Obrigado Omar. Creio que seja realmente importante tocar nesse assunto. A vida intelectual, a maneira como foi interpretada e propagada pelo Olavão, se tornou um mantra de nossa época, formando um contingente imenso de adictos culturais ou análogos a isso.
Excelente vídeo, professor. Muito realista, como devemos ser. A mim, acredito que em um primeiro momento deve ser feito um estudo inicial de 3 a 5 anos de todas as matérias em ordem, mais ou menos como o prof Nougué está fazendo com a Escola Tomista. Mas, deixado de ser um inciante, devemos substituir a ordem das disciplinas por um interesse ordenado.
Estou com dificuldade de eschwr o meu campo de estudo, quando mais saber uma ordem. Hoje sou servidor público, mas infeliz no trabalho. Quero encontrar algo que realmente gosto. Vou fazer matemática agora, mas sinto que filosofia é meu forte, porém filos fia nas universidades hoje é complicado.
Entendo bem o dilema que você está enfrentando, e é algo que muitos de nós passamos ao buscar um caminho que realmente nos preencha. Uma das coisas mais importantes nesse momento é acolher essa fase de incerteza como parte do processo de descoberta. Às vezes, a clareza vem justamente enquanto estamos em movimento, experimentando e refletindo sobre o que nos faz sentir realizados. Se você sente uma conexão com a filosofia, talvez valha a pena explorar esse interesse, mesmo que não seja no formato acadêmico tradicional. As universidades, de fato, podem limitar certos aspectos da filosofia, com ênfase em abordagens mais técnicas e menos reflexivas sobre a vida prática. Sem falae emtoda a militância que tomou desses ambientes. Mas lembre-se: a filosofia é maior que a academia. Existem inúmeros pensadores e formas de filosofar que podem te nutrir intelectual e pessoalmente, independentemente do diploma. A matemática, por outro lado, pode te oferecer um espaço estruturado, um desafio lógico que, quem sabe, traga algum sentido ou uma nova perspectiva para essa busca que você está vivendo agora. E não é incomum que áreas como matemática e filosofia se complementem - muitos grandes pensadores, ao longo da história, eram também matemáticos. Talvez explorar essas duas áreas ao mesmo tempo te permita descobrir um caminho único, que ainda não está completamente claro, mas que pode emergir com o tempo. Por fim, tente não focar tanto na 'ordem perfeita' dos estudos. O mais importante é que você esteja se movendo em direção ao que te desperta curiosidade e prazer intelectual. Às vezes, a ordem surge depois que você já percorreu parte do caminho. E, lembre-se, o fato de você estar questionando e buscando já é um sinal claro de que você está no caminho certo.
Desde que entrei nesse meio(católico intelectual, enfim) eu fui bombardeando com um universo novo em 1001 possibilidades de assuntos e coisas que provaram o quanto eu sou ignorante e preciso aprender, mesmo sobre aquilo que eu achava que sabia bem. Por conta disso e de interesses pessoais e obrigações, nunca consegui conciliar direito a vida de estudos meus com os acadêmicos, e quando tinha algum avanço, nunca consegui manter a Constância neles ou continuar de forma orgânica. Não sei se fui claro, mas, é uma das lastimas do autodidatismo que Sertillanges mencionou no começo do livro(ao qual não terminei de ler).
