Grande parte das tecnologias militares soviéticas foram baseadas em tecnologias roubadas do Ocidente. Os espiões soviéticos infiltrados nas companhias do setor de defesa, de telecomunicações, de informática e em centros de pesquisa dos EUA, do Reino Unido, da Franca, da Italia, da Alemanha Ocidental, do Japão, etc, conseguiram obter e fornecer a Comissão Industrial Militar Soviética(VPK), chefiada por Vladimir Smirnov, informações de inteligência ciêntifica e tecnológica altamente confidenciais que foram de uma grande contribuição para o desenvolvimento dos radares soviéticos , da tecnologia de rádio, de submarinos, de motores a jato, aeronaves, de computadores, borracha sintética e de armas nucleares. A VPK elaborou vastas “listas de compras” de itens ocidentais necessários e utilizou pelo menos seis entidades diferentes para obtê-los, que incluíam a KGB, o GRU (a Direcção Principal de Inteligência do Estado Maior Soviético) e agências de espionagem de vários países satélites, como a Bulgária, a Roménia, a Checoslováquia e a Alemanha Oriental. Só para se ter uma ideia do nível da penetração da inteligência soviética, principalmente nos EUA, o seu principal rival, havia cerca trinta e dois agentes de C&T( espionagem para obtenção de inteligência ciêntifica e tecnológica) e contactos de confiança ativos nos Estados Unidos durante a década de 1970, a maioria recrutados na mesma década. As empresas para as quais trabalharam, incluíam alguns das principais empreiteiras de defesa americanas: entre eles IBM, McDonnell Douglas e TRW. A rede de agentes de C&T também continha cientistas pro-soviéticos com acesso a importantes projetos relacionados à defesa em alguns dos institutos de pesquisa mais conhecidos dos Estados Unidos: entre eles o de codinome MIKE no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, e o de codinome TROP no Laboratório Nacional Argonne da Universidade de Chicago. Além da rede de agentes civis de C&T, havia também agentes da KGB nas forças armadas que forneciam informações sobre a mais recentes tecnologias militares americanas, entre eles o agente de codinome JOE, um engenheiro eletrónico do exército que forneceu “informações valiosas” sobre sistemas de comunicações militares dos EUA e o agente de codinome NERPA, que em 1977 esteve envolvido na pesquisa de armas no Comando de Desenvolvimento e Preparação de Materiais do exército dos EUA (DARCOM). Um traficante de drogas californiano chamado Andrew Daulton Lee, que em 1975-76, forneceu à base de operações da KGB na Cidade do México, o manual de operações do satélite de vigilância Rhyolite e dados técnicos sobre outros sistemas de satélite. A fonte de Lee foi seu amigo Christopher Boyce, funcionário do fabricante da Rhyolite, TRW Corporations em Redondo Beach. Entre os segredos da TRW repassados à KGB estavam informações detalhadas sobre como os satélites espiões americanos monitoravam os testes de mísseis soviéticos. Desde antes da Segunda Guerra Mundial, a C&T era considerada um meio essencial de impedir que a tecnologia militar e os sistemas de armas soviéticos ficassem para trás em relação ao Ocidente. De acordo com um relatório anotado por Vassili Mitrokhin, mais da metade dos projetos da indústria de defesa soviética em 1979 foram baseados em informações científicas e tecnológicas roubadas do Ocidente. Andropov afirmou em 1981 que todas as tarefas de C&T militar definidas para a KGB haviam sido concluídas com sucesso. De acordo com a um relatório oficial, baseado em grande parte em documentos fornecidos durante o início da década de 1980 por Vladimir Vetrov (codinome FAREWELL), um agente francês infiltrado na Diretoria T do FCD, a inteligência estrangeira soviética: Os soviéticos estimam que, ao usar a documentação do caça F-18 dos EUA, suas indústrias de aviação e radar economizou cerca de cinco anos de tempo de desenvolvimento e 35 milhões de rublos (o custo em dólares em 1980 de atividades de pesquisa equivalentes seria de US$ 55 milhões) em mão de obra do projeto e outros custos de desenvolvimento. A parcela de mão-de-obra destas economias, representa provavelmente mais de mil anos-homem de esforço de investigação científica e uma das explorações individuais mais bem sucedidas da tecnologia ocidental. A documentação do radar de controle de fogo do F-18 serviu como base técnica para novos radares de combate/abate para a última geração de caças soviéticos. Métodos de design de componentes dos EUA, algoritmos de transformação rápida de Fourier, mapeamento de terreno, funções e técnicas de aprimoramento de resolução em tempo real, foram citadas como elementos-chave incorporados à contraparte soviética. Outros projetos militares bem-sucedidos possibilitados pela C&T roubada do Ocidente, foram a construção de um clone soviético do sistema de radar aerotransportado AWACS e o construção do Blackjack Bomber inspirado no americano B1-B.114. A partir do final da década de 1970, foi dada também uma ênfase crescente à contribuição das operações de obtenção de inteligência científica e tecnológica do ocidente para a economia soviética. A Diretoria T calculou que os principais ramos da indústria civil soviética estavam dez anos atrasados em relação aos seus homólogos ocidentais Em janeiro de 1980, Andropov instruiu a Direção T a elaborar planos de arrecadação de C&T do ocidente destinados a resolver problemas atuais na agricultura soviética, metalurgia, geração de energia, engenharia e avanço tecnologico Das 5.456 “amostras” (máquinas, componentes, microcircuitos, etc.) adquiridos do ocidente pela Direção T da KGB durante 1980, 44 por cento foram para as indústrias de defesa, 28 por cento para a indústria civil através do Comitê de Ciência e Tecnologia do Estado (GKNT) e 28 por cento para a própria KGB e outras agências governamentais. Entre as informações científicas e tecnológicas americanas obtido pela KGB durante os anos 50 e 60, incluíam inteligência sobre aeronaves e tecnologia de foguetes, motores turbojato (de uma fonte na General Electric), caça a jato Phantom, pesquisa nuclear, computadores, transistores, rádio eletrônicos, engenharia química e metalurgia. E nas décadas seguintes a inteligência soviética obteve muito mais C&T ocidentais sobre sistemas de armas: mísseis estratégicos e de teatro, incluindo o M-4, suas cabeças nucleares, isolamento térmico criogênico do estágio de combustível do Ariane. Sobre eletrônica aplicada: canhões de elétrons e sistemas de navegação inercial. Diversos: dispositivos solares térmicos e superfícies absorventes seletivas, tecnologias de vidro mineral, desenvolvimento de múltiplos sistemas de defesa antimísseis e outros projetos americanos no campo da defesa antimísseis, Armas de feixe de partículas, Software de simulação para sistemas de armas, Aeronaves furtivas ,hardwares eletrônicos de radio frequência de ondas milimétricas, Motores Propfan para uso futuro em mísseis de cruzeiro, Sistema de controle de armas para aviões de combate, materiais ultrapuros para microeletrônica. A espionagem soviética era muito eficiente, é preciso admitir. O roubo de tecnologia praticado no Ocidente deu à URSS a capacidade de melhorar os seus programas em curso (66 por cento), acelerar o seu desenvolvimento (27 por cento), lançar novos projectos (5 por cento) ou cancelar programas de investigação que não levavam lugar nenhum (2 por cento) No final da década de 1980, especialistas ocidentais chegaram a conclusão de que cerca de 150 sistemas de armas soviéticos foram baseados em sistemas de tecnologia roubados do Ocidente.
