Acho que faltou repertório da parte dela
Salve, salve! Acho, (de onde estou, no mais alto arranha-céu do mundo: a minha ignorância) que faltaram as duas coisas: repertório da moça e tato do Carlos.
1- a moça não enxerga a floresta. Aí, daqui deste arranha-céu, acredito q esta falta de repertório está muito ligado à própria à própria vivência, o " salvar-se a si próprio", e nós outros somos o espelho daquele q tenta se salvar; somos as árvores do mesmo tipo. O identitarismo. Bem, a consciência do todo ( a luta de classes) nem sempre é espontânea, vai muito de como se vê o mundo, de como se aprende quando criança a VER o mundo. Algumas pessoas são fora da curva, felizmente. E são perseguidos, são os chatos...não é facil. Outros precisam ser despertados! E é aí q vc entra Carlos, assim como eu e outres aqui.
2- A "falta de tato" : acho ( já falei do meu arranha- céu?!?) q quando a moça respondeu, faltou perguntar: "... porquê você acredita q é uma questão central?". Porque relembrando conversas q tenho com pessoas identitárias ou de direita, percebo que as conversas são quase como sessões de terapia. Procuro ter muito, muito tato porque não estou dialogando com uma opinião e sim com histórias de vida, com ensinamentos racistas, discriminatórios, perdas, covardias. Seculares. Enfim, conversamos não com a opinião de outres, mas com pessoas e suas experiências, com o q aprenderam até aqui mergulhadas no pântano do senso- comum. Tato é necessário.
PARABÉNS, Carlos, por espalhar entendimento e consciência.
@@alma9663 ótimos pensamentos!
@@alma9663 Apenas se lembre que ao dialogar com as pessoas e suas histórias de vida, vai estar incluso tbm toda a hipocrisia e dualidiade do ser humano ali, e não uma pessoa 100% vítima em todas as situaçõee (salvo raras exceçõees). E aí é que ta o problema do identitarismo: vende a imagem de que essas pessoas são sempre eternas vítimas e pessoas "seres de luz"..
Vou dar um exemplo: uma motociclista bateu e fodeu com o carro da minha namorada. Ela (a motocislista) estava errada, e fraturou a costela de leve, teve que ser inteernada e etc. Minha namorada prestou todas as ajudas .. Mais pra frente minha namorada conseguiui contato com familiares e a "parceira" dessa motociclista.. Sim uma lésbica e militante (pelo que descobrimos vendo em redes sociais).
E adivinha ? Pra militar a favor das suas causas elas são como seres de luz, serees dee esquerad buscando justiça, mas e na vida prática e real ? e Na materialidade das coisas ?
Tentou passar a pereena na minha namorada, agiram de má fé, tentaram desconversar que a moto não era delas, era alugada, q não tiniha seguro e etc ( e depois ddescobrimos que a moto eram delas sim, tiha seguro e tudo mais)..
Entendeu a moral da história ? Ser um identitário, ser a tal "minoriai" não te faz uma boa pessoa, nem te faz uma pessoa éticia e tampouco te faz vítima em tudo nas suas vidas.. TEem muita gente mal carater que se aproveita dessas brechas o uque só olha pro próprio umbigo.. Logo algumas pessoas se cansam em focar nessas pautas como se fossem a centralidade de tudo e fossem tornar o nosso país melhor .. Muitas vezes aquela pessoa da comunidade lgbt q vc está ajudando e peensa ser uma peessoa sofrida e einjustiçada em tudo, muitias das vezes ela é só mais uum outro ser humano fdp..
A primeira coisa q devemos fazer é eparar de botar idenetitarismo no pedestal (mas não abandonar a pauta por completo), e parar de pedestalizar todas essas pessoas como vitimas coitadinhas da sociedade... Tem muito pobre fdp, tem muito pobre racista, tem muito pobre conservador e o mesmo vale pra comunidade lgbt. É tipo os gays tentando passar pano pra taylor swift...
Potente, camarada!
Comentário de oferenda ao Deus do Algoritmo
“Se existe uma falsa universalidade, a gente tem que construir uma universalidade verdadeira, histórica, concreta, que dê conta de todas as particularidades, porque o universal se realiza no particular.”
obrigado por essa síntese!
Uma ilusão rs
A Carrefour não gostou do vídeo.
kkkkkkkkkkkkkkk
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Em uma frase: Djamila tá fazendo o corre dela, construindo a carreira dela, não tentando construir um mundo melhor pra todes. Ela tenta abrir as portas acadêmicas e econômicas para que ela tenha acesso a esses espaços. A obra dela é sobre ela, e não tá tudo bem, mas é sobre isso 😂
Cirúrgica...
kkkkkkkkkkkkk
Síntese perfeita.
