Legal que o anime Death Note retrata bastante sobre o Utilitarismo,você sempre se questiona ao longo do anime qual lado estaria "certo" e qual o "errado". No caso, o Kira agia para gerar a maior quantidade de bem estar,embora a intenção não fosse tão nobre assim(Já que ele queria ser um novo Deus de um novo mundo) Diferente do L,que não acreditava nisso.
Então Diego Esteves. O utilitarismo é uma das principais corrente éticas. Ao lado da ética das virtudes e da ética deontologica. Todavia, o termo utilitarismo ainda é visto no sentido pejorativo ou reducionista. Como sinônimo pragmatismo.
Lembre-se que toda vez que ouvir alguem dizer o que você pensava, mas não conseguia expressar, a culpa é de como fomos ensinados. Nada que não se possa reverter.
@@BrunoGoncalves-mm3pj que mentira! kkkkkkkk se fosse o teu pai na linha do trem com certeza você deixaria o trem passar por cima dos 4 trabalhadores... não é feio disse que faria isso, todo mundo faria o mesmo...
Eu sempre refleti muito sobre essas situações, mas nunca soube que era chamado de utilitarismo. Na situação do trem eu seria obrigado a mudar a linha do trem, independente dele ser meu amigo ou não, e a ação seria tão dolorosa para mim quanto para os parentes da vítima, porque eu me sentiria culpado mesmo wue indiretamente pelo resto da vida, mas viver em sociedade é assim, vivemos para proteger o todo (o grupo), a existência do grupo é mais importante que a nossa própria vida. Já refleti do ponto de vista o qual a vitima fosse meu ente querido, e acabei congelando, infelizmente travei e não sei o que faria, talvez eu deixasse na mão dos instintos. A comparação com o trem, e a doação de órgãos não foi coerente do meu ponto de vista, porque no trilho do trem houve um acidente, enquanto a doação de órgãos não foi um acidente, mas uma decisão isolada de salvar um grupo ao invés de salvar um indivíduo. Esses são meus pontos de vista, mas não tenho nada concreto... só sei, que nada sei.
A situação da doação de orgãos é totalmente cabivel, pois é esse o espirito do utilitarismo, o bem estar da maioria memso que isso resulte em prejuizo para a minoria. Da mesma forma que sacrifica 1 pessoa para salvar 4 na situação do term, você sacrifica 1 pessoa para salvar 3. Esse é o grande problema do utilitarismo, como a utilidade de algo é subjetiva, varia de individuo para individuo, as respostas em diversas situações são diferentes. Ou seja, o utilitarismo cria mais conflitos do que resolve e é por isso que ele jamais pode ser usado como substituto à ética.
Utilitarismo em parte , eu concordo. agora essa do trem, NÃO . Os 4 descuidados se assemelham a 4 pessoas distraídas conversamdo no meio de uma rua , enquanto tem alguem na calçada próxima, é o obvio que o certo ,prudente e inocente é o da calçada , portanto ,o justo seria" este" sair vivo.
As duas situações versão sobre utilitarismo, porém são diferentes entre si. Uma é acidente decisão rápida de qquer forma alguém morrerá poucas informações sobre as pessoas, apenas que são trabalhadores. A outra é uma decisão fria de profissionais médicos e possivelmente enfermeiros. Sobre matar alguém que pode ter boa saúde ou estar para morrer. Para salvar quais pessoas e pq? Aí é mais complexo falta elementos elementos.
Agora pense, a única pessoa que você matou era um financiador de ongs que ajudam os necessitados. Enquanto os outros 4 que ficaram vivos não faziam nada de relevante, inclusive um deles era violento e batia na esposa, e outro disseminava ódio político. Você deixar os 4 viverem não só matou alguém que ajudava grandes massas, como também deixou vivo alguém que prejudicava grandes massas.
Aproveitando o exemplo da linha do trem, ocorre o seguinte: 1. Se vc apertar o botão para mudar a direção do trem, será indiciado por (tentativa) homicídio doloso contra aquela pessoa. 2. Se não apertar o botão, não cometeria crime algum, pq as pessoas estavam na linha do trem e não teria sido possível evitar o que se entenderia como acidente, no máximo responderia por homicídio culposo (por negligência), cuja pena é menor do que no primeiro caso. No caso do assassino, a legítima defesa de terceiros te isenta de pena, porém será preciso provar a necessidade no caso fático. Muito interessante a abordagem. Parabéns
Gostei bastante do video. A provocação do narrador rendeu muitos comentários. Até então, analisar o fato com poucas variantes, pareceu-me um certo consenso, a priori, apertar o botão para "salvar" os quatro trabalhadores. Agora, quando foi introduzido essas variantes, tipo: familiar, amigo, criminoso as opiniões começaram a conflitar. Sem dúvida, é complicado mesmo! A cena é meramente imaginativa, mas quando nos imaginamos na sala de controle dos trilhos e precisando tomar uma decisão em segundos, a coisa complica. Na verdade também, as variantes são forçadas justamente para testar nosso emocional porque uma tomada real de decisão num momento de fato implica muitos outros fatores. Enfim, tudo isso demonstra que situações extremas requerem atitudes muitas vezes extremas. Apertar ou não o botão? Vou me socorrer de um ditado chinês: antes da hora não é hora; depois da hora não é mais hora; só é hora na hora.
Na verdade o mundo está como está exatamente por ninguém seguir essa teoria. Existe uma enorme desigualdade social no mundo todo, o mundo é polarizado, todo século tem uma guerra. Se todo o mundo fosse utilitarista, seria tipo o paraíso na terra.
Eu discordo, para mim não existe uma pessoa que vale mais do que outra, se você pegar o Albert Einstein e algum trabalhador, eles são igualmente importantes, eu sou tão igual quanto um assassino, um ladrão, o que me faz ser melhor do que ele? Eu nunca ter roubado ou matado alguém? Isso com base em que? Nas leis dos homens?
Excelente vídeo e canal, assisti diversos vídeo do canal, porém só agora consegui fazer este agradecimento pelo conteúdo compartilhado, lhe desejo muito sucesso neste e outros projetos
Para eu francisco, este é o melhor vídeo de seu canal.;Por que maioria dos seus vídeo trazem já resposta pronta esse não, esse foi diferente, deixou uma dúvida à todos nós
O interessante é que o bem do utilitarismo é bem limitado. Ele vale para quem? Para quais sociedades, quais classes? A história nos da todas as provas dessa sociedade a quem o utilitarismo quer o bem.
O utilitarismo não faz esse tipo de distinção. Ele é abrangente para todo ser que possua interesses, i.e., que se importa com o que lhe acontece; que ela prefere experienciar satisfação à frustração -- num nível mínimo, ela prefere não sofrer ou não reduzir seu bem-estar. As práticas que privilegiam os interesses de uma classe sobre a outra, aos moldes dos supremacistas brancos e outros não são pautadas no utilitarismo, tanto que o utilitarismo é historicamente totalmente relacionado a práticas inclusivas, como a igualdade de gênero, a democracia liberal, os direitos dos animais, etc.
@Legendas Monarquicas A gente não tem informação perfeita sobre tudo e, portanto, não consegue saber absolutamente todas as consequências de uma ação, é verdade, mas existe sim um certo grau de previsibilidade. É possível criar modelos, fazer projeções, tudo de modo a alcançar alguma consequência desejada. A gente sabe, por exemplo, que o investimento em educação de base tende a gerar ganhos consistentes na produtividade de um país por causa do capital humano. Se sabe, também, que, quando uma economia está aquecida, com o hiato do produto positivo, uma expansão monetária vai tender a gerar inflação de preços. Isso e muitas outras coisas são possíveis de se prever. A gente nunca tem certeza de como vai estar exatamente o mundo no futuro, mas podemos ter boas noções. Agora, é certo que é muito difícil mesmo ter uma boa ideia dos desejos de uma população, mas muitas políticas podem ser feitas de modo a proporcionar aos cidadãos mais oportunidades para buscar seu bem-estar, por exemplo. Incrementos na renda e combates a problemas de saneamento, por exemplo, de uma população já são coisas que podem ser consideradas desejáveis do ponto de vista utilitarista, na medida em que propiciam aos indivíduos uma devida busca pelo seu bem-estar. Além disso, os regimes democráticos podem ser aprimorados, como vêm sendo desde pelo menos a instauração da democracia liberal inglesa, de modo a permitir uma consolidação saudável do poder popular, não por uma democracia radical ou algo do tipo, em que haveria pouco ou nenhum entrave aos desejos da população, mas uma democracia que permita que as políticas sejam feitas de modo a propiciar o maior bem possível ao maior número de pessoas. Essa já é uma concepção bastante pragmática, que deu e dá certo em vários lugares do mundo, embora, é claro, não de maneira perfeita, já que a gente não pode ter informação suficiente para um planejamento central, então é natural que os utilitaristas, em sua vasta maioria, rejeitassem algum tipo de dirigismo estatal
@Legendas Monarquicas Concordo que a gente pode questionar. Eu mesmo não conheço alguém que seja dogmático ao ponto de acreditar que a gente tenha informação perfeita que permita saber de todas as consequências de uma determinada ação. Sempre existe uma incerteza, porém a questão do utilitarismo é que ele vai dizer que uma ação é moralmente superior a outra na medida em que gera o maior bem para o maior número de indivíduos (e defino "indivíduos" com a mesma extensão dos seres sencientes, que possuem direitos). É perfeitamente possível que a gente fracasse miseravelmente até muitas vezes na hora de escolher uma ação, mas isso não é uma limitação da teoria ética
@Legendas Monarquicas Aí começou com um problema. É possível criar mecanismos que impeçam, ou ao menos minimizem, as atitudes irresponsáveis de políticos, como leis de responsabilidade, tetos de gastos, Banco Central independente, entre outras coisas. Isso é realidade em muitos países do mundo. Eu tô querendo entrar nisso porque aparentemente o discurso possui uma finalidade de ser mais crítico ao dirigismo. Mesmo que você possa estar criticando outras formas de influência política em assuntos econômicos (o que aparentemente você está fazendo, por criticar justamente o utilitarismo), esse argumento pode acabar perdendo um pouco de seu sentido. Não é questão de uma liderança controlar a vida de alguém, mas de arranjar meios de melhorar a eficiência do mercado, que já é algo a princípio descentralizado, para proteger a propriedade e corrigir as falhas de mercado, mas aí já é uma defesa de uma ideologia econômica (defino "ideologia econômica" como a parte normativa da economia), com o qual um utilitarista pode ou não concordar e que muitos não utilitaristas concordam. Aí tem também outra questão: a utilidade não se sobrepõe à ética. Bom, um utilitarista defenderia que a ética já se baseia no princípio de utilidade, então faz mais sentido utilizar essa assertiva mostrando antes o que é ético de fato, algo possível de ser feito de várias maneiras, desde a moral kantiana até a socrática e várias outras coisas. Sobre a questão da educação pública, eu não entrei no mérito da militância política. A educação pública é um ótimo instrumento para potencializar tanto a produtividade de uma economia, necessária para um desenvolvimento econômico sustentado, quanto a igualdade de oportunidades (dentro da qual dá até para entrar com uma visão rawlseana de justiça, que discorda dos utilitaristas). O investimento em educação pública tende a ser uma das melhores ferramentas de desenvolvimento de uma sociedade, de fato. A questão da militância pode ser discutida à parte.
Particularmente, sim, mesmo sendo um ente querido, em prol de um número maior de vidas. Sou simpatizante do estoicismo, e se pensarmos , existe um infinito números de situações na vida, e se cabe uma decisão imediata, que seja feita, ainda que individualmente, no coletivo haverá sempre distorções, que não levaram a nenhuma!
Em cada etapa eu tomava um decisão. Do trem salvava os 4 e sacrificava um. Não aprovo o sacrifício de um p distribuir órgãos. Qdo vc fez o último questionamento fiquei sem resposta. Fiz parte dos jurados no tribunal do júri aqui no RJ . Foi uma experiência muito intensa tão intensa q pedi p sair. Muito difícil ter poder para prender ou soltar e ainda tem a vítima e sua família.
