Isso é um debate de verdade: sólidas produções intelectuais, posições políticas distintas, honestidade intelectual, divergências e convergências marcadas sem apelar para desqualificação do outro, e uma base civilizatória mínima para o diálogo (reconhecer os DDHH ou a mazela das desigualdades de fundo histórico) , algo que deveria ser óbvio, mas é cada vez mais raro no tóxico ambiente das redes virtuais. Valeu, Nexo, por fazer algo que os grandes jornalões e redes de mídia se recusam a fazer.
Independentemente de lado político-ideológico é preciso reconhecer o altíssimo nível do debate. Sonho um dia ver esse grau de civilidade generalizado no Brasil.
entretanto, acertadíssima e fundamental a reflexão de Gianneti sobre a contradição do Brasil, ou um dos seus traços: permissivo nos costumes e prática e retrógrado e conservador nas regras institucionais, legais formais... mas isso é proposital... aí é que está... a hipocrisia se tornou um bom negócio, espaço para todo tipo de acharque o opressão, faladno aqui, evidentemente de modo muito ligeiro e superficial...pois cada um desses ítens daria "pano pra manga"!
a crítica do Eduardo sobre a inclusão por meio da capacitação encaixa-se perfeitamente no que buscavam Brizola e Darcy Ribeiro em suas políticas públicas, inclusão social por meio da educação pública básica em tempo integral
Provavelmente, o direcionamento ao consumo em determinado momento deu-se, talvez, por necessidade da conjuntura econômica mundial, com a finalidade de manter e criar empregos e a economia em crescimento. No entanto, a formação de recursos humanos é algo mais crônico, como também o é a saúde, a segurança, os transportes, etc. Certa, estando na cidade de Currais Novos (RN), lá havia uma escola técnica funcionando, edificada durante o governo de Lula. 18.7.2018.
Qualquer um dos países que pensaram a sua utopia e a "concretizaram" o fizeram, talvez em todos os casos, por meio de revoluções onde o sangue correu, retirando de cena as classes dominantes até então vigentes. Será necessário que isso ocorra no Brasil para que "concretizemos" a nossa utopia? 18.7.2018.
Acho que o Giannetti quando falou do complexo de vira-lata, desconsiderou o que o próprio estrangeiro(Europeu ou Americano) tem essa visão do brasileiro."Abaixou a cabeça,já era"
O nosso grande drama histórico reside no fato da inconclusão de um projeto de Estado e Nação. O projeto civilizatório moderno é fundamentalmente revolucionário, e o Brasil é filho de uma revolução inconclusa. Tanto a Revolução Gloriosa, como a Revolução Francesa, Chinesa e Russa foram parteiras de um sentido civilizador nacional modernizante. A verdade é que o Brasil se tornou uma Cuba, um Haiti, países de um projeto de autonomia nacional fracassados e parciais. Os brasileiros se ofendem com tal comparação, pois de alguma forma se julgam diferentes do resto da América Latina. A verdade é que somos um grande Haiti. Mesmo os bolivarianos não estão conseguindo um processo revolucionário que possa imprimir esse sentido civilizatório moderno, soberano e emancipador. A América Latina é o lugar onde a revolução prevarica. Seja uma revolução de tipo liberal-burguês ou socialista. Os instrumentos revolucionários, modernizantes, as forças civilizatórias das revoluções foram anêmicas e anoréxicas até agora. Entre a Revolução de 30 e o projeto Lulo-Petista, o que se ouve é o eco interrompido de um projeto civilizatório que fracassa de modo retumbante. Só nos resta a lata do lixo da história? Não. Nos resta a vitória simbólica que os filhos de Hegel proclamam. Reafirmo o que disse antes: isso nos serve como recomeço, como mitologia política necessária para a retomada. Do contrário é melhor sair da história para entrar para a vida ... PS - duas coisas reprováveis: 1. Afirmar o viralata? Tá brincando! 2. Brasil desenvolvido? Tá de sacanagem.
É complicado tentar responder se o "lulismo" contribuiu para o "elogio ao vira-lata" porque o autor do termo, o próprio Singer, identificou-o como um fenômeno interno de reformismo fraco e pacto conservador. Entretanto, o período do governo Lula contribuiu de fato para a autoestima do povo brasileiro. A atuação da política externa brasileira, intermediando conflitos para que estes se resolvam por via pacífica, tomando uma postura altiva perante as potências do Atlântico Norte e valorizando internacionalmente empresas estratégicas para o país demonstram essa tendência. Ademais, as políticas de redução da desigualdade associado a um crescimento econômico, como apontou o Singer, fizeram com que o Brasil fosse olhado pelo mundo de maneira elogiosa. Ora, até a Copa do Mundo, a despeito de seus efeitos perniciosos no futuro, na época, foi motivo para a implementação da sensação de "Nós podemos e vamos fazer uma Copa".
Por outro lado Gianneti tem toda razão sobre o tipo de "inclusão" escolhida nos governos pt, ou seja, centralidade no consumo e transferência de renda... mas Giannet parece ignorar que nenhum tipo de participação ou melhoria na qualidade de vida da maioria é tolerada pela minoria que se crê única merecedora de conforto.