Como ser mulher negra intelectual e vencer no capitalismo.
Adorei! Hehehe 😂 Exatamente isso.
As perspectivas individualistas das opressões acabam por eternizar esse espaço de mestre do discurso antiopressão. A Djamila e diversos outros teóricos vão ter sempre esse lugar já que não há programa político de superação da opressão em si, então as entrevistas, livros e publis vão estar sempre disponíveis dentro de uma estrutura que não tem perspectiva de ser destruída.
@Ricardo Antonio e infelizmente os que têm ñ querem uma revolução por temer perder o q/ foi conquistado à duras penas, ñ priorizando as lutas coletivas.
Cacete Gabi que colocação espetacular.
@Ricardo Antonio
Mariguella.
Black mirror, o episódio que o cara tem que pedalar! Lembra do final?
@@opergunteiro1441 lembro e pensei nele tb
Depois que me falaram do conceito lugar de fala, fiquei acabrunhada. Sempre tive muita empatia com a luta racial, mas fiquei atrapalhada, com medo de errar na fala e até na ação. Não sou acadêmica, nem teórica, só aprendiz. Tentei seguir a recomendação de ouvir e aprender. Depois desse vídeo vou tentar ler mais sobre o assunto a partir da visão crítica que você apresentou aqui.
Crítica pertinente, feita com rigorosidade teórica. Um grande serviço aos que pretendem pensar a realidade do Brasil, da AL e do mundo. Parabéns, camarada!
É isso só que ao contrário. Não tem nenhum embasamento teórico, não passou de opinião desinformada sobre o tema, fez uma leitura toda enviesada, uma interpretação cheia de distorções e conclusões equivocadas. É um vídeo totalmente desinformativo. Por exemplo, quando ele diz "eu acho um absurdo colocar Judith Butler nesse papel". Com base em que? Não passa de opinião pessoal essa afirmação. Demonstrou não ter o conhecimento mínimo necessário sobre decolonialidade, cometeu erros crassos, fez a análise mais rasa possível, e ainda é elogiado pela "rigorosidade técnica"? É de lascar mesmo.
Não existe universalidade verdadeira, não entendeu a crítica à universalidade e a necessidade de afirmação das particularidades, se limitou a dizer que isso é "pós-moderno", como se isso fosse argumento. E por aí vai, nem vale a pena, de tão rasas que são suas opiniões elas não chegam nem perto de constituir uma participação relevante no debate filosófico em curso.
O que faltou foi o Jones dizer logo no começo no vídeo que não tem a formação nem o embasamento teórico pra fazer uma análise rigorosa desse livro, e que na verdade ele vai apenas dar sua opinião de leigo. Se tivesse dito isso seria mais honesto.
@@contrafatual fala um pouco mais aí sobre universalidade e particulares então. Questões que ele deixou de falar. Porque, se for verdade, criticar e não mostrar o certo fica até vazio.
@@matheusmatias2910 A desconstrução do discurso universalidade das mulheres, que ele diz que é algo da "cultura pós-moderna", é uma das principais características do feminismo interseccional, um termo cunhado por Kimberlé Crenshaw, em 1989.
Jones, sensacional tudo, mas os últimos 10 minutos são de uma força e síntese brilhantes. Eu pulei de entusiasmo. Meu camarada, quero viver pra te ver e te seguir como um grande líder revolucionário, na nossa presidência.
Pois é né. Eu sinto que ele tá ficando cada vez melhor nisso. Já era um ótimo comunicador e não para de melhorar. Bom demais de ver.
O vídeo mais esperado das últimas semanas, pensa num cabra corajoso kakakakaka
Jones, o vídeo é excelente, mas para um vídeo q chama: Crítica ao Conceito de Lugar de Fala, eu esperava q vc debatesse mais o conceito em si. Do jeito q vc fez o vídeo, ele ficou uma ótima crítica as visões da Djamila sobre marxismo e as falhas do livro, mas não sobre o conceito em sua totalidade. Mas lembrando, eu achei o vídeo excelente e abriu mt os meus olhos sobte o livro, coisas q eu n tinha percebido qunado o li
Se não me engano já tem outro vídeo falando sobre lugar de fala como conceito, que vai além da Djamila.
Concordo Gabriel
Super de acordo!
@@taimenegazzo6434 Procura aí q ele tem vídeo
@@bgondar acho q ele tem vídeo heim
Jones no seu melhor estilo: robusto, concreto, contundente e cristalino! Só gratidão por ter o privilégio de aprender contigo, meu irmão!
Rolou uma fake news, não? Fiquei sabendo que era mais de uma hora de vídeo que ia sair. Voou abrir uma sindicância.
