Que bom que gostou, Karen! Desculpe a demora em responder, eu fiquei fora do Ytube no último ano. Agora eu estou retornando com os trabalhos no RUclips, e esse tema das Psicoterapias voltará com maior ênfase. Pra começar bem o ano, eu farei um curso em janeiro sobre o desenvolvimento das psicoterapias no último século e como está sua situação atualmente. Se te interessar, tem vídeo no canal falando do curso, que se chama Psicoterapias: Histórias, Epistemes, Clínicas. Até mais!
Oi Débora, que bom que você gostou! E olha que era em 2018... já tem um tempo de caminhada agora haha. Obrigado pelo comentário e desculpe a demora na resposta. Eu fiquei fora do Ytube no último ano, e agora estou retornando com os trabalhos no RUclips, e esse tema das Psicoterapias voltará com maior ênfase. E pra começar bem 2025, eu farei um curso em janeiro sobre o desenvolvimento das psicoterapias no último século e como está sua situação atualmente. Ele se chama "Psicoterapias: Histórias, Epistemes, Clínicas". Se te interessar, tem vídeo apresentando a proposta aqui: ruclips.net/video/iodkSaN5FJw/видео.htmlsi=zQSDuQE2NTlwKF3x Até mais!
Estou encantada com a sua forma de explicar. Sem dúvida nenhuma você tem o dom de ensinar. Consegue passar seus conhecimentos com clareza e foco, nos mantendo atentos do início ao fim da aula.
Ei, Marcia, boa tarde! Eu agradeço bastante! Eu que fiquei encantando com esse retorno. Que bom saber que a forma como apresentada está tão boa assim. Agradecido por isso. Abraço!
Perfeito, estava questionando exatamente isso ontém na faculdade! Mas foi respondida minha dúvida! Pq me perguntava se o diagnóstico dependia da abordagem é isso me parecia muito inexato. Mas vc é top d+ parabéns
@@flaviomendespsi oi Flávio, muito obrigada por responder. Então fiquei confusa sobre a questão do cliente chegar com algum transtorno de personalidade por exemplo ,e um psicólogo com abordagem tcc diagnosticar ele de uma forma, aí o cliente foi a um psicólogo com base na psicanálise e receber outro diagnóstico, de acordo com a base do profissional, seria algo terrível. Se durante toda vida a pessoa fosse trocando de psicólogo, iria ficar mais confuso, pois seria influenciado de acordo com cada base teórica. Mas pelo que entendi em seu vídeo é que isso não vai interferir no diagnóstico e sim na maneira de tratar, é isso!?
Oi@@giseletelevendas ! Nessas horas eu gosto de lembrar de uma fala do psicanalista Renato Mezan, que é a seguinte: "O que torna as correntes [teorias/abordagens] psicológicas próximas ou distantes uma das outras não é que os pacientes que procuram um psicanalista junguiano são habitados pela sombra e pelo arquétipo [conceitos da teoria de Jung], e aqueles que consultam um analista freudiano no outro andar do prédio são habitados por inconsciente, superego e pulsão [conceitos da teoria de Freud]. Isso equivaleria a postular que, se o sujeito sai de um consultório e entra em outro, magicamente o aparelho psíquico dele se transforma e no lugar do superego passa então a existir outra coisa. O que acontece é que aquilo que aparece na situação clínica vai ser tematizado de acordo com um certo sistema de escolhas fundamentais [...]. A diferença entre uma corrente psicológica e outra, a meu ver, está no aparelho conceitual e na habilidade de que essa corrente dispõe para descrever, aprofundar e compreender os fenômenos sobre os quais vai se pronunciar”¹. Nesse parágrafo, o Renato Mezan diz que o psiquismo da pessoa não muda só porque ela saiu de um consultório e foi para outro. O que muda é a escuta e o trabalho do profissional com o que ele traz. Seguindo nesse sentido, é importante entendermos que o diagnóstico psiquiátrico é uma classificação pertencente ao campo da psiquiatria para situar o padecimento do paciente em seus quadros, o que ajuda o profissional a encaminhar o tratamento e avaliar a melhora. Então há uma diferença, de um lado, do padecimento enquanto experiência subjetiva do paciente, e, de outro, o diagnóstico, que é a classificação teórico-técnica do campo, no caso, da psiquiatria. Cada abordagem psicológica trabalhará com o padecimento subjetivo do paciente, que será "tematizado" em função de como essa abordagem compreende a construção, a manifestação e a melhora do sofrimento. O diagnóstico psiquiátrico continuará lá como esteve. A cada consulta do psiquiatra, este ou esta avaliará as queixas e os sintomas do paciente conforme o DSM, Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, atentando-se para a remissão e/ou mudança desses padecimentos. Já na terapia ou na análise esses padecimentos estarão sendo cuidados em função das indicações que a abordagem propõe, que são diferentes para cada uma. Acho que isso pode contribuir para ampliar o que você já estava entendendo, de que não vai interferir no diagnóstico psiquiátrico. Veja se contribui. Até mais! ¹ Mezan, R. (2002). Interfaces da psicanálise. São Paulo: Companhia das Letras, p. 462.
