Doka Internacional & NANDA PAM

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  • Опубликовано: 1 дек 2024

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  • @wilkinnehafiere3108
    @wilkinnehafiere3108 10 лет назад +7

    Por, Salvador Tchongó Domingos
    Nos termos da Lei n.º 4/91, de 3 de Outubro, publicado no suplemento ao B.O. n.º 39 do mesmo ano, art.º 21º e segs, eu, Salvador Tchongó Domingos, no uso do direito de resposta que a Lei põe à minha disposição, venho respeitosamente requerer à publicação, na íntegra, do conteúdo da minha declaração/resposta à acusação, embora suponha não intencional, mas que mancha publicamente o meu bom nome, durante a entrevista que a Senhora Nanda concedeu ao Doka Ferreira.
    …Viriato Pã, Referência intelectual e cultural de Mansoa
    Quando, em 1963, cheguei a Mansoa, ouvi falar-se muito entusiástica e orgulhosamente de Viriato Rodrigues Pã pelos habitantes daquela nobre Vila, então cheia de vida, dada a presença abundante da tropa colonial. Em todo o meio intelectual, escolar, desportivo e outros que animavam a Vila ouvia-se com frequência enaltecer a inteligência e bravura de Viriato, que tinha sido levado pelo Pároco de Mansoa, o Senhor Pe. Júlio Patrocínio de Oliveira Martins, para estudar “na Metrópole”
    Eu parti de Hock Grande (Ôco-Grande, que facilitava a escrita colonial), preparado por um grande intelectual, nacionalista, irreverente, de raciocínio fácil e rápido: Afonso Manuel Latna, natural de Bissun-Naga. Senti-me muito à vontade no meio escolar da Vila de Mansoa, onde tive o privilégio e honra de ter aproveitado muito ainda do também saudoso Vicente António Rodrigues, vulgo “Professor Lobo”, padrinho de baptismo de Viriato e donde veio o sobrenome de “RODRIGUES” para Viriato.
    O encontro em Montariol
    Quando fui chamado a partir para estudar nas Missões Franciscanas de Montariol, em Braga, Portugal, não consegui encontrar-me com o Viriato na Guiné, apesar de ele e Pedro Duarte Jandi, nos meses de Agosto e Setembro de 1964, terem estado de férias na então Colónia Portuguesa da Guiné. O nosso primeiro encontro deu-se na Cidade dos Arcebispos (Braga) em Outubro do mesmo ano de 1964, eles no 4.º e 5.º Ano do Liceu, respectivamente, e nós, eu e os meus colegas “caloiros” de então e companheiros de viagem, Os falecidos João José Lopes Sequeira e Domingos Fernandes Gomes, no nosso 1.º ano liceal.
    Alguns traços de identidade entre mim e Viriato, em especial o facto de termos sido enviados pela mesma pessoa, da mesma paróquia, ou porque, como eu costumo dizer, abriram-se-nos os olhos para o Mundo em Mansoa, factos que nos aproximaram e criaram grande empatia e amizade entre os dois. Eu via-o como irmão mais velho, filhos do mesmo pai espiritual.
    Viriato não suportava injustiça, sobretudo se tiver sabor ao racismo ou na utilização desproporcionada da razão da força. Era muito sensível e atento a esses pormenores quase nunca deixava de reagir em conformidade.
    Quando analiso o seu nacionalismo fervoroso, o apurado intelectualismo sempre presente nas palavras, escrita inteligível, e perfeitamente legível, Viriato Pã é, aos meus olhos, o “irmão gémeo” de Afonso Manuel Latna, o meu primeiro e saudoso Professor: capacidade intelectual, boa escrita em todo o sentido, inimigos da descriminação, reacção pronta, coragem-imprudente, eis alguns de traços comuns entre os dois. A imprudência nas decisões, o nacionalismo fervoroso e espírito de “o justo” foram fatais aos dois.
    "Recusar “Humilhar-se”
    Viriato foi obrigado a deixar o colégio de Montariol em Braga por entender que não devia acatar uma “ punição correctiva”, que devia colocá-lo, por algum tempo, numa mesa à parte no refeitório, fora do seu lugar habitual, na sequência de um ajuste de contas com um colega que a ele se dirigiu de forma considerada pejorativa e insultuosa pela cor da pele. Despedimo-nos os dois às 6 horas da manhã, quando se conduzia no carro que o levou à estação de comboio.