Acrescentando alguns esclarecimentos ao assunto debatido, urge salientar que 2 países levaram o ser humano ao espaço no século passado; contudo, somente 1 deles conseguiu colocar o ser humano na superfície de outro astro do Universo (a Lua) e ainda deu ao mundo o Sistema de Posicionamento Global - GPS, a telefonia celular e a Internet, todas tecnologias impulsionadas pela Corrida Espacial. O fato é que o “sucesso” de Stalin - o homem que - segundo Isaac Duetscher - levou a U.R.S.S. "do arado à bomba atômica em apenas uma geração" - comparado ao fracasso de Gorbachev mostra que uma economia socialista é incapaz de funcionar com um mínimo de eficiência sem exigindo uma dose massiva de violência política. Na tentativa de reformar um regime decadente, Gorbachev avançou mais rapidamente com o processo de abertura política na expectativa de remover a previsível resistência que a burocracia soviética criaria às medidas de reforma econômica, como ficou provado de forma CABAL com o fracasso da tentativa d golpe de Estado em agosto de 1991 - que acabou precipitando a crise final do socialismo e a dissolução da própria URSS. Havendo restaurado várias liberdades (credo, expressão, organização, partidária, etc.) que haviam sido abolidas em seu país desde a época de Vladimir Lênin, o processo de abertura de Gorbachev pode ser definido como uma espécie de tentativa de "desleninização" da U.R.S.S. Enquanto Gorbachev seguia adiante com a sua política de "um passo para frente" (em direção ao capitalismo) e dois passos para trás (de volta ao socialismo), o seu paralelo chinês - Deng Xiaoping - adotou uma lógica diametralmente oposta à de Gorbachev: priorizou a conquista da prosperidade econômica (adotando na prática o capitalismo) justamente para retardar qualquer tentativa de abertura política, como ficou evidente com a aceleração da economia. reformas após o massacre da Praça Tiananmen. É importante notar que foi o próprio Karl Marx quem, em sua Contribuição à Crítica da Economia Política, discerniu o cenário em que se formam as condições para um processo de revolução social, descrevendo-o da seguinte forma: “Em um determinado estágio de seu desenvolvimento, as forças produtivas materiais da sociedade contradizem as relações de produção existentes ou - que é apenas sua expressão legal - com as relações de propriedade em que se moviam até então. A partir das formas de desenvolvimento das forças produtivas, essas relações se transformam em grilhões delas. Então, é um momento de revolução social. ' * Ao rejeitar a busca da maximização do lucro como instrumento de estímulo à inovação, os países socialistas acabaram se condenando à obsolescência. Assim, perderam a chance de incorporar os ganhos de produtividade possibilitados pelo progresso tecnológico. É por isso que os países capitalistas conseguiram proporcionar uma maior elevação no padrão de vida de sua população, mesmo sem perseguir o ideal igualitário. Portanto, até a “crise final do socialismo” (para parafrasear as próprias definições de K. Marx mais uma vez), era apenas uma questão de tempo. Mas os fanáticos religiosos não desistem de sua fé, mesmo contra a prova indiscutível dos fatos, que a refutam completamente! O que sempre tem acontecido à sociedade humana desde a época da pedra lascada é que o desenvolvimento tecnológico dispensa o ser humano de se dedicar a determinadas atividades, que passam a ser realizadas de forma mais intensiva, com aumento de produtividade de declínio no contingente de mão-de-obra empregada, eliminando-se determinados postos de trabalho com o auxílio da tecnologia desenvolvida. Mas os postos de trabalho eliminados são compensados com o maior emprego de mão-de-obra em setores mais desenvolvidos tecnologicamente. Foi basicamente isso o que aconteceu quando o advento da Revolução Industrial ajudou a ampliar a produtividade do setor extrativista e agropecuário - notadamente a partir do advento da agroindústria - ao mesmo tempo em que reduzia a necessidade do emprego de mão-de-obra humana nesses setores, que compõe o setor primário da economia. Paralelamente, a Revolução Industrial deslocou a população economicamente ativa para o setor secundário da economia (artesanato, indústria e manufatura). Esse processo foi primeiramente percebido pelo economista austríaco Joseph Alois Schumepeter, que o definiu como uma espécie de "destruição criativa" - isto é: o progresso tecnológico destrói oportunidades de trabalho em alguns setores, mas também cria novas oportunidades em outros setores! O problema é que Schumpeter era um pessimista, que detestava o regime soviético, mas acreditava piamente em que ele encarnava o "futuro da humanidade". Schumpeter não percebeu que ele havia encontrado a chave para explicar porque o capitalismo não se autodestrói numa imensa crise de superprodução, da forma como K. Marx previra que aconteceria: ao invés disso, ele se evolui, criando as condições para a superação da civilização tecnológica industrial e o subsequente advento de uma civilização tecnológica de caráter pós-industrial, da mesma forma como a Revolução Industrial já havia feito com a civilização agrícola ou pré-industrial. Portanto, podemos concluir que desde a invenção das primeiras ferramentas de pedra lascada até a inteligência artifical e as viagens espaciais, a história humana não é movida por uma famigerada e altamente questionável "luta de classes", mas pelo progresso tecnológico: desde que descobriu como manusear o fogo e produzir ferramentas, dentre as quais se inclui a roda, a evolução humana passou a ser mais tecnológica e menos biológica, ao contrário dos outros animais. O principal motivo para este fenômeno reside em que, com o auxílio da tecnologia que criamos, a raça humana passou a ficar gradativamente menos sujeita às limitações impostas pela natureza. Foi por obstruir esse mecanismo da evolução humana - desprezando a importância da maximização do lucro numa sociedade tecnológica industrial - que o chamado "modo de produção socialista" mostrou-se incapaz não apenas de competir com o capitalismo, mas até mesmo de subsistir. Parafraseando Marx mais uma vez, pode-se afirmar com certeza que o socialismo é um sistema repleto de contradições, que traz em si o germe da sua própria destruição: é o sistema que cava o seu próprio túmulo! Gorbachev fracassou ao avançava com a abertura política enquanto retardava as reformas econômicas na U.R.S.S; se Xi Jinping tentar reverter estas últimas na China, ele TAMBÉM fracassará. * Reproduzido de acordo com MARX, K. Prefácio ao Contributo para a Crítica da Economia Política, organizado por Florestan Fernandes e publicado sob o título K. Marx: Teoria e processo histórico da revolução social, In Marx & Engels, Great Social Scientists Collection , História, vol. 36. São Paulo: Ática, 1983. p. 232. Edição comemorativa do centenário da morte de Karl Marx
"A URSS E A CONTRAREVOLUÇÃO DE VELUDO" e "O COLAPSO DA URSS E OUTROS ESCRITOS" do Ludo Martens,lançados pela Edições Nova Cultura,são ótimas análises sobre os motivos que levaram ao fim a gloriosa e saudosa União Soviética.
A URSS teve gastos elevadíssimos com o setor militar, espacial e com a indústria pesada, mas deixou de investir em bens de consumo. Os eletrodomésticos como televisores, toca discos, rádios eram precários, antiquados e defasados, os vídeo cassetes somente chegaram na URSS depois da perestroika, não havia consoles de vídeo games e durante toda a sua existência, a URSS somente produziu um único jogo eletrônico , o "Tetris", que fez relativo sucesso, os computadores soviéticos eram plagios de modelos ocidentais da IBM, os automóveis eram em sua maioria plagios de modelos ocidentais. As calcas jeans eram imitações baratas do jeans original Ocidental, obviamente eram de baixíssima qualidade. Os calçados igualmente eram de péssima qualidade. A informática soviética estava 20 anos atrasada em relação aos seus equivalentes norte-americano e japoneses. Devido a baixa qualidade de seus produtos, a URSS tinha que importar produtos de outros países, pois a população não estava satisfeita com os produtos locais por sua péssima qualidade e chegavam a formar imensas filas quando produtos novos e de boa qualidade chegavam as lojas A baixa qualidade dos produtos soviéticos, deve-se ao fato de que na URSS só havia empresas estatais, assim não havia competição entre as empresas e se não havia competição não havia nenhum estímulo para a produção de produtos de boa qualidade. Isso fatalmente ocorria em qualquer país socialista. Bem diferente dos EUA, que possui inúmeras empresas privada que competem entre si, isso gera um enorme estímulo de produzir bens de consumo de grande qualidade, para atrair o mercado consumidor. A indústria e as máquinas soviéticas mostravam-se obsoletas e seu sistema de gestão burocrático mostrou-se inerte para acompanhar tal mudança. Havia rotina em lugar de inovação tecnológica, baixo rendimento do trabalho e do capital, desperdício e altosestoques. Os modelos de seus produtos estavam antiquados e sua qualidade era sofrível,defasados não só em relação às necessidades da sociedade soviética como principalmenteem relação às novas exigências do mercado mundial. Nas décadas de 70 e 80, a população soviética sofria com a imensa escassez de itens básicos como sabonete,carne, ovos, leite e até meia-calça feminina. Tudo isso eram luxo para poucos soviéticos. Além do mais, já nos anos 70 a URSS passou a acumular um sério atraso tecnológico nos setores deponta da economia mundial, como a microeletrônica, a robótica, a informática, as telecomunicações e inclusive em tecnologias com aplicações militares. A rápida reconversão da indústria capitalista, a uma velocidade sem precedentes de inovação e incorporação tecnológica, em contraste com a rotina e o envelhecimento do equipamento industrial soviético, fez com que os produtos fabricados na URSS que já apresentavam dificuldade de penetração no exterior pelo isolamento e boicote consciente dos estrategistas ocidentais - passassem a não apresentar qualquercondição de competitividade no mercado externo. Justamente quando na URSS começa-sea perceber que seria impossível sobreviver em regime de autarquia, isolado de um sistemaeconômico mundial cada vez mais interdependente e global, e a economia soviética se viu obrigada a importar tecnologia e máquinas avançadas, bens de consumo, cereais eforragens, ela defrontou-se com as dificuldades que historicamente sofrem os paísesatrasados, ou seja: as relações desiguais nas trocas comerciais e as limitações de sua capacidade de exportar bens manufaturados A baixa disseminação e utilização de computadores e o atraso no domínio de sua tecnologia, sintetizava, de certa maneira, a estagnação do desenvolvimento técnicoeconômico e os problemas da gestão ultracentralizada e burocrática do sistema soviético nadécada de 80. De acordo com a totalidade das análises à disposição, no setor de ponta maisdinâmico da economia mundial, a tecnologia da informação, a URSS ficou completamenteà margem da revolução que varreu o planeta a partir de meados da década de 70. Eraflagrante e cada vez maior a defasagem da tecnologia soviética no campo damicroeletrônica e dos microprocessadores em relação à indústria capitalista mais avançada. Como a visão dos dirigentes soviéticos sempre foi a de que a URSS não podia se deixar ficar para trás na competição com o Ocidente; ao constatarem, no entanto,que, já na década de 70, estavam perdendo a corrida tecnológica, praticamente abandonaram seu programa de desenvolvimento próprio na área da microeletrônica e dacomputação e, vendo a fronteira tecnológica afastar-se aceleradamente, embrenharam-seem uma maratona desenfreada por comprar, contrabandear e copiar a tecnologia dasindústrias capitalistas avançadas, principalmente dos Estados Unidos e Japão. Devido àslimitações tecnológicas de sua indústria, à produção interna insuficiente e à limitadacapacidade de exportação da RDA, que produzia alguns tipos de computadores, os dirigentes soviéticos procuraram empresas norte-americanas e britânicas com o objetivo deimportar em grande escala seus modelos de computadores pessoais; na época, os IBM PCAT ou Apple-Macintosh. Por pressão dos militares, preocupado com a crescente defasagem de seu equipamento e a vulnerabilidade de seu sistema de defesa, o governo soviético definiu o IBM 360 como modelo básico para o Sistema Unificado de Computação do COMECON. A partir desse ano, os computadores digitais desenvolvidos por indústrias capitalistas de ponta, especialmente da IBM, e, posteriormente, de indústrias japonesas, passaram a ser o padrão na URSS. A partir dos anos 70, a URSS, que se propunha rivalizar com os Estados Unidos em variados terrenos, também passou a ser dependente desse país em uma área decisiva e essencial para a reconversão de seu sistema econômico que é a tecnologia dos microprocessadores e da informação. A DEFASAGEM TECNOLÓGICA DA URSS ERA INSUSTENTÁVEL .