Eide Guimarães, é porque esse conceito é do Sérgio Buarque e, de fato, Gianetti o expôs devidamente a meu ver. Agora, poderia discorrer mais sobre essa interpretação do Jessé?
Canais de piadas, memes e idiotices gerais: 30 milhões de seguidores. Canais sérios, com debates intensos que forçam o ouvinte ao raciocíno: 123 mil seguidores. Não há esperança.
Bem contraposto com o conceito e problema da "margem", ou a maioria historicamente à margem e não como acidente do destino ou resultado da mestiçagem e sim como resultado de um processo de exploração e predação de poucos sobre muitos...
Consumismo gerou hj uma inadimplência já q os carros estão financiados , as casas , dívidas no Serasa , no cartão de crédito , cheque especial etc . E bolsa família é um " bolsa voto " . Capacitar as pessoas é oq muda as vidas delas !!!
SMennde Concordo, mas não acho que isso seja ruim. Tanto ele como o filho são mais comunicadores que intelectuais que o Singer. Acho o Singer mais hermético.
@@AntonioAlvesVieiraFilho Singer falava sobre a temática da identidade nacional, meu caro, isso nada tem a ver com profundidade geral de seu pensamento. Ambos apresentaram visões poderadas e bem fundamentadas, nos resta aprender e construir.
Isso é um debate de verdade: sólidas produções intelectuais, posições políticas distintas, honestidade intelectual, divergências e convergências marcadas sem apelar para desqualificação do outro, e uma base civilizatória mínima para o diálogo (reconhecer os DDHH ou a mazela das desigualdades de fundo histórico) , algo que deveria ser óbvio, mas é cada vez mais raro no tóxico ambiente das redes virtuais. Valeu, Nexo, por fazer algo que os grandes jornalões e redes de mídia se recusam a fazer.
Jorge L. Santos
Muito bom o comentário.
Excelente iniciativa do Nexo e boas reflexões por parte de Singer e Giannetti surgiram desse encontro.
Independentemente de lado político-ideológico é preciso reconhecer o altíssimo nível do debate. Sonho um dia ver esse grau de civilidade generalizado no Brasil.
Não dá para parar de assistir esses vídeos.
Estou focada em vê-los o máximo possível. ❤
A sublime e pura dialética. Bravo!
Amando aprender com vocês
Excelente conteúdo.!.o Brasil precisa construir sua utopia para se livrar do seu passado.. e não se livrar se do passado para construir sua utopia..
Parabéns pela iniciativa, conhecimento do povo para o povo.
Parabéns pelo debate, muito rico em ideias para a construção do pensamento para o próximo voto de todos.
Excepcional debate! Ótimo vídeos! Trazer intelectuais que realmente pensam o Brasil para nos dar elementos para fazer o mesmo.
entretanto, acertadíssima e fundamental a reflexão de Gianneti sobre a contradição do Brasil, ou um dos seus traços: permissivo nos costumes e prática e retrógrado e conservador nas regras institucionais, legais formais... mas isso é proposital... aí é que está... a hipocrisia se tornou um bom negócio, espaço para todo tipo de acharque o opressão, faladno aqui, evidentemente de modo muito ligeiro e superficial...pois cada um desses ítens daria "pano pra manga"!
Ótima iniciativa do Nexo, parabéns!
muito bom o debate, valeu Nexo
Excelente
A nossa originalidade está justamente na nossa diferença.
a crítica do Eduardo sobre a inclusão por meio da capacitação encaixa-se perfeitamente no que buscavam Brizola e Darcy Ribeiro em suas políticas públicas, inclusão social por meio da educação pública básica em tempo integral
muito bom o debate. Ficou faltando, na minha opinião, um pouco sobre política externa e participação ou não dos EUA no golpe
Bom o debate.
Incrível
ASSISTIDO EM 18-7-2018.
É preocupante a nota de naturalização que Giannetti atribui ao tema.
Provavelmente, o direcionamento ao consumo em determinado momento deu-se, talvez, por necessidade da conjuntura econômica mundial, com a finalidade de manter e criar empregos e a economia em crescimento. No entanto, a formação de recursos humanos é algo mais crônico, como também o é a saúde, a segurança, os transportes, etc. Certa, estando na cidade de Currais Novos (RN), lá havia uma escola técnica funcionando, edificada durante o governo de Lula. 18.7.2018.
Qualquer um dos países que pensaram a sua utopia e a "concretizaram" o fizeram, talvez em todos os casos, por meio de revoluções onde o sangue correu, retirando de cena as classes dominantes até então vigentes. Será necessário que isso ocorra no Brasil para que "concretizemos" a nossa utopia? 18.7.2018.
Jorge L. Santos disse tudo!
Saudades da Monarquia, nacional, laica e democrática.
Monarquia laica onde?!
Padroado, do you know what i mean?
