EU QUEM CUIDO DA MINHA MÃE APÓS SEU AVC | Histórias de ter.a.pia

Com 19 anos o Alisson se viu diante do maior desafio da vida dele: cuidar da sua mãe, que havia ficado com sequelas sérias após quatro AVCs.
Os pais do Alisson se separaram quando ele e seus irmãos ainda eram muito novinhos, e por conta das condições financeiras de sua mãe, ele foi morar com o pai em outra cidade.
Alguns anos mais tarde, o garoto encontra o pai ao telefone apavorado e percebe que algo tinha acontecido. E tinha mesmo. Sua mãe, Rosana, havia sofrido um AVC aos 35 anos.
O Alisson não entendia muito bem o que era, mas pelo semblante do seu pai descobriu que era algo sério. No hospital, ele encontrou sua mãe com pequenas sequelas, mas ainda lúcida e sem problemas de fala.
Dali em diante, a vida dele foi acompanhar a vida da mãe de outra cidade, enquanto ela era cuidada por alguns parentes. Nesse meio tempo, a Rosana teve mais três derrames.
Quando o Alisson completou 18 anos, ele voltou pra sua cidade natal, Rechã, um distrito de Itapetininga, aluga um cantinho e começa a trabalhar para poder trazer sua mãe para perto. Esse era inclusive o pedido dele a Deus toda noite: poder ter um cantinho e um trabalho para cuidar dela.
Até que um dia seu pedido foi atendido, mas de uma forma não tão positiva. Voltando do trabalho, o Alisson encontra uma cadeira de rodas na frente da sua casa. Haviam deixado sua mãe ali, sem sequer avisá-lo, e sem coordenação nenhuma de quais eram os cuidados necessários. A essa altura, após quatro AVCs, a Rosana estava bem debilitada.
Mas o jovem jamais negou a cuidar de sua própria mãe, e fez isso com todo amor do mundo. Se ajeitou e aprendeu a dar toda a medicação necessária para ela, além de trocá-la e deixar sua cama sempre limpinha, já que a Rosana não tinha mais condições de fazer isso sozinha.
No começo de 2020, quando tudo estava encaminhado, mais um susto. Durante um café da manhã, a mãe do Alisson o chama e diz que estava passando mal. Ela estava tendo seu quinto derrame, aos 42 anos. No hospital, o médico não deu muitas esperanças para ele: aquele AVC tinha esgotado o cérebro dela.
Totalmente acamada e sem comunicação, a Rosana hoje é assistida 24h pelo seu filho de 22 anos, que faz de tudo para mantê-la saudável e amada, mesmo que ela não consiga retribuir verbalmente.
Para ajudar nas contas, Alisson começou um curso de confeitaria e panificação. Cozinhar era um dom da sua mãe e que ele herdou. Hoje ele é responsável pelos docinhos da padaria da sua cidade, e um dos doces é receita da Rosana, que ele guarda com todo amor e cuidado na capa do seu caderninho de receitas.
O sonho desse jovem guerreiro é manter sua mãe saudável e acolhida, além de ter sua própria padaria. Seu objetivo é dar orgulho para Rosana.
Ajude o Alisson a conquista seu sonho, uma padaria para vender seus doces: voaa.me/alisso...
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