Fiquei até inspirada, olha só: A modernidade é algo fatal Ela adormece os bons momentos, transformando-os em coisa banal Mas em meio a tanta escassez de essência Vamos taxar esse fato como normal Hoje fatigado e esgotado Lembro com gozo Do velho bambolê amassado Que me fazia rebolar pra lá e pra cá Sem nunca ficar cansado A vovó, minha companheira de todos os dias Adorava me ouvir a dar gritinhos de alegria Agora dela me resta saudades Da estrela que agora brilha no céu E não mais em nossos jantares No pega-pega eu sempre era o café com leite E se chamava para a corda dupla A turma fazia cara de enfeite Mas no final do dia A galera se reunia Cada um com sua família E agradecia a Deus Por mais um dia que Ele nos concedia Em roda de criança não faltava um gordinho Que só pensava em comer bolinho Mamãe dizia que era fartura Pra molecada era a "bola de gordura" Ninguém ligava pra essas coisas não Na hora da boia todo mundo era feliz Comendo do mesmo pão E se sobrava pro dia seguinte A gente aproveitava na sopa E virava comida de requinte Na amarelinha, se desse confusão Por lá mesmo a gente se resolvia Pra evitar em casa uma forçada reconciliação Ninguém queria ficar de joelho Ou dar no irmão chato um "xêro" O princípio da adolescência era o primeiro beijo Lembro como se fosse hoje, rápido e delicado Que fora por meus colegas combinado Que rendeu elogios pelo BV que tinha acabado Se a gente levava um fora Aprendia a lição pra na próxima não dar em chora-chora E seguia a vida com a cara partida Porque no coração mesmo, ninguém guardava ferida A vida estudantil passou tão rápido Que ninguém nem viu Só a memória que guardou as aventuras Cada uma com suas respectivas loucuras Até aqui vivi Mas pra contemporaneidade não me vendi Agora paro por aqui com um breve conselho: Ama e cuida daqueles que zelam por ti Para no futuro cantar a canção que diz assim: Chorei, amei, errei, sorri e vãmente não existi!
Gostaria muito e humildemente de pedir para o poeta cordelista repensar o trecho em que fala das limitações de aprendizagem e inclusive quanto a reprovação pois é uma grande mentira ou simplesmente uma visão engessada e pessoal...não passei dos cinquenta mas estou próxima e vivi muito de tudo isso que vc versou perfeitamente mas de dores e vergonhas que vivi o senhor com toda certeza ñ viveu nem tem preparo para atestar que não existia lá nessa época em q não só você viveu! Hj sou professora(18 anos de prefeitura) sei mais ainda que todas as dores e dificuldades não são só das crianças mas nossas também que somos cobrados e culpados das dificuldades de muitos estudantes(e estes não são poucos nem as origens de suas dificuldades). Desde de já agradeço por tentar reconhecer o erro pois assim espero realmente que aconteça,pelo menos em atitude de empatia pelo sofrimento alheio ...
Respeito sua opinião embora não concorde com seu texto. Os versos são poéticos baseados em lembranças que acredito ser da maioria das pessoas aqui no nordeste pernambucano. Não é regra! Não é o politicamente correto como tentam impor hoje em dia na grande mídia. Cada um de nós identificamos com alguma coisa nesta poesia mesmo tendo o entendimento de coisas boas e ruins. Mas é POESIA. A mais bela e verdadeira que vi até hoje declamada por nosso querido poeta cordelista Ismael Gaião.
Muito bom esse cordel! É a cara da nossa infância,era bem assim!E que saudade! Parabéns Poeta Ismael!!!
Adoro esse cordel! Tempo que a nossa vida era normal! Muito bom!
Ismael Gaião! Um cordelista inteligente, declamador sem igual. Este cordel já foi declamado por ator Global! Parabéns Ismael!
👏👏👏👏
Realmente muito bom
Sou dessa geração e sinto saudades. Esse cordel é fantástico. Parabéns, Ismael Gaião!
Ou época boa
Parabéns cara
Cara vc é 10
Meu amigo Ismael vc é fenomenal
QUE MARAVILHA!!! Cheguei a ter saudade desse tempo...
