Excelente sugestäo, @CanalMedieval; aliás, cada metro quadrado deste país é História viva. Colonia, onde moro, foi posto avancado dos romanos antes de Cristo. Ainda näo conheco Heilderberg; mas está em minha lista de pontos altos visita-la no Bayern, terra de seus antepassados ! Saudacöes
Muito legal fazer este “Tour de Paris” com o professor Marcelo, seu conhecimento e perfeita análise. Alguém que sabe aproveitar bem a viagem e dar valor para o bom, belo e verdadeiro. Queremos mais vídeos! Paz e Bem.
Eu amo o inverno aqui na França pertinho dos alpes. As famosas neblinas outonais dao um toque aconchegante às nossas paisagens. Excelente estadia na Europa professor ! Deus o abençoe.
A namorada de um amigo contou uma estória curiosa certa vez. O avô dela estava dirigindo seu Corcel nas estrada de chão das colônias da serra gaúcha, quando sentiu algo no corpo e imaginou ser um princípio de ataque cardíaco. Ainda tremendo e tendo alguns piripaques, parou seu carro no canto da estrada, puxou um garrafão de vinho que tinha no chão do banco do carona e tomou uns goles no bico. E aos poucos foi se acalmando e ficando manso até conseguir respirar fundo, em paz, e retomar suas andanças com seu carro
12:10 cabe lembrar que hoje fala-se muito da "beleza" das cidades modernas pelo "planejamento urbano" e que suposta antigamente não havia e era tudo aglomerado, o que é mentira, todas as cidades eram feitas com um objetivo urbano bem específico, com uma capela no meio, os largos, passeios e belvederes bem constituídos proximos as áreas centrais como locais de lazer. Estamos falando de épocas em que até as grandes cidades como sedes de comarcas, eram pequenas em relação a hoje, tem bairros de São Paulo que seriam facilmente cidades em população, a constituição urbana atual é muito mais caótica que anteriormente.
Não sabem mais construir como antigamente, a cultura decaiu muito. Mas é claro, não antes dos comunistas terem se infiltrado na educação e no planejamento urbano.
Como eu queria que fosse assim aqui, chega o natal a gente fica derretendo! Ontem eu fui na missa o coitado do padre tava quase desmanchando de tanto calor.
Muito legal. Já vi muitos vídeos de pessoas na Europa, mostrando os lugares e muitos poucos (não lembro de nenhum) contextualiza o local com a história.
Que pena! O inverno é complicado aí na Alemanha. Costumo até orar para Deus abrir uma clareira dentre as nuvens para ter bom tempo em minhas viagens...rsrs
Um lugar interessante para visitar é o Altes Schloss em Stuttgart. Um belíssimo museu que conta a história da região, do Império Romano à Cristianização dos povos germânicos. Tem uma sala dedicada só à Cristianização.
Começamos bem, em ordem alfabética com Alemanha e barril de vinho gigante, a maior ameaça foi a orda de jovens bárbaros e o cavalo medonho mais saímos inteiros
Poderia, mas dificilmente isto ocorreria porque o país tinha um vício de origem. A Iugoslávia (ou Jugoslávia, como se diz em Portugal - e é muito mais fácil de dizer e de escrever, diga-se) surgiu como o "Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos", em 1919, na esteira da Primeira Guerra Mundial. Isto já foi dito por outros, mas o que não disseram foi que a criação da Jugoslávia foi uma maneira de recompensar a Sérvia (um país que era plenamente independente há menos de cinquenta anos) pela guerra injusta e devastadora que a Áustria-Hungria lhe moveu, simultaneamente punindo a Áustria. Seria impossível atingir esse par de objetivos sem criar um estado unificado nos Bálcãs. Se fossem criados vários países independentes em 1919 (Eslovênia, Croácia e Bósnia), mantida a independência de Montenegro, feitas à Sérvia pequenas concessões territoriais (Vojvodina), o resultado teria sido mais estável politicamente. Mas esta solução era insuficiente para os objetivos da Convenção de Paz de Paris. Primeiro porque a proposta de anexar as regiões de fala eslava a um único estado nos Bálcãs fora