@@flaviomendespsi muito obrigada mesmo professor, perfeita sua colocação e tbm citação. Anotando para futuros esclarecimentos junto aos colegas. Me impressiona sua afinco e desejo em ajudar, dedicou tanto do seu precioso tempo para me ajudar nessa dúvida, parabéns vc ama o que faz, espero ser assim quando crescer 😁
Oi@@giseletelevendas ! Que bom que contribuiu! É, eu tento ser cuidadoso com quem chega no canal para que construamos uma comunidade de estudos e debates. Até a próxima!
Amei essa explicação! Atuo na clínica há 4 anos e ainda me sinto em crise com relação à abordagem. Utilizo a psicanalítica mas com muita inquietude 😄 desde o ano passado tenho aprofundado leituras da Gestalt-terapia e da TCC, mas ainda não me sinto definida... Esse vídeo contribuiu muito com minhas inquietações, obrigada!
Olá, Hanna, boa tarde! Primeiramente, que bom que o vídeo contribuiu para suas considerações. Em segundo lugar, o que você tem passado é bastante comum no campo da psicologia, e faz parte da caminhada de todo profissional psi lidar com esses percalços. Como você disse, você vem fazendo uma caminhada de quatro anos e existe uma inquietude colocada, então, é certo que estranhamentos se coloquem mesmo. Se você quiser conversar a respeito, estou à disposição para isso, está bem!? Um abraço!
Nossa Hanna estou passando por isso, eu estou no 8° semestre de Psicologia e ainda não consigo decidir a minha abordagem, desde antes de entrar pra faculdade eu tinha interesse em Psicanálise, porém sempre gostei da visão humanista e me interessei por Gestalt e também me interessei pela TCC, e me encontro nesse momento muito indecisa pois considero todas essas abordagens muito incríveis, com alguns prós e contras, essa indecisão tem me deixado angustiada, não comecei a fazer o meu TCC por conta disso. Estou muito perdida, eu sinceramente gostaria de algo mais eclético, mais dialógico, acredito que isso vá interferir na minha atuação como Psicóloga.
Ei@@keilla178 , você já chegou a participar de eventos, assistir lives e ler textos teóricos e técnicos dessas diferentes propostas para ir se aproximando de cada uma delas e vendo o que vai te interessando e te desinteressando? Cada uma das propostas é estudada dentro de relações de grupo que nos dão uma ideia de como realmente elas são tratadas. Às vezes, ficando só com o que vemos na sala de aula, estamos somente diante das explicações dos professores e deixamos de conhecer como os profissionais se relacionam em cada uma dessas propostas. É provável que ao conhecer como funciona a formação nas Escolas de Psicanálise, ou como os estudos são realizados entre os Gestalt Terapeutas, ou entro os profissionais da TCC, te permita pensar ainda melhor sobre cada um desses campos. O ponto que me parece interessante é entender: quais são as bases dessas teorias? como essas bases encaminham a técnica? qual liberdade de atuação cada proposta viabiliza? quais são os problemas mais comuns? como se estuda dentro do contexto desse campo (são grupos, vivências, pesquisas etc)? o que os profissionais dessas áreas tem estudado recentemente? com quais aspectos eu me identifico em cada proposta e eu gostaria de avançar em meu estudo e carreira profissionais? Essas perguntas podem te ajudar a pensar a respeito e encaminhar melhor sua decisão. Mas entenda que essa escolha não é feita do nada, ela precisa de tempo e de maturidade profissional, precisa de contato com o trabalho, de circulação pelos estudos e pela experiência de atuação também. Até mais!