Talvez se tivesse um radio no trem e pudesse avisar o condutor que havia pessoas na via , ele buzinaria e as pessoas sairiam de lá, ou diminuiria a velocidade e buzinaria. Olhando pelo lado prático nenhuma das opções seria correta, não é fácil decidir sobre a vida dos outros, mesmo sendo conhecido ou não. Se fossemos pensar em família, os quatro que estavam em uma das vias suponhamos que cada um deles tivesse 2 filhos e a esposa seriam 12 pessoas felizes e no caso do solitário que tivesse a mesma quantidade familiar seria apenas 3. É complexo e paradoxal, sem contar em todos os princípios morais e éticos que criariam inúmeras probabilidades. Devemos refletir sim, mas acredito que é uma discussão que não tem sentido prático, pois não estamos na situação. Essa reflexão causa uma certa angústia, pois gera grande conflito, não deve ser deixado de lado mas também não deve ser levado ao pé da letra. Quando for tomar qualquer decisão deve ser levado em consideração suas crenças e princípios, a culpa é veneno ter a consciência tranquila e a sensação de dever cumprido deve ser a prioridade.
Essa teoria é umas das que tenho um grande apreço. Ela parece perfeita " como tantas outras", mas o que cativa nela a facilidade com que ela entra em choque contra o lado sentimental dos seres humanos, quando o sacrifício em prol da maioria tiver de ser você ou quem você conheça, ou, pior ainda, faça parte da família. Então, eu acho que seria mais fácil se todas teorias se apresentasse desta forma, um pouco mais inteligível hehe. Aliás, O super leituras traz outras teorias bem complexas de forma bem clara e concisa. Apresenta de tal forma, porque você é muito bom no que faz, em trazer luz àqueles que buscam a liberdade de espírito por meio da razão alinhada com ação ehhehe, parabéns. No último exemplo citado, acho que eu deixaria a seleção natural cuidar da situação, porque eu entraria em choque, provavelmente hehehe.
@@manoelgiovanemendesferreir3930 é o correto pois é o que produz menos mal, e acho q vc e todos independemte do pensamento moral ou ético concordariam. Só há 2 escolhas: matar o amigo ou matar uma quantidade maior de pessoas (inocentes)
@@manoelgiovanemendesferreir3930 e eu sou utilitarista, acho q o unico bem é o prazer Mas msm se eu fosse qualquer outra coisa eu seria a favor de matar o amigo
Nao conhecia esta teoria e fiquei chocado com a frieza. Isto certamente nao vem de alguem de julgamento normal de realidade. Alias, vejo q ela esta’ por traz de tudo o que temos visto dominar os piores acontecimentos no mundo nos ultimos 200 anos pelo menos. Agora muita coisa comeca a fazer sentido pra mim.
Legendas Monarquicas Teria que ser onisciente pra prever todas as consequencias de cada escolha. Num simples tabuleiro de xadrez, nao se pode prever mais q 2 ou 3 jogadas pq as acoes do adversario estao fora do seu dominio.
@Legendas Monarquicas Sim, é impossível prever todas as consequências, pois ninguém vê o futuro mas fazemos o que nos parece mais oportuno naquele momento e ou nas previsões do futuro, portanto não pode dizer que a ética ou a moral são o final da linha pois até mesmo elas são baseadas em possíveis consequências e não são ''naturais'' e ou ''divinas''.
Os piores acontecimentos no mundo nos últimos 200 anos pelo menos não foram pautados no utilitarismo. A ideia do utilitarismo não vem com uma "frieza". Na verdade, o utilitarismo entende o bem da sociedade como um todo e tem consideração pelos seres sencientes. Se alguém faz algo como o holocausto, o apartheid, o Holomodor e outros, essa pessoa não está agindo segundo uma ética utilitarista, por causa da não consideração com o bem-estar dos judeus, negros, ucranianos, etc. Os utilitaristas, pelo contrário, tiveram um papel fundamental na igualdade de gênero, nos direitos dos homossexuais, na democracia liberal, entre outras coisas. Só você ver, por exemplo, o que um cara como o Jeremy Bentham já defendia no século XVIII, muito a frente de seu tempo
@Legendas Monarquicas Dentro da política, o utilitarismo acaba entrando especialmente na área das políticas econômicas. O que você citou, de "político brincando com o futuro de milhões de vidas" é mais um problema em situações mais extremas de dirigismo. Os economistas neoclássicos, ortodoxos, são, em sua maioria, muito influenciados pelo utilitarismo, com o talvez exemplo mais latente do Harsanyi. O liberalismo econômico é central nesse pensamento e, portanto, nada de dirigismo, tanto que o utilitarismo possui uma relação muito estreita com o liberalismo (por Bentham, John Stuart Mill, Sidgwick, o próprio Harsanyi, entre muitos outros). Se não vai dar certo e "só um idiota vai acreditar que vai dar certo", não seria uma posição utilitarista. Nesse sentido, os utilitaristas se aproximam bem mais da economia ortodoxa, então não dá para fazer essa crítica de político brincando com o futuro de milhões de vidas
Gabriel Canaan sei que uma ideia concebida em boa fe’ pode naturalmente ser usada pra qlqr outro fim. Digo isso porque nao vejo como valor o conceito de direito de minorias. Outra coisa e’ o “bem da sociedade como um todo”. Isso sob controle de ditadores pode significar qlqr coisa. Estes dois fatores so’ ja’ justificam escalada de poder do estado em detrimento de direitos individuais. Suas colocacoes reforcam minha percepcao: utilitarismo significa uma gigantesca involucao no desenvolvimento humano e uma arma poderosa de crescimento do estado rumo ao absolutismo. Dependendo de que lado voce esta’, vai achar bom ou nao.
Alisson pensando sobre o utilitarismo acredito que a educação em minha casa teve esse princípio, o que era melhor para todos da família e não um em particular, mas quando era necessário ,todos abriram mão de algo para que alguém fosse estudar fora por exemplo, o que seria melhor naquele momento da família. Creio que o egoismo imposto, centralismo no pessoal é negativo, leva muito jovens a frustração constante, não abrem mão para o todo.
Nesse situação que foi colocada, sobre decidir entre poupar 4 trabalhadores ou 1 um trabalhador. Eu queria dizer, e se esse 1 fosse um familiar próximo daquele que estava na casa de controle? Como se daria essa teoria ?
Já fui abordado por um colega sobre essa questão do trem. Era uma conversa de teor político e não me foi apresentado como teoria filosófica. Fiquei indignado porque a circunstância posta dessa maneira, determina obrigatoriamente morte. E posso afirmar com clareza que: ser surpreendido numa questão que IMPÕE um raciocínio acuado, é desesperador. Admito, não estava preparado, e hoje vejo o quanto. Ao ouvir novamente este tema - agora apresentado como sendo "teoria utilitarista" - sem a pressão mental e imposição de uma troca de idéias numa conversa real, tenho uma visão com mais plenitude. Pois, numa situação real o maquinista além das duas opções impostas, tem uma terceira. Afinal, todo veículo de transporte tem equipamento sonoro de alerta. E sim com certeza, antes de qualquer decisão, acionaria essa buzina alertando a todos que estão na linha. E dessa forma esgotaria todas as opções em prol de salvar todas as vidas.
Amigo, mas a intenção da proposição é justamente por se tratar de um dilema, ou seja, não existem meios capazes de salvar todas as vidas. E se você pensar bem, existem momentos reais em que uma situação assim é bem plausível. Não adianta tentar ser puro e "salvar todas as vidas" quando isso é fisicamente impossível.
Isso são situações extremas. Como em guerras ou questões lógicas. Por identidade não existe escolhas. No sacrifício , que todos nós passamos e nem conseguimos pensar e como todo pensamento é um imã para todos os lados ,tudo é possível. Eu já lanço uma pior: perdeu uma perna e é preciso perder dois braços, continuar vivo . E, por outro lado, que não seja preciso acontecer isso, mas acontece. Não tem olhos ,mas é ótimo ao ouvir . Não tem dinheiro, consegui sobreviver , por seu dons . Não tem saúde, vive intensamente ,cada segundo . Fora a identidade se coloca as escolhas e no automático sacrifício.
Isso é um Dilema. Se formos levar exemplos de Dilemas ao mais emocional possível, as decisões serão mais difíceis ainda. Dilemas não dão feitos com regras definidas, a ação será espontânea, seja qual for na hora em que precisar ser feita. O normal será salvar as 4 vidas nesse caso, mesmo que fossem alguém da sua família ou amigo. Mas se as 4 pessoas, fossem pessoas das quais você sabia que não "valiam nada" e a outra pessoa fosse sua mulher? Eu não apertaria o botão, temos que ser sinceros! Mas veja que é dependendo das pessoas e o grau de relação e amor por elas, que você irá tomar sua decisão.
Vou falar algo um pouco confuso e também pouco elaborado mas é uma forma de pensar que tem me inspirado e venho a vendo como a melhor para mim. Creio que as relações entre os seres humanos se dão da melhor forma quando somos capazes de nos impor. Desta forma não vejo como mais errado aquele que busca levar a vantagem, mas sim aquele que deixa que ela seja levada em detrimento do seu bem estar. Logicamente temos aí extremos, mas não creio que as pessoas devam querer mais proteção do que aquela que são capazes de impor a seu próprio benefício. Enfim dou valor ao comum acordo e a característica que nos torna humanos, que é errar e aprender com os erros, se eu não tivesse caído na real de que as pessoas não se importam comigo e que minha postura, atitudes e até minha linguagem corporal permitia que eu fosse explorado, se eu não sofresse pra entender isso, estaria dependendo da ajuda dos outros até agora. Isso não significa no entanto que devamos ser impaciente com quem não é capaz de entender isso, gostaria que tivessem me avisado antes para eu me preparar
Faltou falar do outro modo de toma decisões, baseado em como isso iria afetar a sociedade em longo prazo, e do exemplo do barco onde eles se encontram em uma situação onde tem que matar alguém para sobreviver. Faz um parte 2.
Bem, o que eu pude observar nessa teoria é que tudo que um ser faz precisa ser algo útil! Assim como salvar 4 trabalhadores ao invés de 1 só... Mas aí há uma mudança radical no que poderia ser o destino! Assim como suas intenções devem ser silenciadas e assim você agir de modo á benefício dos próximos... Mas e você? Quem pode te amar tanto nesse mundo além de você?? Deixaria suas verdadeiras intenções de lado?? Esqueceria sua real identidade da sua alma? Eu não deixaria!!
Na verdade isso é feito diariamente pelo estado. Mas claro, escondidas através de frases como " interesse público " ou " bem estar social ". Quem está no poder decide quais vidas sacrificar. VOCÊ é um mero peão descartável no meio da sociedade. Acha isso justo ou correto ?
Sua perspectiva é falaciosa... Poder eu posso falar a mesma coisa da iniciativa privada e o interesse empresarial, e, se você negar, nega também a própria crítica deferida.
@@JoaoLuiz-cm5mc A iniciativa privada não impõe leis e comportamentos aos indivíduos contra sua vontade. Muito pelo contrário, pois como muito bem afirma o economista Mises, no mercado um "Rei dos colchões" só tem seu "império" porque é capaz de melhor servir seus clientes. Todavia, caso passe a oferecer um produdo ruim, verá seu império ruir. Os consumidores fazem as decisões e definem o mercado, o governo toma decisões baseadas no que os políticos querem e isso é imposto sobre a população com o uso da força. Você foi falacioso ao fazer uma falsa associação. O mercado é feito de trocas voluntárias e o estado usa a violência para agir.
@@JoaoLuiz-cm5mc falácia é você querer comparar duas coisas que são opostas e dizer que é mesma coisa. A diferença é que no estado você é obrigado a ser o peão já na iniciativa privada você ESCOLHE se quer ser o peão. Na iniciativa privada só há trocas voluntárias, ou seja, ambas as partes estavam satisfeitas com suas partes trocada. (Como trabalhar por tanto tempo em troca de algum salário). A iniciativa privada nunca vai interferir na sua vida da mesma forma que um estado.
Acho que a grande questão do utilitarismo é justamente sua essência de que "os fins justificam os meios". Será mesmo que as coisas são tão previsíveis? Não creio que sabemos todas as variáveis de fenômeno nenhum para poder prever e prover "o maior bem possível para a maioria" com 100% de certeza. O que eu vejo em teorias morais é uma penca de falsos dilemas: o cara não precisa desviar o trem, ele pode enxotar as pessoas dos trilhos (eu consigo imaginar pelo menos 5 formas diferentes de fazer isso) só que nada disso aparece na proposição. Na vida real o verdadeiro problema é falta de capacidade de entender uma coisa muito simples: A única coisa que existe é a ação certa pra esse momento, pra agora. É preciso ser humano o bastante pra não perverter a moral como os utilitaristas fazem nem ficar chorando os resultados por mais tempo que o necessário. Ações têm consequências imprevistas... E aceitar dói menos.
