O Varredor Trabalha noites inteiras O Almeida varredor Enxotando a varejeira Pelas ruas, ao rigor Ei! Perguntei-lhe, a começar Pela vida, e ele disse: - Levo trapa-trapos, latas, cacosturas Ar-inda nesta velhice Eu danço quando ouço cantar Eu danço quando ouço cantar Afina a corda ó tocador Que eu vou-me pôr a contar A vida de um varrredor Ei! Tudo se passa e resume Entre um esgoto que arrota Ai! O cheirete e o azedume Sem sabor Desta vida que se enxota E Portugal tem o costume E Portugal tem o costume E varre, varre assim Ó varredor Pois que o teu varrer assim Faz outro mundo E varre, varre assim Ó varredor Pois que o teu varrer assim Faz outro mundo Portugal tem o costume De viver com dois extremos Os que lucram com o estrume Do lixo em que nós vivemos Ei! Também nos caixotes do lixo Tem o país o seu retrato Ao lixo atira o rico, e muito mais O que lhe ofende o olfato Para o pobre é mata-bicho Para o pobre é mata-bicho O que à fome vai sobrando Mas faz das sobras do rico O bicho que vai matando Ei! Não tem a cara lavada Quem vive desta sujeira De haver gente governada assim Por outra viver da lixeira E ser Almeida sem mais nada E ser Almeida sem mais nada E varre, varre assim Ó varredor Pois que o teu varrer assim Faz outro mundo E varre, varre assim Ó varredor Pois que o teu varrer assim Faz outro mundo Disse então a despedir-me Muita coisa há p'ra varrer Respondeu-me, uma das coisas é Quem nos faz apodrecer Ei! Neste trabalho braçal De tudo varre o varredor Gato morto e um aborto semanal O que nos falta em rigor, sim senhor É varrer o capital E é varrer o capital E varre, varre assim Ó varredor Pois que o teu varrer assim Faz outro mundo E varre, varre assim Ó varredor Pois que o teu varrer assim Faz outro mundo E varre, varre assim Ó varredor Pois que o teu varrer assim Faz outro mundo E varre, varre assim Ó varredor Pois que o teu varrer assim Faz outro mundo
Existe em Portugal uma canalha que ao longo dos anos tem prejudicado os nossos melhores compositores e cantores. Essa canalha( que existe na maioria da "comunicação social", e não só) um dia vai ter que responder por isso, só não sei é quando. Força Fausto
O que é bom esconde-nos! O lixo vem para nos pôr a ouvir! É só desta forma que podemos ouvir o melhor dos melhores! Portugal com tanta música boa e as rádios só passam porcaria! Fausto que amanhã completa 72 anos, sejas muito feliz e vida longa! Muito grande grande, com o Oceano Atlântico que te viu nascer
O Varredor
Trabalha noites inteiras
O Almeida varredor
Enxotando a varejeira
Pelas ruas, ao rigor
Ei!
Perguntei-lhe, a começar
Pela vida, e ele disse:
- Levo trapa-trapos, latas, cacosturas
Ar-inda nesta velhice
Eu danço quando ouço cantar
Eu danço quando ouço cantar
Afina a corda ó tocador
Que eu vou-me pôr a contar
A vida de um varrredor
Ei!
Tudo se passa e resume
Entre um esgoto que arrota
Ai!
O cheirete e o azedume
Sem sabor
Desta vida que se enxota
E Portugal tem o costume
E Portugal tem o costume
E varre, varre assim
Ó varredor
Pois que o teu varrer assim
Faz outro mundo
E varre, varre assim
Ó varredor
Pois que o teu varrer assim
Faz outro mundo
Portugal tem o costume
De viver com dois extremos
Os que lucram com o estrume
Do lixo em que nós vivemos
Ei!
Também nos caixotes do lixo
Tem o país o seu retrato
Ao lixo atira o rico, e muito mais
O que lhe ofende o olfato
Para o pobre é mata-bicho
Para o pobre é mata-bicho
O que à fome vai sobrando
Mas faz das sobras do rico
O bicho que vai matando
Ei!
Não tem a cara lavada
Quem vive desta sujeira
De haver gente governada assim
Por outra viver da lixeira
E ser Almeida sem mais nada
E ser Almeida sem mais nada
E varre, varre assim
Ó varredor
Pois que o teu varrer assim
Faz outro mundo
E varre, varre assim
Ó varredor
Pois que o teu varrer assim
Faz outro mundo
Disse então a despedir-me
Muita coisa há p'ra varrer
Respondeu-me, uma das coisas é
Quem nos faz apodrecer
Ei!
Neste trabalho braçal
De tudo varre o varredor
Gato morto e um aborto semanal
O que nos falta em rigor, sim senhor
É varrer o capital
E é varrer o capital
E varre, varre assim
Ó varredor
Pois que o teu varrer assim
Faz outro mundo
E varre, varre assim
Ó varredor
Pois que o teu varrer assim
Faz outro mundo
E varre, varre assim
Ó varredor
Pois que o teu varrer assim
Faz outro mundo
E varre, varre assim
Ó varredor
Pois que o teu varrer assim
Faz outro mundo
Existe em Portugal uma canalha que ao longo dos anos tem prejudicado os nossos melhores compositores e cantores. Essa canalha( que existe na maioria da "comunicação social", e não só) um dia vai ter que responder por isso, só não sei é quando. Força Fausto
A essa "canalha" dedicou Fausto em 2003 duas canções: "Adeus Orelhas de Abano" e "Os Mangas-de-Alpaca".
Tens que missionar os teus gostos ;)
não sei o porquê das musicas que eu gosto são aqui as menos visitadas
O que é bom esconde-nos! O lixo vem para nos pôr a ouvir! É só desta forma que podemos ouvir o melhor dos melhores! Portugal com tanta música boa e as rádios só passam porcaria! Fausto que amanhã completa 72 anos, sejas muito feliz e vida longa! Muito grande grande, com o Oceano Atlântico que te viu nascer