@@c0m4nf Nem toda desigualdade é injusta, se eu ganho 8.000 e o meu vizinho ganha 2000, isso é injusto??? Injusta por quê? Se uma pessoa me paga 8.000 e a outra paga 2000 , essa pessoa tem a obrigação de me pagar menos por que a outra recebe menos, se for por isso todo mundo será nivelado por baixo e ninguém vai ganhar mais nada, porque todo mundo vai ser impedido de crescer. Isso não é a lógica do socialismo, nivelar todo mundo por baixo e fica todo mundo na miséria. Toda crítica ao capitalismo é baseada nessas chavões socialistas que na prática so levaram a mísera, enquanto isso o capitalismo com toda a sua desigualdade, com toda a sua competitividade, com toda a sua produção em abundância, tem diminuído a miséria Reparem que hoje em dia grande parte das pessoas pobres tem celulares, TVs digitais , computadores portáteis, bens de consumo, que a uns 20 anos atrás so tinha acesso às pessoas ricas. Portanto onde é que estar o fracasso do capitalismo, se o capitalismo democratiza todos esses bens de consumo. Mas os socialistas vão dizer que isso não é se alimentar... mas sera que uma pessoa deixa de comer, de se vestir para comprar um celular?? As pessoa consomem esses bens justamente porque tem excedentes para consumir. Quando se chega numa casa pobre nesse país, se tem uma geladeira, se tem uma SmartTV, se tem um iphone, se tem um smartphone, se tem um notebook, se tem um tablet, se tem um smartwatch, se tem um kindle, se tem acesso a internet banda larga ou o Wi-Fi, isso é fruto do capitalismo que barateou e democratizou o consumo desses produtos. O capitalismo produz bens de consumo em abundância e de qualidade , assim a tendência do valor desses produtos é baixar, tornado possível um trabalhador assalariado, uma empregada doméstica ter acesso a esses bens. Quando bens de consumo estão escassos, a tendência do valor desses produtos é aumentar e tornarem inacessíveis para a grande maioria, era o que ocorria rotineiramente na Rússia soviética e em todos seus satélites no Leste europeu. E em Cuba... sem comentários O mecanismo mais eficiente para que se produza riqueza, é aquele que prioriza a liberdade econômica, prioriza a facilidade de acesso a bens de consumo, a livre concorrência, a produção em larga escala de vários agentes econômicos, uma menor intervenção possível do Estado na economia, com menos impostos, pouca regulamentação, moeda forte e estável, uma abertura total a investimentos estrangeiros respeito à propriedade privada, segurança jurídica e institucional, ampla liberdade para empreender, um livre comércio pleno e menos burocracia.
Obrigada pela aula, eu não sabia como a urss realmente comecou a decair sem ser por fontes liberais. Se puder fazer mais videos sobre o assunto com mais detalhes, acho que seria muito util.
Exatamente como no meu caso! Alias, pelo q me lembro +-, Glasnost e Perestroika foram contadas como um mar de rosas. Essa é a 1a vez que ouço sobre esses 2 projetos com o olhar crítico ao seu propósito sobre fim da URSS.
É o caso de todo mundo. Segundo o senso comum e a história oficial dá a entender, a urss teria ruído naturalmente pela mera inviabilidade do socialismo. Depois que te abrem os olhos sobre essa mentira descarada vc consegue ver o tanto que essa narrativa é simplista, ingênua e conveniente para a uma das partes.
@@99Gara99 a mais pura realidade. Eu era um direitista fervoroso ano passado e já debati com comunistas muita vezes, achando que estava certo. Só que olhando para o passado, percebi que eu não passava de um manipulado, só falava um monte de propaganda capitalista e acreditava nas mentiras dos meus amigos liberais. Como eu me afastei deles, não me senti na obrigação de defender o capitalismo e o livre mercado ( é uma boa ideia no papel mas não se sustenta em qualquer sociedade ), passei a ouvir pela primeira vez a esquerda e conhecer mais sobre o socialismo e a Ussr. E quer saber de uma? Foi libertador me admitir de esquerda. Na real eu sempre fui só não admitia porque achava a esquerda patética kkkk como eu era bobo.
Cada vez mais necessário estudar esse período. Eu, por exemplo, sempre tive o Andropov como mais um burocrata que contribuiu para o colapso da União Soviética.
Simplesmente nota mil! Essa é a 1a vez que ouço sobre Glasnost e Perestroika com o olhar crítico ao seu propósito para o fim da URSS. Fontes liberais contam essa história de uma maneira bem mais amena.
Realmente . Em nossa época de escola falavam simplesmente em uma " abertura" da URSS ao capitalismo. Aula pobre demais, ainda mais em uma época pós ditadura militar ( ali por 1991/2). O medo do comunismo habitava os corações brasileiros sem motivo real.
19:28 Andropov conseguiu dar uma leve acelerada na economia ao combater a corrupção e o absenteísmo. O problema é que ele foi um dos grandes responsáveis pelo que veio depois, já que promoveu pessoas como Gorbachev para cargos importantes. Se não fosse Andropov, Gorbachev jamais teria sido eleito secretário-geral. Além disso, ele apoiou ativamente economistas como Abel Aganbengyan, que defendiam reformas de mercado.
Esse livro O Socialismo Traído é muito indicado e bem chato de achar em português, inglês ou mesmo em espanhol, geralmente caríssimo. Deveria ser republicado, fica a dica aí para as editoras. [Editado 8 meses depois: saiu pela primeira vez no Brasil pela editora Lavrapalavra!]
A única edição desse livro em língua portuguesa é em português de Portugal. E, de fato, é uma obra que precisa de reedições urgentemente, tendo em vista que os exemplares em inglês e espanhol são achados por preços exorbitantes.
Camarada, teu trabalho de educação e formação nas redes é de imensa importância. Tenho aprendido muito com você e outros camaradas. Vida longa! Forte abraço!
Ja estou com o livro O socialismo traido em maos e comeceu a le-lo. Estou lendo tambem o volume 7 da colecao Historia geral do Socialismo, que trata exatamente do socialismo na URSS. Esses livros s'ao de edicoes portuguesas (n'ao sei se foram editadas no Brasil) .mas vale a pena pesquisar sao ambos interessantes.
Adorei a exposição, maravilhosa fala camarada. Essa era uma pergunta que sempre permeava minha cabeça, agora ajudou-me a melhorar meu conhecimento. Obrigado!!!!
15:30 Camarada João, primeiramente, parabéns pelo ótimo vídeo. Gostaria de pontuar que o endividamento interno, por si só, não constitui problema no sentido macroeconômico em um Estado de moeda soberana, ainda mais com a capacidade produtiva plenamente utilizada*, que, ao que tudo indica, era o caso da URSS na época pelo Sr. referida. Ademais, o Estado, diferentemente das firmas e famílias, pode tranquilamente realizar o chamado gasto autônomo (despesas ANTES das receitas); dizer o contrário é fazer coro com a ortodoxia econômica liberal, que ao cabo e de maneira resumida, odeia pobre. *Os altos gastos militares citados ainda garantem que a capacidade produtiva permaneça ocupada (indústria pesada com a produção de armamentos por ex.); a questão é a forma como esses gastos militares serão utilizados. Para ilustrar essa questão, recomendo dois artigos do economista marxista Paul Sweezey (artigos esses que tratam também da forma como os gastos militares dos EUA na primeira metade do séc. XX salvaram essa economia): "Desenvolvimento Recente do Capitalismo Norte-Americano" e "Um programa Econômico para os Estados Unidos".
Eu acho que ele jamais iria fazer um vídeo desses. Gosto do João e do Ian, eles trabalham bastante pela esquerda, mas acredito que eles são stalinistas. Nunca falam mal de Stalin e saem ofendendo muitas pessoas que tinha uma visão diferente. Nesse vídeo mesmo, ele chama de "lixo revisionista" todos os outros líderes da URSS 0:58, mas eu concordo quanto ao insulto ao Gorbachev (que foi um puxa-saco que cresceu babando ovo do seu padrinho Andropov e foi um "libertinador" neoliberal garoto propaganda da Pizza Hut) Na visão dele tudo que veio depois de Stalin foi o que causou a queda da URSS. Na minha visão foi justamente o Stalin que começou com o início da queda da URSS, com o excesso de burocratização do aparato estatal e o grande expurgo
Obrigada pela aula grátis tio. Estou me aprofundando nos estudos e vc, Humberto, Ian e jones Manoel são muito fod* (desculpa o palavrão, mas não existe adjetivo grande o suficiente pra representar o trabalho de vcs😅)
Você poderia fazer um vídeo sobre o OGAS, sistema computadorizado de gestão da planificação econômica, que foi recusado por Nikita Kruschév em 1956? Para mim, a planificação racional computadorizada acabaria com privilégios da burocracia. Seria um sistema impessoal que ajudaria muito o desenvolvimento eficiente das forças produtivas de forma decisiva na disputa econômica com as potências capitalistas.