1 - O utilitarismo não pressupões que possamos prever as consequências de uma ação com 100% de certeza 2 - O exemplo do trem é para determinar é a atitude correta a se fazer é deixar que as quatro pessoas morram ou causar a morte de uma outra pessoa para salvar as quatro. É uma construção mental. Ele assume que realmente só existem essas duas opções. Se você achar uma outra, vai estar saindo da finalidade dessa construção 3 - Utilitaristas não pervertem a moral 4 - Ações têm consequências imprevisíveis, mas existe sim uma previsibilidade. Mesmo se não houvesse, ainda seria possível considerar a ética utilitarista e ainda dizer que a ação que gera o maior bem para o maior número de pessoas é a melhor ação
Alisson, seu canal no youtube tem conteúdos de muita relevância para as pessoas afinal, influencia muita gente positivamente com os conhecimentos, Ideias e teorias expostas aqui, por esse motivo eu gostaria de expressar a minha visão sobre o Utilitarismo; Para isso devemos relembrar a principal máxima pregada por esse conceito: “AGIR SEMPRE DE FORMA A PRODUZIR A MAIOR QUANTIDADE DE BEM-ESTAR”, certo?! Agora voltemos aquele exemplo do inicio do vídeo, no qual tem um provável assassino prestes a executar duas pessoas, mas você tem a possibilidade de mata-lo antes; Nesse exemplo você limitou a resposta a apenas duas: Matar ou deixar outros morrerem. Porém em um mundo real, e muito irreal você limitar a opção a apenas duas. Lembrando que existem 4 envolvidos nesse exemplo, mesmo que você mate o cara, você estará causando desconforto em duas pessoas( No cara o qual você matou, e em sí próprio por ter matado alguém, e não e isso que o utilitarismo prega ,afinal, de acordo com o tal, você deveria produzir a maior quantidade de bem estar, se existem 4 envolvidos a maior quantidade de bem estar seria se os 4 crescessem com esse acontecimento. Logo seguindo a minha visão do utilitarismo a resposta mais coerente com o tal seria se você através de meios verbais, psicológicos, ou em ultimo caso físico mas não letais, convencer o sujeito a desistir daquele ato, pois assim você estaria salvando a vida de duas pessoas, aumentando a consciência ou neutralizando o provável assassino dando a ele a liberdade futura de evoluir, e claro você se sentiria muito bem pelo fato de ter ajudado três pessoas, e neste caso sim, você produziu a maior quantidade de bem-estar... Mas enfim, essa é apenas a minha visão do utilitarismo, agradeço muito pelos conteúdos em gerais que você publica, sem duvida ajuda muitaaaas pessoas, parabéns cara!
Oi Daniel, entendo seu ponto de vista, mas como ele continua no vídeo, " as coisas podem ficar ainda mais complexas" poderíamos colocar mais variantes nesse caso.Por exemplo, se os dois fossem solteiros e o assassino casado e tivesse mais 5 filhos, quantos pessoas seriam impactadas diretamente? A sua visão também está correta, porém, no exemplo o que tínhamos era a opção de matar ou não. Mas acho que o objetivo do vídeo foi alcançado: te deu o conceito com um exemplo e ai você mesmo, após uma analise "mais profunda", conseguiu fazer uma releitura da cena e chegou a mesma conclusão. Mas lembre-se: No utilitarismo as intenções são irrelevantes! Nesse caso, a ação de matar o o assassino é a mais correte, pois traria bem estar ao maior numero de pessoas possíveis! Imagina se no meio da negociação ele matasse os outros dois?
A questão tratada não demanda essa divagação. Trata-se de uma situação limítrofe, sem devaneios. Sacrifica-se um sujeito que está praticando um ato injusto contra inocentes. A sociedade ganhou, eis que se eliminou um desajustado, bem como duas vidas foram salvas. Há um benefício coletivo e particular. Análise direta e reta.
No final, poder, política, trabalho, religião, família...fazemos tudo por dinheiro, somos todos utilitaristas. O dinheiro move o mundo, sem dinheiro não fazemos família, política, religião, trabalho e não temos poder. Muitos dizem..."ah primeiro a familia ou Deus", mas quando olhamos para dentro de nós mesmos, sabemos que é tudo por dinheiro, não podemos esconder ou fugir de nós mesmos, da nossa consciência. Admita e viva melhor com isso.
O utilitarismo de forma pessoal e subjetiva não é o problema. O problema é quando querem impor o utilitarismo de forma juridica. Que é o que acontece hoje em dia. Transforma o utilitarismo em ética.
Acredito que utilizar a palavra "felicidade" onde deveria ser utilizado "satisfação" gerou alguma distorção no resultado. O utilitarismo tem como princípio ALCANÇAR o resultado mais ÚTIL para quem toma a DECISÃO. Daí, as peculiaridades individuais do tomador de decisão tem relevância. No caso de normas gerais o agente tomador de decisão é o conjunto da sociedade ou de seus representantes. Neste caso há alteração no volume de informações a ser considerado. Informações descricionárias como onde estar pessoas pelas quais você tem apreço não devem ser consideradas. No caso do trilho, inocente é aquele que está do lado do trilho que o trem não passaria. Os quatro trabalhadores assumiram o risco e deveriam estar atentos ao passar do trem. Enquanto o único inocente da história estaria desavisado.
Mas, não era um "inocente". E, sim, outro trabalhador. Ele corre o risco tbm. Então, nesse caso, eu apertaria o botão. Agora, e se, o único trabalhador fosse o Elon Mask. Vc o mataria ??? Um homem brilhante morto ou 4 homens comuns vivos ??? Para mim tbm está fácil essa kkk
Eu trabalho de domingo a domingo. Prol do b estar da minha esposa e filha.Me arrisco em meio a pandemia para manter as coisas em casa.Mas neste caso do trem , deixaria o curso natural das coisas agir.
Muito perspicaz de sua parte. Creio que seria uma comparação de fato interessante e talvez um tanto começa de entender se adotarmos um totalitarismo ético (que acabei de inventar na minha cabeça... Mas que seria algo como um utilitarismo ético... mas em grande escala... Acho que seria uma longa discussão... )
Sempre que me vêm com a pergunta do trem eu imediatamente penso que nao apertaria, pq nao tenho complexo de Messias pra mudar o curso da vida dos outros. Se o destino levou o trem pra direção dos 4, lamento profudamente e abraçaria o sibrevivente por nao ter sido ainda a hora dele.
Valeu, gostei muito do Vídeo, não conhecia essa Teoria, é interessante e polêmica também, não sei antecipadamente se apertaria o botão, talvez escolhesse o que fazer somente na hora fatal de decidir, um abraço amigo . . . 💚🌻
Pelo oque entendi no vídeo, o utilitarismo nos ensina como devemos agir em situações extremas, onde não há uma terceira opção. Nesse caso nós caímos no extremismo, e isso acaba nos fazendo alvos de pessoas medíocres que não sabem lidar com escolhas difíceis.
Não é questão de extremismo, é que o utilitarismo tenta fazer o papel da ética. A ética determina o que é certo e errado, ou seja, é uma dicotomia. O problema do utilitarismo é usar uma coisa subjetiva como "melhor" e "pior" para tomar essa decisão.
Então eu penso essa situação do trem,como uma questão tão complexa como a escolha de posicionamento político,Direita ou Esquerda,e acho que podemos pensar fora dessas ideologias,no caso do trem,é uma situação parecida,como se tivesse essas duas opções de escolha,mas refletindo mais sobre,podemos pensar em uma forma de antecipar a situação e comunicar as pessoas que estão em risco de vida,pensar em tentar ativar algum dispositivo que travasse o trem,ou dependendo da distância de tempo,poderia ser rapidamente colocado um trilho,que desce seguimento para o trem continuar em linha reta,em fim pensando podemos ter várias possibilidades. Gosto muito dos assuntos abordados no canal,parabéns pelo tipo de conteúdo,e gostaria de propor humildemente uma ideia que partiu de algumas reflexões,experiências e questionamentos meus sobre a filosofia. No geral o filósofo (a) ele tem uma formação clássica européia,isso não tem como escapar porque nas faculdades o próprio currículo é baseado em cima dos grandes clássicos,e é uma Europa bastante restrita,por causa dos autores que você precisa estudar, é comum essa galera está mais com pensadores mais radicais e menos conformistas,de posicionamento mais a esquerda do que a direita,mas não deixa de ser clássico Ocidental. Mas A filosofia é universal ou o universal que é filosófico? Universal não seria um recurso ideológico da própria filosofia pra convencer todo mundo se aquilo que ela diz,diz respeito ao universo todo?quando na verdade diz respeito a pouca gente? forte abraço
Muito prazer em conhecer o utilitarismo!!! Sou uma interessada em conhecer a filosofia. É como dizer que os fins justificam os meios? Define a essência da democracia?
Nunca tinha ouvido falar dessa teoria. É o mesmo que te darem a opção de morrer enforcado ou fuzilado.Tenho pra mim,que na hora do pega pra capar o que vale é atua conduta moral e consciente,porque será a tua consciência que vai te cobrar o resto da vida.
eu concordo com os utilitaristas sim, porque mesmo que muitas atitudes sejam tomadas de maneira fria, as suas consequências é que vão valer. no ultimo exemplo, caso tivesse que sacrificar alguem proximo de mim por um grupo de desconhecidos, eu acho que no momento eu sacrificaria os outros. ainda que moralmente não fosse correto (nenhuma das ações), esse último caso realmente é algo pra se refletir, mas acho que é instintivo pra maioria salvar quem é proximo. mas por exemplo, em detrimento da etica kantiana, que diria que não se deve fazer nada para trocar o sentido do trem (no exemplo clássico), eu acho que o pensamento utilitarista cabe mais.
Apresentei esse tema na faculdade Mill tenta salvar o utilitarismo, mas foge do princípio principal, admitindo no final que o utilitarismo real é incompleto.
Mas podemos de alguma forma, melhorar o bem estar das pessoas. Exemplo: respeito ao próximo, ajudando a matar a fome das pessoas e animais, não jogando lixo nas ruas etc...
Video interessante, e é meio que a forma que uma maquina com Inteligência Artificial decidiria, em preservar a maior quantidade de vidas. Entretanto, por sermos humanos, somos conscientes tanto da razão como da emoção, e precisaríamos pensar como "o Rei Salomão" para decidir tais situações. Sobre o exemplo do Trem, se pensarmos fora da caixa, haveria uma terceira opção? Se eu sei quantas pessoas estão nos trilhos por estar no centro de controle, então... 1. como eu sei sobre isso? 2.por câmeras de vigilância? alguém me avisou via rádio? 3.alguém por perto esta visualizando a cena e me avisou? 4. e esse alguém visualizando, não seria mais fácil dele avisar do perigo eminente as essas pessoas? 5. é possível avisar o maquinista via rádio ou celular para frear e apitar o trem continuamente? 6. Eu sei quanto tempo tenho para decidir isso? A Minha resposta mais sensata ou a mais interessante por inferir no resultado, e por levar em conta da existência de um botão para ativação eletrônica, então a situação se passa nesse século ou no anterior, aonde é possível a existência de tecnologias como câmera, rádio ou celulares: Entretanto, se levarmos em conta todos os fatores podemos raciocinar melhor sobre o que poderia acontecer: Se eu deixar do jeito que esta, o trem continuará em direção na linha que tem mais pessoas, então com mais pessoas visíveis chamaria melhor a atenção do maquinista do que numa linha com apenas uma pessoa...dessa forma o maquinista tem certeza do eminente acidente, e poderá apitar sem parar, além de começar a frear o trem para reduzir os danos e intensificar o barulho nos trilhos, concede mais tempo para que as vitimas saiam da linha ... Dessa forma, A possibilidade de 1 dos 4, ou dos 4 escutarem e saírem da linha é bem maior, e por se isentar de apertar o botão, você tira o peso da consciência em decidir pela lógica do Utilitarismo ou pela emoção, Colocando a responsabilidade de evitar o acidente muito mais na mão do maquinista, de quem estava vendo e te avisou e das pessoas em saírem da linha quando forem alertadas. Bom, provavelmente seria a decisão mas sensata a se tomar. Porém conseguir tomar ela devido a pressão se tiver poucos minutos para pensar e o nervosismo imposto pela situação, dai já não sei dizer se conseguiria! Falow!!!