    Alguns elementos de traços de personalidade, da história de Viriato estão registados na brochura publicada em 1987 pela RGB/MB, intitulado “VIRIATO PÃ, UMA VIDA PELA PÁTRIA”.
    O Reencontro
    Em 1972, todos os elementos de Montariol estavam em Lisboa, com a excepção do Floriberto de Carvalho, com quem os novatos chegados depois de Agosto de 1964 não se encontraram em Braga, por ter deixado o colégio naquela época, de regresso a Bissau. Em Outubro de 1972, portanto, um reencontro saudado: Pedro Jandi, Viriato Pã já lá estavam em Lisboa; João Sequeira veio de Ponto de Lima; Antero Binhã, Quintino Lopes Ferreira e Eduardo Calisto Correia Evangelista, se não me engano, vieram todos de Leiria; Domingos Fernandes Gomes, de Bissau. Eu, Salvador Tchongó Domingos, parti de Varatojo, Torres Vedras.
    Aí estão os “ Montariolenses” ou, se preferirem, “os Roqueiros” (de Rua Alfredo ROQUE Gameiro, em Lisboa, onde se situavam 2 apartamentos, contíguos e no mesmo piso, ocupados por muitos de nós e centro da nossa reflexão política). Entrámos, então, nas diversas universidades de Lisboa e em condições de prosseguir o nosso entusiástico mas analítico acompanhamento da Luta de Libertação Nacional: o progressivo envolvimento da sociedade, os diversos posicionamentos de franjas e sectores da Sociedade bem como as zonas/regiões, e mais. Nos nossos encontros estava sempre em análise um conjunto de questões de que se destacavam as que se seguem.
    - A problemática da eventual unidade Guiné-Bissau/Cabo Verde. Como, já que a cúpula do PAIGC é constituída por originários de Cabo Verde (a naturalidade de Amílcar Cabral ainda hoje é um tabu)?
    - A insanável hostilidade e ódio entre PAIGC e FLING
    - A mobilização e incorporação, à parte, da juventude da Colónia da Guiné nos chamados “Comandos Africanos”, susceptíveis de represália e/ou isolamento no pós independência, que nos parecia apenas uma questão de meses;
    Foi nesse dealbar do ano lectivo de 1972/1973 que Viriato teve de optar ir concluir o curso de Direito em Coimbra. Entretanto o tempo correu e deu-se o 25 de Abril de 1974 e estas questões tornaram-se tão evidentes, prementes e exigentemente incontornáveis que, por dever de consciência, nos levaram a procurar mais guineenses para partilhar as nossas preocupações. Porém, muitos tinham entrado na compreensível e natural euforia da independência, situação que nos transformou de imediato em opositores ao regime do PAIGC, com epítetos de “flinguistas”, “roqueiros reaccionários” e outros.
    Oposição a um regime que se previa sanguinário
    A nossa primeira manifestação pública deu-se a 4 de Julho de 1974, numa das salas da Faculdade de Veterinária, junto ao Liceu Camões, na Praça José Fontana, em Lisboa. Viriato partiu de Coimbra mas, por dificuldades de transportes, chegou atrasado.
    Estava definido o nosso objectivo de informar, esclarecer a opinião pública guineense, Portuguesa e Comunidade Internacional. E nós estávamos expostos e dispostos a formar a consciência crítica dos Guineenses sobre o que representava a entrega da Independência da Colónia sem que determinadas questões fossem negociadas e acauteladas, minimamente asseguradas vidas. Era também a questão vital da coesão social e da unidade de um País “sui generis”, cuja independência “de iure” estava ainda para ser reconhecida pela Potência colonial, Portugal.
    Após o 25 de Abril e depois de um ano duro, politicamente falando, Domingos Fernandes Gomes deixou Portugal rumando à Itália para melhor se dedicar ao estudo de Medicina para o qual Lisboa já não oferecia concentração necessária.