aventada pela diplomacia sérvia - e a Sérvia era aliada da Entente. Segundo porque a proposta de transformar a Áustria-Hungria em uma “monarquia tripla” era vista como uma concessão inaceitável ao agressor. Fora justamente esta proposta dos austríacos que criara a tensão nos Bálcãs em 1912-1914 e quando Francisco Ferdinando foi morto em Sarajevo, ele estava lá justamente para negociar com colaboradores locais o estabelecimento de um Estado dos Sérvios, Croatas e Eslovenos. A existência deste estado era uma ameça direta à Sérvia, porque criaria uma entidade sérvia dentro do Império, o que poderia desestabilizar o jovem reino estabelecido em Belgrado. É preciso lembrar que a Sérvia de 1914 tinha fronteiras diferentes. A região de Vojvodina pertencia à Hungria e Belgrado ficava a poucos quilômetros da fronteira: O estabelecimento de uma entidade eslava no Império Habsburgo tinha, então, um imenso potencial de desestabilização da Sérvia - motivo pelo qual os sérvios agiam de toda maneira para impedir que isto acontecesse. Como a Sérvia era um país jovem e pobre, não tinha condições de enfrentar o Império Austro-Húngaro sozinha. Para isso contava com o apoio da Rússia, em nome da ideologia do Pan-Eslavismo. Como a Rússia era membro da Tríplice Entente (com a Grã Bretanha e a França), a Sérvia estava relativamente protegida, mas sua ação política era nos limites de sua capacidade: fazia propaganda entre os jovens eslavos do Império Habsburgo para que estes se opusessem aos planos da Monarquia Tripla. Gavrilo Princip, o jovem bósnio que matou Francisco Ferdinando era membro de um movimento político insuflado pela Sérvia, o Jovem Bósnia (Mlada Bosna) e de um grupo terrorista local, o "Mão Negra". A Sérvia negava sua relação com o Mão Negra, mas admitia seu estímulo ao Jovem Bósnia. Obviamente. Esperto ter conseguido explicar porque seria impossível admitir que a solução dos Habsburgo fosse implementada em 1919. Ocorre que uma "terceira via" (independência dos territórios eslavos dos Habsburgo) também seria impossível de admitir. Se esta independência ocorresse de maneira separada, haveria uma guerra civil quase imediata porque os cristãos ortodoxos da Croácia e da Bósnia se identificavam como "sérvios" e queriam sua anexação à Sérvia. Se os jovens estados da Croácia e da Bósnia os reprimissem (o que seria bem difícil no caso da Bósnia, onde os "sérvios" eram mais de 40% da população), isso levaria à intervenção sérvia. Na Bósnia isso significaria a anexação quase imediata do país, com aclamação popular. No resto haveria uma guerra civil. Ninguém queria essa guerra civil. Quando digo "ninguém" eu enfatizo isso porque os próprios croatas e eslovenos temiam ser anexados pela Áustria e pela Itália. A Áustria pretendia manter a Caríntia e a Carniola (ou poderia reocupá-las no futuro) e a Itália queria Trieste, Ístria, Goriza. A própria capital da Eslovénia, Ljubljana (então chamada de Laibach) só foi anexada ao Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos (antes disso a Áustria reteria a região). Um possível "Estado dos Croatas, Eslovenos e Sérvios" dentro da Áustria-Hungria não incluiria todos os territórios eslavos. Foi por isso que em 1919 os representantes desse estado pediram sua anexação à Sérvia - e a Sérvia depois disso anexou Laibach. A Ístria permaneceu na Itália até a Segunda Guerra Mundial! O que tudo isso quer dizer é que a Jugoslávia foi criada desde o início sob a hegemonia sérvia. A monarquia sérvia se via predestinada a unificar os "eslavos do sul" e as populações eslavas do Império Habsburgo viram na anexação à Sérvia uma maneira de impedir que seus territórios fossem divididos. Todos esses objetivos, porém, eram de curto ou médio prazo. Já em 1940 os croatas estavam suficientemente desencantados com o autoritarismo sérvio que aceitaram colaborar com os nazistas, mesmo que sob a hegemonia nazista seus territórios voltassem a ser divididos: A Itália anexou as ilhas