De certa forma, eu fui afetado por essa neurose, em relação à vida intelectual. Estou tentando me curar disso ainda hoje, após mais de sete anos. Esse movimento ''conservador'', que dizia que iria restaurar a alta cultura do Brasil, causou mais estragos do que benefícios. Produziu uma geração muito mais preocupada com o jeito de estudar do que com o estudo em si - a geração '''como ler livros''. Infelizmente, eu fui influenciado por esse movimento, e passei um bom tempo acreditando que deveria me empanturrar de literatura durante uns dez anos, antes de começar a estudar qualquer outra coisa, pois assim estaria ''formando a personalidade'', ''educando o imaginário'' e me tornando uma ''pessoa melhor'' ( o que é bem discutível). Os restauradores da alta cultura produziram uma geração ( da qual faço parte) medrosa, que acha que deve ler livros introdutórios antes de iniciar um clássico; neurótica, por achar que deve ler tudo à maneira de um especialista, e afetada, por achar que deve usar terno para ler Shakespeare. Nem todo mundo tem vocação e desejo para um estudo metódico e especializado. A meu ver, a leitura diletante ou curiosa é válida para quem não tem vocação para um estudo sistemático. Além disso, nenhuma curiosidade é vã, para quem sabe tirar proveito ou se instruir através dela.
Não, não! Você está errado! sobre o Olavo! Era assim mesmo que ele colocava as coisas. Ele achava que qualquer outro assunto podia ser entendido pela experiência real e aí desprezava qualquer coisa que não fosse , como ele mesmo dizia, masturbação mental! Nada irônico ele ter criado esse termo, por que ele adorava isso e por isso vivia de literatura, e da de substância real para qualquer coisa! Exotérico, que era!
Uma verdadeira vocação exige sacrifícios. Eu, por exemplo, costumo estudar à noite, depois que volto do trabalho, e entro pela madrugada. Quem precisa de sono? 😅
Já vi todo tipo de método, conselho e "macete" para estudar, pude ver alguns avanços dessas práticas, mas nunca consegui adapta-los bem a mim. Seria culpa de minha persona? Nunca soube como proceder.
Eu passei a ler bem menos do que eu lia antes, depois de ouvir diversos desses conselhos ou ''macetes'' - sem conseguir me adaptar a nenhum deles, também - talvez por questão de temperamento ou falta de vocação, mesmo. A preocupação excessiva com o método acaba te paralisando.
Sobre o "não se deixar vencer por exigências mesquinhas de outros grupos". Eu consigo ver isso claramente, principalmente quando as outras pessoas nos chamam para "curtir", "namorar" e outras besteiras. Mas tem um porém, tem gente que vai se achar superior aos outros por estar estudando e não curtir a vida. Esse tipo de pessoa precisa tomar vergonha na cara e perceber que talvez a sabedoria não seja para ela se for para ter esse tipo de atitude.
Eu sofri muito em tentar essa "ordem" de estudos. Minha vida intelectual, por várias vezes, ficou paralisada por esse fetiche em lutar para manter essa ordem a todo custo.
"Julgar uma ciência pela outra". ANCAPS! É o que eles fazem! Alias, é o que todo mundo na atual época quer fazer em em política. Querem desenvolver política sem a virtude e a ciência morais.
Omar, sou novo no seu canal, mas de certa forma, meu interesse pela filosofia se aguçou. Quais os pontos do estudo da filosofia, que você me conduz a estudar, primeiramente?
Excelente! Mas o professor Olavo tinha razão. Você pode sim começar suas investigações sem ter antes lido muitas boas obras de literatura, porém, nunca será a mesma coisa. Suas experiências pessoais com o mundo são insuficientes.
Saudações, professor Omar. Mesmo sendo desaconselhável o metodismo, por assim dizer, recomenda que se leia prolegomenos antes de se iniciar propriamente os estudos? Ou isso faria parte de uma espécie de vício metódico propagado por Olavo e seus alunos?
Muito bom!
Obrigado Omar. Creio que seja realmente importante tocar nesse assunto. A vida intelectual, a maneira como foi interpretada e propagada pelo Olavão, se tornou um mantra de nossa época, formando um contingente imenso de adictos culturais ou análogos a isso.
Omar, muito obrigado por teus vídeos. Realmente são muito valiosos!
Grandes conselhos, muito OBRIGADO!
Excelente e esclarecedor!
Excelentes colocações professor!
Muito obrigado, professor Omar.
