Eu estou arrebentando nas aulas de imunologia justamente por assistir as tuas aulas, prôfe! Além disso quando eu abro o ABBAS a minha leitura e compreensão flui que é uma beleza. Só tenho que agradecer e desejar mais e mais sucesso para você e para o seu canal! Até o próximo vídeo!
Professor, você é luz nas nossas vidas. As vezes passamos anos estudando com alguns professores e o assunto continua sendo um "obstáculo difícil" na nossa aprendizagem, até o dia em que professores como você aparecem e esclarecem tudo de uma forma tão sutil e didática, que a gente recupera nossa vontade de aprender. Obrigada por postar suas aulas no youtube para nós !
Catarina, fiquei muito feliz em ler o que escreveu. Saiba que gostou muito do que faço e por isso, acabo conseguindo transmitir de maneira adequada os assuntos aqui propostos. Não desista dos estudo independentemente dos seus professores. Muito obrigado pelo carinho. Bons estudos para você 🥰
Olá. Adorei o vídeo. Tenho uma dúvida. O que causa a mutação para variantes mais perigosas? A reprodução livre cada vez em maior quantidade desse vírus ou a tentativa de combatê-lo com vacina?
Olá Daniel, tudo bem? Vamos lá, os vírus são estruturas biológicas que fazem mutação sempre. As mutações são randômicas e não necessariamente toda mutação trará algum benefício direto ao vírus. As vezes a mutação só faz mudar o formato de uma proteína, outras, a mutação pode proporcionar vantagens ao vírus, como maior transmissibilidade. As mutações virais sempre acontecem quando os vírus estão em sua célula hospedeira e não sofre pressão seletiva por conta da vacinação. Logo, quanto maior a liberdade do vírus, maior sua chance de mutação.
As variantes virais mais potentes do corona teriam alguma similaridade com as super bactérias que surgem devido a utilização de antibióticos (nesse caso reforçado pela própria carga viral residual resistente a vacina) ? grato pela aula!
Olá, André... Para responder sua pergunta precisamos entender alguns conceitos. A Variabilidade Genética em micro-organismos se dá por dois principais motivos: 1) Mutação: alteração na sequência de bases do DNA sem aquisição de genes de outro micro-organismo e geralmente ocorre durante replicação do cromossomo. 2) Recombinação Genética: alteração no genótipo que ocorre pela aquisição de material genético de outro micro-organismo e ocorre durante transformação, transdução e conjugação (isso para procariotos). Os antibióticos não tornam as bactérias resistentes a eles. O que acontece é que com o uso indiscriminado dos antibióticos propiciou-se o crescimento das bactérias resistente aos antibióticos, mas elas não aparecem por conta dos fármacos. Quanto aos vírus, a similaridade com as bactérias é que em ambos os micro-organismos, ocorre o processo de Variabilidade Genética. No entanto, não podemos dizer que algum micro-organismo é resistente a vacina, pois a vacina não atua no combate direto ao micro-organismo. As vacinas atuam estimulando o sistema imunológico para que tenhamos uma resposta imune pronta quando o micro-organismos entrar em contato conosco. Acontece que, com os processos de Variabilidade Genética, os micro-organismos, principalmente os vírus, estão tão diferentes de quando as vacinas foram preparadas, que a resposta imune desencadeada pela vacinação, não é tão eficiente assim por conta de o micro-organismos (vírus) estar diferente. Espero que tenha entendido. Obrigado pelo comentário. Bons estudos.
@@imunocanal muito obrigado professor entendido, o que ainda não compreendo são os motivos que fazem com que essa variabilidade genética ocorra, como na relação entre os antibióticos e as super bactérias isto está muito claro, mas em relação aos vírus ainda não compreendi.