antigamente colonizadas por Veneza e dividiu com a Alemanha os espólios da Eslovênia. A Hungria reanexou partes da Vojvodina e da fronteira croata. A última questão aqui foi justamente a existência deste "Estado Independente da Croácia" (NDH), porque os Ustaše (o partido fascista da Croácia) foram usados pelos comunistas do pós-guerra para demonizar o nacionalismo croata ainda mais. Se no entreguerras a monarquia sérvia hostilizava o nacionalismo croata por rivalizar com ele, os comunistas do pós-guerra praticamente demonizaram-no. O próprio símbolo heráldico da Croácia, o tabuleiro de xadrez, foi considerado um símbolo de ódio. Nos anos 1980, era comum os sérvios insultarem os croatas como ustaše. Isso pode ser ouvido claramente no famoso meme do "Remove Kebab": Depois de 1 minut: Ustale hvratske ustaše ("revoltam-se os ustaše croatas", lembre-se que ustaše deriva do verbo que significa "erguer-se" ou "levantar-se", no sentido de revolta). Para os sérvios de então, a bandeira da Croácia, a que tremulava nos campos de concentração onde centenas de milhares de sérvios foram mortos, era equivalente ao pavilhão vermelho da suástica usado pela Alemanha nazista. A diferença é que os sérvios, desde 1914, estão jogando um jogo onde não tem chance, onde quem dá as cartas são outros. A Sérvia certamente tinha razão (realmente salvou os eslavos dos Bálcãs de serem divididos aleatoriamente e os poupou de guerras civis em 1919), mas não seus governantes não tiveram sensibilidade (e nem democracia) para lidar com a construção de um país a partir de povos que falavam a mesma língua (exceto os eslovenos, cuja língua é diferente) mas tinham séculos de história religiosa e política em separado. Pagaram por isso um alto preço - o povo, não tanto os governantes - e viram os antigos inimigos que os massacraram receber o apoio de seus antigos aliados ingleses e franceses (somente os russos, que em 1919 os haviam abandonado, ficaram de seu lado desta vez, mas nada puderam fazer para protegê-los). Não havia como o povo sérvio aceitar pacificamente a independência da Croácia sob a bandeira do "tabuleiro de xadrez" (devido à história da II Guerra) e não havia como aceitarem pacificamente a independência da Bósnia. Em 1919 os sérvios da Bósnia, então 44% da população, não queriam essa independência, e em 1991 isso não havia mudado. O que mudou foi que nesse ínterim os muçulmanos, que em 1919 aceitaram a hegemonia sérvia porque a julgaram preferível ao jugo dos Habsburgo, agora queriam sua independência. A guerra civil jugoslava não é apenas a guerra de independência da Croácia e da Eslovênia, é também um momento em que os antigos aliados da Sérvia a deixaram na estrada e roubaram-lhe territórios (Bósnia, Montenegro, Macedônia e Kossovo) e população (sérvios da Bósnia, sérvios de Montenegro, sérvios de Kossovo). Mais uma vez os sérvios erraram muito e se ferraram muito. Não havia lado 100% certo e nenhuma não violenta possível que não incluísse: Para a Croácia, outra bandeira. Para a Bósnia, sua divisão. Observem que os sérvios quase não se importaram com a independência da Eslovênia. A coisa "fedeu" com a Croácia e com a Bósnia. Hoje a Sérvia é um país sem acesso ao mar, com apenas 6,7 milhões de habitantes, mas poderia ter mais de 12 milhões (adicionando 1,8 milhão de kosovares; 1,2 milhão de sérvios na Bósnia; 1,8 milhão de macedônios; 0,6 milhão de montenegrinos) e acesso ao mar.
Marcelo, como apresentador de passeios turísticos você é muito ruim :-) Só tem uma única qualidade. Conteúdo. Excelente conteúdo com muita informação. kakakka obrigado pelo vídeo... e pelas informações.
Esse maluko foi pra Alemanha no inverno tenebroso e em plena guerra com tudo caro ? Tem loko pra tudo. Alemanha é divino no verão, no inverno é o inferno.
Deutschland? Sehr Schön! Heidelberg fica a 30Km da terra de meus antepassados. O senhor vai visitar a capela palatina de Carlos Magno, em Aachen?
Salve Maria Prof. Evandro!