O utilitarismo desconsidera que o indivíduo não está condicionado apenas pelo melhor resultado da ação, mas por infinitos fatores, desde os mais íntimos, internos, pelos erros na compreensão da própria atitude até pela programação social. São muitos estratos que moldam a personalidade e o caráter. O utilitarismo é uma ética de sistemas que descartam o indivíduo como um ser independente e imprevisível. No caso da linha de trem, não é possível dar uma resposta a priori, normalmente esse tipo de dilema passa por um processo mental muito rápido chamado "ação em curto circuito ", ou seja, pode ser que a mesma pessoa aperte o botão para salvar mais pessoas ou não, dependendo de sua condição psicológica para julgar por si naquele instante o que fará: se ele desviar o trem, ele, a pesar de salvar mais pessoas, poderá se perguntar depois por que ele alterou a ordem natural do que teria de fato acontecido, sacrificando um; se ele não apertar, também fará a mesma pergunta, só que agora se martirizando acerca do poder que tinha para alterar a ordem natural e não fez. Não há resposta certa para essa pergunta, mas a ação em si.
Que interessante, cara, o Utilitarismo de Ato. No caso , se a pessoa que estava sozinha fosse um grande amigo ou um ente querido, surgiria uma espécie de Utilitarismo de Ato " defensivo " ,haja visto que, com pouco tempo para pensar, o instito me levaria voluntariamente a defender aquele com quem já tive contato ( se esse contato foi positivo). Seria quase se fosse uma auto-defesa. No caso, o instinto analisaria que o maior bem estar possível seria salvar o meu amigo. É como penso.
Continuando o comentário anterios que fiz , dogmáticamente temos de ter em conta as macro questões sobre direito a vida , direito individual e direito da maioria , não estamos aqui levando em consideração quem merece viver , não sabemos se o individual é virtuoso e o coletivo no trilho ao lado seria um bando de bandidos , temos aí dois problemas , descarrilhar o trem pode causar mais acidente m, colocar mais vidas em risco , é o mesmo pensamento que um policial tem em usar de meios violentos para evitar uma violência maior . A questão da defesa de si mesmo ou de outrem , você não reage para matar um atacante mas sim para parar a violência e possibilidade de dolo do mesmo , e talvez em último caso esse "parar"leve ao dolo do agente causador. Não estamos também pensandona problemática do Trem no auto sacrifício, algo comum nesta situação , você pula na frente do trem empurrando todos de serem atropelados, se você só tem o botão dentro desta perspectiva restrita do problema , você o aperta ou não . Apertar o botão e desviar o trem dará a possibilidade de salvar mais pessoas . No 11 de Setembro a força área americana abateu um dos aviões cheio de civis para salvar 15 vezes a quantidade de pessoas e os líderes da nação onde o avião iria cair em rota contra a Casa Branca. Não apertar , você verá muito possivelmente muitas pessoas serem mortas ou feridas gravemente no mínimo e terá essa visão em sua consciência de que você estava lá e poderia ter feito algo . Apertar ...você também terá a visão da morte ou grave ferimento de uma vítima, mas saberá em teu íntimo , por mais triste que seja , que fez o comprimento de seu dever e ética. Esse é um momento de encruzilhada crítica , você talvez seja um alpinista tenha de cortar a corda de um para salvar outros que estão na mesma corda e ela iria arrebentar em cima matando a todos . Você é um piloto de avião que está caindo e joga seu avião cheio de passageiros , em cima de uma casa que está mais afastada evitando cair em cima de um bairro densamente populado. Eu trabalhava na área de segurança em um laboratório quando um vidro de ácido explodiu por algum motivo , uma das químicas com a explosão perdeu os sentidos e caiu no solo com toda aquela fumaça tóxica no ar e a poça de ácido avançando para cima dela , eu tinha sido pai recentemente , com um dos meus filhos recém nascidos , ninguém conseguia entrar na sala devido a forte toxidade, não havia tempo de buscar uma máscara ou outro EPI , e mesmo com doença pulmonar grave entrei no local jogando mesas no solo para poder pisar rápido no chão com muito ácido , e antes de desmaiar consegui arrastar a moça para fora , acordei na UTI de um hospital. No meu caso , o dever de salvar essa pessoa, falando estritamente da ética do profissional de segurança vai até o momento em que não colocaria minha vida em risco , mas era uma condição de uma encruzilhada crítica , um momento único onde o conjunto de seus valores axiomáticos e deontologicos como ser humano te faz ir além deste ponto. Você pensa em segundos , e se fosse você ali , seus filhos , cônjuge, país , etc Felizmente ela e eu vivemos , ambos com sequelas , mas vivemos e se tornou uma grande amiga, uma irmã praticamente nestes últimos 26 anos.
Pelo foco ser a maioria, parece q o bem individual é limitado, sobre o trilho, caso os trabalhadores tenham a liberdade de sair dos trilhos deixaria o trem na direção dos quatro, digamos q seria uma seleção natural... Mas caso seja uma situação de movimento limitado, como o trabalho em algum túnel q impossibilita a saída dos trilhos, o sacrifício seria do único trabalhador...
Não gosto do utilitarismo; esse pensamento filosófico é um dos responsáveis pelos maiores genocídios praticados na história da humanidade. Entretanto, não o rejeito por completo, pois há casos mínimos em que será necessário seguir essa linha. Cada caso é um caso.
Então, mano.. os genocídios não são justificados pelo utilitarismo. Um utilitarista teria um apreço às vidas que são tomadas em um processo genocida. Os genocidas não se pautavam por um pensamento utilitarista. Na verdade, o utilitarismo é historicamente muito mais relacionado a políticas liberais, inclusivas
Gostei da explicação, a minha resposta na questão do trem, fica um tanto complicado,mas,uma escolha tem que ser feita rápida. Então eu escolheria apertar o botão e salvar as 4 vidas,sabendo que eu perderia meu amigo.
Se eu fosse vc refaria esse vídeo. Imagine alguém que fosse pesquisar e encontrasse que o utilitarismo pretende proporcionar o máximo de felicidade e percebesse que os seus exemplos (do trem) estão baseados no mínimo de tristeza ou infelicidade, fica parecendo uma meia-verdade que é uma mentira.
Muito bom.Já estava cansado de ver o Trolley problem por aí. Uma pergunta mestre, esse negócio de Os fins justificarem os meios não vem do Príncipe do Maquiavel ?
Não vem.. Sempre atribuem essa frase a ele pq em sua obra, O Príncipe, ele fala que para se manter no poder o Príncipe deve desenvolver características não éticas e morais, como a hipocrisia... a crueldade... Dá um Google depois caso queira aprofundar no assunto. A frase em questão vem do meio politico... Abraços
Que, dilema? Eu, apertaria certamente o botão da linha de trem. Mas, e se fosse um conhecido meu? Aí, percebi que, ficaria na dúvida diante dessa hipótese? Mas, não seria correto tirar a vida de 04 pessoas, em detrimento de apenas uma outra. Agora, percebi na pele a importância do utilitarismo. Obrigado, Super Leituras.
Faria o máximo possível para não interferir no futuro de nenhum deles. Nesse exemplo eu não interferiria no fato de quem deveria viver ou morrer. Diferentemente se fosse o caso de um assassino estar querendo tirar a vida de "inocentes" e eu pudesse impedir, com certeza pararia o malfeitor.
Já conhecia a corrente de pensamento e o caso hipotético. A princípio fiquei em dúvida mas concluí: Não sou juiz para decidir, deixo a vida seguir seu curso. No primeiro caso o Direito brasileiro tipifica como "Legítima defesa de terceiros", isto caso a pessoa descida intervir. Existe uma regra muito discutida que se chama "Legítima defesa Putativa", onde o indivíduo está livre de punição caso tenha que, em estado de necessidade este pode tirar a vida ou impedir que uma pessoa sobreviva para salvar a própria vida. Temos questões éticas, legais, políticas, religiosas. Contudo imagino que a pessoa está no local do fato é que este tenha que fazer a escolha e a própria ser o instrumento da ação, creio que o fato muda radicalmente de perspectiva. O pensamento utilitarista foi pensado para um tipo de ação econômica e conjuntural, contudo este mesmo pensamento foi cooptado para situações eticamente não adaptáveis. Várias correntes de pensamento, político sociológico o utiliza, a meu ver, de forma hipócrita e leviana.
O homem pós moderno está com a alma impregnada de utilitarismo só que de forma individualista. Agora se isso vai atenuar, permanecer ou aumentar no mundo pós pandemia só o tempo irá nos dizer.
Subentende-se que a terceira opção citada não existe. É uma discussão filosófica e não de segurança do trabalho ou coisa parecida. O ideia é colocar o pensamento no ponto crítico da situação e não sendo possível fugir pela tangente.
Legal que o anime Death Note retrata bastante sobre o Utilitarismo,você sempre se questiona ao longo do anime qual lado estaria "certo" e qual o "errado".
No caso, o Kira agia para gerar a maior quantidade de bem estar,embora a intenção não fosse tão nobre assim(Já que ele queria ser um novo Deus de um novo mundo)
Diferente do L,que não acreditava nisso.
Excelente menção.
Eu gritaria, "olha o tremmmm"!
O que ele apresentou foi apenas um exemplo hipotético que não está em poder de outras forças do ambiente, apenas do que foi mostrado.
Eu também! Olha o trem!!😂😭
Mas sua cabine esta longe
Eu também pensava assim, porem o exemplo do trem é um exemplo em que só há 2 opções.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Estava assistindo a série "the good place" e abordaram este tema, logo em seguida o vejo aqui. Adorei.
kkkkkkkkk eu também
eu tmbkkkkkkk
Eu não kkkkk mas vou ver essa série.
essa série é perfeita
Essa série é linda, quase chorei no final.
Olá! Sou professor de Filosofia. Excelente Vídeo!!! Parabéns pelo trabalho! Vou utilizar em sala de aula.
Simplesmente adorei.
Não, se fosse alguém que eu amasse eu não sei se realmente apertaria o botão, sendo totalmente sincera.
Desconhecia essa teoria ética. Muito grato pelo compartilhamento de aprendizado.
Ela também é repassada no Ensino Médio, na matéria de Filosofia.
Então Diego Esteves. O utilitarismo é uma das principais corrente éticas. Ao lado da ética das virtudes e da ética deontologica. Todavia, o termo utilitarismo ainda é visto no sentido pejorativo ou reducionista. Como sinônimo pragmatismo.
@@arobedlem9108 exatamente. Eu trabalho as três principais correntes éticas com os meus alunos do ensino médio.
Lembre-se que toda vez que ouvir alguem dizer o que você pensava, mas não conseguia expressar, a culpa é de como fomos ensinados. Nada que não se possa reverter.
caramba, é mais complexo do que pensei, assistido o vídeo no ato eu apertaria o botão, porém com a última pergunta me fez refletir. ...
Bom na minha opinião eu apertaria o botão em pro do bem estar das outras pessoas.
@@BrunoGoncalves-mm3pj que mentira! kkkkkkkk se fosse o teu pai na linha do trem com certeza você deixaria o trem passar por cima dos 4 trabalhadores... não é feio disse que faria isso, todo mundo faria o mesmo...
Esse é um dos melhores canais do RUclips.
Não entendo porque canal de funk e bunda tem milhões de seguidores mais que esse
Eu sempre refleti muito sobre essas situações, mas nunca soube que era chamado de utilitarismo. Na situação do trem eu seria obrigado a mudar a linha do trem, independente dele ser meu amigo ou não, e a ação seria tão dolorosa para mim quanto para os parentes da vítima, porque eu me sentiria culpado mesmo wue indiretamente pelo resto da vida, mas viver em sociedade é assim, vivemos para proteger o todo (o grupo), a existência do grupo é mais importante que a nossa própria vida. Já refleti do ponto de vista o qual a vitima fosse meu ente querido, e acabei congelando, infelizmente travei e não sei o que faria, talvez eu deixasse na mão dos instintos.
A comparação com o trem, e a doação de órgãos não foi coerente do meu ponto de vista, porque no trilho do trem houve um acidente, enquanto a doação de órgãos não foi um acidente, mas uma decisão isolada de salvar um grupo ao invés de salvar um indivíduo.
Esses são meus pontos de vista, mas não tenho nada concreto... só sei, que nada sei.
A situação da doação de orgãos é totalmente cabivel, pois é esse o espirito do utilitarismo, o bem estar da maioria memso que isso resulte em prejuizo para a minoria. Da mesma forma que sacrifica 1 pessoa para salvar 4 na situação do term, você sacrifica 1 pessoa para salvar 3.