Que pena eu poder falar isso depois de tantos anos (de 2018 a 2022), mas seus seu conteúdo, sua explicação, seu carisma são espetaculares. Tenho assistido bastante seus vídeos e estou amando. Meus sinceros parabéns e desejo muito sucesso
Que bom que esteve por aqui, Raimunda! Obrigado por esse retorno e desculpe a demora em responder. Eu fiquei fora do Ytube no último ano. Agora estou retornando com os trabalhos no RUclips, e esse tema das Psicoterapias voltará com maior ênfase. Pra começar bem o ano, eu farei um curso em janeiro sobre o desenvolvimento das psicoterapias no último século e como está sua situação atualmente. Se te interessar, tem vídeo no canal falando do curso, que se chama Psicoterapias: Histórias, Epistemes, Clínicas. Até mais!
Ei,@@andae8501 , bom dia! Que bom que tem ajudado! Se puder, fale um pouco o que você tem entendido melhor a partir do material, tá bem!? Seria legal saber. Um abraço e obrigado!
Obrigado, Elza! Se lhe interessar, sugiro assistir os vídeos do projeto Psicanálise Paralêla! São de psicanálise e tem muito conteúdo legal para ver. Abraço e bom estudo!
Ei Keilla! Esse é um problema que muitos de nós passamos ao longo do curso, mas faça seu percurso na faculdade sem essa exigência, até porque, a faculdade não dará conta de te tornar uma especialista em nenhuma abordagem, apenas te permitirá conhecê-las. Essa questão de escolher é um processo que vamos construindo ao longo de nossa formação contínua. Abraço!
Oi Marcelo! Objetivamente, várias teorias explicam o ser humano, tanto que nós intervirmos no ser humano e produzimos efeitos, mudanças. Se uma teoria não pudesse explicar, nós não conseguiríamos trabalhar. Mas subjetivamente, considerando a vivência pessoal de cada um, não, nenhuma teoria pode explicar o que se produz em termos de conteúdos singulares em mim ou em você. Nesse caso, será preciso escutar cada ser humano. Até mais!
Ei, Vanessa, boa tarde! E olha que nem sou capixaba, mas baiano! kkkkk. Que bom que gostou do canal! Fique à vontade para acompanhar os trabalhos, ok! Abraço!
Sim na prática todas as abordagens que eu tentei foram iguais Conselhos simplistas,palavras de conforto e desabafos Perdi muito tempo e dinheiro e não melhorei nada,pelo contrário,meu desejo de suicídio só aumentou
Ei Jonas! É com pesar que eu li o seu relato, pelo peso que você traz no que diz. É triste saber disso. Quando você fala de conselhos simples, palavras de conforto e desabafos, essas são três estratégias que eu, particularmente, pelo estudo que faço, considero muito fracas para um trabalho psicoterapêutico. Eu encaminho meu estudo em entender melhor quais seriam formas efetivas de intervenção, até por conta de contextos como o que você viveu/vive. Se você puder contar um pouco desse percurso por diferentes abordagens, eu aceitarei abertamente acolher o que você tem a dizer para entender melhor o que foi acontecendo. Mas, para além disso, eu espero que você possa encontrar uma melhor forma de viver sua vida e de recolocar o seu desejo. Um abraço! Qualquer coisa, estou por aqui!