João, muito obrigado pelo conteúdo! É de extrema necessidade nós comunistas estudarmos mais sobre a maior experiência socialista da história, pra fazer contraponto ao discurso anticomunista dos liberais
A URSS teve gastos elevadíssimos com o setor militar, espacial e com a indústria pesada, mas deixou de investir em bens de consumo. Os eletrodomésticos como televisores, toca discos, rádios eram precários, antiquados e defasados, os vídeo cassetes somente chegaram na URSS depois da perestroika, não havia consoles de vídeo games e durante toda a sua existência, a URSS somente produziu um único jogo eletrônico , o "Tetris", que fez relativo sucesso, os computadores soviéticos eram plagios de modelos ocidentais da IBM, os automóveis eram em sua maioria plagios de modelos ocidentais. As calcas jeans eram imitações baratas do jeans original Ocidental, obviamente eram de baixíssima qualidade. Os calçados igualmente eram de péssima qualidade. A informática soviética estava 20 anos atrasada em relação aos seus equivalentes norte-americano e japoneses. Devido a baixa qualidade de seus produtos, a URSS tinha que importar produtos de outros países, pois a população não estava satisfeita com os produtos locais por sua péssima qualidade e chegavam a formar imensas filas quando produtos novos e de boa qualidade chegavam as lojas A baixa qualidade dos produtos soviéticos, deve-se ao fato de que na URSS só havia empresas estatais, assim não havia competição entre as empresas e se não havia competição não havia nenhum estímulo para a produção de produtos de boa qualidade. Isso fatalmente ocorria em qualquer país socialista. Bem diferente dos EUA, que possui inúmeras empresas privada que competem entre si, isso gera um enorme estímulo de produzir bens de consumo de grande qualidade, para atrair o mercado consumidor. A indústria e as máquinas soviéticas mostravam-se obsoletas e seu sistema de gestão burocrático mostrou-se inerte para acompanhar tal mudança. Havia rotina em lugar de inovação tecnológica, baixo rendimento do trabalho e do capital, desperdício e altosestoques. Os modelos de seus produtos estavam antiquados e sua qualidade era sofrível,defasados não só em relação às necessidades da sociedade soviética como principalmenteem relação às novas exigências do mercado mundial. Nas décadas de 70 e 80, a população soviética sofria com a imensa escassez de itens básicos como sabonete,carne, ovos, leite e até meia-calça feminina. Tudo isso eram luxo para poucos soviéticos. Além do mais, já nos anos 70 a URSS passou a acumular um sério atraso tecnológico nos setores deponta da economia mundial, como a microeletrônica, a robótica, a informática, as telecomunicações e inclusive em tecnologias com aplicações militares. A rápida reconversão da indústria capitalista, a uma velocidade sem precedentes de inovação e incorporação tecnológica, em contraste com a rotina e o envelhecimento do equipamento industrial soviético, fez com que os produtos fabricados na URSS que já apresentavam dificuldade de penetração no exterior pelo isolamento e boicote consciente dos estrategistas ocidentais - passassem a não apresentar qualquercondição de competitividade no mercado externo. Justamente quando na URSS começa-sea perceber que seria impossível sobreviver em regime de autarquia, isolado de um sistemaeconômico mundial cada vez mais interdependente e global, e a economia soviética se viu obrigada a importar tecnologia e máquinas avançadas, bens de consumo, cereais eforragens, ela defrontou-se com as dificuldades que historicamente sofrem os paísesatrasados, ou seja: as relações desiguais nas trocas comerciais e as limitações de sua capacidade de exportar bens manufaturados A baixa disseminação e utilização de computadores e o atraso no domínio de sua tecnologia, sintetizava, de certa maneira, a estagnação do desenvolvimento técnicoeconômico e os problemas da gestão ultracentralizada e burocrática do sistema soviético nadécada de 80. De acordo com a totalidade das análises à disposição, no setor de ponta maisdinâmico da economia mundial, a tecnologia da informação, a URSS ficou completamenteà margem da revolução que varreu o planeta a partir de meados da década de 70. Eraflagrante e cada vez maior a defasagem da tecnologia soviética no campo damicroeletrônica e dos microprocessadores em relação à indústria capitalista mais avançada. Como a visão dos dirigentes soviéticos sempre foi a de que a URSS não podia se deixar ficar para trás na competição com o Ocidente; ao constatarem, no entanto,que, já na década de 70, estavam perdendo a corrida tecnológica, praticamente abandonaram seu programa de desenvolvimento próprio na área da microeletrônica e dacomputação e, vendo a fronteira tecnológica afastar-se aceleradamente, embrenharam-seem uma maratona desenfreada por comprar, contrabandear e copiar a tecnologia dasindústrias capitalistas avançadas, principalmente dos Estados Unidos e Japão. Devido àslimitações tecnológicas de sua indústria, à produção interna insuficiente e à limitadacapacidade de exportação da RDA, que produzia alguns tipos de computadores, os dirigentes soviéticos procuraram empresas norte-americanas e britânicas com o objetivo deimportar em grande escala seus modelos de computadores pessoais; na época, os IBM PCAT ou Apple-Macintosh. Por pressão dos militares, preocupado com a crescente defasagem de seu equipamento e a vulnerabilidade de seu sistema de defesa, o governo soviético definiu o IBM 360 como modelo básico para o Sistema Unificado de Computação do COMECON. A partir desse ano, os computadores digitais desenvolvidos por indústrias capitalistas de ponta, especialmente da IBM, e, posteriormente, de indústrias japonesas, passaram a ser o padrão na URSS. A partir dos anos 70, a URSS, que se propunha rivalizar com os Estados Unidos em variados terrenos, também passou a ser dependente desse país em uma área decisiva e essencial para a reconversão de seu sistema econômico que é a tecnologia dos microprocessadores e da informação. A DEFASAGEM TECNOLÓGICA DA URSS ERA INSUSTENTÁVEL .
@@victorjose_45 você não leu essa baboseira toda, senão não teria postado. Procura ler outra coisa que não seja lixo ideológico do ocidente, depois conversamos.
@@victorjose_45 o socialismo da URSS e toda sua estrutura foi moldado em volta da guerra, o foco era criar uma máquina de guerra e nn carros, televisão, videogame, calça jeans
Vídeo excelente. Seria melhor ainda se conseguíssemos uma reunião no drive ou dropbox com as obras e documentações para estudos mais detalhados e suas fontes.
Eu estava lendo uma entrevista do Luís Carlos Preste e ele apoiava Gorbachov e dizia que "Stalin reinou na URSS" Podemos dizer que Prestes foi ludibriado com o anti stalinismo?
Por isso os camaradas radicais são muito claros nos temas chaves. Queria acreditar no inferno pra ir pra lá e afofar pelo menos o Khrushchov e o Gorbatchov na paulada, ou na picaretada.
Ludo Martens, é um belga, os pdfs dele estao disponivelis em francês, tem também as conferências no youtube, se quiser podemos conversar sobre isso, eu moro na Bélgica, e faço parte do PTB (parte cultural) Ludo ele era do PTB.
Imagina, não impactou 'quase nada'. A URSS só demorou 48 horas para noticiar o acidente, depois de muita pressão da comunidade internacional. Mas isso não tem 'nada a ver' com a Glasnost; pensar por essa linha é teoria da conspiração e, inclusive, o professor poderia falar das condições de trabalho dos que estiveram no contingenciamento da crise no reator da usina, a maior parte trabalhadores ucranianos. As 'seguras' condições de trabalho nem reverberaram na opinião pública local, sobretudo na Ucrânia (aha, a Ucrânia sempre danadinha). E não obstante, vale mencionar o custo Chernobyl, 'irrisório', coisa de 1 Rublo apenas. Na cabeça doente dos que afirmam que Chernobyl não teve impacto significativo no que diz respeito à dissolução da URSS, o acidente foi um fósforo riscado, tudo fruto da propaganda imperialista, se bobear nem foi tão 'grave' assim, a ponto de precisar ser reportado. Só lançou uma nuvem de radiação sobre a Europa, mas isso é bobagem, pois é certo que - antes da nuvem radioativa se espalhar - os trabalhadores ucranianos 'voluntários' e repletos de direitos trabalhistas (morrer na hora ou meses depois) resolveriam a questão com dois copos da água e um capacete. Foi isso que o Regime Soviético da 'transparência' vendeu para eles, antes de serem sepultados num caixão de chumbo, ou melhor, no próprio sarcófago construído para 'decorar' a usina e isolar o reator.
João, você saberia dizer onde conseguir esses livros em versão eletrônica? Procurei nas grandes livrarias oficiais e alternativas mas não encontrei em nenhuma delas. Pelo que entendi as editoras focam nas publicações físicas. Mas sou cego e dependo do digital pra conseguir ler. Se tiver uma dica eu agradeço muito. Ou dá um toque pro pessoal das editoras pra ver se é possível publicar em formato eletrônico (Epub de preferência). Valeu.
Tema fundamental! Parabéns pelo trabalho. Agora me veio uma dúvida. Como definir esses elementos burgueses no Interior da burocracia? A expressão burguesia não é equivocada para definir esses elementos?
eu gostaria de saber como alguem tao repulsivo e reacionario como krushev chegou ate o mais alto escalao do partido e do pais, essa é uma outra importante questao
Bom dia, gosto de ler sobre a urss ( devo ser o ultimo moicano!!!!), já li varios sobre a revolução, lenin, stalin, etc. Ainda quero ler ainda sobre o fim da urss. O problema é que os livros que disponho (da biblioteca publica) são de autores muito tendenciosos americanos ,britanicos. Alguém me sugeere um autor isento?
Assisti todo o vídeo e ganhei um joinha. Se já falou, pode apontar o vídeo que fala mais sobre o politiburo e sua importância ao longo da existência da URSS? Se não falou ainda, acha que dá caldo?
Feliz ano novo moçadaaaa! (pó poró pó pó #entendedores) Paz entre nós, guerra aos senhores e p@u no boga dos revisionistas safados! Beijos do tio Rapha e obrigado pela paciência com meus vacilos e o apoio durante este ano tão difícil! Amo vocês
Um tema necessário para a esquerda que ignora a importância histórica, social e econômica da União Soviética.
Estou lendo seu livro "Do Socialismo Da URSS Ao Capitalismo Da Rússia".
Obrigado pela contribuição. Teus estudos, assim como od do João, são fundamentais na minha jornada de aprendizado.
Grande parte das tecnologias militares soviéticas foram baseadas em tecnologias roubadas do Ocidente. Os espiões soviéticos infiltrados nas companhias do setor de defesa, de telecomunicações, de informática e em centros de pesquisa dos EUA, do Reino Unido, da Franca, da Italia, da Alemanha Ocidental, do Japão, etc, conseguiram obter e fornecer a
Comissão Industrial Militar Soviética(VPK), chefiada por Vladimir Smirnov, informações de inteligência ciêntifica e tecnológica altamente confidenciais que foram de uma grande contribuição para o desenvolvimento dos radares soviéticos , da tecnologia de rádio, de submarinos, de motores a jato, aeronaves, de computadores, borracha sintética e de armas nucleares.
A VPK elaborou vastas “listas de compras” de itens ocidentais necessários e utilizou pelo menos seis entidades diferentes para obtê-los, que incluíam a KGB, o GRU (a Direcção Principal de Inteligência do Estado Maior Soviético) e agências de espionagem de vários países satélites, como a Bulgária, a Roménia, a Checoslováquia e a Alemanha Oriental.
Só para se ter uma ideia do nível da penetração da inteligência soviética, principalmente nos EUA, o seu principal rival, havia cerca trinta e dois agentes de C&T( espionagem para obtenção de inteligência ciêntifica e tecnológica) e contactos de confiança ativos nos Estados Unidos durante a década de 1970, a maioria recrutados na mesma década. As empresas para as quais trabalharam, incluíam alguns das principais empreiteiras de defesa americanas: entre eles IBM, McDonnell Douglas e TRW. A rede de agentes de C&T também continha cientistas pro-soviéticos com acesso a importantes projetos relacionados à defesa em alguns dos institutos de pesquisa mais conhecidos dos Estados Unidos: entre eles o de codinome MIKE no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, e o de codinome TROP no Laboratório Nacional Argonne da Universidade de Chicago. Além da rede de agentes civis de C&T, havia também agentes da KGB nas forças armadas que forneciam informações sobre a mais recentes tecnologias militares americanas, entre eles o agente de codinome JOE, um engenheiro eletrónico do exército que forneceu “informações valiosas” sobre sistemas de comunicações militares dos EUA e o agente de codinome NERPA, que em 1977 esteve envolvido na pesquisa de armas no Comando de Desenvolvimento e Preparação de Materiais do exército dos EUA (DARCOM).
Um traficante de drogas californiano chamado Andrew Daulton Lee, que em 1975-76, forneceu à base de operações da KGB na Cidade do México, o manual de operações do satélite de vigilância Rhyolite e dados técnicos sobre outros sistemas de satélite. A fonte de Lee foi seu amigo Christopher Boyce, funcionário do fabricante da Rhyolite, TRW Corporations em Redondo Beach. Entre os segredos da TRW repassados à KGB estavam informações detalhadas sobre como os satélites espiões americanos monitoravam os testes de mísseis soviéticos.