Esse é o grande problema do utilitarismo, como a utilidade de algo é subjetiva, varia de individuo para individuo, as respostas em diversas situações são diferentes. Ou seja, o utilitarismo cria mais conflitos do que resolve e é por isso que ele jamais pode ser usado como substituto à ética.
Faz sentido os dois exemplos pq ele não leva em consideração interesses próprios do decisor.
Utilitarismo em parte , eu concordo. agora essa do trem, NÃO .
Os 4 descuidados se assemelham a 4 pessoas distraídas conversamdo no meio de uma rua , enquanto tem alguem na calçada próxima, é o obvio que o certo ,prudente e inocente é o da calçada , portanto ,o justo seria" este" sair vivo.
As duas situações versão sobre utilitarismo, porém são diferentes entre si. Uma é acidente decisão rápida de qquer forma alguém morrerá poucas informações sobre as pessoas, apenas que são trabalhadores.
A outra é uma decisão fria de profissionais médicos e possivelmente enfermeiros. Sobre matar alguém que pode ter boa saúde ou estar para morrer. Para salvar quais pessoas e pq? Aí é mais complexo falta elementos elementos.
Agora pense, a única pessoa que você matou era um financiador de ongs que ajudam os necessitados.
Enquanto os outros 4 que ficaram vivos não faziam nada de relevante, inclusive um deles era violento e batia na esposa, e outro disseminava ódio político.
Você deixar os 4 viverem não só matou alguém que ajudava grandes massas, como também deixou vivo alguém que prejudicava grandes massas.
Isso me lembra o que o Sr. Spok disse " as necessidades de muitos superam as necessidades de poucos".
Jornada nas Estrelas🌟🌟????
Fã do sr. SPOK.
Aproveitando o exemplo da linha do trem, ocorre o seguinte: 1. Se vc apertar o botão para mudar a direção do trem, será indiciado por (tentativa) homicídio doloso contra aquela pessoa. 2. Se não apertar o botão, não cometeria crime algum, pq as pessoas estavam na linha do trem e não teria sido possível evitar o que se entenderia como acidente, no máximo responderia por homicídio culposo (por negligência), cuja pena é menor do que no primeiro caso. No caso do assassino, a legítima defesa de terceiros te isenta de pena, porém será preciso provar a necessidade no caso fático. Muito interessante a abordagem. Parabéns
Gostei bastante do video.
A provocação do narrador rendeu muitos comentários.
Até então, analisar o fato com poucas variantes, pareceu-me um certo consenso, a priori, apertar o botão para "salvar" os quatro trabalhadores.
Agora, quando foi introduzido essas variantes, tipo: familiar, amigo, criminoso as opiniões começaram a conflitar.
Sem dúvida, é complicado mesmo!
A cena é meramente imaginativa, mas quando nos imaginamos na sala de controle dos trilhos e precisando tomar uma decisão em segundos, a coisa complica.
Na verdade também, as variantes são forçadas justamente para testar nosso emocional porque uma tomada real de decisão num momento de fato implica muitos outros fatores.
Enfim, tudo isso demonstra que situações extremas requerem atitudes muitas vezes extremas.
Apertar ou não o botão?
Vou me socorrer de um ditado chinês: antes da hora não é hora; depois da hora não é mais hora; só é hora na hora.
É bom deixar claro que o certo pode ser diferente do que vc faria.
muitas vezes uma pessoa vale mas que um monte!!!com essa teoria o mundo está como está!!
Na verdade o mundo está como está exatamente por ninguém seguir essa teoria.
Existe uma enorme desigualdade social no mundo todo, o mundo é polarizado, todo século tem uma guerra.
Se todo o mundo fosse utilitarista, seria tipo o paraíso na terra.
Eu discordo, para mim não existe uma pessoa que vale mais do que outra, se você pegar o Albert Einstein e algum trabalhador, eles são igualmente importantes, eu sou tão igual quanto um assassino, um ladrão, o que me faz ser melhor do que ele? Eu nunca ter roubado ou matado alguém?
Isso com base em que? Nas leis dos homens?
Excelente vídeo e canal, assisti diversos vídeo do canal, porém só agora consegui fazer este agradecimento pelo conteúdo compartilhado, lhe desejo muito sucesso neste e outros projetos
Obrigado Helton! ;)
Para eu francisco, este é o melhor vídeo de seu canal.;Por que maioria dos seus vídeo trazem já resposta pronta esse não, esse foi diferente, deixou uma dúvida à todos nós
Obrigado por me fazer refletir sobre o assunto,acende uma Luizinha no final do túnel.
Cuidado, pode ser um trem no sentido contrário!
@@luisaugustobonilha8210 kkkkkkkkkkkk
O interessante é que o bem do utilitarismo é bem limitado. Ele vale para quem? Para quais sociedades, quais classes? A história nos da todas as provas dessa sociedade a quem o utilitarismo quer o bem.
O utilitarismo não faz esse tipo de distinção. Ele é abrangente para todo ser que possua interesses, i.e., que se importa com o que lhe acontece; que ela prefere experienciar satisfação à frustração -- num nível mínimo, ela prefere não sofrer ou não reduzir seu bem-estar. As práticas que privilegiam os interesses de uma classe sobre a outra, aos moldes dos supremacistas brancos e outros não são pautadas no utilitarismo, tanto que o utilitarismo é historicamente totalmente relacionado a práticas inclusivas, como a igualdade de gênero, a democracia liberal, os direitos dos animais, etc.
@Legendas Monarquicas Não, o utilitarismo não pressupões que a gente possa prever todas as consequências das nossas ações
@Legendas Monarquicas A gente não tem informação perfeita sobre tudo e, portanto, não consegue saber absolutamente todas as consequências de uma ação, é verdade, mas existe sim um certo grau de previsibilidade. É possível criar modelos, fazer projeções, tudo de modo a alcançar alguma consequência desejada. A gente sabe, por exemplo, que o investimento em educação de base tende a gerar ganhos consistentes na produtividade de um país por causa do capital humano. Se sabe, também, que, quando uma economia está aquecida, com o hiato do produto positivo, uma expansão monetária vai tender a gerar inflação de preços. Isso e muitas outras coisas são possíveis de se prever. A gente nunca tem certeza de como vai estar exatamente o mundo no futuro, mas podemos ter boas noções. Agora, é certo que é muito difícil mesmo ter uma boa ideia dos desejos de uma população, mas muitas políticas podem ser feitas de modo a proporcionar aos cidadãos mais oportunidades para buscar seu bem-estar, por exemplo. Incrementos na renda e combates a problemas de saneamento, por exemplo, de uma população já são coisas que podem ser consideradas desejáveis do ponto de vista utilitarista, na medida em que propiciam aos indivíduos uma devida busca pelo seu bem-estar. Além disso, os regimes democráticos podem ser aprimorados, como vêm sendo desde pelo menos a instauração da democracia liberal inglesa, de modo a permitir uma consolidação saudável do poder popular, não por uma democracia radical ou algo do tipo, em que haveria pouco ou nenhum entrave aos desejos da população, mas uma democracia que permita que as políticas sejam feitas de modo a propiciar o maior bem possível ao maior número de pessoas. Essa já é uma concepção bastante pragmática, que deu e dá certo em vários lugares do mundo, embora, é claro, não de maneira perfeita, já que a gente não pode ter informação suficiente para um planejamento central, então é natural que os utilitaristas, em sua vasta maioria, rejeitassem algum tipo de dirigismo estatal
@Legendas Monarquicas Concordo que a gente pode questionar. Eu mesmo não conheço alguém que seja dogmático ao ponto de acreditar que a gente tenha informação perfeita que permita saber de todas as consequências de uma determinada ação. Sempre existe uma incerteza, porém a questão do utilitarismo é que ele vai dizer que uma ação é moralmente superior a outra na medida em que gera o maior bem para o maior número de indivíduos (e defino "indivíduos" com a mesma extensão dos seres sencientes, que possuem direitos). É perfeitamente possível que a gente fracasse miseravelmente até muitas vezes na hora de escolher uma ação, mas isso não é uma limitação da teoria ética
@Legendas Monarquicas Aí começou com um problema. É possível criar mecanismos que impeçam, ou ao menos minimizem, as atitudes irresponsáveis de políticos, como leis de responsabilidade, tetos de gastos, Banco Central independente, entre outras coisas. Isso é realidade em muitos países do mundo. Eu tô querendo entrar nisso porque aparentemente o discurso possui uma finalidade de ser mais crítico ao dirigismo. Mesmo que você possa estar criticando outras formas de influência política em assuntos econômicos (o que aparentemente você está fazendo, por criticar justamente o utilitarismo), esse argumento pode acabar perdendo um pouco de seu sentido. Não é questão de uma liderança controlar a vida de alguém, mas de arranjar meios de melhorar a eficiência do mercado, que já é algo a princípio descentralizado, para proteger a propriedade e corrigir as falhas de mercado, mas aí já é uma defesa de uma ideologia econômica (defino "ideologia econômica" como a parte normativa da economia), com o qual um utilitarista pode ou não concordar e que muitos não utilitaristas concordam.
Aí tem também outra questão: a utilidade não se sobrepõe à ética. Bom, um utilitarista defenderia que a ética já se baseia no princípio de utilidade, então faz mais sentido utilizar essa assertiva mostrando antes o que é ético de fato, algo possível de ser feito de várias maneiras, desde a moral kantiana até a socrática e várias outras coisas.
Sobre a questão da educação pública, eu não entrei no mérito da militância política. A educação pública é um ótimo instrumento para potencializar tanto a produtividade de uma economia, necessária para um desenvolvimento econômico sustentado, quanto a igualdade de oportunidades (dentro da qual dá até para entrar com uma visão rawlseana de justiça, que discorda dos utilitaristas). O investimento em educação pública tende a ser uma das melhores ferramentas de desenvolvimento de uma sociedade, de fato. A questão da militância pode ser discutida à parte.
Particularmente, sim, mesmo sendo um ente querido, em prol de um número maior de vidas. Sou simpatizante do estoicismo, e se pensarmos , existe um infinito números de situações na vida, e se cabe uma decisão imediata, que seja feita, ainda que individualmente, no coletivo haverá sempre distorções, que não levaram a nenhuma!
Em cada etapa eu tomava um decisão. Do trem salvava os 4 e sacrificava um. Não aprovo o sacrifício de um p distribuir órgãos. Qdo vc fez o último questionamento fiquei sem resposta. Fiz parte dos jurados no tribunal do júri aqui no RJ . Foi uma experiência muito intensa tão intensa q pedi p sair. Muito difícil ter poder para prender ou soltar e ainda tem a vítima e sua família.
Como sempre com ótimos conteúdos 👏💙 excelente!
Talvez se tivesse um radio no trem e pudesse avisar o condutor que havia pessoas na via , ele buzinaria e as pessoas sairiam de lá, ou diminuiria a velocidade e buzinaria. Olhando pelo lado prático nenhuma das opções seria correta, não é fácil decidir sobre a vida dos outros, mesmo sendo conhecido ou não. Se fossemos pensar em família, os quatro que estavam em uma das vias suponhamos que cada um deles tivesse 2 filhos e a esposa seriam 12 pessoas felizes e no caso do solitário que tivesse a mesma quantidade familiar seria apenas 3. É complexo e paradoxal, sem contar em todos os princípios morais e éticos que criariam inúmeras probabilidades. Devemos refletir sim, mas acredito que é uma discussão que não tem sentido prático, pois não estamos na situação. Essa reflexão causa uma certa angústia, pois gera grande conflito, não deve ser deixado de lado mas também não deve ser levado ao pé da letra. Quando for tomar qualquer decisão deve ser levado em consideração suas crenças e princípios, a culpa é veneno ter a consciência tranquila e a sensação de dever cumprido deve ser a prioridade.
Essa teoria nos leva a refletir bastante, sobre as nossas acções...
Tudo é uma verdade absoluta até que se prove no instante necessário da glória humana.
Essa teoria é umas das que tenho um grande apreço. Ela parece perfeita " como tantas outras", mas o que cativa nela a facilidade com que ela entra em choque contra o lado sentimental dos seres humanos, quando o sacrifício em prol da maioria tiver de ser você ou quem você conheça, ou, pior ainda, faça parte da família. Então, eu acho que seria mais fácil se todas teorias se apresentasse desta forma, um pouco mais inteligível hehe. Aliás, O super leituras traz outras teorias bem complexas de forma bem clara e concisa. Apresenta de tal forma, porque você é muito bom no que faz, em trazer luz àqueles que buscam a liberdade de espírito por meio da razão alinhada com ação ehhehe, parabéns.