Flávio, estou gostando muito de assistir/ ouvir, seus vídeos tenho aprendido muito. Vou aproveitar sua abertura para eu compreender melhor esse vídeo. No final ao dizer se tudo é a mesma coisa na prática. E você disse que é e não é. Você diz é porque tem efeitos parecidos, e não é porque esses efeitos são modificados de acordo com as leituras das abordagens teóricas. Poderia falar mais sobre isso. Obrigada
Ei, Gi, boa tarde! Primeiramente, desculpe a demora para responder. Segundo, que bom saber que os vídeos tem ajudado você a estudar. Fico contente com isso. Quando eu propus essa discussão, eu estava começando a considerar esse tema e entrando no assunto a partir de reflexões sobre a clínica. Cada vez mais tenho aumentado o contato com a literatura relacionada à eficácia das psicoterapias e isso vai contribuindo para pensar melhor. Essa questão da eficácia sempre cai no assunto de se entender que uma abordagem teórica é mais eficaz que outra porque fez isso ou aquilo, e desde que campos como a terapia cognitivo comportamental e o behaviorismo radical começaram a despontar, trazendo a perspectiva de avaliação de psicoterapia, o assunto foi crescendo. Em um primeiro momento, então, as pesquisas realizadas por esses campos despontaram em relação aos demais. Foi-se vendo, entretanto, que quanto mais os estudiosos das abordagens melhoram a forma de pesquisas a eficiência e a eficácia de suas propostas, mais se nota que todas as propostas trazem bons resultados, quando consideradas a partir de estudos mais condizentes com sua forma de intervir. É evidente que, p. ex., se realizar uma pesquisa utilizando os critérios da TCC para estudar eficácia da psicanálise, encontraremos problemas, porque os estudos em TCC estão relacionados à forma como a TCC pensa a realidade, a técnica e os efeitos que ela pretende produzir. Então, se existem efeitos parecidos, sim, existem, na medida em que vemos mudanças na compreensão do paciente sobre seu sofrimento e em como em lida com esse sofrimento, mas essas mudanças são condizentes àquilo que cada abordagem entende como importante. Daí a gente pode concluir dois aspectos: 1) Cada abordagem tem que construir pesquisas de eficácia para compreender as práticas que ela propõe em função de sua teorização e 2) Misturar teorias/práticas pode causar fragilidade na realização dos tratamentos. Para contribuir com o assunto, indico a você um texto que escrevi sobre eficácia da psicoterapia, tocando nos pontos que apresentei acima e com indicações de outras leituras: flaviomendespsicologo.com.br/psicoterapia-funciona/ Também indico o trabalho que um colega da psicologia, Tiago Zortéa, tem realizado. Ele trabalha com Suicidologia, fez doutorado na Inglaterra, e tem se aproximado de discussões relacionadas à eficácia de psicoterapia. Volta e meia ele aponta a importância de reconhecer o valor de nosso estudo aprofundado de uma abordagem e o cuidado em relação às pesquisas de eficácia. O link de uma dessas falas está aqui: facebook.com/TiagoZorteaSuicidologia/posts/841047123013225 Espero ter contribuído com sua reflexão. Se puder, conte um pouco do seu percurso para eu ter uma ideia de quem está se aproximando do canal, ok! Além disso, você tem dúvidas sobre o assunto? Coloque aqui para conversarmos. Um abraço e bom estudo!
Excelente! Que maravilha sua didática! Parabéns!
Que bom que gostou, Karen! Desculpe a demora em responder, eu fiquei fora do Ytube no último ano. Agora eu estou retornando com os trabalhos no RUclips, e esse tema das Psicoterapias voltará com maior ênfase. Pra começar bem o ano, eu farei um curso em janeiro sobre o desenvolvimento das psicoterapias no último século e como está sua situação atualmente. Se te interessar, tem vídeo no canal falando do curso, que se chama Psicoterapias: Histórias, Epistemes, Clínicas. Até mais!
O vídeo que precisava para fechar o raciocínio! Excelente aula!
Que bom, Karoli! Bons estudos!
Muito interessante e profundo
Que bom!
Estou apaixonada pela sua didática 💜
Oi Débora, que bom que você gostou! E olha que era em 2018... já tem um tempo de caminhada agora haha. Obrigado pelo comentário e desculpe a demora na resposta. Eu fiquei fora do Ytube no último ano, e agora estou retornando com os trabalhos no RUclips, e esse tema das Psicoterapias voltará com maior ênfase.