Excelente sugestäo, @CanalMedieval; aliás, cada metro quadrado deste país é História viva. Colonia, onde moro, foi posto avancado dos romanos antes de Cristo. Ainda näo conheco Heilderberg; mas está em minha lista de pontos altos visita-la no Bayern, terra de seus antepassados ! Saudacöes
Oooooiii sumido? Salve Professor!E o canal? Já faz tempo que o Sr posta conteúdo novo.
Retornarei muito em breve, esse ano ainda!@@douglascmreis
Salve Maria Imaculada!@@Senhor_Bolacha
esse cavalo no meio do jardim é simplesmente pavoroso...... destoa de tudo que está a sua volta !!!!!!
O palácio e o centro da cidade sao apaixonantes, uma pena o Brasil não preservar suas construções históricas.
Muito legal fazer este “Tour de Paris” com o professor Marcelo, seu conhecimento e perfeita análise. Alguém que sabe aproveitar bem a viagem e dar valor para o bom, belo e verdadeiro.
Queremos mais vídeos!
Paz e Bem.
Minha filha está morando há 8 meses em Hildelberg, está apaixonada pela cidade, amei o vídeo!
Eu amo o inverno aqui na França pertinho dos alpes. As famosas neblinas outonais dao um toque aconchegante às nossas paisagens. Excelente estadia na Europa professor ! Deus o abençoe.
A namorada de um amigo contou uma estória curiosa certa vez. O avô dela estava dirigindo seu Corcel nas estrada de chão das colônias da serra gaúcha, quando sentiu algo no corpo e imaginou ser um princípio de ataque cardíaco. Ainda tremendo e tendo alguns piripaques, parou seu carro no canto da estrada, puxou um garrafão de vinho que tinha no chão do banco do carona e tomou uns goles no bico. E aos poucos foi se acalmando e ficando manso até conseguir respirar fundo, em paz, e retomar suas andanças com seu carro
Muito bom! like neste nobre depoimento \o/
12:10 cabe lembrar que hoje fala-se muito da "beleza" das cidades modernas pelo "planejamento urbano" e que suposta antigamente não havia e era tudo aglomerado, o que é mentira, todas as cidades eram feitas com um objetivo urbano bem específico, com uma capela no meio, os largos, passeios e belvederes bem constituídos proximos as áreas centrais como locais de lazer. Estamos falando de épocas em que até as grandes cidades como sedes de comarcas, eram pequenas em relação a hoje, tem bairros de São Paulo que seriam facilmente cidades em população, a constituição urbana atual é muito mais caótica que anteriormente.
siiim
Muito lindo esse lugar. E é engraçado que as coisas antigas são infinitamente mais bonitas que as coisas modernas
As coisas modernas normalmente são muito práticas, mais as clássicas são o puro charme
@@Laranjaenergica verdade, você tem razão. O mundo hoje em dia é muito mais fácil e prático do que era a 300 anos atrás
Não sabem mais construir como antigamente, a cultura decaiu muito. Mas é claro, não antes dos comunistas terem se infiltrado na educação e no planejamento urbano.
Vai postar todo dia, professor?? Isso alegrará muito meu dia...
Excelente vídeo, parabéns
Um forte abraço Professor.
Excelente video professor! Concordo, frio é muito bom! Que lindo este castelo, mesmo danificado com as ações do tempo! Por favor continue a série!
Como eu queria que fosse assim aqui, chega o natal a gente fica derretendo! Ontem eu fui na missa o coitado do padre tava quase desmanchando de tanto calor.
Muito legal. Já vi muitos vídeos de pessoas na Europa, mostrando os lugares e muitos poucos (não lembro de nenhum) contextualiza o local com a história.
Minha mãe iria adorar visitar Heidelberg nessa época do ano
Excelente conteúdo parabéns professor Marcelo!!!
Moro a uma hora de carro dai , e ja visitei a cidade 2/3 vezez
Aproveite a viagem , que seja proveitosa , e divertida
Que pena! O inverno é complicado aí na Alemanha. Costumo até orar para Deus abrir uma clareira dentre as nuvens para ter bom tempo em minhas viagens...rsrs
Boa dose de cultura verdadeira
Mas blz, professor. Obrigado por compartilhar essa curta e boa aula de história.
Abraço!
Gratidão❤️
Invasões dos bárbaros, sdksdka; muito bom!
Adoro esse estilo de video! continue prof.
Castelo belíssimo!
Gostei demais do video , aguardo ansioso mais videos da viagem.