Excelente vídeo, professor. Muito realista, como devemos ser. A mim, acredito que em um primeiro momento deve ser feito um estudo inicial de 3 a 5 anos de todas as matérias em ordem, mais ou menos como o prof Nougué está fazendo com a Escola Tomista. Mas, deixado de ser um inciante, devemos substituir a ordem das disciplinas por um interesse ordenado.
Obrigado pelo ensino @Omar Mansour
Estou com dificuldade de eschwr o meu campo de estudo, quando mais saber uma ordem.
Hoje sou servidor público, mas infeliz no trabalho. Quero encontrar algo que realmente gosto. Vou fazer matemática agora, mas sinto que filosofia é meu forte, porém filos fia nas universidades hoje é complicado.
Boa sorte
Se você está infeliz no trabalho, as horas de estudo serão sua maior alegria. Não desanime!
Entendo bem o dilema que você está enfrentando, e é algo que muitos de nós passamos ao buscar um caminho que realmente nos preencha. Uma das coisas mais importantes nesse momento é acolher essa fase de incerteza como parte do processo de descoberta. Às vezes, a clareza vem justamente enquanto estamos em movimento, experimentando e refletindo sobre o que nos faz sentir realizados.
Se você sente uma conexão com a filosofia, talvez valha a pena explorar esse interesse, mesmo que não seja no formato acadêmico tradicional. As universidades, de fato, podem limitar certos aspectos da filosofia, com ênfase em abordagens mais técnicas e menos reflexivas sobre a vida prática. Sem falae emtoda a militância que tomou desses ambientes. Mas lembre-se: a filosofia é maior que a academia. Existem inúmeros pensadores e formas de filosofar que podem te nutrir intelectual e pessoalmente, independentemente do diploma.
A matemática, por outro lado, pode te oferecer um espaço estruturado, um desafio lógico que, quem sabe, traga algum sentido ou uma nova perspectiva para essa busca que você está vivendo agora. E não é incomum que áreas como matemática e filosofia se complementem - muitos grandes pensadores, ao longo da história, eram também matemáticos. Talvez explorar essas duas áreas ao mesmo tempo te permita descobrir um caminho único, que ainda não está completamente claro, mas que pode emergir com o tempo.
Por fim, tente não focar tanto na 'ordem perfeita' dos estudos. O mais importante é que você esteja se movendo em direção ao que te desperta curiosidade e prazer intelectual. Às vezes, a ordem surge depois que você já percorreu parte do caminho. E, lembre-se, o fato de você estar questionando e buscando já é um sinal claro de que você está no caminho certo.
Desde que entrei nesse meio(católico intelectual, enfim) eu fui bombardeando com um universo novo em 1001 possibilidades de assuntos e coisas que provaram o quanto eu sou ignorante e preciso aprender, mesmo sobre aquilo que eu achava que sabia bem.
Por conta disso e de interesses pessoais e obrigações, nunca consegui conciliar direito a vida de estudos meus com os acadêmicos, e quando tinha algum avanço, nunca consegui manter a Constância neles ou continuar de forma orgânica.
Não sei se fui claro, mas, é uma das lastimas do autodidatismo que Sertillanges mencionou no começo do livro(ao qual não terminei de ler).
De certa forma, eu fui afetado por essa neurose, em relação à vida intelectual. Estou tentando me curar disso ainda hoje, após mais de sete anos. Esse movimento ''conservador'', que dizia que iria restaurar a alta cultura do Brasil, causou mais estragos do que benefícios. Produziu uma geração muito mais preocupada com o jeito de estudar do que com o estudo em si - a geração '''como ler livros''. Infelizmente, eu fui influenciado por esse movimento, e passei um bom tempo acreditando que deveria me empanturrar de literatura durante uns dez anos, antes de começar a estudar qualquer outra coisa, pois assim estaria ''formando a personalidade'', ''educando o imaginário'' e me tornando uma ''pessoa melhor'' ( o que é bem discutível). Os restauradores da alta cultura produziram uma geração ( da qual faço parte) medrosa, que acha que deve ler livros introdutórios antes de iniciar um clássico; neurótica, por achar que deve ler tudo à maneira de um especialista, e afetada, por achar que deve usar terno para ler Shakespeare. Nem todo mundo tem vocação e desejo para um estudo metódico e especializado. A meu ver, a leitura diletante ou curiosa é válida para quem não tem vocação para um estudo sistemático. Além disso, nenhuma curiosidade é vã, para quem sabe tirar proveito ou se instruir através dela.