E pra começar bem 2025, eu farei um curso em janeiro sobre o desenvolvimento das psicoterapias no último século e como está sua situação atualmente. Ele se chama "Psicoterapias: Histórias, Epistemes, Clínicas". Se te interessar, tem vídeo apresentando a proposta aqui: ruclips.net/video/iodkSaN5FJw/видео.htmlsi=zQSDuQE2NTlwKF3x
Até mais!
Estou encantada com a sua forma de explicar. Sem dúvida nenhuma você tem o dom de ensinar. Consegue passar seus conhecimentos com clareza e foco, nos mantendo atentos do início ao fim da aula.
Ei, Marcia, boa tarde! Eu agradeço bastante! Eu que fiquei encantando com esse retorno. Que bom saber que a forma como apresentada está tão boa assim. Agradecido por isso. Abraço!
Muito bom
Oi Edilene, agradecido! Fique à vontade para conhecer os conteúdos do canal! Até mais!
Perfeito, estava questionando exatamente isso ontém na faculdade! Mas foi respondida minha dúvida! Pq me perguntava se o diagnóstico dependia da abordagem é isso me parecia muito inexato.
Mas vc é top d+ parabéns
Oi Gisele! Que bom que ajudou a pensar em sua dúvida. Mas o que você pensava sobre o diagnóstico parecer inexato? Pode falar um pouco disso?
Até mais!
@@flaviomendespsi oi Flávio, muito obrigada por responder. Então fiquei confusa sobre a questão do cliente chegar com algum transtorno de personalidade por exemplo ,e um psicólogo com abordagem tcc diagnosticar ele de uma forma, aí o cliente foi a um psicólogo com base na psicanálise e receber outro diagnóstico, de acordo com a base do profissional, seria algo terrível. Se durante toda vida a pessoa fosse trocando de psicólogo, iria ficar mais confuso, pois seria influenciado de acordo com cada base teórica.
Mas pelo que entendi em seu vídeo é que isso não vai interferir no diagnóstico e sim na maneira de tratar, é isso!?
Oi@@giseletelevendas ! Nessas horas eu gosto de lembrar de uma fala do psicanalista Renato Mezan, que é a seguinte:
"O que torna as correntes [teorias/abordagens] psicológicas próximas ou distantes uma das outras não é que os pacientes que procuram um psicanalista junguiano são habitados pela sombra e pelo arquétipo [conceitos da teoria de Jung], e aqueles que consultam um analista freudiano no outro andar do prédio são habitados por inconsciente, superego e pulsão [conceitos da teoria de Freud]. Isso equivaleria a postular que, se o sujeito sai de um consultório e entra em outro, magicamente o aparelho psíquico dele se transforma e no lugar do superego passa então a existir outra coisa. O que acontece é que aquilo que aparece na situação clínica vai ser tematizado de acordo com um certo sistema de escolhas fundamentais [...]. A diferença entre uma corrente psicológica e outra, a meu ver, está no aparelho conceitual e na habilidade de que essa corrente dispõe para descrever, aprofundar e compreender os fenômenos sobre os quais vai se pronunciar”¹.
Nesse parágrafo, o Renato Mezan diz que o psiquismo da pessoa não muda só porque ela saiu de um consultório e foi para outro. O que muda é a escuta e o trabalho do profissional com o que ele traz. Seguindo nesse sentido, é importante entendermos que o diagnóstico psiquiátrico é uma classificação pertencente ao campo da psiquiatria para situar o padecimento do paciente em seus quadros, o que ajuda o profissional a encaminhar o tratamento e avaliar a melhora. Então há uma diferença, de um lado, do padecimento enquanto experiência subjetiva do paciente, e, de outro, o diagnóstico, que é a classificação teórico-técnica do campo, no caso, da psiquiatria. Cada abordagem psicológica trabalhará com o padecimento subjetivo do paciente, que será "tematizado" em função de como essa abordagem compreende a construção, a manifestação e a melhora do sofrimento. O diagnóstico psiquiátrico continuará lá como esteve.
A cada consulta do psiquiatra, este ou esta avaliará as queixas e os sintomas do paciente conforme o DSM, Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, atentando-se para a remissão e/ou mudança desses padecimentos. Já na terapia ou na análise esses padecimentos estarão sendo cuidados em função das indicações que a abordagem propõe, que são diferentes para cada uma.