No mais, like dado. Bora assistir essa obra prima camaradass
Que baita aula e discussão riquíssima, professor!!! Ótimo ponto ter lembrado as pessoas que a professora Djamila prefaceia o livro da Angela Davis editado aqui no Brasil pela Boitempo. Ou seja, ela conhece a história dos militantes negros marxistas e opta deliberadamente em não citá-los nesse livro. E sim, precisamos fazer uma discussão filosófica sobre teoria do conhecimento/epistemologias que é fundamental a todos nós. Que primor de vídeo, professor! Meus parabéns!!!
Djamila escreveu o livro com a esperança de ele ser traduzido pro inglês, a Michele Obama ler e convidar ela pra passear de jatinho sobre o Irã
Eita 😅
Kkkkkkkk
E conseguiu a tradução já kkk
Video sensacional, queria um debate ao vivo entre Jones e Djamila Ribeiro seria massa.
Ela nunca aceitaria... 😂😅😂
Ela corre...
Não precisa ! O debate já está posto...
Ela vai chamá-lo de homem. Acabou o debate.
@@AndreLuiz-qz8sc hahaha é verdade!
Eu sou formada em química e agora faço graduação em farmácia e estava lendo o histórico de uma doença desde seus primeiros registros até os dias atuais e muito me surpreendi ao conseguir perceber nos relatos dos agentes de saúde questões de classe e raciais incutidos. Agradeço de verdade por esse tipo de papo, pois muitas vezes alguns profissionais falam bem, e a gente sabe que tem algo ali atrás, mas como não é estudioso da área, a gente não consegue identificar o que é.
Pegando o gancho da Djamila, gostaria de uma análise similar a algum material do ilustríssimo Silvio Almeida. O acho genial, mas sinto que me falta malícia para interpretar algumas observações levantadas por ele.
Isso Lélia Gonzáles: presente sempre!
Dou meus dois dentes da frente se a Djamila - caso venha a se posicionar sobre seu vídeo, camarada - não fugir da crítica lhe acusando de stalinista e ameaçar um processo. Infelizmente é aquela coisa, né. Atacar o carteiro para não ler a carta. Obrigado pela contribuição, camarada! Vou assistir agora. Tenho certeza que gostarei bastante!
A qualidade dos vídeos é cada vez melhor!!! O comunismo cresce!!!
Eu nunca li um livro da Djamila e já sentia essa vibe só de um ou outro textinho. Representatividade no capitalismo é o que a esquerda liberal acha revolucionário.
Jogue duro, Jones!!!!! Estou aquí vibrando con esse video!!!
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Cheguei no trabalho e dei o play em um vídeo recomendado desse canal (depois de ver você no história pública). Já estou aqui a umas 4 horas só escutando e torrando meus neurônios com tanta informação. Você é foda de mais!!!!!
Que aula! É muito gostoso ouvir o Jones costurar seus argumentos. Poderia escutá-lo por horas. 💜
Pra mim a categoria universal seria MULHER TRABALHADORA.
Fiquei particularmente feliz quando você apontou que o problema de abordar decolonialidade sem falar de imperialismo é geral na universidade. A instituição é inerentemente conservadora e reacionária pela sua própria forma, mas felizmente ainda produz efeitos colaterais como você, Jones Manoel.
Queria tá assistindo o Jones com o camarada que eu gosto kkkkk
Kkk
Sinto a sua dor.. força camarada✊🏼😔 kkkk
Eu também. Kkkkk
Mas não tenho um, então assisto sozinho mesmo.
Cadê meu comunistinha? Tbm to procurando rsrs
Também, só que no meu caso o camarada é o próprio Jones 🗣️🗣️🗣️🗣️🗣️🗣️
Vídeo magistral!! Gostaria muito de algum dia ouvir você falando sobre pós-modernismo, Judith Butler, Foucault, Deleuze, etc
Jones brinca com a dialética que dá até gosto
Já dizia o velho Lenin, "tudo fora do poder é ilusão"
Mais um excelente vídeo camarada, parabéns e obrigado!
Sobre discurso recomendo fortemente "Marxismo e filosofia da linguagem" do Bakhtin.
Ia fazer esse comentário. A grande sacada do Voloshinov (to convencido que é mais justo atribuir o livro a ele e não ao Bakhtin) é pensar a relação entre suprestrutura, infraestrutura, ideologia e discurso.
Da o pontapé de saída pra pensarmos a dimensão ideológica e estrutural dos discursos, obviamente sem com isso cair numa dimensão individualizante da coisa. Depois ainda tivemos a análise do discurso francesa fortemente influenciada por Althusser, também pensando sempre o discurso e a ideologia.
Agr, o que não da é pra cair nessa de pensar discurso como sinônimo de poder, sem mediação com as formas mais universais em torno das quais a sociedade se estrutura.