Desde antes da Segunda Guerra Mundial, a C&T era considerada um meio essencial de impedir que a tecnologia militar e os sistemas de armas soviéticos ficassem para trás em relação ao Ocidente. De acordo com um relatório anotado por Vassili Mitrokhin, mais da metade dos projetos da indústria de defesa soviética em 1979 foram baseados em informações científicas e tecnológicas roubadas do Ocidente. Andropov afirmou em 1981 que todas as tarefas de C&T militar definidas para a KGB haviam sido concluídas com sucesso. De acordo com a um relatório oficial, baseado em grande parte em documentos fornecidos durante o início da década de 1980 por Vladimir Vetrov (codinome FAREWELL), um agente francês infiltrado na Diretoria T do FCD, a inteligência estrangeira soviética: Os soviéticos estimam que, ao usar a documentação do caça F-18 dos EUA, suas indústrias de aviação e radar economizou cerca de cinco anos de tempo de desenvolvimento e 35 milhões de rublos (o custo em dólares em 1980 de atividades de pesquisa equivalentes seria de US$ 55 milhões) em mão de obra do projeto e outros custos de desenvolvimento. A parcela de mão-de-obra destas economias, representa provavelmente mais de mil anos-homem de esforço de investigação científica e uma das explorações individuais mais bem sucedidas da tecnologia ocidental. A documentação do radar de controle de fogo do F-18 serviu como base técnica para novos radares de combate/abate para a última geração de caças soviéticos. Métodos de design de componentes dos EUA, algoritmos de transformação rápida de Fourier, mapeamento de terreno, funções e técnicas de aprimoramento de resolução em tempo real, foram citadas como elementos-chave incorporados à contraparte soviética.
Outros projetos militares bem-sucedidos possibilitados pela C&T roubada do Ocidente, foram a construção de um clone soviético do sistema de radar aerotransportado AWACS e o construção do Blackjack Bomber inspirado no americano B1-B.114.
A partir do final da década de 1970, foi dada também uma ênfase crescente à contribuição das operações de obtenção de inteligência científica e tecnológica do ocidente para a economia soviética. A Diretoria T calculou que os principais ramos da indústria civil soviética estavam dez anos atrasados em relação aos seus homólogos ocidentais Em janeiro de 1980, Andropov instruiu a Direção T a elaborar planos de arrecadação de C&T do ocidente destinados a resolver problemas atuais na agricultura soviética, metalurgia, geração de energia, engenharia e avanço tecnologico
Das 5.456 “amostras” (máquinas, componentes, microcircuitos, etc.) adquiridos do ocidente pela Direção T da KGB durante 1980, 44 por cento foram para as indústrias de defesa, 28 por cento para a indústria civil através do Comitê de Ciência e Tecnologia do Estado (GKNT) e 28 por cento para a própria KGB e outras agências governamentais.
Entre as informações científicas e tecnológicas americanas
obtido pela KGB durante os anos 50 e 60, incluíam inteligência sobre aeronaves e tecnologia
de foguetes, motores turbojato (de uma fonte na General Electric), caça a jato Phantom, pesquisa nuclear, computadores, transistores, rádio eletrônicos, engenharia química e metalurgia.
E nas décadas seguintes a inteligência soviética obteve muito mais C&T ocidentais sobre sistemas de armas: mísseis estratégicos e de teatro, incluindo o M-4, suas cabeças nucleares, isolamento térmico criogênico do estágio de combustível do Ariane. Sobre eletrônica aplicada: canhões de elétrons e sistemas de navegação inercial. Diversos: dispositivos solares térmicos e superfícies absorventes seletivas, tecnologias de vidro mineral, desenvolvimento de múltiplos sistemas de defesa antimísseis e outros projetos americanos no campo da defesa antimísseis,
Armas de feixe de partículas, Software de simulação para sistemas de armas, Aeronaves furtivas ,hardwares eletrônicos de radio frequência de ondas milimétricas, Motores Propfan para uso futuro em mísseis de cruzeiro, Sistema de controle de armas para aviões de combate, materiais ultrapuros para
microeletrônica.
A espionagem soviética era muito eficiente, é preciso admitir.
O roubo de tecnologia praticado no Ocidente deu à URSS a capacidade de melhorar os seus programas em
curso (66 por cento), acelerar o seu desenvolvimento (27 por cento), lançar novos projectos (5 por cento) ou cancelar programas de investigação que não levavam lugar nenhum (2 por cento)
No final da década de 1980, especialistas ocidentais chegaram a conclusão de que cerca de 150 sistemas de armas soviéticos foram baseados em sistemas de tecnologia roubados do Ocidente.
Precisamos estudar muito essa questão do fim da URSS, pois daí tiramos lições valiosas para as futuras revoluções
Acrescentando alguns esclarecimentos ao assunto debatido, urge salientar que 2 países levaram o ser humano ao espaço no século passado; contudo, somente 1 deles conseguiu colocar o ser humano na superfície de outro astro do Universo (a Lua) e ainda deu ao mundo o Sistema de Posicionamento Global - GPS, a telefonia celular e a Internet, todas tecnologias impulsionadas pela Corrida Espacial.
O fato é que o “sucesso” de Stalin - o homem que - segundo Isaac Duetscher - levou a U.R.S.S. "do arado à bomba atômica em apenas uma geração" - comparado ao fracasso de Gorbachev mostra que uma economia socialista é incapaz de funcionar com um mínimo de eficiência sem exigindo uma dose massiva de violência política. Na tentativa de reformar um regime decadente, Gorbachev avançou mais rapidamente com o processo de abertura política na expectativa de remover a previsível resistência que a burocracia soviética criaria às medidas de reforma econômica, como ficou provado de forma CABAL com o fracasso da tentativa d golpe de Estado em agosto de 1991 - que acabou precipitando a crise final do socialismo e a dissolução da própria URSS. Havendo restaurado várias liberdades (credo, expressão, organização, partidária, etc.) que haviam sido abolidas em seu país desde a época de Vladimir Lênin, o processo de abertura de Gorbachev pode ser definido como uma espécie de tentativa de "desleninização" da U.R.S.S.
Enquanto Gorbachev seguia adiante com a sua política de "um passo para frente" (em direção ao capitalismo) e dois passos para trás (de volta ao socialismo), o seu paralelo chinês - Deng Xiaoping - adotou uma lógica diametralmente oposta à de Gorbachev: priorizou a conquista da prosperidade econômica (adotando na prática o capitalismo) justamente para retardar qualquer tentativa de abertura política, como ficou evidente com a aceleração da economia. reformas após o massacre da Praça Tiananmen.
É importante notar que foi o próprio Karl Marx quem, em sua Contribuição à Crítica da Economia Política, discerniu o cenário em que se formam as condições para um processo de revolução social, descrevendo-o da seguinte forma:
“Em um determinado estágio de seu desenvolvimento, as forças produtivas materiais da sociedade contradizem as relações de produção existentes ou - que é apenas sua expressão legal - com as relações de propriedade em que se moviam até então. A partir das formas de desenvolvimento das forças produtivas, essas relações se transformam em grilhões delas. Então, é um momento de revolução social. ' *
Ao rejeitar a busca da maximização do lucro como instrumento de estímulo à inovação, os países socialistas acabaram se condenando à obsolescência. Assim, perderam a chance de incorporar os ganhos de produtividade possibilitados pelo progresso tecnológico. É por isso que os países capitalistas conseguiram proporcionar uma maior elevação no padrão de vida de sua população, mesmo sem perseguir o ideal igualitário. Portanto, até a “crise final do socialismo” (para parafrasear as próprias definições de K. Marx mais uma vez), era apenas uma questão de tempo. Mas os fanáticos religiosos não desistem de sua fé, mesmo contra a prova indiscutível dos fatos, que a refutam completamente!
O que sempre tem acontecido à sociedade humana desde a época da pedra lascada é que o desenvolvimento tecnológico dispensa o ser humano de se dedicar a determinadas atividades, que passam a ser realizadas de forma mais intensiva, com aumento de produtividade de declínio no contingente de mão-de-obra empregada, eliminando-se determinados postos de trabalho com o auxílio da tecnologia desenvolvida. Mas os postos de trabalho eliminados são compensados com o maior emprego de mão-de-obra em setores mais desenvolvidos tecnologicamente.
Foi basicamente isso o que aconteceu quando o advento da Revolução Industrial ajudou a ampliar a produtividade do setor extrativista e agropecuário - notadamente a partir do advento da agroindústria - ao mesmo tempo em que reduzia a necessidade do emprego de mão-de-obra humana nesses setores, que compõe o setor primário da economia. Paralelamente, a Revolução Industrial deslocou a população economicamente ativa para o setor secundário da economia (artesanato, indústria e manufatura).
Esse processo foi primeiramente percebido pelo economista austríaco Joseph Alois Schumepeter, que o definiu como uma espécie de "destruição criativa" - isto é: o progresso tecnológico destrói oportunidades de trabalho em alguns setores, mas também cria novas oportunidades em outros setores!
O problema é que Schumpeter era um pessimista, que detestava o regime soviético, mas acreditava piamente em que ele encarnava o "futuro da humanidade". Schumpeter não percebeu que ele havia encontrado a chave para explicar porque o capitalismo não se autodestrói numa imensa crise de superprodução, da forma como K. Marx previra que aconteceria: ao invés disso, ele se evolui, criando as condições para a superação da civilização tecnológica industrial e o subsequente advento de uma civilização tecnológica de caráter pós-industrial, da mesma forma como a Revolução Industrial já havia feito com a civilização agrícola ou pré-industrial.
Portanto, podemos concluir que desde a invenção das primeiras ferramentas de pedra lascada até a inteligência artifical e as viagens espaciais, a história humana não é movida por uma famigerada e altamente questionável "luta de classes", mas pelo progresso tecnológico: desde que descobriu como manusear o fogo e produzir ferramentas, dentre as quais se inclui a roda, a evolução humana passou a ser mais tecnológica e menos biológica, ao contrário dos outros animais. O principal motivo para este fenômeno reside em que, com o auxílio da tecnologia que criamos, a raça humana passou a ficar gradativamente menos sujeita às limitações impostas pela natureza. Foi por obstruir esse mecanismo da evolução humana - desprezando a importância da maximização do lucro numa sociedade tecnológica industrial - que o chamado "modo de produção socialista" mostrou-se incapaz não apenas de competir com o capitalismo, mas até mesmo de subsistir.