Acho que isso pode contribuir para ampliar o que você já estava entendendo, de que não vai interferir no diagnóstico psiquiátrico. Veja se contribui. Até mais!
¹ Mezan, R. (2002). Interfaces da psicanálise. São Paulo: Companhia das Letras, p. 462.
@@flaviomendespsi muito obrigada mesmo professor, perfeita sua colocação e tbm citação. Anotando para futuros esclarecimentos junto aos colegas. Me impressiona sua afinco e desejo em ajudar, dedicou tanto do seu precioso tempo para me ajudar nessa dúvida, parabéns vc ama o que faz, espero ser assim quando crescer 😁
Oi@@giseletelevendas ! Que bom que contribuiu!
É, eu tento ser cuidadoso com quem chega no canal para que construamos uma comunidade de estudos e debates.
Até a próxima!
Amei essa explicação! Atuo na clínica há 4 anos e ainda me sinto em crise com relação à abordagem. Utilizo a psicanalítica mas com muita inquietude 😄 desde o ano passado tenho aprofundado leituras da Gestalt-terapia e da TCC, mas ainda não me sinto definida... Esse vídeo contribuiu muito com minhas inquietações, obrigada!
Olá, Hanna, boa tarde! Primeiramente, que bom que o vídeo contribuiu para suas considerações. Em segundo lugar, o que você tem passado é bastante comum no campo da psicologia, e faz parte da caminhada de todo profissional psi lidar com esses percalços. Como você disse, você vem fazendo uma caminhada de quatro anos e existe uma inquietude colocada, então, é certo que estranhamentos se coloquem mesmo. Se você quiser conversar a respeito, estou à disposição para isso, está bem!? Um abraço!
@@flaviomendespsi tá bem, Flávio! Abraço e muito grata! 😄🤗
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Nossa Hanna estou passando por isso, eu estou no 8° semestre de Psicologia e ainda não consigo decidir a minha abordagem, desde antes de entrar pra faculdade eu tinha interesse em Psicanálise, porém sempre gostei da visão humanista e me interessei por Gestalt e também me interessei pela TCC, e me encontro nesse momento muito indecisa pois considero todas essas abordagens muito incríveis, com alguns prós e contras, essa indecisão tem me deixado angustiada, não comecei a fazer o meu TCC por conta disso. Estou muito perdida, eu sinceramente gostaria de algo mais eclético, mais dialógico, acredito que isso vá interferir na minha atuação como Psicóloga.
Ei@@keilla178 , você já chegou a participar de eventos, assistir lives e ler textos teóricos e técnicos dessas diferentes propostas para ir se aproximando de cada uma delas e vendo o que vai te interessando e te desinteressando? Cada uma das propostas é estudada dentro de relações de grupo que nos dão uma ideia de como realmente elas são tratadas. Às vezes, ficando só com o que vemos na sala de aula, estamos somente diante das explicações dos professores e deixamos de conhecer como os profissionais se relacionam em cada uma dessas propostas. É provável que ao conhecer como funciona a formação nas Escolas de Psicanálise, ou como os estudos são realizados entre os Gestalt Terapeutas, ou entro os profissionais da TCC, te permita pensar ainda melhor sobre cada um desses campos. O ponto que me parece interessante é entender: quais são as bases dessas teorias? como essas bases encaminham a técnica? qual liberdade de atuação cada proposta viabiliza? quais são os problemas mais comuns? como se estuda dentro do contexto desse campo (são grupos, vivências, pesquisas etc)? o que os profissionais dessas áreas tem estudado recentemente? com quais aspectos eu me identifico em cada proposta e eu gostaria de avançar em meu estudo e carreira profissionais?
Essas perguntas podem te ajudar a pensar a respeito e encaminhar melhor sua decisão. Mas entenda que essa escolha não é feita do nada, ela precisa de tempo e de maturidade profissional, precisa de contato com o trabalho, de circulação pelos estudos e pela experiência de atuação também.
Até mais!
Muito bom o estudo de caso e explicações.
Oi Telma, obrigado! Fique à vontade para conhecer os materiais do canal!