Muito bom!!! lembrei de minha infância, e hoje sinto saudades de ser criança outra vez.
Muito bom , vivi quase tudo isso. Era muito feliz.
um cordel magnífico 😍
MUITO BOM!
Fantástico cordel....Amodoreiiii....
Maravilhoso!
Show 👏👏👏👏
Fiquei até inspirada, olha só:
A modernidade é algo fatal
Ela adormece os bons momentos, transformando-os em coisa banal
Mas em meio a tanta escassez de essência
Vamos taxar esse fato como normal
Hoje fatigado e esgotado
Lembro com gozo
Do velho bambolê amassado
Que me fazia rebolar pra lá e pra cá
Sem nunca ficar cansado
A vovó, minha companheira de todos os dias
Adorava me ouvir a dar gritinhos de alegria
Agora dela me resta saudades
Da estrela que agora brilha no céu
E não mais em nossos jantares
No pega-pega eu sempre era o café com leite
E se chamava para a corda dupla
A turma fazia cara de enfeite
Mas no final do dia
A galera se reunia
Cada um com sua família
E agradecia a Deus
Por mais um dia que Ele nos concedia
Em roda de criança não faltava um gordinho
Que só pensava em comer bolinho
Mamãe dizia que era fartura
Pra molecada era a "bola de gordura"
Ninguém ligava pra essas coisas não
Na hora da boia todo mundo era feliz
Comendo do mesmo pão
E se sobrava pro dia seguinte
A gente aproveitava na sopa
E virava comida de requinte
Na amarelinha, se desse confusão
Por lá mesmo a gente se resolvia
Pra evitar em casa uma forçada reconciliação
Ninguém queria ficar de joelho
Ou dar no irmão chato um "xêro"
O princípio da adolescência era o primeiro beijo
Lembro como se fosse hoje, rápido e delicado
Que fora por meus colegas combinado
Que rendeu elogios pelo BV que tinha acabado
Se a gente levava um fora
Aprendia a lição pra na próxima não dar em chora-chora
E seguia a vida com a cara partida
Porque no coração mesmo, ninguém guardava ferida
A vida estudantil passou tão rápido
Que ninguém nem viu
Só a memória que guardou as aventuras
Cada uma com suas respectivas loucuras
Até aqui vivi
Mas pra contemporaneidade não me vendi
Agora paro por aqui com um breve conselho:
Ama e cuida daqueles que zelam por ti
Para no futuro cantar a canção que diz assim:
Chorei, amei, errei, sorri e vãmente não existi!
Parabéns, Gabi Amorim.
Sensacional
Meu amigo Ismael.. isso é fantastico, muito indo e verdadeiro esse cordel.. parabens mesmo......
Gostaria de saber se esse homem é meu parente. Pois nosso nome é raro
Lindo
Gostaria muito e humildemente de pedir para o poeta cordelista repensar o trecho em que fala das limitações de aprendizagem e inclusive quanto a reprovação pois é uma grande mentira ou simplesmente uma visão engessada e pessoal...não passei dos cinquenta mas estou próxima e vivi muito de tudo isso que vc versou perfeitamente mas de dores e vergonhas que vivi o senhor com toda certeza ñ viveu nem tem preparo para atestar que não existia lá nessa época em q não só você viveu! Hj sou professora(18 anos de prefeitura) sei mais ainda que todas as dores e dificuldades não são só das crianças mas nossas também que somos cobrados e culpados das dificuldades de muitos estudantes(e estes não são poucos nem as origens de suas dificuldades). Desde de já agradeço por tentar reconhecer o erro pois assim espero realmente que aconteça,pelo menos em atitude de empatia pelo sofrimento alheio ...
Respeito sua opinião embora não concorde com seu texto. Os versos são poéticos baseados em lembranças que acredito ser da maioria das pessoas aqui no nordeste pernambucano. Não é regra! Não é o politicamente correto como tentam impor hoje em dia na grande mídia. Cada um de nós identificamos com alguma coisa nesta poesia mesmo tendo o entendimento de coisas boas e ruins. Mas é POESIA. A mais bela e verdadeira que vi até hoje declamada por nosso querido poeta cordelista Ismael Gaião.
um cordel magnífico 😍