Parafraseando Marx mais uma vez, pode-se afirmar com certeza que o socialismo é um sistema repleto de contradições, que traz em si o germe da sua própria destruição: é o sistema que cava o seu próprio túmulo! Gorbachev fracassou ao avançava com a abertura política enquanto retardava as reformas econômicas na U.R.S.S; se Xi Jinping tentar reverter estas últimas na China, ele TAMBÉM fracassará.
* Reproduzido de acordo com MARX, K. Prefácio ao Contributo para a Crítica da Economia Política, organizado por Florestan Fernandes e publicado sob o título K. Marx: Teoria e processo histórico da revolução social, In Marx & Engels, Great Social Scientists Collection , História, vol. 36. São Paulo: Ática, 1983. p. 232. Edição comemorativa do centenário da morte de Karl Marx
Knmmjkbj
Mknkkkknmmmpkmkknpmmmkmmmmpmkjikb
Nknmpnm no nnmkmknnn
Já Jbj
Precisamos construir a nossa Revolução ... Sob a nossa cultura...do nosso jeito....
Concordo plenamente contigo. Esse é o segredo da coisa.
Quem está questionando isso?
Quem está questionando isso?
E vamos, mas precisamos aprender com as demais revoluções
Quem esta questionando isso?
Saudação camarada João conhecimento que liberta no marxismo liberdade , e revolução ok SP presente 🆗.
"A URSS E A CONTRAREVOLUÇÃO DE VELUDO" e "O COLAPSO DA URSS E OUTROS ESCRITOS" do Ludo Martens,lançados pela Edições Nova Cultura,são ótimas análises sobre os motivos que levaram ao fim a gloriosa e saudosa União Soviética.
A URSS teve gastos elevadíssimos com o setor militar, espacial e com a indústria pesada, mas deixou de investir em bens de consumo.
Os eletrodomésticos como televisores, toca discos, rádios eram precários, antiquados e defasados, os vídeo cassetes somente chegaram na URSS depois da perestroika, não havia consoles de vídeo games e durante toda a sua existência, a URSS somente produziu um único jogo eletrônico , o "Tetris", que fez relativo sucesso, os computadores soviéticos eram plagios de modelos ocidentais da IBM, os automóveis eram em sua maioria plagios de modelos ocidentais. As calcas jeans eram imitações baratas do jeans original Ocidental, obviamente eram de baixíssima qualidade. Os calçados igualmente eram de péssima qualidade. A informática soviética estava 20 anos atrasada em relação aos seus equivalentes norte-americano e japoneses.
Devido a baixa qualidade de seus produtos, a URSS tinha que importar produtos de outros países, pois a população não estava satisfeita com os produtos locais por sua péssima qualidade e chegavam a formar imensas filas quando produtos novos e de boa qualidade chegavam as lojas
A baixa qualidade dos produtos soviéticos, deve-se ao fato de que na URSS só havia empresas estatais, assim não havia competição entre as empresas e se não havia competição não havia nenhum estímulo para a produção de produtos de boa qualidade. Isso fatalmente ocorria em qualquer país socialista. Bem diferente dos EUA, que possui inúmeras empresas privada que competem entre si, isso gera um enorme estímulo de produzir bens de consumo de grande qualidade, para atrair o mercado consumidor. A indústria e as máquinas soviéticas mostravam-se obsoletas e seu sistema de
gestão burocrático mostrou-se inerte para acompanhar tal mudança. Havia rotina em lugar de inovação tecnológica, baixo rendimento do trabalho e do capital, desperdício e altosestoques. Os modelos de seus produtos estavam antiquados e sua qualidade era sofrível,defasados não só em relação às necessidades da sociedade soviética como principalmenteem relação às novas exigências do mercado mundial.
Nas décadas de 70 e 80, a população soviética sofria com a imensa escassez de
itens básicos como sabonete,carne, ovos, leite e até meia-calça feminina. Tudo isso eram luxo para poucos soviéticos.
Além do mais, já nos anos 70 a URSS passou a acumular um sério atraso tecnológico nos setores deponta da economia mundial, como a microeletrônica, a robótica, a informática, as
telecomunicações e inclusive em tecnologias com aplicações militares.
A rápida reconversão da indústria capitalista, a uma velocidade sem
precedentes de inovação e incorporação tecnológica, em contraste com a rotina e o
envelhecimento do equipamento industrial soviético, fez com que os produtos fabricados na
URSS que já apresentavam dificuldade de penetração no exterior pelo isolamento e
boicote consciente dos estrategistas ocidentais - passassem a não apresentar qualquercondição de competitividade no mercado externo. Justamente quando na URSS começa-sea perceber que seria impossível sobreviver em regime de autarquia, isolado de um sistemaeconômico mundial cada vez mais interdependente e global, e a economia soviética se viu
obrigada a importar tecnologia e máquinas avançadas, bens de consumo, cereais eforragens, ela defrontou-se com as dificuldades que historicamente sofrem os paísesatrasados, ou seja: as relações desiguais nas trocas comerciais e as limitações de sua capacidade de exportar bens manufaturados
A baixa disseminação e utilização de computadores e o atraso no domínio
de sua tecnologia, sintetizava, de certa maneira, a estagnação do desenvolvimento técnicoeconômico e os problemas da gestão ultracentralizada e burocrática do sistema soviético nadécada de 80. De acordo com a totalidade das análises à disposição, no setor de ponta maisdinâmico da economia mundial, a tecnologia da informação, a URSS ficou completamenteà margem da revolução que varreu o planeta a partir de meados da década de 70. Eraflagrante e cada vez maior a defasagem da tecnologia soviética no campo damicroeletrônica e dos microprocessadores em relação à indústria capitalista mais avançada.
Como a visão dos dirigentes soviéticos sempre foi a de que a URSS não podia se deixar ficar para trás na competição com o Ocidente; ao constatarem, no entanto,que, já na década de 70, estavam perdendo a corrida tecnológica, praticamente
abandonaram seu programa de desenvolvimento próprio na área da microeletrônica e dacomputação e, vendo a fronteira tecnológica afastar-se aceleradamente, embrenharam-seem uma maratona desenfreada por comprar, contrabandear e copiar a tecnologia dasindústrias capitalistas avançadas, principalmente dos Estados Unidos e Japão. Devido àslimitações tecnológicas de sua indústria, à produção interna insuficiente e à limitadacapacidade de exportação da RDA, que produzia alguns tipos de computadores, os
dirigentes soviéticos procuraram empresas norte-americanas e britânicas com o objetivo deimportar em grande escala seus modelos de computadores pessoais; na época, os IBM PCAT ou Apple-Macintosh.
Por pressão dos militares, preocupado com a crescente defasagem de seu equipamento e a vulnerabilidade de seu sistema de defesa, o governo soviético definiu o IBM 360 como modelo básico para o Sistema Unificado de Computação do COMECON. A partir desse ano, os computadores digitais
desenvolvidos por indústrias capitalistas de ponta, especialmente da IBM, e, posteriormente, de indústrias japonesas, passaram a ser o padrão na URSS.
A partir dos anos 70, a URSS, que se propunha rivalizar com os Estados Unidos em variados terrenos, também passou a ser dependente desse país em uma área decisiva e essencial para a reconversão de seu sistema econômico que é a tecnologia dos microprocessadores e da informação.
A DEFASAGEM TECNOLÓGICA DA URSS ERA INSUSTENTÁVEL .
@@victorjose_45 E do que adianta um país com um vasto nível tecnológico, se um cidadão de classe baixa não tem condição de comprar.
@@c0m4nf
Nem toda desigualdade é injusta, se eu ganho 8.000 e o meu vizinho ganha 2000, isso é injusto??? Injusta por quê? Se uma pessoa me paga 8.000 e a outra paga 2000 , essa pessoa tem a obrigação de me pagar menos por que a outra recebe menos, se for por isso todo mundo será nivelado por baixo e ninguém vai ganhar mais nada, porque todo mundo vai ser impedido de crescer. Isso não é a lógica do socialismo, nivelar todo mundo por baixo e fica todo mundo na miséria. Toda crítica ao capitalismo é baseada nessas chavões socialistas que na prática so levaram a mísera, enquanto isso o capitalismo com toda a sua desigualdade, com toda a sua competitividade, com toda a sua produção em abundância, tem diminuído a miséria
Reparem que hoje em dia grande parte das pessoas pobres tem celulares, TVs digitais , computadores portáteis, bens de consumo, que a uns 20 anos atrás so tinha acesso às pessoas ricas. Portanto onde é que estar o fracasso do capitalismo, se o capitalismo democratiza todos esses bens de consumo.
Mas os socialistas vão dizer que isso não é se alimentar... mas sera que uma pessoa deixa de comer, de se vestir para comprar um celular?? As pessoa consomem esses bens justamente porque tem excedentes para consumir.
Quando se chega numa casa pobre nesse país, se tem uma geladeira, se tem uma SmartTV, se tem um iphone, se tem um smartphone, se tem um notebook, se tem um tablet, se tem um smartwatch, se tem um kindle, se tem acesso a internet banda larga ou o Wi-Fi, isso é fruto do capitalismo que barateou e democratizou o consumo desses produtos. O capitalismo produz bens de consumo em abundância e de qualidade , assim a tendência do valor desses produtos é baixar, tornado possível um trabalhador assalariado, uma empregada doméstica ter acesso a esses bens.
Quando bens de consumo estão escassos, a tendência do valor desses produtos é aumentar e tornarem inacessíveis para a grande maioria, era o que ocorria rotineiramente na Rússia soviética e em todos seus satélites no Leste europeu. E em Cuba... sem comentários
O mecanismo mais eficiente para que se produza riqueza, é aquele que prioriza a liberdade econômica, prioriza a facilidade de acesso a bens de consumo, a livre concorrência, a produção em larga escala de vários agentes econômicos, uma menor intervenção possível do Estado na economia, com menos impostos, pouca regulamentação, moeda forte e estável, uma abertura total a investimentos estrangeiros
respeito à propriedade privada, segurança jurídica e
institucional, ampla liberdade para empreender, um livre comércio pleno e menos burocracia.
@@victorjose_45KKKKKKKK
Obrigada pela aula, eu não sabia como a urss realmente comecou a decair sem ser por fontes liberais. Se puder fazer mais videos sobre o assunto com mais detalhes, acho que seria muito util.
Exatamente como no meu caso! Alias, pelo q me lembro +-, Glasnost e Perestroika foram contadas como um mar de rosas. Essa é a 1a vez que ouço sobre esses 2 projetos com o olhar crítico ao seu propósito sobre fim da URSS.