Que pena eu poder falar isso depois de tantos anos (de 2018 a 2022), mas seus seu conteúdo, sua explicação, seu carisma são espetaculares. Tenho assistido bastante seus vídeos e estou amando. Meus sinceros parabéns e desejo muito sucesso
Olá! Agradeço seu retorno! Que bom que o material tem contribuído. Até breve!
Perfeito colega! Ótima explanação
Agradecido, Ricardo! Fique à vontade para conhecer o conteúdo do canal!
Eu estou estudando à primeira aula.
Que bom que esteve por aqui, Raimunda! Obrigado por esse retorno e desculpe a demora em responder. Eu fiquei fora do Ytube no último ano. Agora estou retornando com os trabalhos no RUclips, e esse tema das Psicoterapias voltará com maior ênfase. Pra começar bem o ano, eu farei um curso em janeiro sobre o desenvolvimento das psicoterapias no último século e como está sua situação atualmente. Se te interessar, tem vídeo no canal falando do curso, que se chama Psicoterapias: Histórias, Epistemes, Clínicas. Até mais!
Excelente
Obrigada
Por nada! ;) Bons estudos!
Flavio você está me ajudando muito.
Obrigada, e muito sucesso pra vc
Ei,@@andae8501 , bom dia! Que bom que tem ajudado! Se puder, fale um pouco o que você tem entendido melhor a partir do material, tá bem!? Seria legal saber. Um abraço e obrigado!
Excelente professor!!
Aula muito esclarecedora. Parabéns!!👏👏👏
Obrigado, Geni!
NOSSA! MUITO BOM! PARABÉNS!
Obrigado, Maria Luisa! Abraço!
Parabéns, você explica muito bem.. Obrigada.
Obrigado, Elza! Se lhe interessar, sugiro assistir os vídeos do projeto Psicanálise Paralêla! São de psicanálise e tem muito conteúdo legal para ver. Abraço e bom estudo!
Ótima explicação 👏👏👏estou muito indecisa em relação a qual abordagem teórica escolher, estou no 8° semestre de Psicologia
Ei Keilla! Esse é um problema que muitos de nós passamos ao longo do curso, mas faça seu percurso na faculdade sem essa exigência, até porque, a faculdade não dará conta de te tornar uma especialista em nenhuma abordagem, apenas te permitirá conhecê-las. Essa questão de escolher é um processo que vamos construindo ao longo de nossa formação contínua.
Abraço!
Aula show! Parabéns!!!!
Que bom, Sonia, obrigado!
Boa noite quero ser uma terapeuta esse é o meu sonho p ajudar muitas pessoas.
Que bom, Raimunda!
A verdade é que, teoria alguma explica o ser humano.
Oi Marcelo! Objetivamente, várias teorias explicam o ser humano, tanto que nós intervirmos no ser humano e produzimos efeitos, mudanças. Se uma teoria não pudesse explicar, nós não conseguiríamos trabalhar.
Mas subjetivamente, considerando a vivência pessoal de cada um, não, nenhuma teoria pode explicar o que se produz em termos de conteúdos singulares em mim ou em você. Nesse caso, será preciso escutar cada ser humano.
Até mais!
Professor, vc tem "sutaqui di capixaba" rs Aulas muito claras. Conheci seu canal hoje. Muito bom. Parabéns 👏 👏 👏
Ei, Vanessa, boa tarde! E olha que nem sou capixaba, mas baiano! kkkkk. Que bom que gostou do canal! Fique à vontade para acompanhar os trabalhos, ok! Abraço!
Que curso é esse? Ótimo professor
Vanessa, agradecido pelo carinho! Abraço!
O meu nome é Raimunda de Jesus Souza Mendes Moro na zona rural, cidade e Bouqueirao do Piauí
Obrigado!
Sim na prática todas as abordagens que eu tentei foram iguais
Conselhos simplistas,palavras de conforto e desabafos
Perdi muito tempo e dinheiro e não melhorei nada,pelo contrário,meu desejo de suicídio só aumentou
Ei Jonas! É com pesar que eu li o seu relato, pelo peso que você traz no que diz. É triste saber disso. Quando você fala de conselhos simples, palavras de conforto e desabafos, essas são três estratégias que eu, particularmente, pelo estudo que faço, considero muito fracas para um trabalho psicoterapêutico. Eu encaminho meu estudo em entender melhor quais seriam formas efetivas de intervenção, até por conta de contextos como o que você viveu/vive.