@@plantas167 Vamos lá... Rs... a notável capacidade de alguns vírus de se adaptarem a novos hospedeiros e ambientes é altamente dependente de sua capacidade de gerar diversidade de novo em um curto período de tempo. As taxas de mutação espontânea variam amplamente entre os vírus. Os vírus de RNA sofrem mutações mais rapidamente do que os vírus de DNA, os vírus de fita simples sofrem mutações mais rapidamente do que os vírus de fita dupla e o tamanho do genoma parece correlacionar-se negativamente com a taxa de mutação. As taxas de mutação viral são moduladas em diferentes níveis, incluindo fidelidade da polimerase, contexto da sequência, estrutura secundária do modelo, microambiente celular, mecanismos de replicação, revisão e acesso ao reparo pós-replicativo. A taxa de mutação de um organismo é definida como a probabilidade de que uma mudança na informação genética seja passada para a próxima geração. Nos vírus, uma geração é frequentemente definida como um ciclo de infecção celular, que inclui a ligação à superfície celular, entrada, expressão gênica, replicação, encapsidação e liberação de partículas infecciosas. As mutações não se restringem à replicação, pois também podem resultar da edição do material genético ou de danos espontâneos no ácido nucleico. A taxa de mutação não deve ser confundida com a frequência com que as mutações são encontradas em uma determinada população viral. Taxas de mutação mais altas levam a uma maior diversidade genética, mas, exceto em casos especiais, não é possível inferir taxas de mutação diretamente das frequências de mutação da população observadas. Embora a diversidade genética dependa de múltiplos fatores, a taxa de mutação é de particular interesse porque constitui a fonte final de variação genética. Da mesma forma, as taxas de mutação não devem ser confundidas com as taxas de evolução molecular. A teoria neutra da evolução molecular postula uma relação linear entre essas duas taxas, mas enquanto a mutação é um processo bioquímico/genético, a evolução molecular refere-se à fixação de novos alelos nas populações. Além disso, os vírus são estruturas biológicas que fazem mutação sempre. As mutações são randômicas e não necessariamente toda mutação trará algum benefício direto ao vírus. As vezes a mutação só faz mudar o formato de uma proteína, outras, a mutação pode proporcionar vantagens ao vírus, como maior transmissibilidade. As mutações virais sempre acontecem quando os vírus estão em sua célula hospedeira e não sofre pressão seletiva por conta da vacinação. Logo, quanto maior a liberdade do vírus, maior sua chance de mutação. Espero que tenha ajudado. Abraço.
Bom dia, Carlos, sim, o HIV já sofreu e sofre mutações constantemente. Já foi mostrado que uma região da gp120, chamada V3 loop, é altamente variável. Vírus isolados do mesmo paciente em diferentes dias apresentam variações, mutações no V3 loop. Além disso, regiões da gp120 importantes para a ligação com CD4 devem estar menos expostas ao sistema imune. Tenho uma aula aqui no canal sobre a imunologia do HIV, assista: ruclips.net/video/m7C-XUB-VbI/видео.html
Eu estou arrebentando nas aulas de imunologia justamente por assistir as tuas aulas, prôfe! Além disso quando eu abro o ABBAS a minha leitura e compreensão flui que é uma beleza. Só tenho que agradecer e desejar mais e mais sucesso para você e para o seu canal! Até o próximo vídeo!
Muito obrigado, Cássia. Legal saber que ajudei positivamente em seu aprendizado com a imunologia. 🙂
Professor, você é luz nas nossas vidas. As vezes passamos anos estudando com alguns professores e o assunto continua sendo um "obstáculo difícil" na nossa aprendizagem, até o dia em que professores como você aparecem e esclarecem tudo de uma forma tão sutil e didática, que a gente recupera nossa vontade de aprender. Obrigada por postar suas aulas no youtube para nós !
Catarina, fiquei muito feliz em ler o que escreveu. Saiba que gostou muito do que faço e por isso, acabo conseguindo transmitir de maneira adequada os assuntos aqui propostos. Não desista dos estudo independentemente dos seus professores. Muito obrigado pelo carinho. Bons estudos para você 🥰
Ficou super claro professor, muito bom! Obrigada!
Obrigado
Vc é demais!! Muito obrigado!
Valeu Thiago. Bons tudo pra vc, forte abraço.
Suas aulas são maravilhosas 🥰🤗🤗🤗
Que bom que tem sido útil pra você Selma... Fico feliz. Obrigado e bons estudos.
Salvou! Obrigada
que bom... Bons estudos, obrigado
Como sempre, aula maravilhosa!!
Obrigado William. Continue estudando. Abraço
Olá Dr. Ronni Brito, você possuí email de contato? Desde já agradeço a atenção.
Olá, Sharon, tudo bem. Você pode falar comigo no privado do instagran. Me localize lá que conversamos: @ronnibrito. Obrigado
Olá. Adorei o vídeo. Tenho uma dúvida. O que causa a mutação para variantes mais perigosas? A reprodução livre cada vez em maior quantidade desse vírus ou a tentativa de combatê-lo com vacina?
Olá Daniel, tudo bem? Vamos lá, os vírus são estruturas biológicas que fazem mutação sempre. As mutações são randômicas e não necessariamente toda mutação trará algum benefício direto ao vírus. As vezes a mutação só faz mudar o formato de uma proteína, outras, a mutação pode proporcionar vantagens ao vírus, como maior transmissibilidade. As mutações virais sempre acontecem quando os vírus estão em sua célula hospedeira e não sofre pressão seletiva por conta da vacinação. Logo, quanto maior a liberdade do vírus, maior sua chance de mutação.
@@imunocanal Obrigado! Era o que eu achava, mas não tinha propriedade para defender esse ponto de vista! Agora tenho!
As variantes virais mais potentes do corona teriam alguma similaridade com as super bactérias que surgem devido a utilização de antibióticos (nesse caso reforçado pela própria carga viral residual resistente a vacina) ? grato pela aula!