Um lugar interessante para visitar é o Altes Schloss em Stuttgart. Um belíssimo museu que conta a história da região, do Império Romano à Cristianização dos povos germânicos. Tem uma sala dedicada só à Cristianização.
Adoro seus adjetivos quando se trata de falar da "arte" moderna 😅😅
Muito bom, vídeo bem dirigido, mas quando a câmera se move dá pra perceber um "jittering" bem significativo na imagem.
Ainda bem que temos um turista culto, pois alguns vídeos de viagens só falam o que não presta.
Bem-vindo , professor ! Se vier a Colonia , gostaria de convida-lo para um café em frente à Catedral!
Legal Marcelo 👍👍👍
Muito bom
Muito Legal Professor faça mais vídeos desse tipo
O senhor poderia ir em Bingen, no mosteiro de Santa Hildegarda...
Aqui, calor de trinta e cinco graus.
Onde moro, a sensação térmica deve tá passando dos 40 tranquilo
Brasil é um purgatório
Começamos bem, em ordem alfabética com Alemanha e barril de vinho gigante, a maior ameaça foi a orda de jovens bárbaros e o cavalo medonho mais saímos inteiros
"Aqui atrás de mim tem um poço, onde se pega água, obviamente, né."
A mudança de tom que dele. kkkkkkk
Intankável.
Professor vc tem de ir a Nuremberga.
Aproveite a viagem professor. Se puder faça degustações de cervejas trapistas. Especialmente a cobiçada Trappist Westvleteren 12. Abraço.
Professor: "... e lá havia uma escultura moderna tão feia, que nem tiramos fotos".
Kkkkkkkkkkk! 😅
Tudo bom Marcelo Saudações!
Realmente... Parece que no Brasil se nasce por castigo!
Achei muito legal esse video,por mais videos como este.
Já que tá um frio gostoso, tira as casacas....kkkk
Professor, o senhor correu do calorzinho do Brasil?
Realmente 😂. Que cavalo 🐴 MEDONHO. 😂😂😂😂😂
Professor, o que o senhor acha da historiografia de Laurentino Gomes?
Lindo lugar, quem dera se Brasil tivesse o mesmo apreço por história que os alemães têm. Aqui o lema é destruir e apagar!
3:30 hahahahahaha muito bom
Se a unificação desse país não tivesse se concretizado, várias catástrofes teriam sido evitadas
quais? tavam certos mesmo
@@4s4lf4 ???
@@4s4lf4Nazismo.
@@Senhor_Bolachaholocausto, revolução bolchevique, guerra mundial etc.
@@perobusmaximus O sacro Império era descentralizado
Opa, se passar por Luxemburgo vem tomar uma cerveja. Abraço.
Poderia, mas dificilmente isto ocorreria porque o país tinha um vício de origem.
A Iugoslávia (ou Jugoslávia, como se diz em Portugal - e é muito mais fácil de dizer e de escrever, diga-se) surgiu como o "Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos", em 1919, na esteira da Primeira Guerra Mundial. Isto já foi dito por outros, mas o que não disseram foi que a criação da Jugoslávia foi uma maneira de recompensar a Sérvia (um país que era plenamente independente há menos de cinquenta anos) pela guerra injusta e devastadora que a Áustria-Hungria lhe moveu, simultaneamente punindo a Áustria. Seria impossível atingir esse par de objetivos sem criar um estado unificado nos Bálcãs.
Se fossem criados vários países independentes em 1919 (Eslovênia, Croácia e Bósnia), mantida a independência de Montenegro, feitas à Sérvia pequenas concessões territoriais (Vojvodina), o resultado teria sido mais estável politicamente.