No último exemplo citado, acho que eu deixaria a seleção natural cuidar da situação, porque eu entraria em choque, provavelmente hehehe.
Essa teoria é nojenta e justifica as maiores atrocidades por um "bem comum", "bem da maioria".
Não consigo nem pensar em ter que tomar uma decisão dessa😢
Difícil mesmo Maria! Se puder compartilhe o vídeo! Isso nos ajuda muito. ;)
o correto seria matar o amigo, mas não faríamos isso pela nossa natureza egoísta
@@gustavoksbr, correto? Pergunto-te, o que é o certo?
@@manoelgiovanemendesferreir3930 é o correto pois é o que produz menos mal, e acho q vc e todos independemte do pensamento moral ou ético concordariam. Só há 2 escolhas: matar o amigo ou matar uma quantidade maior de pessoas (inocentes)
@@manoelgiovanemendesferreir3930 e eu sou utilitarista, acho q o unico bem é o prazer
Mas msm se eu fosse qualquer outra coisa eu seria a favor de matar o amigo
Nao conhecia esta teoria e fiquei chocado com a frieza. Isto certamente nao vem de alguem de julgamento normal de realidade.
Alias, vejo q ela esta’ por traz de tudo o que temos visto dominar os piores acontecimentos no mundo nos ultimos 200 anos pelo menos. Agora muita coisa comeca a fazer sentido pra mim.
Legendas Monarquicas Teria que ser onisciente pra prever todas as consequencias de cada escolha. Num simples tabuleiro de xadrez, nao se pode prever mais q 2 ou 3 jogadas pq as acoes do adversario estao fora do seu dominio.
@Legendas Monarquicas Sim, é impossível prever todas as consequências, pois ninguém vê o futuro mas fazemos o que nos parece mais oportuno naquele momento e ou nas previsões do futuro, portanto não pode dizer que a ética ou a moral são o final da linha pois até mesmo elas são baseadas em possíveis consequências e não são ''naturais'' e ou ''divinas''.
Os piores acontecimentos no mundo nos últimos 200 anos pelo menos não foram pautados no utilitarismo. A ideia do utilitarismo não vem com uma "frieza". Na verdade, o utilitarismo entende o bem da sociedade como um todo e tem consideração pelos seres sencientes. Se alguém faz algo como o holocausto, o apartheid, o Holomodor e outros, essa pessoa não está agindo segundo uma ética utilitarista, por causa da não consideração com o bem-estar dos judeus, negros, ucranianos, etc. Os utilitaristas, pelo contrário, tiveram um papel fundamental na igualdade de gênero, nos direitos dos homossexuais, na democracia liberal, entre outras coisas. Só você ver, por exemplo, o que um cara como o Jeremy Bentham já defendia no século XVIII, muito a frente de seu tempo
@Legendas Monarquicas Dentro da política, o utilitarismo acaba entrando especialmente na área das políticas econômicas. O que você citou, de "político brincando com o futuro de milhões de vidas" é mais um problema em situações mais extremas de dirigismo. Os economistas neoclássicos, ortodoxos, são, em sua maioria, muito influenciados pelo utilitarismo, com o talvez exemplo mais latente do Harsanyi. O liberalismo econômico é central nesse pensamento e, portanto, nada de dirigismo, tanto que o utilitarismo possui uma relação muito estreita com o liberalismo (por Bentham, John Stuart Mill, Sidgwick, o próprio Harsanyi, entre muitos outros). Se não vai dar certo e "só um idiota vai acreditar que vai dar certo", não seria uma posição utilitarista. Nesse sentido, os utilitaristas se aproximam bem mais da economia ortodoxa, então não dá para fazer essa crítica de político brincando com o futuro de milhões de vidas
Gabriel Canaan sei que uma ideia concebida em boa fe’ pode naturalmente ser usada pra qlqr outro fim. Digo isso porque nao vejo como valor o conceito de direito de minorias. Outra coisa e’ o “bem da sociedade como um todo”. Isso sob controle de ditadores pode significar qlqr coisa. Estes dois fatores so’ ja’ justificam escalada de poder do estado em detrimento de direitos individuais. Suas colocacoes reforcam minha percepcao: utilitarismo significa uma gigantesca involucao no desenvolvimento humano e uma arma poderosa de crescimento do estado rumo ao absolutismo. Dependendo de que lado voce esta’, vai achar bom ou nao.
Alisson pensando sobre o utilitarismo acredito que a educação em minha casa teve esse princípio, o que era melhor para todos da família e não um em particular, mas quando era necessário ,todos abriram mão de algo para que alguém fosse estudar fora por exemplo, o que seria melhor naquele momento da família. Creio que o egoismo imposto, centralismo no pessoal é negativo, leva muito jovens a frustração constante, não abrem mão para o todo.
Nesse situação que foi colocada, sobre decidir entre poupar 4 trabalhadores ou 1 um trabalhador.
Eu queria dizer, e se esse 1 fosse um familiar próximo daquele que estava na casa de controle? Como se daria essa teoria ?
Essa teoria deve ser bem importante para os líderes na hora de tomar decisões
Faz uma série chamada Filosofia na prática para explicar as escolas filosóficas
Já fui abordado por um colega sobre essa questão do trem.
Era uma conversa de teor político e não me foi apresentado como teoria filosófica. Fiquei indignado porque a circunstância posta dessa maneira, determina obrigatoriamente morte. E posso afirmar com clareza que: ser surpreendido numa questão que IMPÕE um raciocínio acuado, é desesperador.
Admito, não estava preparado, e hoje vejo o quanto.
Ao ouvir novamente este tema - agora apresentado como sendo "teoria utilitarista" - sem a pressão mental e imposição de uma troca de idéias numa conversa real, tenho uma visão com mais plenitude.
Pois, numa situação real o maquinista além das duas opções impostas, tem uma terceira.
Afinal, todo veículo de transporte tem equipamento sonoro de alerta.
E sim com certeza, antes de qualquer decisão, acionaria essa buzina alertando a todos que estão na linha.
E dessa forma esgotaria todas as opções em prol de salvar todas as vidas.
Amigo, mas a intenção da proposição é justamente por se tratar de um dilema, ou seja, não existem meios capazes de salvar todas as vidas. E se você pensar bem, existem momentos reais em que uma situação assim é bem plausível. Não adianta tentar ser puro e "salvar todas as vidas" quando isso é fisicamente impossível.
Olha, adorei a complexidade do tema. Acho que não apertaria. Mas estou pensando muito nisso e vivo diariamente no trabalho. Muito obrigada
A verdade é uma só. Somos descartáveis.
Isso são situações extremas. Como em guerras ou questões lógicas. Por identidade não existe escolhas. No sacrifício , que todos nós passamos e nem conseguimos pensar e como todo pensamento é um imã para todos os lados ,tudo é possível. Eu já lanço uma pior: perdeu uma perna e é preciso perder dois braços, continuar vivo . E, por outro lado, que não seja preciso acontecer isso, mas acontece. Não tem olhos ,mas é ótimo ao ouvir . Não tem dinheiro, consegui sobreviver , por seu dons . Não tem saúde, vive intensamente ,cada segundo . Fora a identidade se coloca as escolhas e no automático sacrifício.
O utilitarismo se constitui um verdadeiro divisor; entre ética e moral. Tanto em sua aplicação subgetiva e objetiva!
Isso é um Dilema. Se formos levar exemplos de Dilemas ao mais emocional possível, as decisões serão mais difíceis ainda. Dilemas não dão feitos com regras definidas, a ação será espontânea, seja qual for na hora em que precisar ser feita. O normal será salvar as 4 vidas nesse caso, mesmo que fossem alguém da sua família ou amigo. Mas se as 4 pessoas, fossem pessoas das quais você sabia que não "valiam nada" e a outra pessoa fosse sua mulher? Eu não apertaria o botão, temos que ser sinceros! Mas veja que é dependendo das pessoas e o grau de relação e amor por elas, que você irá tomar sua decisão.
Parabéns, estou repassando para os nossos alunos assistirem o vídeo e comentarem na nossa plataforma google.
Fale sobre Willian James, Pragmatismo.
Essa questão aborda muitos acontecimentos no Brasil e no mundo , e como as pessoas ficam revoltadas por causa disso .
Vou falar algo um pouco confuso e também pouco elaborado mas é uma forma de pensar que tem me inspirado e venho a vendo como a melhor para mim.
Creio que as relações entre os seres humanos se dão da melhor forma quando somos capazes de nos impor. Desta forma não vejo como mais errado aquele que busca levar a vantagem, mas sim aquele que deixa que ela seja levada em detrimento do seu bem estar. Logicamente temos aí extremos, mas não creio que as pessoas devam querer mais proteção do que aquela que são capazes de impor a seu próprio benefício.
Enfim dou valor ao comum acordo e a característica que nos torna humanos, que é errar e aprender com os erros, se eu não tivesse caído na real de que as pessoas não se importam comigo e que minha postura, atitudes e até minha linguagem corporal permitia que eu fosse explorado, se eu não sofresse pra entender isso, estaria dependendo da ajuda dos outros até agora.
Isso não significa no entanto que devamos ser impaciente com quem não é capaz de entender isso, gostaria que tivessem me avisado antes para eu me preparar
Faltou falar do outro modo de toma decisões, baseado em como isso iria afetar a sociedade em longo prazo, e do exemplo do barco onde eles se encontram em uma situação onde tem que matar alguém para sobreviver. Faz um parte 2.
Bem, o que eu pude observar nessa teoria é que tudo que um ser faz precisa ser algo útil! Assim como salvar 4 trabalhadores ao invés de 1 só... Mas aí há uma mudança radical no que poderia ser o destino! Assim como suas intenções devem ser silenciadas e assim você agir de modo á benefício dos próximos...
Mas e você? Quem pode te amar tanto nesse mundo além de você?? Deixaria suas verdadeiras intenções de lado??
Esqueceria sua real identidade da sua alma?
Eu não deixaria!!
Detestei o utilitarismo! Mas gosto muito do canal de vcs e de como compartilham conhecimento! Obrigado! 😊
Na verdade isso é feito diariamente pelo estado. Mas claro, escondidas através de frases como " interesse público " ou " bem estar social ". Quem está no poder decide quais vidas sacrificar. VOCÊ é um mero peão descartável no meio da sociedade. Acha isso justo ou correto ?
Depende da pessoa ser manipulada muito ou não...
Claro que não, utilitarismo é um cancer
Sua perspectiva é falaciosa... Poder eu posso falar a mesma coisa da iniciativa privada e o interesse empresarial, e, se você negar, nega também a própria crítica deferida.
@@JoaoLuiz-cm5mc A iniciativa privada não impõe leis e comportamentos aos indivíduos contra sua vontade. Muito pelo contrário, pois como muito bem afirma o economista Mises, no mercado um "Rei dos colchões" só tem seu "império" porque é capaz de melhor servir seus clientes. Todavia, caso passe a oferecer um produdo ruim, verá seu império ruir. Os consumidores fazem as decisões e definem o mercado, o governo toma decisões baseadas no que os políticos querem e isso é imposto sobre a população com o uso da força. Você foi falacioso ao fazer uma falsa associação. O mercado é feito de trocas voluntárias e o estado usa a violência para agir.
@@JoaoLuiz-cm5mc falácia é você querer comparar duas coisas que são opostas e dizer que é mesma coisa. A diferença é que no estado você é obrigado a ser o peão já na iniciativa privada você ESCOLHE se quer ser o peão. Na iniciativa privada só há trocas voluntárias, ou seja, ambas as partes estavam satisfeitas com suas partes trocada. (Como trabalhar por tanto tempo em troca de algum salário).
A iniciativa privada nunca vai interferir na sua vida da mesma forma que um estado.
Acho que a grande questão do utilitarismo é justamente sua essência de que "os fins justificam os meios". Será mesmo que as coisas são tão previsíveis? Não creio que sabemos todas as variáveis de fenômeno nenhum para poder prever e prover "o maior bem possível para a maioria" com 100% de certeza. O que eu vejo em teorias morais é uma penca de falsos dilemas: o cara não precisa desviar o trem, ele pode enxotar as pessoas dos trilhos (eu consigo imaginar pelo menos 5 formas diferentes de fazer isso) só que nada disso aparece na proposição.