    Na Rua Alfredo Roque Gameiro, como se disse, nós ocupávamos 2 (dois) apartamentos contíguos de 3 assoalhadas cada um. Viriato Rodrigues Pã fixando-se agora em Lisboa, ficou comigo no mesmo quarto. Os outros dois quartos estavam ocupados por Mateus Mendonça e pelo Eduardo Calisto Correia Evangelista.
    Os Evangelistas, de Bôr a Portugal
    Se a memória não me engana, foi em Março de 1975 que chegou a Portugal um contingente de estudantes guineenses para Magistério Primário, dividido em 2 grupos, um para Aveiro e Outro para Viseu. Nomes como Marcelo da Velha, Filipe Benício Namada, Maria do Nascimento Evangelista, Maria Divina Evangelista, entre outros, compunham o conjunto.
    Os Evangelista, em Bôr, era uma Família bem conceituada e gozava de larga simpatia entre as comunidades cristãs nas redondezas, em especial na localidade de Bôr, onde existia um internato de raparigas dirigido por Irmãs Franciscanas, que congregava uma elevada quantidade de raparigas para formação e educação.
    A Senhora D. Rosa Correia Evangelista, educada e formada nesse internato, e o seu esposo, Senhor João Evangelista, pais do Eduardo calisto, da Maria do Nascimento e outros, eram e são figuras de referência na Comunidade, bem como o Falecido Domingos Evangelista.
    Diga-se de passagem que a Senhora D. Rosa CORREIA Evangelista é irmã do conhecido Combatente e Comandante PAULO CORREIA, fuzilado juntamente com Viriato Rodrigues Pã e outros nacionalistas, em número de 6, em 1986.
    Devo acrescentar, para a melhor inteligibilidade e compreensão do que vou contestar, que foi nesse ambiente de respeitabilidade, de vivência familiarizante e integrante que, vinda de Cachéu aos 10 anos de idade, cresceu a minha esposa, a Senhora D. Rita Figueiredo da Silva Domingos, até ir para Portugal aos 17 anos, tornando-se, assim, produto desta fraternidade comunitária em tudo coesa e solidária pela vida fora. Até hoje.
    De regresso à Lisboa
    Deixando a comunidade de Bôr e voltando um pouco atrás, diria que, tendo-se retirado por algum tempo para a Universidade de Sorbonne, em Paris, sempre com o objectivo de melhor apetrechar a sua formação académica, o regresso de Viriato deu-se nos momentos em que o período de formação dos estudantes do Magistério Primário terminava.
    Antes de regressar a Portugal, Viriato Pã, em correspondência que mantínhamos, deu-me a conhecer a sua intenção de impedir que a Maria do Nascimento Evangelista seguisse para Bissau, porque não obteria autorização para voltar a Portugal.
    Chegado de Paris, confirmou a ideia e deu a estratégia. A decisão foi rápida e, como sempre, ousada. Escusado será dizer que criou estupefacção, dividiu opiniões, provocou hesitações e receios nos meios guineenses, em Lisboa e em Bissau. Forjámos e concretizou-se com um casamento civil em Julho de 1976. Fui o padrinho do casamento, com a minha mulher, apesar de sermos então simples namorados.
    Um duro golpe político para o PAIGC, desferido pelos “FLINGISTAS”, como éramos conhecidos. Intensificou-se a acção da nossa oposição ao PAIGC, muitos artigos escritos em diversos jornais portugueses constituíam-se como denúncias ao que se passava no País, com detenções arbitrárias e espancamentos mortais nas prisões.
    Criámos uma organização clandestina com o objectivo de estruturar a nossa actividade e pensamento, inquietar o PAIGC e informar a Opinião Pública: ORGANIZAÇÃO ANTI-NEOCOLONIALISTA DA GUINÉ (OANG), que teve muitas vicissitudes, com o aparecimento da UPANG em paralelo. Quando deixou de primar por uma direcção literalmente colegial, Viriato assumiu a liderança e iniciou a respectiva reorganização noutros moldes.
    A fotografia
    Ninguém é tão ingénuo que procura conquistar uma casada com fotografia e ainda para mais rubricada e com suposta declaração de amor! Só nos tribunais da Guiné-Bissau de dirigentes totalitários e criminosos se pode tentar enganar a opinião pública de forma tão grosseira, o que é um insulto à Comunidade!