Boa indicação! O Círculo de Bakhtin é fundamental!
Jones, vc não tem ideia do quanto tem me ajudado a organizar meu pensamento crítico nessa construção do conhecimento. Gratidão, seu canal ajuda demais . Gratidão 🙏🏽
Olá Jones. A G. Spivak faz justamente uma crítica aos pós estruturalistas , chama atenção para o papel das classes, o aspecto histórico e econômico que se liga diretamente a Divisão Internacional do Trabalho como também a partir de um discurso contra hegemônico. Identifica uma incongruência presente nos postulados de Foucault, Deleuze e Guatari, que fazem uma análise esquemática entre interesse e desejo e desconsideram o elemento constitutivo para análise que é o aspecto ideológico, de modo que, na análise dela esses autores acabam por contribuir para a violência epistêmica. Vale muito ler "Pode o subalterno falar?".
Valeu a indicação, camarada
Sobre a Spivak, agradeço pelo seu comentário. Tive a oportunidade de ler esse texto e embora reconheça boa parte do que você disse acima, mas confesso que fiquei um pouco na dúvida com um único aspecto: a proposta da Spivak não tende a essencialisar a condição de subalternudade?
@@vinikrausz perdoe discordar , mas acho exatamente o contrário. Ela problematiza essencialismos homogeneizantes.
@@Angel-rosa_N eu não fiz uma afirmação e sim uma pergunta, de fato. Obrigado pela explicação.
Ótimo. Uma vez Djamila me chamou de desonesto intelectual por citar Angela Davis como intelectual pois ela fala em luta de classes e ela não.
Que bela crítica, acho que foi uma das melhores criticas que vi sobre livros!! Crítica respeitosa e embasada!! Parabéns!! Abração
"A Djamila solta os conceitos, não explica e dá a entender que isso é uma novidade'"hahahaha te amo, jones
51min sobre um tema extremamente pertinente
CARALHO, BRABO
de todos os vídeos que eu vi do canal do joão aldair, e olha que não foram poucos, esse pra mim foi o melhor. debate ficou fino e muito esclarecedor
Quando ele falou "Jones que negócio difícil da porra" ele realmente leu meus pensamentos.
A autora em foco não aponta nem relações de clase, nem as conexões entre racismo e xenofobia. Além de essencializar as particularidades, que assim são particularismos específicos e absolutos.
Didático, bem construído teoricamente e objetivo. Perfeito!
Vasco.
@@solhando9054 nunca estudou na tua vida pra dizer isso?
@@solhando9054 o trabalho dele é estudar mesmo cara, nós trabalhamos igual um cavalo e ainda tiramos um tempinho pra ler ou ver vídeos como esses, acha que um trabalhador cujo tem seu material de trabalho a teoria não irá ler?
Eu acho que esse é o melhor exemplo de como criticar algo com o qual você não concorda, muito respeitoso e dando o crédito onde achou que era merecido (escrita, construção, domínio das referências)
Certa vez, ela disse em um post do Instagram com uma foto sentada no café da França reclamando de cansaço e tmb pq seu livro estava sendo compartilhado no WhatsApp mas não vinha sendo comprado nas loja pelo valor que segundo ela era bastante acessível. Eu questionei a foto, o cansados e perguntei pra ela se na pandemia ela estava fazendo Oq pelas mulheres que não podiam sair de casa por conta da COVID, e se racismo estrutural tinha acabado pra ela querer descansar em paris com o dinheiro dos livros…
Professor, vc é zica demais. Obrigado pela aula.
Achei que o vídeo nem ia sair devido ao receio de processo judicial kkkk.. parabéns por citar Cláudia Jones, chegou a hora de mostrar que interseccionalidade não é uma invenção "plural" do Itaú ou da Vogue. C. Jones, Amy Ashwood e vambora! Parabéns Lavrapalavra! Bora pra cima!
Que vídeo importante! Inspiração para uma nova leitura com um novo olhar.
Nossa... o que sobra em Djamila, nem passa perto de Jones Manoel: Rancor!!!
Não que seja indiferente, mas parece que "ele"entendeu todo o contexto histórico, e conseguiu ir em frente se aprofundando, e formando suas ideias dentro do que realmente importa, que é a união dos "iguais" dentro de uma sociedade, indiferente de suas origens.
Exatamente isso que ocorre no momento: um "craquelado" de ideias, onde cada causa segue seu discurso, e o importante vai ficando pra lá!!!
Excelente vídeo!!! Gratidão plena!!!
Por mais vídeos como esse. Coerente, profundo, didático. Valeu demais, Jones!
Só o Jones pra poder verbalizar tudo o que senti/ percebi lendo o livro da DJ... Obrigado, obrigado, obrigado camarada!!!