Mas esta solução era insuficiente para os objetivos da Convenção de Paz de Paris. Primeiro porque a proposta de anexar as regiões de fala eslava a um único estado nos Bálcãs fora aventada pela diplomacia sérvia - e a Sérvia era aliada da Entente. Segundo porque a proposta de transformar a Áustria-Hungria em uma “monarquia tripla” era vista como uma concessão inaceitável ao agressor. Fora justamente esta proposta dos austríacos que criara a tensão nos Bálcãs em 1912-1914 e quando Francisco Ferdinando foi morto em Sarajevo, ele estava lá justamente para negociar com colaboradores locais o estabelecimento de um Estado dos Sérvios, Croatas e Eslovenos. A existência deste estado era uma ameça direta à Sérvia, porque criaria uma entidade sérvia dentro do Império, o que poderia desestabilizar o jovem reino estabelecido em Belgrado. É preciso lembrar que a Sérvia de 1914 tinha fronteiras diferentes. A região de Vojvodina pertencia à Hungria e Belgrado ficava a poucos quilômetros da fronteira:
O estabelecimento de uma entidade eslava no Império Habsburgo tinha, então, um imenso potencial de desestabilização da Sérvia - motivo pelo qual os sérvios agiam de toda maneira para impedir que isto acontecesse. Como a Sérvia era um país jovem e pobre, não tinha condições de enfrentar o Império Austro-Húngaro sozinha. Para isso contava com o apoio da Rússia, em nome da ideologia do Pan-Eslavismo. Como a Rússia era membro da Tríplice Entente (com a Grã Bretanha e a França), a Sérvia estava relativamente protegida, mas sua ação política era nos limites de sua capacidade: fazia propaganda entre os jovens eslavos do Império Habsburgo para que estes se opusessem aos planos da Monarquia Tripla. Gavrilo Princip, o jovem bósnio que matou Francisco Ferdinando era membro de um movimento político insuflado pela Sérvia, o Jovem Bósnia (Mlada Bosna) e de um grupo terrorista local, o "Mão Negra". A Sérvia negava sua relação com o Mão Negra, mas admitia seu estímulo ao Jovem Bósnia. Obviamente.
Esperto ter conseguido explicar porque seria impossível admitir que a solução dos Habsburgo fosse implementada em 1919. Ocorre que uma "terceira via" (independência dos territórios eslavos dos Habsburgo) também seria impossível de admitir.
Se esta independência ocorresse de maneira separada, haveria uma guerra civil quase imediata porque os cristãos ortodoxos da Croácia e da Bósnia se identificavam como "sérvios" e queriam sua anexação à Sérvia. Se os jovens estados da Croácia e da Bósnia os reprimissem (o que seria bem difícil no caso da Bósnia, onde os "sérvios" eram mais de 40% da população), isso levaria à intervenção sérvia. Na Bósnia isso significaria a anexação quase imediata do país, com aclamação popular. No resto haveria uma guerra civil. Ninguém queria essa guerra civil.
Quando digo "ninguém" eu enfatizo isso porque os próprios croatas e eslovenos temiam ser anexados pela Áustria e pela Itália. A Áustria pretendia manter a Caríntia e a Carniola (ou poderia reocupá-las no futuro) e a Itália queria Trieste, Ístria, Goriza. A própria capital da Eslovénia, Ljubljana (então chamada de Laibach) só foi anexada ao Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos (antes disso a Áustria reteria a região). Um possível "Estado dos Croatas, Eslovenos e Sérvios" dentro da Áustria-Hungria não incluiria todos os territórios eslavos. Foi por isso que em 1919 os representantes desse estado pediram sua anexação à Sérvia - e a Sérvia depois disso anexou Laibach. A Ístria permaneceu na Itália até a Segunda Guerra Mundial!
O que tudo isso quer dizer é que a Jugoslávia foi criada desde o início sob a hegemonia sérvia. A monarquia sérvia se via predestinada a unificar os "eslavos do sul" e as populações eslavas do Império Habsburgo viram na anexação à Sérvia uma maneira de impedir que seus territórios fossem divididos.
Todos esses objetivos, porém, eram de curto ou médio prazo. Já em 1940 os croatas estavam suficientemente desencantados com o autoritarismo sérvio que aceitaram colaborar com os nazistas, mesmo que sob a hegemonia nazista seus territórios voltassem a ser divididos:
A Itália anexou as ilhas antigamente colonizadas por Veneza e dividiu com a Alemanha os espólios da Eslovênia. A Hungria reanexou partes da Vojvodina e da fronteira croata.