Na vida real o verdadeiro problema é falta de capacidade de entender uma coisa muito simples: A única coisa que existe é a ação certa pra esse momento, pra agora. É preciso ser humano o bastante pra não perverter a moral como os utilitaristas fazem nem ficar chorando os resultados por mais tempo que o necessário. Ações têm consequências imprevistas... E aceitar dói menos.
1 - O utilitarismo não pressupões que possamos prever as consequências de uma ação com 100% de certeza
2 - O exemplo do trem é para determinar é a atitude correta a se fazer é deixar que as quatro pessoas morram ou causar a morte de uma outra pessoa para salvar as quatro. É uma construção mental. Ele assume que realmente só existem essas duas opções. Se você achar uma outra, vai estar saindo da finalidade dessa construção
3 - Utilitaristas não pervertem a moral
4 - Ações têm consequências imprevisíveis, mas existe sim uma previsibilidade. Mesmo se não houvesse, ainda seria possível considerar a ética utilitarista e ainda dizer que a ação que gera o maior bem para o maior número de pessoas é a melhor ação
amai o proximo como a ti mesmo , vai ser o melhor utilitarismo
Alisson, seu canal no youtube tem conteúdos de muita relevância para as pessoas afinal, influencia muita gente positivamente com os conhecimentos, Ideias e teorias expostas aqui, por esse motivo eu gostaria de expressar a minha visão sobre o Utilitarismo; Para isso devemos relembrar a principal máxima pregada por esse conceito: “AGIR SEMPRE DE FORMA A PRODUZIR A MAIOR QUANTIDADE DE BEM-ESTAR”, certo?!
Agora voltemos aquele exemplo do inicio do vídeo, no qual tem um provável assassino prestes a executar duas pessoas, mas você tem a possibilidade de mata-lo antes; Nesse exemplo você limitou a resposta a apenas duas: Matar ou deixar outros morrerem. Porém em um mundo real, e muito irreal você limitar a opção a apenas duas.
Lembrando que existem 4 envolvidos nesse exemplo, mesmo que você mate o cara, você estará causando desconforto em duas pessoas( No cara o qual você matou, e em sí próprio por ter matado alguém, e não e isso que o utilitarismo prega ,afinal, de acordo com o tal, você deveria produzir a maior quantidade de bem estar, se existem 4 envolvidos a maior quantidade de bem estar seria se os 4 crescessem com esse acontecimento.
Logo seguindo a minha visão do utilitarismo a resposta mais coerente com o tal seria se você através de meios verbais, psicológicos, ou em ultimo caso físico mas não letais, convencer o sujeito a desistir daquele ato, pois assim você estaria salvando a vida de duas pessoas, aumentando a consciência ou neutralizando o provável assassino dando a ele a liberdade futura de evoluir, e claro você se sentiria muito bem pelo fato de ter ajudado três pessoas, e neste caso sim, você produziu a maior quantidade de bem-estar...
Mas enfim, essa é apenas a minha visão do utilitarismo, agradeço muito pelos conteúdos em gerais que você publica, sem duvida ajuda muitaaaas pessoas, parabéns cara!
Ótima sua análise. Parabéns!
Oi Daniel, entendo seu ponto de vista, mas como ele continua no vídeo, " as coisas podem ficar ainda mais complexas" poderíamos colocar mais variantes nesse caso.Por exemplo, se os dois fossem solteiros e o assassino casado e tivesse mais 5 filhos, quantos pessoas seriam impactadas diretamente? A sua visão também está correta, porém, no exemplo o que tínhamos era a opção de matar ou não.
Mas acho que o objetivo do vídeo foi alcançado: te deu o conceito com um exemplo e ai você mesmo, após uma analise "mais profunda", conseguiu fazer uma releitura da cena e chegou a mesma conclusão.
Mas lembre-se: No utilitarismo as intenções são irrelevantes! Nesse caso, a ação de matar o o assassino é a mais correte, pois traria bem estar ao maior numero de pessoas possíveis! Imagina se no meio da negociação ele matasse os outros dois?
A questão tratada não demanda essa divagação. Trata-se de uma situação limítrofe, sem devaneios. Sacrifica-se um sujeito que está praticando um ato injusto contra inocentes. A sociedade ganhou, eis que se eliminou um desajustado, bem como duas vidas foram salvas. Há um benefício coletivo e particular. Análise direta e reta.
Muito bem explicado. Sucesso.Obrigada.
No final, poder, política, trabalho, religião, família...fazemos tudo por dinheiro, somos todos utilitaristas. O dinheiro move o mundo, sem dinheiro não fazemos família, política, religião, trabalho e não temos poder. Muitos dizem..."ah primeiro a familia ou Deus", mas quando olhamos para dentro de nós mesmos, sabemos que é tudo por dinheiro, não podemos esconder ou fugir de nós mesmos, da nossa consciência. Admita e viva melhor com isso.
O utilitarismo de forma pessoal e subjetiva não é o problema. O problema é quando querem impor o utilitarismo de forma juridica. Que é o que acontece hoje em dia. Transforma o utilitarismo em ética.
Acredito que utilizar a palavra "felicidade" onde deveria ser utilizado "satisfação" gerou alguma distorção no resultado.
O utilitarismo tem como princípio ALCANÇAR o resultado mais ÚTIL para quem toma a DECISÃO. Daí, as peculiaridades individuais do tomador de decisão tem relevância. No caso de normas gerais o agente tomador de decisão é o conjunto da sociedade ou de seus representantes. Neste caso há alteração no volume de informações a ser considerado. Informações descricionárias como onde estar pessoas pelas quais você tem apreço não devem ser consideradas.
No caso do trilho, inocente é aquele que está do lado do trilho que o trem não passaria. Os quatro trabalhadores assumiram o risco e deveriam estar atentos ao passar do trem. Enquanto o único inocente da história estaria desavisado.
Tem lógica
Mas, não era um "inocente". E, sim, outro trabalhador. Ele corre o risco tbm. Então, nesse caso, eu apertaria o botão.
Agora, e se, o único trabalhador fosse o Elon Mask. Vc o mataria ??? Um homem brilhante morto ou 4 homens comuns vivos ???
Para mim tbm está fácil essa kkk
@@ryanmengao apertaria, obvio.
Elon musk é um robô e todo mundo sabe...
Concordo
@@ryanmengao E se fosse fosse sua mãe? Vc também apertaria o botão? Complicado isso, não é?
Eu trabalho de domingo a domingo. Prol do b estar da minha esposa e filha.Me arrisco em meio a pandemia para manter as coisas em casa.Mas neste caso do trem , deixaria o curso natural das coisas agir.
Caramba , resumo perfeito !!! Nota mil ...
Fiquei curiosa sobre a relação do utilitarismo com o totalitarismo. Vale um vídeo 😉
Muito perspicaz de sua parte. Creio que seria uma comparação de fato interessante e talvez um tanto começa de entender se adotarmos um totalitarismo ético (que acabei de inventar na minha cabeça... Mas que seria algo como um utilitarismo ético... mas
em grande escala... Acho que seria uma longa discussão...
)
Sempre que me vêm com a pergunta do trem eu imediatamente penso que nao apertaria, pq nao tenho complexo de Messias pra mudar o curso da vida dos outros. Se o destino levou o trem pra direção dos 4, lamento profudamente e abraçaria o sibrevivente por nao ter sido ainda a hora dele.
Uma decisão muito difícil, pela lógica apertaria o botão, mas para decidir com certeza precisaria de mais elementos.
Eu não aperto o botão. Deixo a vida se encarregar sobre quem conseguirá sobreviver .
Valeu, gostei muito do Vídeo, não conhecia essa Teoria, é interessante e polêmica também, não sei antecipadamente se apertaria o botão, talvez escolhesse o que fazer somente na hora fatal de decidir, um abraço amigo . . . 💚🌻
Pelo oque entendi no vídeo, o utilitarismo nos ensina como devemos agir em situações extremas, onde não há uma terceira opção. Nesse caso nós caímos no extremismo, e isso acaba nos fazendo alvos de pessoas medíocres que não sabem lidar com escolhas difíceis.
Não é questão de extremismo, é que o utilitarismo tenta fazer o papel da ética. A ética determina o que é certo e errado, ou seja, é uma dicotomia. O problema do utilitarismo é usar uma coisa subjetiva como "melhor" e "pior" para tomar essa decisão.
Então eu penso essa situação do trem,como uma questão tão complexa como a escolha de posicionamento político,Direita ou Esquerda,e acho que podemos pensar fora dessas ideologias,no caso do trem,é uma situação parecida,como se tivesse essas duas opções de escolha,mas refletindo mais sobre,podemos pensar em uma forma de antecipar a situação e comunicar as pessoas que estão em risco de vida,pensar em tentar ativar algum dispositivo que travasse o trem,ou dependendo da distância de tempo,poderia ser rapidamente colocado um trilho,que desce seguimento para o trem continuar em linha reta,em fim pensando podemos ter várias possibilidades.
Gosto muito dos assuntos abordados no canal,parabéns pelo tipo de conteúdo,e gostaria de propor humildemente uma ideia que partiu de algumas reflexões,experiências e questionamentos meus sobre a filosofia.
No geral o filósofo (a) ele tem uma formação clássica européia,isso não tem como escapar porque nas faculdades o próprio currículo é baseado em cima dos grandes clássicos,e é uma Europa bastante restrita,por causa dos autores que você precisa estudar, é comum essa galera está mais com pensadores mais radicais e menos conformistas,de posicionamento mais a esquerda do que a direita,mas não deixa de ser clássico Ocidental.
Mas A filosofia é universal ou o universal que é filosófico?
Universal não seria um recurso ideológico da própria filosofia pra convencer todo mundo se aquilo que ela diz,diz respeito ao universo todo?quando na verdade diz respeito a pouca gente? forte abraço
Muito prazer em conhecer o utilitarismo!!! Sou uma interessada em conhecer a filosofia. É como dizer que os fins justificam os meios? Define a essência da democracia?
Sim. Mas não só dá democracia, como também dos regimes totalitários.
Muito difícil mas optaria pelo meu amigo. Mas nunca desejaria pra ninguém tal situação e escolhas.
Melhor vídeo que vi sobre o tema!
O vídeo mt bom sobre ética e moral, faz um video sobre o existencialismo e o absurdismo sobre a vida de albert camus
Nunca tinha ouvido falar dessa teoria. É o mesmo que te darem a opção de morrer enforcado ou fuzilado.Tenho pra mim,que na hora do pega pra capar o que vale é atua conduta moral e consciente,porque será a tua consciência que vai te cobrar o resto da vida.
eu concordo com os utilitaristas sim, porque mesmo que muitas atitudes sejam tomadas de maneira fria, as suas consequências é que vão valer. no ultimo exemplo, caso tivesse que sacrificar alguem proximo de mim por um grupo de desconhecidos, eu acho que no momento eu sacrificaria os outros. ainda que moralmente não fosse correto (nenhuma das ações), esse último caso realmente é algo pra se refletir, mas acho que é instintivo pra maioria salvar quem é proximo. mas por exemplo, em detrimento da etica kantiana, que diria que não se deve fazer nada para trocar o sentido do trem (no exemplo clássico), eu acho que o pensamento utilitarista cabe mais.
Apresentei esse tema na faculdade Mill tenta salvar o utilitarismo, mas foge do princípio principal, admitindo no final que o utilitarismo real é incompleto.
Muito bom o vídeo. Parabéns!
No início eu pensei que apertaria o botão do trem, pelo bem maior. No final sabendo que seria um próximo meu eu foi egoísta 😂😂
é triste mas infelizmente a resposta é não, pois não somos nós que devemos proporcionar felicidade as pessoas.
Mas podemos de alguma forma, melhorar o bem estar das pessoas. Exemplo: respeito ao próximo, ajudando a matar a fome das pessoas e animais, não jogando lixo nas ruas etc...
@@telesmarquesLP Ele quis dizer no sentido de não devemos ser nós quem define o que é melhor pra uma pessoa/o que traz felicidade a uma pessoa.
Na verdade sim, a sociedade tem um papel de se auto controlar para poder evoluir.
Com a pandemia fica bem claro o utilitarismo no momento que seleciona quem deve morrer principalmente no caso dos idosos.