Perfeita colocação! Grande pensador!👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏
O vídeo que foi mais aguardado do que o Aranhaverso. Grande vídeo camarada
Impecável. Meus parabéns!
Jones, acho que seria bacana rebater/desmentir algumas coisas do "livro negro do comunismo"! Já que quase 100% dos mitos anti comunistas falados hoje em dia veem disso aí...
Verdade
Sim Jones, seria uma boa.
O "Livro Negro do Capitalismo" já não faz isso?
A Laura Sabino faz isso no canal dela. Pode ser uma boa conferir.
Isso seria ótimo pra fazer junto com o João Carvalho e o Elias Jabbour , caras que amassariam esse livro de varias maneiras
Parabéns Professor excelente narrativa, sou seu seguidor, sempre passando o conhecimento, com muito altruísmo e inteligência..... siga em frente..... Forte abraço
Fui colega de faculdade da Djamila e jamais pensei ver meu canal marxista favorito fazendo uma crítica séria e fundamentada sobre seu trabalho. Vou até reler depois dessa
Continuo me surpreendendo com a qualidade dessas análises, mesmo já tendo aprendido a ter expectativas altas quando estou por aqui. Muito obrigado.
Adoro esses vídeos mais longos, faça mais por favor
Democracia é isso. Não menosprezar o pensamento alheio, mas exercer uma crítica saudável sobre essa forma de pensamento e expressão escrita. Se o criticado(a) possui um ego exacerbado, o problema mental é só dele/dela. Notem que não estou me referindo a alguém em específico. Parabéns pelo vídeo.
É o Feminismo Liberal. Mas eu estou observando, pelo menos na internet, várias pessoas negando o femismo liberal por ele ser racista. Não falam que o Feminismo não liberal seria um socialista, mas pelo menos negam o liberal.
Djamila... está seguindo os passos de Karnal, Cortella, Clovis....e tantos outros pensadores "televisivos"
Pontuano o que precisa ser pontuado com honestidade e respeito. Massa demais.
Super aula! Muito obrigado!
Obrigado pelo conteúdo, Jones
Sua didática é muito boa, Jones. achei que teria que assistir o vídeo de maneira picotada durante a semana, mas acabei numa lapada só.
Gosto demais das análises de Jones. Aprendo muito. Me ajudam a organizar o pensamento. A situar correntes e teorias. Já fui capturada por essa confusão "decolonial", embora nunca tenha levado a sério essa coisa do "lugar de fala", que sempre me soou equivocada do ponto de vista da luta política. Enfim, as dicas de leitura de Jones eu tenho seguido e há muito o que estudar. Valioso vídeo. Valeu demais, querido camarada! ❤️👊🏼
p.s. adoro quando Jones usa o pobre do Cauê para seus exemplos! Hahah Racho de rir. Saudade de ver vcs na Flipei, onde os conheci.
Crítica respeitosa e precisa, feita com rigor. Excelente!
O que eu gosto nos livros do Jones é como eles são claros, sem se furtar ao debate e às explicações, o que torna o conteúdo muito acessível. Show.
Super didático, ótima crítica!
Sempre volto para esse vídeo, incrível!
Excelente vídeo! Leitura cuidadosa.
Só queria ter conhecimento suficiente para fazer um comentário a altura q agregue mais valor ao conteúdo do vídeo depois dessa aula do Jones.
Jones, meu irmão, achei ótimo!!!!! Parabéns!!!!!
Essa crítica foi estruturalmente muito bem apresentada. Parabéns Camarada!. Admiro as construções literárias e teóricas de você e dela (mesmo reconhecendo algumas problemáticas envolvendo a autora). Leio as obras e produções teóricas de você e dela. E tenho algumas observações, além das alusões apontadas por você, Jones. Sobre a categoria "Universal" no que concerne o olhar crítico da Djamila R. sobre o feminismo liberal (branco e eurocêntrico) no que concerne ao aspecto "Racial" (ignorado na primeira onda feminista), a acusação dela sobre quem advoga a categoria "Classe" nos marxismos, sempre parte de um lugar que supõe haver uma hegemonia do pensamento nas esquerdas (principalmente revolucionária) de que a intersecção "Raça" ficaria em segundo plano, elevando a intersecção das "Classes Sociais" como categoria universal. Resta apontar nessa análise, por parte dela, quem são essas pessoas? Quais autores? Se havia dissonâncias ou não (isso você já apresentou que tinha, apontando uma porrada de autoras e autores marxistas que não ignoram a categoria "Raça" na discussão sobre a relação "Racismo e Capitalismo" - assim como a categoria "Gênero" não é negligenciada no marxismo). A pergunta que fica com as lacunas observadas na crítica é, até que ponto a perspectiva de "Classe" reduz a análise sobre "Raça" e "Gênero" como alguns setores da esquerda por preguiça tentam reduzir essas especificidades a uma categoria abstrata ou distorcida de "identitarismo"? Até que ponto a autora afirma a importância da "Classe" (mesmo mal mencionando sobre esta), centralizando sua análise na "Raça e Gênero"? Haverá uma busca central da Djamila em colocar a categoria "Raça" e "Gênero" como "mais" determinantes e "Classe" como subcategoria? Haverá uma busca central do marxismo colocando a "Classe" como categoria universal em conjunto com "Raça" e "Gênero", ou haverá uma noção por parte da Djamila em pensar o Marxismo colocando em subcategorias "Raça" e "Gênero" em detrimento da "Classe" como central, alegando á partir disso uma "descentralização" da "Classe" em prol de uma análise centrada na "Raça" e "Gênero"? Mas o papel não seria uma categoria universal com todos esses aspectos reunidos ao invés de dar ênfase demais em 1 ou 2 ao invés de outro (como você realmente propôs no vídeo)?. Reflexões!