    No meio da actividade política semi-clandestina exercida pelo grupo, em 1977 decidi frequentar aulas de italiano nas instalações da Embaixada da Itália no Largo de Rato, em Lisboa, preparando férias na Itália, já que lá tinha Domingos Fernandes Gomes e com quem mantinha regular, fraternal e política trocas de informações, telefónica e epistolar.
    No ano de 1977, portanto, entendi que, não tendo definido a opção de nacionalidade após a independência do meu País, era altura de clarificar a situação e não tencionava deslocar-me para a Itália com documentos de nacionalidade Portuguesa. Em Maio, pedi emissão do Bilhete de Identidade e, acto contínuo, Passaporte da Guiné-Bissau. Falei com Senhor Maximiano, elemento n.º 1 da Segurança da Embaixada da Guiné-Bissau em Lisboa. Ele conhecia-nos muitíssimo bem e tentou aproximar-se com diversas estratégias e intenções. Tivemos alguns encontros, um deles no Gabinete do DR Biscaia Pereira, Patrono do Viriato e onde Viriato organizava as respectivas actividades jurídicas.
    Ele disse-me, então, que entregasse 6 (seis) fotografias, tipo “passe”, que seriam encaminhadas para o País, juntamente com elementos identificativos que entregasse. Até Agosto não obtive a satisfação, antes desilusão. Decidi manter-me … Português e obtive BI e Passaporte em 2 semanas, tendo Partido a 29 de Setembro, atrasado quanto à minha programação, para a Itália. João José Lopes Sequeira seguiu-me dois dias depois. As fotografias, nunca mais. Nem fotos, nem documentos.
    Domingos Fernandes ficou mais bem informado sobre o que se passava em Lisboa: OANG, UPANG, GRUPO CASA DA GUINÉ (em oposição à Casa de Cabo Verde, donde os 3 fomos expulsos em 1975, por pessoas cujos nomes não digo, por respeito à sua memória).
    Os Pã
    Este nome Pã, de origem bem definida e que, fonologicamente, se poderia escrever “P´HAN” (morança), foi celebrizado pela escrita colonial em “PÔ, consagrado nos documentos de Viriato. É uma herança. Mas o ano de 1980 trouxe novidades à política e à Família Pã.
    Com mais ou menos choques internos, a oposição ao PAIGC manteve a sua chama. Mas devo referir que, em Abril de 1980, nasceu o último filho de Viriato, o Venilo Adão Evangelista Pã. No lugar de ADÃO devia estar “N´DAN” (agora sou verdadeiro SÉNIOR), que o registo civil português não aceitou, tal como não tinha aceitado “MÍDANA” levando a que o filho de meio de Viriato ficasse com o nome de VIRIATO EVANGELISTA PÃ (Mídana reservado para casa e amigos).
    Para quem não saiba ou para quem quiser mais saber, o nome de MÍDANA foi escolhido por mim, Salvador Tchongó. Referia-me à outra realidade de tantas prisões e mortes nas cadeias da Guiné-Bissau do PAIGC. A mensagem solidária era para o Povo da Guiné-Bissau, mas o fuzilamento do Viriato por Nino Vieira e PAIGC, fez a extensão da mesma às famílias sofredoras do processo. Eu, Salvador Tchongó Domingos, e a minha esposa, D. Rita Figueiredo da Silva Domingos, somos os padrinhos deste filho do Viriato, que baptizámos quando ainda éramos namorados e ambos frequentadores da casa do Viriato e da Maria Evangelista Pã.
    Só o Qidna Bidar Pã, o filho mais velho do Viriato Rodrigues Pã, só ele escapou à “censura” do registo civil de Portugal, conservando e exibindo orgulhosamente este nome exoticamente Guineense: QUIDNA BIDAR PÃ (Bidar é alcunha do avô, João Evangelista, pelo facto de os parentes entenderem que ele abraçou hábitos de brancos e deixou uso e tradição de origem).
