Normalmente eu não tenho problema em ver/ler cenas de terror, ferimentos graves e afins. Não fico com embrulho no estômago nem nada. Mas este livro me deixou angustiado. Nas duas m0rtes mais chocantes eu precisei parar e respirar um pouco. Além disso, terminei e fiquei uma semana ou mais com ele na cabeça, mas não com aquele sentimento de "que história boa" e mais como "véi, que desgraça". Apesar da pontinha de esperança no fim, eu fiquei com uma completa sensação de desesperança lendo esse livro, justamente pq vemos coisas semelhantes a isso acontecer todos os dias na realidade. Por fim, vi teorias de que o livro seria uma analogia à relação da sociedade com Deus. O fogo sendo a presença de Deus que deve ser mantida, buscada e deveria ser a razão de ser do ser humano. O porquinho seria a religião que tenta incansavelmente levar o homem a Deus e por aí vai. De forma que temos, no fim, o caos sendo gerado justamente depois de o fogo (presença de Deus) ter se apagado. É um ótimo livro e um ótimo vídeo. Parabéns
Que teoria interessante! Não havia pensado dessa forma. Uma das coisas que mais gosto nesse livro é justamente essa possibilidade de teorizar sobre os símbolos dele quase que ad infinitum
Eu enxerguei a oposição entre o Ralph e o Jack no sentido de o primeiro estar sempre preocupado em sair da ilha. Ele queria aproveitar a natureza, o tempo ali, mas sabia que o mais importante era a fogueira pra eles irem embora, então ele sabia que a ilha era algo temporário. Pro Jack, só existia a ilha. Ele queria caçar, se estabelecer como lider e não pensava na vidaa fora da ilha. Numa visão espiritual, o Ralph seria o que sabe que existe algo além do material, do fisico, do que se vê, e o Jack aquele que pensa que só existe o aqui e agora. Essa relação ficou mais forte pra mim com a cena final.
"A barbárie é o estado natural da humanidade. A civilização é antinatural. É um capricho da circunstância. E a barbárie sempre deve triunfar no final." Robert E. Howard
Oi Gabrielli !!!! Primeiramente adorei sua resenha, você é hiper didática e nos envolve na explicação de uma forma maravilhosa. Gabrielli, permita me partilhar alguns pontos acerca da resenha trazendo um pouco de filosofia neste momento. Sou professor de Filosofia e entre os pensadores contratualistas que estudamos Hobbes, Jean Jaques Rousseau e Locke são por nós estudados. Você comentou algo que me fez lembrar do bom selvagem termo utilizado por Rousseau, onde o filósofo defende que em tese o homem nasce bom mas o meio o corrompe. Concordo em parte com Rousseau, o homem nasce bom mas apenas se corrompe se este homem se permitir corromper. Quanto a Hobbes o pensador defende ser o homem em seu estado de natureza um lobo para o próprio homem. Hobbes também menciona a guerra de todos contra todos. Neste ponto podemos pensar que talvez Goldman teria se inspirado na teoria de Hobbes para escrever sua obra. Gabrielli, esqueci de mencionar que também Rousseau quando defende a teoria do bom selvagem o faz a partir do estado de natureza. Fiquei a vontade para questionar minhas ponderações. Mais uma vez obrigado pela resenha e forte abraço ❤
@@Gabrielli.Junkes Sem sombra de dúvidas, o livro tem qualidade literária. As construções visuais nas descrições são realmente muito boas, além disso, a dinâmica entre os personagens e o tema em si são bem interessantes. No entanto, larguei a obra pq não consegui me conectar com nenhum personagem ali...
Normalmente eu não tenho problema em ver/ler cenas de terror, ferimentos graves e afins. Não fico com embrulho no estômago nem nada. Mas este livro me deixou angustiado. Nas duas m0rtes mais chocantes eu precisei parar e respirar um pouco.
Além disso, terminei e fiquei uma semana ou mais com ele na cabeça, mas não com aquele sentimento de "que história boa" e mais como "véi, que desgraça". Apesar da pontinha de esperança no fim, eu fiquei com uma completa sensação de desesperança lendo esse livro, justamente pq vemos coisas semelhantes a isso acontecer todos os dias na realidade.
Por fim, vi teorias de que o livro seria uma analogia à relação da sociedade com Deus. O fogo sendo a presença de Deus que deve ser mantida, buscada e deveria ser a razão de ser do ser humano. O porquinho seria a religião que tenta incansavelmente levar o homem a Deus e por aí vai. De forma que temos, no fim, o caos sendo gerado justamente depois de o fogo (presença de Deus) ter se apagado.