Outro aspecto de sua crítica diz respeito ao conceito "Lugar de Fala", que em outro vídeo passado você - ao lado do Spartakus Santiago - havia reduzido o conceito ao senso comum sobre "interdição do debate", após a leitura da obra (+6 vezes) acredito que tenha mudado essa percepção que o conceito não procura interditar nada, mas olhar de onde parte os discursos, como se articulam e como a legitimidade desta se faz á partir de quem o diz e como diz, colocando que todos tem um lugar de fala e pode discutir sobre tais assuntos. Uma ótima crítica sua nesse vídeo, é notar como esse processo não é discutido aprofundadamente pela autora, ficando em abstrato como pessoas brancas podem entender tal processo sem reforçar as estruturas que reproduzem o racismo.
As contradições da autora que apresentou são muito pertinentes.
Os últimos minutos do vídeo foram perfeitos. Fica fácil entender pq que ela fez propaganda pra grife de luxo. A mulher negra ocupar espaços e parar por aí não vai acabar com o racismo estrutural, a exploração e outros problemas inerentes do capitalismo.
Exatamente.
Jones deixou um livro do Stalin ali de fundo de propósito pra tirar um sarro subliminarmente de uma "galera aí" rs
Monstro. Baita crítica! Enxergou o cerne da obra, sem desmerecer a autora. Perfeito.
Jones, vc poderia fazer um vídeo sobre as aproximações possíveis e distanciamentos necessários com a Judith Butler? Adoraria te ouvir falando sobre
Esse tema seria muito interessante, de fato! Dou todo o apoio!
@@thalitaaguiar7174 pq?? Kk
@@thalitaaguiar7174 a Butler fundamenta sua produção teórica em Hegel, Lacan e John Austin, que é um filósofo da linguagem, autor da teoria dos atos de fala.
Uma filósofa gigante me representa quanto mulher, negra e favelada! Amo suas obras e lugar de Fala é exatamente o lugar que o indivíduo parte dentro da sociedade. Sugiro lêem com responsabilidade e foco racial .
Nossa, que vídeo denso. Grande Jones. Sempre ótima reflexão.
Jones, te ver hoje no youtube me enche os olhos de lagrimas. Espero ter um dia pra te rever :)
#ocupaUFPE
Esse vídeo ficou muito bom camarada, debate seríssimo
Jones,
Me posiciono como descolonial e concordo com sua ideia sobre os "universais". Em um recente evento falamos exatamente isso: é preciso pensar o verdadeiro universal, e não o local europeu imperialista universalizado a outras culturas.
Jones, queria um vídeo sobre a arte na sociedade socialista, acho que seria muito interessante, se você não quiser fazer mas conhecer algum vídeo legal sobre eu teria interesse
pesquisa sobre a arte na urss, eles usaram pra criar uma identidade visual, mas eu acho que vc ta falando de questão de renda né, ai eu não sei nenhum video sobre
Não sei se conhece, mas a editora Kinoruss tem uns materiais interessantes sobre a arte na URSS. Não conheço a fundo o catálogo por questões de $$$, mas o que já vi me parece muito bom
Apoio. Inclusive é notório como alguns artistas socialistas, especialmente os dos países agregados como a Polônia, são jogados num ostracismo e é difícil de pesquisá-los/achar informações sobre eles.
Seria um assunto BEM interessante, provavelmente, com muita abordagem de Walter Benjamin!
Eu fiz um trabalho sobre o Vertov no período passado e acabei me debruçando um pouco sobre o Construtivismo Russo, e é impressionante como os artistas soviéticos da época estavam em constante inspiração e alinhados a revolução do proletariado.