    Aí estão os 3 filhos do Viriato Rodrigues Pã, cuja mãe é a Senhora D. Maria do Nascimento Evangelista Pã. De tantas conversas que nos segregámos ao longo dos tempos em que ele não teve sequestro nem isolamento, não conheço mais outro filho de Viriato.
    Viriato tinha forte Personalidade e lutava por convicções, com espírito e nacionalismo de “antes partir que torcer”.
    O 14 de Novembro
    Voltando atrás, o 14 de Novembro, uma das novidades de 1980, surpreendeu-nos pela positiva e saudámo-lo, na altura, com entusiasmo redobrado. Para quem lutava por uma Guiné-Bissau coesa, em Paz e Tolerância, em que os Guineenses não fossem de novo colonizados ou subalternizados na própria terra, era um grande alívio. Estava aberto o caminho para uma reconciliação, pensávamos nós. Seria possível uma terra em que, apesar de terem seguido caminho diferentes, mas com a intenção de lutar pela independência, os dirigentes da FLING não fossem perseguidos, nem que os “Comandos Africanos” fossem massacrados (apesar do seu forçado pecado original), nem referências importantes da nossa realidade tradicional e cultural violadas, como foi o caso do Régulo Baticã Ferreira. Em que houvesse um acantonamento e clarificação em relação à cúpula do PAIGC e do imbróglio de unidade Guiné/Cabo Verde, que levava à prisão e à morte tantos guineenses. O maior significado do 14 de Novembro era o de que a Guiné-Bissau estava nas mãos dos seus filhos, dizia Viriato. Os presos políticos estavam sendo libertados, valas comuns denunciadas.
    A Vinda para Bissau
    Tendo vindo para a Guiné-Bissau, inicialmente havia informações que, no entanto e após a 1.ª prisão de Viriato, se foram escasseando. Os muitos inimigos do Viriato na Guiné-Bissau de criminosos, cada um com a sua motivação, quão predadores do sangue humano, e tal como feras nas florestas, souberam isolar a vitima do resto da manada para melhor lhe desferirem o golpe mortal, fosse em que circunstância fosse. Desde a 1.ª prisão, onde começou a banalização da figura e da pessoa, e as múltiplas acusações disparadas em várias direcções tinham o mesmo objectivo matar: fosse por espancamento na prisão, envenenamento ou fuzilamento, como acabou por acontecer.
    E mais podia dizer. Esperei algum tempo e até estive para não reagir, mas o respeito que devo ao Quidna Bidar Pã, ao Viriato Evangelista Pã ao Venilho “N´DAN” Pã, bem como aos meus filhos, quis colocar tudo isto em cima da mesa para mostrar aos distraídos, aos maldosos de má-fé que não há espaço para qualquer tipo de traição a Viriato da minha parte, muito menos de natureza tão baixa que tem estado a provocar excitação a algumas mentes.
    Sempre medi os meus passos e examino habitualmente os meus actos e domino com firme segurança as inclinações perversas, não sou hipócrita de tal modo que a lama não se agarra nas paredes do meu nome. Pelo que deixei escrito, rodeei-me sempre de gente que escreve bem e não desenho letras para conquistar uma mulher casada, ainda com a minha fotografia: ingenuidade! Eu fui coordenador da Defesa e Segurança do Partido RGB no exterior durante 6 anos …
    Sempre tive acesso à casa de Viriato tal como o tenho hoje aos filhos do Viriato. Eles só têm de andar de cabeças erguidas pelos pais que têm. Se Viriato foi sequestrado, isolado de tal modo que as barbaridades o levaram a algumas situações insólitas, vós os filhos, a Maria do Nascimento Pã, a viúva, e todos nós que tivemos a irreparável perda com uma bárbara situação em que foi envolvido ate à morte, devemos honrar a sua memória como a de muitos outros companheiros, e foram muitos, que nos deixaram.
    E eu, Salvador Tchongó Domingos, que nada temo porque não devo, se Deus me dá vida e saúde e enquanto a RGB (Resistência da Guiné-Bissau), vulgo “Movimento Bafatá, me permitir, serei sempre candidato do Partido pelo Círculo de Nhacra/Mansoa.

  • @jaquitesuleimane8158
    @jaquitesuleimane8158 4 года назад +2

    Aiii Guinée e pena pa