Olá, André... Para responder sua pergunta precisamos entender alguns conceitos.
A Variabilidade Genética em micro-organismos se dá por dois principais motivos:
1) Mutação: alteração na sequência de bases do DNA sem aquisição de genes de outro micro-organismo e geralmente ocorre durante replicação do cromossomo.
2) Recombinação Genética: alteração no genótipo que ocorre pela aquisição de material genético de outro micro-organismo e ocorre durante transformação, transdução e conjugação (isso para procariotos).
Os antibióticos não tornam as bactérias resistentes a eles. O que acontece é que com o uso indiscriminado dos antibióticos propiciou-se o crescimento das bactérias resistente aos antibióticos, mas elas não aparecem por conta dos fármacos.
Quanto aos vírus, a similaridade com as bactérias é que em ambos os micro-organismos, ocorre o processo de Variabilidade Genética. No entanto, não podemos dizer que algum micro-organismo é resistente a vacina, pois a vacina não atua no combate direto ao micro-organismo. As vacinas atuam estimulando o sistema imunológico para que tenhamos uma resposta imune pronta quando o micro-organismos entrar em contato conosco. Acontece que, com os processos de Variabilidade Genética, os micro-organismos, principalmente os vírus, estão tão diferentes de quando as vacinas foram preparadas, que a resposta imune desencadeada pela vacinação, não é tão eficiente assim por conta de o micro-organismos (vírus) estar diferente.
Espero que tenha entendido. Obrigado pelo comentário. Bons estudos.
@@imunocanal muito obrigado professor entendido, o que ainda não compreendo são os motivos que fazem com que essa variabilidade genética ocorra, como na relação entre os antibióticos e as super bactérias isto está muito claro, mas em relação aos vírus ainda não compreendi.
@@plantas167 Vamos lá... Rs... a notável capacidade de alguns vírus de se adaptarem a novos hospedeiros e ambientes é altamente dependente de sua capacidade de gerar diversidade de novo em um curto período de tempo. As taxas de mutação espontânea variam amplamente entre os vírus. Os vírus de RNA sofrem mutações mais rapidamente do que os vírus de DNA, os vírus de fita simples sofrem mutações mais rapidamente do que os vírus de fita dupla e o tamanho do genoma parece correlacionar-se negativamente com a taxa de mutação. As taxas de mutação viral são moduladas em diferentes níveis, incluindo fidelidade da polimerase, contexto da sequência, estrutura secundária do modelo, microambiente celular, mecanismos de replicação, revisão e acesso ao reparo pós-replicativo.
A taxa de mutação de um organismo é definida como a probabilidade de que uma mudança na informação genética seja passada para a próxima geração. Nos vírus, uma geração é frequentemente definida como um ciclo de infecção celular, que inclui a ligação à superfície celular, entrada, expressão gênica, replicação, encapsidação e liberação de partículas infecciosas. As mutações não se restringem à replicação, pois também podem resultar da edição do material genético ou de danos espontâneos no ácido nucleico. A taxa de mutação não deve ser confundida com a frequência com que as mutações são encontradas em uma determinada população viral. Taxas de mutação mais altas levam a uma maior diversidade genética, mas, exceto em casos especiais, não é possível inferir taxas de mutação diretamente das frequências de mutação da população observadas. Embora a diversidade genética dependa de múltiplos fatores, a taxa de mutação é de particular interesse porque constitui a fonte final de variação genética. Da mesma forma, as taxas de mutação não devem ser confundidas com as taxas de evolução molecular. A teoria neutra da evolução molecular postula uma relação linear entre essas duas taxas, mas enquanto a mutação é um processo bioquímico/genético, a evolução molecular refere-se à fixação de novos alelos nas populações.
Além disso, os vírus são estruturas biológicas que fazem mutação sempre. As mutações são randômicas e não necessariamente toda mutação trará algum benefício direto ao vírus. As vezes a mutação só faz mudar o formato de uma proteína, outras, a mutação pode proporcionar vantagens ao vírus, como maior transmissibilidade. As mutações virais sempre acontecem quando os vírus estão em sua célula hospedeira e não sofre pressão seletiva por conta da vacinação. Logo, quanto maior a liberdade do vírus, maior sua chance de mutação.
Espero que tenha ajudado. Abraço.
O vírus hiv já sofreu alguma mutação.
Bom dia, Carlos, sim, o HIV já sofreu e sofre mutações constantemente. Já foi mostrado que uma região da gp120, chamada V3 loop, é altamente variável. Vírus isolados do mesmo paciente em diferentes dias apresentam variações, mutações no V3 loop. Além disso, regiões da gp120 importantes para a ligação com CD4 devem estar menos expostas ao sistema imune. Tenho uma aula aqui no canal sobre a imunologia do HIV, assista:
ruclips.net/video/m7C-XUB-VbI/видео.html