Amo os vídeos de crítica literária do Jones. Bem embasadas, usando citações do próprio livro e outros autores muito bons para refutar essas idéias. Parabéns 👏👏👏
Tu fala bem guri, e é bem inteligente também! Parabéns 👏
Eu gosto dos vídeos do Jones, especialmente esses de crítica a algum pensamento, porque além do conteúdo em si você consegue captar vários elementos do pensamento marxista ao mesmo tempo que, se prestar boa atenção, aprende a fazer uma boa estruturação de argumentos.
Total! Estou cursando teorias da história II esse semestre e os vídeos dele tem me ajudado muito a olhar os diversos teóricos de forma mais crítica e menos inebriada.
Parabéns, Jones, uma crítica séria, sem apelar para ofensas baixas, sem entrar em discussões desnecessárias.
Uma coisa que me preocupa bastante, e que é um derivado dessa fragmentação de como enxergar a classe trabalhadora, e que é algo presente entre pessoas que defendem o projeto político igual ao que a Djamila defende, é de que a representatividade pelo consumo é a solução para todos os problemas da população negra; se a maioria de nós, os negros, que os negros liberais dizem defender quando pensam nessa linha fragmentada de "raça sim, classe não", terão suas vidas pioradas graças as consequências da ofensiva burguesa contra a classe trabalhadora. Um exemplo concreto: eu, homem negro, trabalhador, estou terminando minha graduação, gostaria de ingressar em um mestrado para me especializar e me tornar pesquisador. Mas é uma realidade que foi dificultada graças aos cortes na produção de conhecimento, de bolsas de estudo, de fomento à pesquisa, frutos das políticas neoliberais. Essa é a realidade de milhões de negros no país. O que é ofertado para a maioria dos negros? Empregos precarizados, fim dos direitos trabalhistas, aumento da miséria, das mortes (seja pela fome ou violência do Estado Burguês racista). Vimos o aumento de empregos informais e do desemprego entre a população negra durante a pandemia, que também é mais fatal para os negros trabalhadores. Como a representatividade pelo consumo nos ajudará a mudar esse quadro? Como ter mais negros e negras em locais de destaque no sistema capitalista ajudará aos outros que ficarão de fora? A impressão que passam as pessoas que defendem essa abordagem, é a seguinte: se 5% de nós, negros (e pego o recorte apenas dos negros trabalhadores para andar na linha fragmentada defendida pelos negros liberais) estivermos em locais como apresentadores da Globo, atores de grandes conglomerados de mídia de Hollywood, cantores no topo das paradas de mídias de Streaming, influciadores digitais bem remunerados, ok, tá tudo, bem. E os outros 95%? E mesmo esses 5% ainda terão que lidar com o racismo, ele não acaba com a representatividade pelo consumo, ele não acaba enquanto exisfir capitalismo. É como você bem colocou neste vídeo e sempre aponta em suas críticas, não há desejo da tomada de poder, não, é apenas um desejo de um dia, quem sabe, ser um dos representantes dos negros a se sentar à mesa com a burguesia, estar entre aqueles que mantém a estrutura que mantém o racismo "de pé"; o sistema racista que acolhe alguns negros só para dizer que não é racista.
E como disse, usei o recorte racial para pegar a linha liberal, concordo com o pensamento de um projeto político universal estruturado na classe trabalhadora, mas pensando em suas particularidades.
Mais uma vez, parabéns pelo vídeo, Jones. Ficou muito bom, uma crítica bem feita, respeitosa.
Eu queria perguntar pra Djamila se um professor de Sociologia/História, branco cis como eu, devo evitar em falar (produzir conhecimento) sobre racismo ou feminismo por não ser negro e nem mulher? Devo alienar as gerações de estudantes que passarem por minhas mãos em discutir esses temas por não fazer parte desse "lugar de fala"? Sobre o que devo falar em 3 anos de ensino médio então? Sobre assuntos de homens brancos?
Depende do que, e principalmente, como você está falando. Você está repassando as teorias das pensadoras negras, ou está tentando definir a partir do seu ponto de vista o que é ou não racismo e feminismo?
Porque assim, só nesse comentário você já está tentando invalidar toda a teoria de uma mulher negra a respeito desse assunto, provavelmente sem nunca a ter estudado. Nem imagino como deve ser em sala de aula, onde você tem autoridade.
@@LuizH.E é justamente por comentários assim q a Djamila está errada
Nossa, que maravilhoso seu vídeo! Aprendi muito!