O que ajuda também é rezar o terço todo dia
Acho que falta bom senso em nossas ambições e atitudes ao longo da vida. É uma grande tentação deixar-nos levar por modismos.
Que sensibilidade, meu amigo!
Excelente
Não, não! Você está errado! sobre o Olavo! Era assim mesmo que ele colocava as coisas. Ele achava que qualquer outro assunto podia ser entendido pela experiência real e aí desprezava qualquer coisa que não fosse , como ele mesmo dizia, masturbação mental! Nada irônico ele ter criado esse termo, por que ele adorava isso e por isso vivia de literatura, e da de substância real para qualquer coisa! Exotérico, que era!
Obrigado, professor. Deixem o like, pessoal!
Como vc recomenda estudar e trabalhar ao mesmo tempo?
Uma verdadeira vocação exige sacrifícios. Eu, por exemplo, costumo estudar à noite, depois que volto do trabalho, e entro pela madrugada. Quem precisa de sono? 😅
Esse vídeo fez minha mente ir lá na frente, mais novo inscrito do canal.
Já vi todo tipo de método, conselho e "macete" para estudar, pude ver alguns avanços dessas práticas, mas nunca consegui adapta-los bem a mim. Seria culpa de minha persona? Nunca soube como proceder.
Eu passei a ler bem menos do que eu lia antes, depois de ouvir diversos desses conselhos ou ''macetes'' - sem conseguir me adaptar a nenhum deles, também - talvez por questão de temperamento ou falta de vocação, mesmo. A preocupação excessiva com o método acaba te paralisando.
@@goperthiago7788 te faz ficar mecanizado e nada flui. :/
Sobre o "não se deixar vencer por exigências mesquinhas de outros grupos". Eu consigo ver isso claramente, principalmente quando as outras pessoas nos chamam para "curtir", "namorar" e outras besteiras. Mas tem um porém, tem gente que vai se achar superior aos outros por estar estudando e não curtir a vida. Esse tipo de pessoa precisa tomar vergonha na cara e perceber que talvez a sabedoria não seja para ela se for para ter esse tipo de atitude.
Eu sofri muito em tentar essa "ordem" de estudos. Minha vida intelectual, por várias vezes, ficou paralisada por esse fetiche em lutar para manter essa ordem a todo custo.
O que tem a ver ser amável e ter familiaridade com ter hábito de estudos? É um pergunta, séria, não uma provocação.
"Julgar uma ciência pela outra". ANCAPS! É o que eles fazem! Alias, é o que todo mundo na atual época quer fazer em em política. Querem desenvolver política sem a virtude e a ciência morais.
Omar, sou novo no seu canal, mas de certa forma, meu interesse pela filosofia se aguçou. Quais os pontos do estudo da filosofia, que você me conduz a estudar, primeiramente?
Legal o vídeo
Excelente! Mas o professor Olavo tinha razão. Você pode sim começar suas investigações sem ter antes lido muitas boas obras de literatura, porém, nunca será a mesma coisa. Suas experiências pessoais com o mundo são insuficientes.
Saudações, professor Omar.
Mesmo sendo desaconselhável o metodismo, por assim dizer, recomenda que se leia prolegomenos antes de se iniciar propriamente os estudos?
Ou isso faria parte de uma espécie de vício metódico propagado por Olavo e seus alunos?
Como o estudo da lógico pode ser exagerado?