É um ótimo livro e um ótimo vídeo. Parabéns
Que teoria interessante! Não havia pensado dessa forma. Uma das coisas que mais gosto nesse livro é justamente essa possibilidade de teorizar sobre os símbolos dele quase que ad infinitum
Sugiro que você leia *Almoço Nu* de William Borroughs. É sensacional. Nem a Isabela conhece...
Quero ler esse ano que vem, lembrei do episódio de Os simpsons
Eu amo muito este livro!! O quanto eu sofri junto com eles, não sosseguei enquanto o livro não acabou.
Siim! Um dos motivos para eu ter devorado também
Eu enxerguei a oposição entre o Ralph e o Jack no sentido de o primeiro estar sempre preocupado em sair da ilha. Ele queria aproveitar a natureza, o tempo ali, mas sabia que o mais importante era a fogueira pra eles irem embora, então ele sabia que a ilha era algo temporário. Pro Jack, só existia a ilha. Ele queria caçar, se estabelecer como lider e não pensava na vidaa fora da ilha. Numa visão espiritual, o Ralph seria o que sabe que existe algo além do material, do fisico, do que se vê, e o Jack aquele que pensa que só existe o aqui e agora. Essa relação ficou mais forte pra mim com a cena final.
@@marcellapimenta3756 sensacional essa interpretação também 👏🏼
Gostei demais desse livro, ótima resenha! 👏 Fiquei com vontade de reler. Só falta conseguir uma edição bonita como a sua (a nova é horrorsa kkk)
Despertou meu interesse. Lerei. Obrigado por dividir o vídeo em partes com e sem spoilers. Volto pra terminar o vídeo quando acabar o livro kkk
Você tem um canal de qualidade e faz uma apresentação bem simples e com conteúdo didático.
Obrigada!
"A barbárie é o estado natural da humanidade. A civilização é antinatural. É um capricho da circunstância. E a barbárie sempre deve triunfar no final."
Robert E. Howard
Ótima resenha, obrigada! Assisti ao filme muitos anos atrás, e fiquei mal. Simplesmente não tenho coragem de ler o livro...
Eu não tenho coragem de ver o filme 😂
Eu amei ver novamente a sua resenha sobre esse livro, assisti a antiga a um tempinho atrás haha
@@deboratoledo6094 devidamente atualizada 😂
@ 😂😂
Fiquei tão triste de não participar dessa leitura
Não consegui dar conta nesse mês
@@morganapaulino vale a pena tentar ler em outro momento, é curtinho e profundo 🫶🏽
Oi Gabrielli !!!! Primeiramente adorei sua resenha, você é hiper didática e nos envolve na explicação de uma forma maravilhosa. Gabrielli, permita me partilhar alguns pontos acerca da resenha trazendo um pouco de filosofia neste momento. Sou professor de Filosofia e entre os pensadores contratualistas que estudamos Hobbes, Jean Jaques Rousseau e Locke são por nós estudados. Você comentou algo que me fez lembrar do bom selvagem termo utilizado por Rousseau, onde o filósofo defende que em tese o homem nasce bom mas o meio o corrompe. Concordo em parte com Rousseau, o homem nasce bom mas apenas se corrompe se este homem se permitir corromper. Quanto a Hobbes o pensador defende ser o homem em seu estado de natureza um lobo para o próprio homem. Hobbes também menciona a guerra de todos contra todos. Neste ponto podemos pensar que talvez Goldman teria se inspirado na teoria de Hobbes para escrever sua obra. Gabrielli, esqueci de mencionar que também Rousseau quando defende a teoria do bom selvagem o faz a partir do estado de natureza. Fiquei a vontade para questionar minhas ponderações. Mais uma vez obrigado pela resenha e forte abraço ❤
Muito interessante! Acredito que a ideia do autor reflete muito a teoria de Hobbes, especialmente quando aplicada ao Estado e a necessidade dele
@Gabrielli.Junkes também concordo com este ponto por ti levantado Gabrielli. Abraço
Mas sao GRANDES
O nome da razão ser Porquinho e o senhor das moscas ser um porco me deixa com a pulga atrás da orelha
Eita 👀 considerando as interpretações religiosas do livro, faz sentido isso também
bah, infelizmente, esse livro pra mim desceu quadrado. Li as primeiras 80 páginas e abandonei....
Acontece 😂 o estilo mais simples no enredo e descritivo no ambiente pode não agradar todo mundo
@@Gabrielli.Junkes Sem sombra de dúvidas, o livro tem qualidade literária. As construções visuais nas descrições são realmente muito boas, além disso, a dinâmica entre os personagens e o tema em si são bem interessantes. No entanto, larguei a obra pq não consegui me conectar com nenhum personagem ali...