É o caso de todo mundo. Segundo o senso comum e a história oficial dá a entender, a urss teria ruído naturalmente pela mera inviabilidade do socialismo.
Depois que te abrem os olhos sobre essa mentira descarada vc consegue ver o tanto que essa narrativa é simplista, ingênua e conveniente para a uma das partes.
fomos criados num cativeiro americanóide , alimentados com liberalismo como gansos do foie gras@@99Gara99
@@99Gara99 a mais pura realidade. Eu era um direitista fervoroso ano passado e já debati com comunistas muita vezes, achando que estava certo. Só que olhando para o passado, percebi que eu não passava de um manipulado, só falava um monte de propaganda capitalista e acreditava nas mentiras dos meus amigos liberais. Como eu me afastei deles, não me senti na obrigação de defender o capitalismo e o livre mercado ( é uma boa ideia no papel mas não se sustenta em qualquer sociedade ), passei a ouvir pela primeira vez a esquerda e conhecer mais sobre o socialismo e a Ussr. E quer saber de uma? Foi libertador me admitir de esquerda.
Na real eu sempre fui só não admitia porque achava a esquerda patética kkkk como eu era bobo.
Esse vídeo é fundamental!
Cada vez mais necessário estudar esse período. Eu, por exemplo, sempre tive o Andropov como mais um burocrata que contribuiu para o colapso da União Soviética.
Chegou já muito idoso... 😢
Simplesmente nota mil! Essa é a 1a vez que ouço sobre Glasnost e Perestroika com o olhar crítico ao seu propósito para o fim da URSS. Fontes liberais contam essa história de uma maneira bem mais amena.
Realmente . Em nossa época de escola falavam simplesmente em uma " abertura" da URSS ao capitalismo. Aula pobre demais, ainda mais em uma época pós ditadura militar ( ali por 1991/2). O medo do comunismo habitava os corações brasileiros sem motivo real.
Comentando pelo algoritmo. Obrigada pela aula, professor
19:28 Andropov conseguiu dar uma leve acelerada na economia ao combater a corrupção e o absenteísmo. O problema é que ele foi um dos grandes responsáveis pelo que veio depois, já que promoveu pessoas como Gorbachev para cargos importantes. Se não fosse Andropov, Gorbachev jamais teria sido eleito secretário-geral.
Além disso, ele apoiou ativamente economistas como Abel Aganbengyan, que defendiam reformas de mercado.
Dar tanto poder a indivíduos e minar a auto organização política dos povos soviéticos só podia dar nisso
Tudo fez sentido pra mim agora, obrigado por essa oportunidade de aprendizado camarada, vc é uma luz para a nossa luta!
Um sonho nunca morre quando se sonha junto...
Chamando pesadelo de sonho? Você é uma ameba mesmo!
Esse livro O Socialismo Traído é muito indicado e bem chato de achar em português, inglês ou mesmo em espanhol, geralmente caríssimo. Deveria ser republicado, fica a dica aí para as editoras.
[Editado 8 meses depois: saiu pela primeira vez no Brasil pela editora Lavrapalavra!]
da pra achar na internet em PDF porém é mais fácil achar em inglês do que português
A única edição desse livro em língua portuguesa é em português de Portugal. E, de fato, é uma obra que precisa de reedições urgentemente, tendo em vista que os exemplares em inglês e espanhol são achados por preços exorbitantes.
Posso arranjar!
@@tojeira Como assim pode arranjar? haha
Tenho em PDF. Fácil de achar em inglês
Excelente video! Importante estudar isto, pois muitas pessoas acham que a URSS de 1991 e a de 1930s é a mesma, ignorando as fases e governos da mesm!
Camarada, teu trabalho de educação e formação nas redes é de imensa importância. Tenho aprendido muito com você e outros camaradas. Vida longa! Forte abraço!
João Carvalho sempre certeiro
Ja estou com o livro O socialismo traido em maos e comeceu a le-lo. Estou lendo tambem o volume 7 da colecao Historia geral do Socialismo, que trata exatamente do socialismo na URSS. Esses livros s'ao de edicoes portuguesas (n'ao sei se foram editadas no Brasil) .mas vale a pena pesquisar sao ambos interessantes.
o Livro " Socialismo traido ", Esse livro existe em edição portuguesa. Edição Avante (do partido comunista).
Valeu João sua lenda!!! Muito bom ter acesso a essas informações, seu trabalho é uma pepita de ouro pra cada proletário
O entreguismo era flagrante. Esses caras foram traidores da pátria.
Muito boa e importante fala João, em algum outro momento oportuno poderíamos ter continuação!!
Adorei a exposição, maravilhosa fala camarada. Essa era uma pergunta que sempre permeava minha cabeça, agora ajudou-me a melhorar meu conhecimento. Obrigado!!!!
Obrigado, camarada. E parabéns pelo trampo.
Ufa! Estava preocupado, seu canal tinha desparecido.
Melhor jeito que começar 2022 rs Camarada João Carvalho é foda!!!
Muito obrigada pelo conteúdo, João.❤❤❤
Parabéns pelo conteúdo, professor! Acabei fazendo um vídeo animado mostrando esse tópico da crise na União Soviética!
15:30
Camarada João, primeiramente, parabéns pelo ótimo vídeo.
Gostaria de pontuar que o endividamento interno, por si só, não constitui problema no sentido macroeconômico em um Estado de moeda soberana, ainda mais com a capacidade produtiva plenamente utilizada*, que, ao que tudo indica, era o caso da URSS na época pelo Sr. referida. Ademais, o Estado, diferentemente das firmas e famílias, pode tranquilamente realizar o chamado gasto autônomo (despesas ANTES das receitas); dizer o contrário é fazer coro com a ortodoxia econômica liberal, que ao cabo e de maneira resumida, odeia pobre.
*Os altos gastos militares citados ainda garantem que a capacidade produtiva permaneça ocupada (indústria pesada com a produção de armamentos por ex.); a questão é a forma como esses gastos militares serão utilizados.
Para ilustrar essa questão, recomendo dois artigos do economista marxista Paul Sweezey (artigos esses que tratam também da forma como os gastos militares dos EUA na primeira metade do séc. XX salvaram essa economia): "Desenvolvimento Recente do Capitalismo Norte-Americano" e "Um programa Econômico para os Estados Unidos".
João sempre muito bom.
Vídeo muito necessário, tio. Grato.
Muito bom! Adoraria vídeos ainda mais aprofundados sobre o tema
Muito obrigado, João!!
ótimo vídeo! obrigada pela aula, professor
ótimo vídeo!
Conteúdo de qualidade altíssima 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽
Excelente aula!
É sempre bom escutar o João
Tava tendo um dia feliz e me aparece o vídeo com esse tema 😭
João, seria possível fazer um vídeo sobre o livro "A revolução traída" de Trotsky, contra-argumentando capítulo por capítulo?
Eu acho que ele jamais iria fazer um vídeo desses. Gosto do João e do Ian, eles trabalham bastante pela esquerda, mas acredito que eles são stalinistas.
Nunca falam mal de Stalin e saem ofendendo muitas pessoas que tinha uma visão diferente.
Nesse vídeo mesmo, ele chama de "lixo revisionista" todos os outros líderes da URSS 0:58, mas eu concordo quanto ao insulto ao Gorbachev (que foi um puxa-saco que cresceu babando ovo do seu padrinho Andropov e foi um "libertinador" neoliberal garoto propaganda da Pizza Hut)
Na visão dele tudo que veio depois de Stalin foi o que causou a queda da URSS. Na minha visão foi justamente o Stalin que começou com o início da queda da URSS, com o excesso de burocratização do aparato estatal e o grande expurgo
Suas palestras são espetaculares
Obrigada pela aula grátis tio. Estou me aprofundando nos estudos e vc, Humberto, Ian e jones Manoel são muito fod* (desculpa o palavrão, mas não existe adjetivo grande o suficiente pra representar o trabalho de vcs😅)
De a ordem João, é muito bom ouvir você falando.
Você poderia fazer um vídeo sobre o OGAS, sistema computadorizado de gestão da planificação econômica, que foi recusado por Nikita Kruschév em 1956? Para mim, a planificação racional computadorizada acabaria com privilégios da burocracia. Seria um sistema impessoal que ajudaria muito o desenvolvimento eficiente das forças produtivas de forma decisiva na disputa econômica com as potências capitalistas.
João, muito obrigado pelo conteúdo! É de extrema necessidade nós comunistas estudarmos mais sobre a maior experiência socialista da história, pra fazer contraponto ao discurso anticomunista dos liberais
A URSS teve gastos elevadíssimos com o setor militar, espacial e com a indústria pesada, mas deixou de investir em bens de consumo.
Os eletrodomésticos como televisores, toca discos, rádios eram precários, antiquados e defasados, os vídeo cassetes somente chegaram na URSS depois da perestroika, não havia consoles de vídeo games e durante toda a sua existência, a URSS somente produziu um único jogo eletrônico , o "Tetris", que fez relativo sucesso, os computadores soviéticos eram plagios de modelos ocidentais da IBM, os automóveis eram em sua maioria plagios de modelos ocidentais. As calcas jeans eram imitações baratas do jeans original Ocidental, obviamente eram de baixíssima qualidade. Os calçados igualmente eram de péssima qualidade. A informática soviética estava 20 anos atrasada em relação aos seus equivalentes norte-americano e japoneses.
Devido a baixa qualidade de seus produtos, a URSS tinha que importar produtos de outros países, pois a população não estava satisfeita com os produtos locais por sua péssima qualidade e chegavam a formar imensas filas quando produtos novos e de boa qualidade chegavam as lojas
A baixa qualidade dos produtos soviéticos, deve-se ao fato de que na URSS só havia empresas estatais, assim não havia competição entre as empresas e se não havia competição não havia nenhum estímulo para a produção de produtos de boa qualidade. Isso fatalmente ocorria em qualquer país socialista. Bem diferente dos EUA, que possui inúmeras empresas privada que competem entre si, isso gera um enorme estímulo de produzir bens de consumo de grande qualidade, para atrair o mercado consumidor. A indústria e as máquinas soviéticas mostravam-se obsoletas e seu sistema de
gestão burocrático mostrou-se inerte para acompanhar tal mudança. Havia rotina em lugar de inovação tecnológica, baixo rendimento do trabalho e do capital, desperdício e altosestoques. Os modelos de seus produtos estavam antiquados e sua qualidade era sofrível,defasados não só em relação às necessidades da sociedade soviética como principalmenteem relação às novas exigências do mercado mundial.