Acho que o Giannetti quando falou do complexo de vira-lata, desconsiderou o que o próprio estrangeiro(Europeu ou Americano) tem essa visão do brasileiro."Abaixou a cabeça,já era"
O nosso grande drama histórico reside no fato da inconclusão de um projeto de Estado e Nação. O projeto civilizatório moderno é fundamentalmente revolucionário, e o Brasil é filho de uma revolução inconclusa. Tanto a Revolução Gloriosa, como a Revolução Francesa, Chinesa e Russa foram parteiras de um sentido civilizador nacional modernizante. A verdade é que o Brasil se tornou uma Cuba, um Haiti, países de um projeto de autonomia nacional fracassados e parciais. Os brasileiros se ofendem com tal comparação, pois de alguma forma se julgam diferentes do resto da América Latina. A verdade é que somos um grande Haiti. Mesmo os bolivarianos não estão conseguindo um processo revolucionário que possa imprimir esse sentido civilizatório moderno, soberano e emancipador. A América Latina é o lugar onde a revolução prevarica. Seja uma revolução de tipo liberal-burguês ou socialista. Os instrumentos revolucionários, modernizantes, as forças civilizatórias das revoluções foram anêmicas e anoréxicas até agora. Entre a Revolução de 30 e o projeto Lulo-Petista, o que se ouve é o eco interrompido de um projeto civilizatório que fracassa de modo retumbante. Só nos resta a lata do lixo da história? Não. Nos resta a vitória simbólica que os filhos de Hegel proclamam. Reafirmo o que disse antes: isso nos serve como recomeço, como mitologia política necessária para a retomada. Do contrário é melhor sair da história para entrar para a vida ...
PS - duas coisas reprováveis:
1. Afirmar o viralata? Tá brincando!
2. Brasil desenvolvido? Tá de sacanagem.
É complicado tentar responder se o "lulismo" contribuiu para o "elogio ao vira-lata" porque o autor do termo, o próprio Singer, identificou-o como um fenômeno interno de reformismo fraco e pacto conservador. Entretanto, o período do governo Lula contribuiu de fato para a autoestima do povo brasileiro. A atuação da política externa brasileira, intermediando conflitos para que estes se resolvam por via pacífica, tomando uma postura altiva perante as potências do Atlântico Norte e valorizando internacionalmente empresas estratégicas para o país demonstram essa tendência. Ademais, as políticas de redução da desigualdade associado a um crescimento econômico, como apontou o Singer, fizeram com que o Brasil fosse olhado pelo mundo de maneira elogiosa. Ora, até a Copa do Mundo, a despeito de seus efeitos perniciosos no futuro, na época, foi motivo para a implementação da sensação de "Nós podemos e vamos fazer uma Copa".
Por outro lado Gianneti tem toda razão sobre o tipo de "inclusão" escolhida nos governos pt, ou seja, centralidade no consumo e transferência de renda... mas Giannet parece ignorar que nenhum tipo de participação ou melhoria na qualidade de vida da maioria é tolerada pela minoria que se crê única merecedora de conforto.
Se não estou enganada a interpretação do ‘homem cordial ‘ na obra do Jesse é ‘homem servil’ e não no campo dos afetos como o Giannetti está falando.
Eide Guimarães, é porque esse conceito é do Sérgio Buarque e, de fato, Gianetti o expôs devidamente a meu ver.
Agora, poderia discorrer mais sobre essa interpretação do Jessé?
Canais de piadas, memes e idiotices gerais: 30 milhões de seguidores. Canais sérios, com debates intensos que forçam o ouvinte ao raciocíno: 123 mil seguidores. Não há esperança.
Bem contraposto com o conceito e problema da "margem", ou a maioria historicamente à margem e não como acidente do destino ou resultado da mestiçagem e sim como resultado de um processo de exploração e predação de poucos sobre muitos...
novamente é preciso admitir que a resposta de Singer parece mais realista.
Reforma educacional luluista manteve essa educaçao arcaica, com amarras. Intencionalmente .
O "país do futuro" seria branco?
Consumismo gerou hj uma inadimplência já q os carros estão financiados , as casas , dívidas no Serasa , no cartão de crédito , cheque especial etc .
E bolsa família é um " bolsa voto " .
Capacitar as pessoas é oq muda as vidas delas !!!
Esse Eduardo Giannetti é muito superficial. A análise do Singer é mais substantiva...
SMennde Concordo, mas não acho que isso seja ruim. Tanto ele como o filho são mais comunicadores que intelectuais que o Singer. Acho o Singer mais hermético.
O próprio Singer disse que o Giannetti foi mais profundo na análise...
Eu penso que o Giannetti é mais logico e o Singer ideológico Prefiro o logico.
Eu diria um é mais filosófico e outro mais prático.. mas muito boa ambas contribuições.
@@AntonioAlvesVieiraFilho
Singer falava sobre a temática da identidade nacional, meu caro, isso nada tem a ver com profundidade geral de seu pensamento.
Ambos apresentaram visões poderadas e bem fundamentadas, nos resta aprender e construir.
socialista fabiano
Vá emporcalhar outro lugar! Garanto que não entendeu patavina do debate!
Rafael S7 Kkkk, eu já ia perguntar o que ele entende por isso
ótimo debate
As rotulações e etiquetagem típicas dos limitados.