Faz um vídeo sobre a ética argumentativa do H. H. Hoppe
Video interessante, e é meio que a forma que uma maquina com Inteligência Artificial decidiria, em preservar a maior quantidade de vidas. Entretanto, por sermos humanos, somos conscientes tanto da razão como da emoção, e precisaríamos pensar como "o Rei Salomão" para decidir tais situações.
Sobre o exemplo do Trem, se pensarmos fora da caixa, haveria uma terceira opção?
Se eu sei quantas pessoas estão nos trilhos por estar no centro de controle, então...
1. como eu sei sobre isso?
2.por câmeras de vigilância? alguém me avisou via rádio?
3.alguém por perto esta visualizando a cena e me avisou?
4. e esse alguém visualizando, não seria mais fácil dele avisar do perigo eminente as essas pessoas?
5. é possível avisar o maquinista via rádio ou celular para frear e apitar o trem continuamente?
6. Eu sei quanto tempo tenho para decidir isso?
A Minha resposta mais sensata ou a mais interessante por inferir no resultado, e por levar em conta da existência de um botão para ativação eletrônica, então a situação se passa nesse século ou no anterior, aonde é possível a existência de tecnologias como câmera, rádio ou celulares:
Entretanto, se levarmos em conta todos os fatores podemos raciocinar melhor sobre o que poderia acontecer:
Se eu deixar do jeito que esta, o trem continuará em direção na linha que tem mais pessoas, então com mais pessoas visíveis chamaria melhor a atenção do maquinista do que numa linha com apenas uma pessoa...dessa forma o maquinista tem certeza do eminente acidente, e poderá apitar sem parar, além de começar a frear o trem para reduzir os danos e intensificar o barulho nos trilhos, concede mais tempo para que as vitimas saiam da linha ...
Dessa forma, A possibilidade de 1 dos 4, ou dos 4 escutarem e saírem da linha é bem maior, e por se isentar de apertar o botão, você tira o peso da consciência em decidir pela lógica do Utilitarismo ou pela emoção, Colocando a responsabilidade de evitar o acidente muito mais na mão do maquinista, de quem estava vendo e te avisou e das pessoas em saírem da linha quando forem alertadas.
Bom, provavelmente seria a decisão mas sensata a se tomar. Porém conseguir tomar ela devido a pressão se tiver poucos minutos para pensar e o nervosismo imposto pela situação, dai já não sei dizer se conseguiria!
Falow!!!
Eita no final é raciocínio mesmo. O que eu faria?
O utilitarismo desconsidera que o indivíduo não está condicionado apenas pelo melhor resultado da ação, mas por infinitos fatores, desde os mais íntimos, internos, pelos erros na compreensão da própria atitude até pela programação social. São muitos estratos que moldam a personalidade e o caráter. O utilitarismo é uma ética de sistemas que descartam o indivíduo como um ser independente e imprevisível. No caso da linha de trem, não é possível dar uma resposta a priori, normalmente esse tipo de dilema passa por um processo mental muito rápido chamado "ação em curto circuito ", ou seja, pode ser que a mesma pessoa aperte o botão para salvar mais pessoas ou não, dependendo de sua condição psicológica para julgar por si naquele instante o que fará: se ele desviar o trem, ele, a pesar de salvar mais pessoas, poderá se perguntar depois por que ele alterou a ordem natural do que teria de fato acontecido, sacrificando um; se ele não apertar, também fará a mesma pergunta, só que agora se martirizando acerca do poder que tinha para alterar a ordem natural e não fez. Não há resposta certa para essa pergunta, mas a ação em si.
Utilitarismo é um cancer.
Que interessante, cara, o Utilitarismo de Ato. No caso , se a pessoa que estava sozinha fosse um grande amigo ou um ente querido, surgiria uma espécie de Utilitarismo de Ato " defensivo " ,haja visto que, com pouco tempo para pensar, o instito me levaria voluntariamente a defender aquele com quem já tive contato ( se esse contato foi positivo). Seria quase se fosse uma auto-defesa. No caso, o instinto analisaria que o maior bem estar possível seria salvar o meu amigo. É como penso.
Continuando o comentário anterios que fiz , dogmáticamente temos de ter em conta as macro questões sobre direito a vida , direito individual e direito da maioria , não estamos aqui levando em consideração quem merece viver , não sabemos se o individual é virtuoso e o coletivo no trilho ao lado seria um bando de bandidos , temos aí dois problemas , descarrilhar o trem pode causar mais acidente m, colocar mais vidas em risco , é o mesmo pensamento que um policial tem em usar de meios violentos para evitar uma violência maior . A questão da defesa de si mesmo ou de outrem , você não reage para matar um atacante mas sim para parar a violência e possibilidade de dolo do mesmo , e talvez em último caso esse "parar"leve ao dolo do agente causador.
Não estamos também pensandona problemática do Trem no auto sacrifício, algo comum nesta situação , você pula na frente do trem empurrando todos de serem atropelados, se você só tem o botão dentro desta perspectiva restrita do problema , você o aperta ou não .
Apertar o botão e desviar o trem dará a possibilidade de salvar mais pessoas .
No 11 de Setembro a força área americana abateu um dos aviões cheio de civis para salvar 15 vezes a quantidade de pessoas e os líderes da nação onde o avião iria cair em rota contra a Casa Branca.
Não apertar , você verá muito possivelmente muitas pessoas serem mortas ou feridas gravemente no mínimo e terá essa visão em sua consciência de que você estava lá e poderia ter feito algo .
Apertar ...você também terá a visão da morte ou grave ferimento de uma vítima, mas saberá em teu íntimo , por mais triste que seja , que fez o comprimento de seu dever e ética. Esse é um momento de encruzilhada crítica , você talvez seja um alpinista tenha de cortar a corda de um para salvar outros que estão na mesma corda e ela iria arrebentar em cima matando a todos .
Você é um piloto de avião que está caindo e joga seu avião cheio de passageiros , em cima de uma casa que está mais afastada evitando cair em cima de um bairro densamente populado.
Eu trabalhava na área de segurança em um laboratório quando um vidro de ácido explodiu por algum motivo , uma das químicas com a explosão perdeu os sentidos e caiu no solo com toda aquela fumaça tóxica no ar e a poça de ácido avançando para cima dela , eu tinha sido pai recentemente , com um dos meus filhos recém nascidos , ninguém conseguia entrar na sala devido a forte toxidade, não havia tempo de buscar uma máscara ou outro EPI , e mesmo com doença pulmonar grave entrei no local jogando mesas no solo para poder pisar rápido no chão com muito ácido , e antes de desmaiar consegui arrastar a moça para fora , acordei na UTI de um hospital. No meu caso , o dever de salvar essa pessoa, falando estritamente da ética do profissional de segurança vai até o momento em que não colocaria minha vida em risco , mas era uma condição de uma encruzilhada crítica , um momento único onde o conjunto de seus valores axiomáticos e deontologicos como ser humano te faz ir além deste ponto.
Você pensa em segundos , e se fosse você ali , seus filhos , cônjuge, país , etc
Felizmente ela e eu vivemos , ambos com sequelas , mas vivemos e se tornou uma grande amiga, uma irmã praticamente nestes últimos 26 anos.
Pelo foco ser a maioria, parece q o bem individual é limitado, sobre o trilho, caso os trabalhadores tenham a liberdade de sair dos trilhos deixaria o trem na direção dos quatro, digamos q seria uma seleção natural...
Mas caso seja uma situação de movimento limitado, como o trabalho em algum túnel q impossibilita a saída dos trilhos, o sacrifício seria do único trabalhador...
O trabalhador tá comprindo sua jornada creio eu que aquelas pessoas sabem que ali passa o trem é complicado.
Mais foi muito bom para uma melhor reflexão de pensamentos e atos .....
Para aprofundar o tema sugiro a leitura de M. J. Sandel, JUSTIÇA: O QUE É FAZER A COISA CERTA.
Jesus, maior auto exemplo de utilitarismo de ato. .
Bem didático. Parabéns e obrigado.
Não gosto do utilitarismo; esse pensamento filosófico é um dos responsáveis pelos maiores genocídios praticados na história da humanidade. Entretanto, não o rejeito por completo, pois há casos mínimos em que será necessário seguir essa linha. Cada caso é um caso.
De cada coisa,tire somente o melhor. Até do niilismo é possível aproveitar algo
Então, mano.. os genocídios não são justificados pelo utilitarismo. Um utilitarista teria um apreço às vidas que são tomadas em um processo genocida. Os genocidas não se pautavam por um pensamento utilitarista. Na verdade, o utilitarismo é historicamente muito mais relacionado a políticas liberais, inclusivas
Um utilitarista não seria um genocida cara.
Exato! TB pensei a mesma coisa...
Não se esqueça da índole .
Gostei da explicação, a minha resposta na questão do trem, fica um tanto complicado,mas,uma escolha tem que ser feita rápida. Então eu escolheria apertar o botão e salvar as 4 vidas,sabendo que eu perderia meu amigo.
Se eu fosse vc refaria esse vídeo. Imagine alguém que fosse pesquisar e encontrasse que o utilitarismo pretende proporcionar o máximo de felicidade e percebesse que os seus exemplos (do trem) estão baseados no mínimo de tristeza ou infelicidade, fica parecendo uma meia-verdade que é uma mentira.
Muito bom.Já estava cansado de ver o Trolley problem por aí.
Uma pergunta mestre, esse negócio de Os fins justificarem os meios não vem do Príncipe do Maquiavel ?
Não vem.. Sempre atribuem essa frase a ele pq em sua obra, O Príncipe, ele fala que para se manter no poder o Príncipe deve desenvolver características não éticas e morais, como a hipocrisia... a crueldade... Dá um Google depois caso queira aprofundar no assunto.
A frase em questão vem do meio politico...
Abraços
Eu frearia o trem aos poucos, começando de minha visão do perigo, de cometer um crime, afinal a vida é o maior dos tesouros.
Se esse 1 for o meu prefeito eu deixo o trem passar nos 4
Que, dilema? Eu, apertaria certamente o botão da linha de trem. Mas, e se fosse um conhecido meu? Aí, percebi que, ficaria na dúvida diante dessa hipótese? Mas, não seria correto tirar a vida de 04 pessoas, em detrimento de apenas uma outra. Agora, percebi na pele a importância do utilitarismo.
Obrigado, Super Leituras.
Faria o máximo possível para não interferir no futuro de nenhum deles. Nesse exemplo eu não interferiria no fato de quem deveria viver ou morrer. Diferentemente se fosse o caso de um assassino estar querendo tirar a vida de "inocentes" e eu pudesse impedir, com certeza pararia o malfeitor.
O sociólogo americano Michael Sandel, ele aborda essa corrente do utilitarismo em seu livro Justiça o que é fazer a coisa certa.
Muito obrigado. Ótimo vídeo.
Muito bom!
Eu não interferiria no que fosse acontecer.
Seria interessante um vídeo sobre utilitarismo x hedonismo.
Meus guias me mandarem aqui ❤
Já conhecia a corrente de pensamento e o caso hipotético. A princípio fiquei em dúvida mas concluí: Não sou juiz para decidir, deixo a vida seguir seu curso. No primeiro caso o Direito brasileiro tipifica como "Legítima defesa de terceiros", isto caso a pessoa descida intervir. Existe uma regra muito discutida que se chama "Legítima defesa Putativa", onde o indivíduo está livre de punição caso tenha que, em estado de necessidade este pode tirar a vida ou impedir que uma pessoa sobreviva para salvar a própria vida. Temos questões éticas, legais, políticas, religiosas. Contudo imagino que a pessoa está no local do fato é que este tenha que fazer a escolha e a própria ser o instrumento da ação, creio que o fato muda radicalmente de perspectiva. O pensamento utilitarista foi pensado para um tipo de ação econômica e conjuntural, contudo este mesmo pensamento foi cooptado para situações eticamente não adaptáveis. Várias correntes de pensamento, político sociológico o utiliza, a meu ver, de forma hipócrita e leviana.
O homem pós moderno está com a alma impregnada de utilitarismo só que de forma individualista. Agora se isso vai atenuar, permanecer ou aumentar no mundo pós pandemia só o tempo irá nos dizer.
Ótimo resumo, amei
Uma decisão muito difícil a ser tomada. Talvez tivesse uma terceira opção. Alertar os envolvidos do perigo que estão correndo.
Subentende-se que a terceira opção citada não existe. É uma discussão filosófica e não de segurança do trabalho ou coisa parecida. O ideia é colocar o pensamento no ponto crítico da situação e não sendo possível fugir pela tangente.
Os seres humanos fazem suas escolhas pelas emoções !