Se você puder contar um pouco desse percurso por diferentes abordagens, eu aceitarei abertamente acolher o que você tem a dizer para entender melhor o que foi acontecendo. Mas, para além disso, eu espero que você possa encontrar uma melhor forma de viver sua vida e de recolocar o seu desejo.
Um abraço! Qualquer coisa, estou por aqui!
Flávio, estou gostando muito de assistir/ ouvir, seus vídeos tenho aprendido muito. Vou aproveitar sua abertura para eu compreender melhor esse vídeo. No final ao dizer se tudo é a mesma coisa na prática. E você disse que é e não é. Você diz é porque tem efeitos parecidos, e não é porque esses efeitos são modificados de acordo com as leituras das abordagens teóricas. Poderia falar mais sobre isso. Obrigada
Ei, Gi, boa tarde! Primeiramente, desculpe a demora para responder. Segundo, que bom saber que os vídeos tem ajudado você a estudar. Fico contente com isso.
Quando eu propus essa discussão, eu estava começando a considerar esse tema e entrando no assunto a partir de reflexões sobre a clínica. Cada vez mais tenho aumentado o contato com a literatura relacionada à eficácia das psicoterapias e isso vai contribuindo para pensar melhor.
Essa questão da eficácia sempre cai no assunto de se entender que uma abordagem teórica é mais eficaz que outra porque fez isso ou aquilo, e desde que campos como a terapia cognitivo comportamental e o behaviorismo radical começaram a despontar, trazendo a perspectiva de avaliação de psicoterapia, o assunto foi crescendo. Em um primeiro momento, então, as pesquisas realizadas por esses campos despontaram em relação aos demais. Foi-se vendo, entretanto, que quanto mais os estudiosos das abordagens melhoram a forma de pesquisas a eficiência e a eficácia de suas propostas, mais se nota que todas as propostas trazem bons resultados, quando consideradas a partir de estudos mais condizentes com sua forma de intervir. É evidente que, p. ex., se realizar uma pesquisa utilizando os critérios da TCC para estudar eficácia da psicanálise, encontraremos problemas, porque os estudos em TCC estão relacionados à forma como a TCC pensa a realidade, a técnica e os efeitos que ela pretende produzir.
Então, se existem efeitos parecidos, sim, existem, na medida em que vemos mudanças na compreensão do paciente sobre seu sofrimento e em como em lida com esse sofrimento, mas essas mudanças são condizentes àquilo que cada abordagem entende como importante. Daí a gente pode concluir dois aspectos: 1) Cada abordagem tem que construir pesquisas de eficácia para compreender as práticas que ela propõe em função de sua teorização e 2) Misturar teorias/práticas pode causar fragilidade na realização dos tratamentos.
Para contribuir com o assunto, indico a você um texto que escrevi sobre eficácia da psicoterapia, tocando nos pontos que apresentei acima e com indicações de outras leituras: flaviomendespsicologo.com.br/psicoterapia-funciona/
Também indico o trabalho que um colega da psicologia, Tiago Zortéa, tem realizado. Ele trabalha com Suicidologia, fez doutorado na Inglaterra, e tem se aproximado de discussões relacionadas à eficácia de psicoterapia. Volta e meia ele aponta a importância de reconhecer o valor de nosso estudo aprofundado de uma abordagem e o cuidado em relação às pesquisas de eficácia. O link de uma dessas falas está aqui: facebook.com/TiagoZorteaSuicidologia/posts/841047123013225
Espero ter contribuído com sua reflexão. Se puder, conte um pouco do seu percurso para eu ter uma ideia de quem está se aproximando do canal, ok! Além disso, você tem dúvidas sobre o assunto? Coloque aqui para conversarmos.
Um abraço e bom estudo!
Excelente didática professor!! Muito esclarecedor! Parabéns!
Olá, Dolário, boa tarde! Que bom que esclareceu! Obrigado pelo retorno!