A última questão aqui foi justamente a existência deste "Estado Independente da Croácia" (NDH), porque os Ustaše (o partido fascista da Croácia) foram usados pelos comunistas do pós-guerra para demonizar o nacionalismo croata ainda mais. Se no entreguerras a monarquia sérvia hostilizava o nacionalismo croata por rivalizar com ele, os comunistas do pós-guerra praticamente demonizaram-no. O próprio símbolo heráldico da Croácia, o tabuleiro de xadrez, foi considerado um símbolo de ódio. Nos anos 1980, era comum os sérvios insultarem os croatas como ustaše. Isso pode ser ouvido claramente no famoso meme do "Remove Kebab":
Depois de 1 minut: Ustale hvratske ustaše ("revoltam-se os ustaše croatas", lembre-se que ustaše deriva do verbo que significa "erguer-se" ou "levantar-se", no sentido de revolta).
Para os sérvios de então, a bandeira da Croácia, a que tremulava nos campos de concentração onde centenas de milhares de sérvios foram mortos, era equivalente ao pavilhão vermelho da suástica usado pela Alemanha nazista. A diferença é que os sérvios, desde 1914, estão jogando um jogo onde não tem chance, onde quem dá as cartas são outros. A Sérvia certamente tinha razão (realmente salvou os eslavos dos Bálcãs de serem divididos aleatoriamente e os poupou de guerras civis em 1919), mas não seus governantes não tiveram sensibilidade (e nem democracia) para lidar com a construção de um país a partir de povos que falavam a mesma língua (exceto os eslovenos, cuja língua é diferente) mas tinham séculos de história religiosa e política em separado. Pagaram por isso um alto preço - o povo, não tanto os governantes - e viram os antigos inimigos que os massacraram receber o apoio de seus antigos aliados ingleses e franceses (somente os russos, que em 1919 os haviam abandonado, ficaram de seu lado desta vez, mas nada puderam fazer para protegê-los).
Não havia como o povo sérvio aceitar pacificamente a independência da Croácia sob a bandeira do "tabuleiro de xadrez" (devido à história da II Guerra) e não havia como aceitarem pacificamente a independência da Bósnia. Em 1919 os sérvios da Bósnia, então 44% da população, não queriam essa independência, e em 1991 isso não havia mudado. O que mudou foi que nesse ínterim os muçulmanos, que em 1919 aceitaram a hegemonia sérvia porque a julgaram preferível ao jugo dos Habsburgo, agora queriam sua independência.
A guerra civil jugoslava não é apenas a guerra de independência da Croácia e da Eslovênia, é também um momento em que os antigos aliados da Sérvia a deixaram na estrada e roubaram-lhe territórios (Bósnia, Montenegro, Macedônia e Kossovo) e população (sérvios da Bósnia, sérvios de Montenegro, sérvios de Kossovo). Mais uma vez os sérvios erraram muito e se ferraram muito.
Não havia lado 100% certo e nenhuma não violenta possível que não incluísse:
Para a Croácia, outra bandeira.
Para a Bósnia, sua divisão.
Observem que os sérvios quase não se importaram com a independência da Eslovênia. A coisa "fedeu" com a Croácia e com a Bósnia. Hoje a Sérvia é um país sem acesso ao mar, com apenas 6,7 milhões de habitantes, mas poderia ter mais de 12 milhões (adicionando 1,8 milhão de kosovares; 1,2 milhão de sérvios na Bósnia; 1,8 milhão de macedônios; 0,6 milhão de montenegrinos) e acesso ao mar.
O cavalo é bonito pô 😂
MARCELO, lamentável muita pichação nas paredes
"Frio gostoso de 7 ou 8 graus". Porém com três ou mais casacos... gostoso um cacete!!
Universidade de Heidelberg é só colocar a cabeça dentro da cabeça do macaco 😂😂😂
Por favor professor de filmar com calma sem mudar de cena rápido
Vais visitar Berlin?
Chegou à Alemanha e já esqueceu o português. Boa viagem!!
Marcelo, como apresentador de passeios turísticos você é muito ruim :-) Só tem uma única qualidade. Conteúdo. Excelente conteúdo com muita informação. kakakka obrigado pelo vídeo... e pelas informações.
"E aí ele morreu", kk...
:)
Esse maluko foi pra Alemanha no inverno tenebroso e em plena guerra com tudo caro ? Tem loko pra tudo.
Alemanha é divino no verão, no inverno é o inferno.
Brasileiro é praga mesmo, quer o Rio de Janeiro até em Ushuaia.
Tudo é melhor no frio, até praia.