Romanos 11:5-6 - Eleição da graça

Eleição da graça
Paulo está a dizer que Deus não rejeitou totalmente Israel, porque ficou um remanescente neste tempo, como tinha ficado sempre ao longo da História de Israel, nomeadamente no tempo de Elias, que Deus reservou para Si mesmo 7000 que não dobraram os joelhos diante de Baal (11:4).
Mas Paulo diz que o resto que ficou neste tempo, ficaram, permaneceram fieis, segundo a eleição da graça e não segundo as obras.
Paulo compara aqui não a fé com as obras, mas a graça com as obras.
Ambas as comparações fazem sentido.
Mas quando Paulo diz que a eleição é pela graça, ele está a dizer que Deus elege, não função das obras que possamos ter feito ou vamos fazer, mas pela Sua graça, pois se fosse pelas obras, a graça já não era graça.
Este conceito de eleição da graça humilha-nos profundamente, pois se Deus me escolhe, me elege não por nada que eu tenha feito ou por algo que Ele veja que eu vou fazer, mas simplesmente porque Ele é bom, misericordioso, cheio de graça, quando um dia estivermos diante de Deus, nunca vamos poder dizer que estamos ali salvos por alguma coisa que tenhamos feito, por causa da nossa inteligência, da nossa perspicácia, mas com temor e tremor vamos apenas agradecer.
Se Deus me escolhe pela graça o meu orgulho tem que ser quebrado para que possa aceitar isso, pois só pessoas com orgulho quebrado sabem no mais íntimo do seu ser que nada merecem, que tudo é porque Deus é bom, não elas que são boas.
Pessoas assim, que entendem a graça a eleição da graça, não vão ter qualquer problema em aceitar as dificuldades da vida, não vão reclamar pois estão maravilhadas e agradecidas pela graça incompreensível de Deus.