Reafirmei algumas inquietações que já tinha, e pude ampliar meus conhecimentos e referências sobre a história da luta comunista que sim, compreende as diferentes experiências dos sujeitos da classe trabalhadora no capitalismo, mas não perde seu foco em combater a origem que se aproveita e também fundamenta todas as desigualdades. (até porque o capitalismo atribui diferentes valores para nós e faz com que a gente disperse da disputa contra a elite). Anotei os nomes dos livros e estudos que você recomendou ❤️
Você falando me fez entender que esse livro tinha brilhado meus olhos não porque inovava nas reflexões sobre poder, mas porque eu não tive acesso de estudar sobre isso com intelectuais que já debateram aspectos desse tipo há tempos (sem anular ou abafar a crítica ao sistema capitalista, algo que eu realmente ficava já meio atrapalhado lendo)
Realmente preocupante não haver um desenvolvimento sobre a história e importância comunista, não se aprofundar nas questões da luta de classes e na tentativa de relativizar qualquer relação de poder como equivalentes entre si. Há possibilidade de se pensar tais aspectos ao mesmo tempo... Os comunistas fizeram (e fazem) isso.
É preciso considerar sim que existem diferentes experiências entre as classe trabalhadora pelos seus diversos aspectos de identidade, mas é completamente urgente compreender que a gente sobrevive diante de uma classe dominante que se alimenta em todas as lógicas desiguais. Eles fazem a gente olhar apenas para os conflitos entre nós (da classe trabalhadora em nossas diferenças) e fazem a gente perder o foco em derrubar eles do poder.
Não é por acaso que alguns empresários dizem apoiar discussões que parecem se importar com o racismo, com a homofobia, com o machismo e tantas outras coisas, mas seguem explorando de maneiras ultraproblematicas e causando todo o nosso adoecimento.
Nem tudo que reluz é ouro.
Eu, enquanto pessoa da classe trabalhadora que já passou muita necessidade, LGBT, periférico, órfão que perdeu o pai muito cedo porque a polícia o matou na porta de casa sem ele ter cometido nenhum crime, não consigo desassociar todas as violências que me ferem, da estrutura capitalista. Esse sistema é responsável, ele alimentou toda uma ideologia e agora finge outra ideologia pra disfarçar os seus podres.
Os burgueses, empresários e homens da elite são os principais responsáveis pela estrutura como ela é.
Hoje eu tenho 3 preocupações:
Os caras da elite conservadora, que ainda cospem várias porcarias meritocratas, defendem empresários como se eles fossem merecedores da fortuna que têm, falam todos os tipos de preconceito e discriminação e querem que todo mundo tenha a mesma crença e postura que eles.
Esses capitalistas que estão falando de questões sociais, que só usam o discurso bonitinho da igualdade pra continuar explorando e lucrando pra porra em cima das nossas lutas, subvertendo as nossas lutas e fazendo a gente se adaptar ao capitalismo e as pessoas dentro da norma entender a gente como consumidores
E as pessoas mais próximas, que já estão alienadas por esse sistema e precisam de um processo de formação. (Essas eu tô disposto a construir algo, porque são da classe trabalhadora e é por isso que sou professor)
É preciso que nós brancos, por exemplos, tenhamos compreensão crítica do que significa ser brancos nesse sistema, por exemplo, e combater essa desigualdade. Mas é preciso entender a origem desse sistema que racializa comunidades de pessoas como inferiores também. A gente tem que debater racismo sim, só que sempre entendendo o papel do capitalismo na elaboração dessas desigualdades.
Desculpa o comentário mal escrito, eu tô meio cansado hoje e não elaborei muito bem, mas não pode deixar de refletir aqui um pouco
Amei seu vídeo. Brigado ❤️❤️
Esperei muito por esse vídeo, bom demais !!!
A expressão "lugar de fala" sempre foi usada por aqueles que fazem e praticam a análise de discurso de linha francesa, caiu no jargão acadêmico nas ciências sociais, bem semelhante ao que acontece com os termos potência e potente usados hoje com muita frequência.
Excelente Jones. Muito esclarecedor e informativo. Aguardar os próximos vídeos.
Fi, Jones Manoel faz tudo. Ctz q até o café q esse omi faz é bão dimais
Qualquer pessoa da classe trabalhadora, com o mínimo de conhecimento e discernimento, já percebeu a armadilha dessa fragmentação... Fico impressionada de ver como muitas vezes as pessoas que compram esse discurso, não percebem, ou percebem e seguem em uma má fé absurda, usando desses discursos para deslegitimar histórias de vida e de luta
Excelentes reflexões ! Mas so um adento ao editor (não sei quem é kkkk) se possivel coloque sempre as legendas quando o Jones for ler, facilita à quem vê.
Tirando isso tudo muito legal, adoro ver esses videos de critica a livros populares na academia, dá um olhar diferente a um discurso tão normalizado dentro desses espaços.
Espetacular !
Parabéns !