Nas décadas de 70 e 80, a população soviética sofria com a imensa escassez de
itens básicos como sabonete,carne, ovos, leite e até meia-calça feminina. Tudo isso eram luxo para poucos soviéticos.
Além do mais, já nos anos 70 a URSS passou a acumular um sério atraso tecnológico nos setores deponta da economia mundial, como a microeletrônica, a robótica, a informática, as
telecomunicações e inclusive em tecnologias com aplicações militares.
A rápida reconversão da indústria capitalista, a uma velocidade sem
precedentes de inovação e incorporação tecnológica, em contraste com a rotina e o
envelhecimento do equipamento industrial soviético, fez com que os produtos fabricados na
URSS que já apresentavam dificuldade de penetração no exterior pelo isolamento e
boicote consciente dos estrategistas ocidentais - passassem a não apresentar qualquercondição de competitividade no mercado externo. Justamente quando na URSS começa-sea perceber que seria impossível sobreviver em regime de autarquia, isolado de um sistemaeconômico mundial cada vez mais interdependente e global, e a economia soviética se viu
obrigada a importar tecnologia e máquinas avançadas, bens de consumo, cereais eforragens, ela defrontou-se com as dificuldades que historicamente sofrem os paísesatrasados, ou seja: as relações desiguais nas trocas comerciais e as limitações de sua capacidade de exportar bens manufaturados
A baixa disseminação e utilização de computadores e o atraso no domínio
de sua tecnologia, sintetizava, de certa maneira, a estagnação do desenvolvimento técnicoeconômico e os problemas da gestão ultracentralizada e burocrática do sistema soviético nadécada de 80. De acordo com a totalidade das análises à disposição, no setor de ponta maisdinâmico da economia mundial, a tecnologia da informação, a URSS ficou completamenteà margem da revolução que varreu o planeta a partir de meados da década de 70. Eraflagrante e cada vez maior a defasagem da tecnologia soviética no campo damicroeletrônica e dos microprocessadores em relação à indústria capitalista mais avançada.
Como a visão dos dirigentes soviéticos sempre foi a de que a URSS não podia se deixar ficar para trás na competição com o Ocidente; ao constatarem, no entanto,que, já na década de 70, estavam perdendo a corrida tecnológica, praticamente
abandonaram seu programa de desenvolvimento próprio na área da microeletrônica e dacomputação e, vendo a fronteira tecnológica afastar-se aceleradamente, embrenharam-seem uma maratona desenfreada por comprar, contrabandear e copiar a tecnologia dasindústrias capitalistas avançadas, principalmente dos Estados Unidos e Japão. Devido àslimitações tecnológicas de sua indústria, à produção interna insuficiente e à limitadacapacidade de exportação da RDA, que produzia alguns tipos de computadores, os
dirigentes soviéticos procuraram empresas norte-americanas e britânicas com o objetivo deimportar em grande escala seus modelos de computadores pessoais; na época, os IBM PCAT ou Apple-Macintosh.
Por pressão dos militares, preocupado com a crescente defasagem de seu equipamento e a vulnerabilidade de seu sistema de defesa, o governo soviético definiu o IBM 360 como modelo básico para o Sistema Unificado de Computação do COMECON. A partir desse ano, os computadores digitais
desenvolvidos por indústrias capitalistas de ponta, especialmente da IBM, e, posteriormente, de indústrias japonesas, passaram a ser o padrão na URSS.
A partir dos anos 70, a URSS, que se propunha rivalizar com os Estados Unidos em variados terrenos, também passou a ser dependente desse país em uma área decisiva e essencial para a reconversão de seu sistema econômico que é a tecnologia dos microprocessadores e da informação.
A DEFASAGEM TECNOLÓGICA DA URSS ERA INSUSTENTÁVEL .
@@victorjose_45 você não leu essa baboseira toda, senão não teria postado. Procura ler outra coisa que não seja lixo ideológico do ocidente, depois conversamos.
@@victorjose_45 o socialismo da URSS e toda sua estrutura foi moldado em volta da guerra, o foco era criar uma máquina de guerra e nn carros, televisão, videogame, calça jeans
@@victorjose_45A defasagem da bolha de 29 e 2009 também era inevitável. E assim por diante cada vez pior
Vídeo excelente. Seria melhor ainda se conseguíssemos uma reunião no drive ou dropbox com as obras e documentações para estudos mais detalhados e suas fontes.
Eu estava lendo uma entrevista do Luís Carlos Preste e ele apoiava Gorbachov e dizia que "Stalin reinou na URSS" Podemos dizer que Prestes foi ludibriado com o anti stalinismo?
Excelente video!
Aulas tio, obrigado pela aula!
A Revolução é possivel basta sonhar...
Bão demais
Grande aula!
Que presente de fim de ano! Venceremos
Ótima aula!
Bom pra caramba!
Por isso os camaradas radicais são muito claros nos temas chaves. Queria acreditar no inferno pra ir pra lá e afofar pelo menos o Khrushchov e o Gorbatchov na paulada, ou na picaretada.
te amo
Excelente análise!
Grande vídeo, grande tema!
Ludo Martens, é um belga, os pdfs dele estao disponivelis em francês, tem também as conferências no youtube, se quiser podemos conversar sobre isso, eu moro na Bélgica, e faço parte do PTB (parte cultural) Ludo ele era do PTB.
Bom demais
Ótima live meo
Feliz ano novo ! Gulag neles! 🤘🤘
fui dar like no final no video devido ao pedido, percebi que já tinha curtido
Obrigado.
Quando que teremos um video sobre a Líbia???
QUE TEMA!
Qual o impacto do incidente de Chernobil para a dissolução da URSS?
Pouco. Só pra propaganda antisovietica no ocidente. Excelente pra esquecer o acidente nuclear nos EUA uma década antes.
Gerou muita propaganda anti URSS no ocidente
Imagina, não impactou 'quase nada'. A URSS só demorou 48 horas para noticiar o acidente, depois de muita pressão da comunidade internacional. Mas isso não tem 'nada a ver' com a Glasnost; pensar por essa linha é teoria da conspiração e, inclusive, o professor poderia falar das condições de trabalho dos que estiveram no contingenciamento da crise no reator da usina, a maior parte trabalhadores ucranianos. As 'seguras' condições de trabalho nem reverberaram na opinião pública local, sobretudo na Ucrânia (aha, a Ucrânia sempre danadinha). E não obstante, vale mencionar o custo Chernobyl, 'irrisório', coisa de 1 Rublo apenas. Na cabeça doente dos que afirmam que Chernobyl não teve impacto significativo no que diz respeito à dissolução da URSS, o acidente foi um fósforo riscado, tudo fruto da propaganda imperialista, se bobear nem foi tão 'grave' assim, a ponto de precisar ser reportado. Só lançou uma nuvem de radiação sobre a Europa, mas isso é bobagem, pois é certo que - antes da nuvem radioativa se espalhar - os trabalhadores ucranianos 'voluntários' e repletos de direitos trabalhistas (morrer na hora ou meses depois) resolveriam a questão com dois copos da água e um capacete. Foi isso que o Regime Soviético da 'transparência' vendeu para eles, antes de serem sepultados num caixão de chumbo, ou melhor, no próprio sarcófago construído para 'decorar' a usina e isolar o reator.
muito bom
Muito boa análise.
te amo joao
engajamento dale dale
Muito bom esse video
valeu por isso
Ainda q pincelado, esses conhecimentos são mais do q necessários
valeuu
João, você saberia dizer onde conseguir esses livros em versão eletrônica? Procurei nas grandes livrarias oficiais e alternativas mas não encontrei em nenhuma delas. Pelo que entendi as editoras focam nas publicações físicas. Mas sou cego e dependo do digital pra conseguir ler. Se tiver uma dica eu agradeço muito. Ou dá um toque pro pessoal das editoras pra ver se é possível publicar em formato eletrônico (Epub de preferência). Valeu.
Se eu tivesse um amigo chamado Camarada, eu chama-lo-ia camarada Camarada.
Tema fundamental! Parabéns pelo trabalho. Agora me veio uma dúvida. Como definir esses elementos burgueses no Interior da burocracia? A expressão burguesia não é equivocada para definir esses elementos?
quando tiver dinheiro vou montar uma escola nos seus moldes!!
eu gostaria de saber como alguem tao repulsivo e reacionario como krushev chegou ate o mais alto escalao do partido e do pais, essa é uma outra importante questao
Venceu no debate interno no PC.
@@andr3lz mas isso nao responde a questao, só mostra com o pc ja estava enfraquecido
@@katero cara, bem pior que ele é o imundo do Ieltsin, como aquilo chegou ao comitê central.
O partido já estava corrompido desde o Stalinismo
@@gut.6925 ou simplesmente os caras ganharam no debate interno.
Bom dia, gosto de ler sobre a urss ( devo ser o ultimo moicano!!!!), já li varios sobre a revolução, lenin, stalin, etc. Ainda quero ler ainda sobre o fim da urss. O problema é que os livros que disponho (da biblioteca publica) são de autores muito tendenciosos americanos ,britanicos. Alguém me sugeere um autor isento?
Muito bom esse vídeo. É um tema que a esquerda evita.
Assisti todo o vídeo e ganhei um joinha. Se já falou, pode apontar o vídeo que fala mais sobre o politiburo e sua importância ao longo da existência da URSS? Se não falou ainda, acha que dá caldo?
Oi engajamento
Sim,o comunismo morreu mas acho que é possivel voltar sempre pensei que o socialismo nunca morreria como ideologia...
Feliz ano novo moçadaaaa! (pó poró pó pó #entendedores) Paz entre nós, guerra aos senhores e p@u no boga dos revisionistas safados! Beijos do tio Rapha e obrigado pela paciência com meus vacilos e o apoio durante este ano tão difícil! Amo vocês
Nosso bagulho é fazer a revolução!!!!
engajamento
Bibliografia 3:00 20:00
Boa
Procurei e não encontrei o relatório de 1962 que o João cita no início do vídeo - mesmo buscando em inglês...alguém ajuda?
Onde encontro essa camiseta camaradas?
Só faltou as referências...😊
Ele vai citando ao longo do vídeo.
Brabo
2:29 ele falou depois do posqueda?
Não tinha corrupção tirar do povo necessitado do pobre do povo
Aonde encontro a live completa ?
lança o pdf ai meu rei
Qualquer um dos outros 6: Malencov, Buganin, Krushov, Brejnev, Tchernenko e Gorbachov.