Meu pai comprou um LP da dupla no final dos 50. Eu e meus irmãos adorávamos ouvir as canções da dupla. Eram muito divertidas e muito bem elaboradas. Uma dupla inigualável!
O Delamare Abreu , Irmão do Alvarenga ficou na dupla pouco tempo nos anos 50, após mais uma das várias vezes que o primeiro Ranchinho, o Diésis estava impossibilitado de cantar. O Ranchinho mais conhecido foi o Homero que está neste vídeo. Foi o Terceiro Ranchinho ou segundo mais longevo na dupla e tb o mais recente, até 1978 quando o Murilo Alvarenga faleceu.
Drama de Angélica Alvarenga e Ranchinho Opções Ouve meu cântico, quase sem ritmo Que a voz de um tísico: Magro esquelético Poesia épica, em forma esdrúxula Feita sem métrica, com rima rápida Amei Angélica: Mulher anêmica De cores pálidas e gestos tímidos Era maligna e tinha ímpetos De fazer cócegas no meu esôfago Em noite frígida, fomos ao Lírico Ouvir o músico: Pianista célebre Soprava o zéfiro: Ventinho úmido Então Angélica ficou asmática! Fomos ao médico: De muita clínica Com muita prática e preço módico Depois do inquérito, descobre o clínico O mal atávico: Mal sifilítico! Mandou-me célere comprar noz vômica E ácido cítrico para o seu fígado O farmacêutico, mocinho estúpido Errou na fórmula: Fez despropósito! Não tendo escrúpulo, deu-me sem rótulo Ácido fênico e ácido prússico Corri mui lépido, mais de um quilômetro Num bonde elétrico de força múltipla O dia cálido deixou-me tépido Achei Angélica já toda trêmula A terapêutica: Dose alopática! Lhe dei em xícara de ferro ágate Tomou num fôlego, triste e bucólica Esta estrambólica droga fatídica Caiu no esôfago, deixou-a lívida Dando-lhe cólica e morte trágica! O pai de Angélica, chefe do tráfego Homem carnívoro, ficou perplexo Por ser estrábico, usava óculos Um vidro côncavo, o outro convexo Morreu Angélica de um modo lúgubre Moléstia crônica levou-a ao túmulo! Foi feita a autópsia. Todos os médicos Foram unânimes no diagnóstico! Fiz-lhe um sarcófago assaz artístico Todo de mármore da cor do ébano E, sobre o túmulo, uma estatística Coisa metódica como Os Lusíadas E, numa lápide, paralelepípedo Pus esse dístico terno e simbólico Cá jaz Angélica: Moça hiperbólica Beleza helênica. Morreu de cólica!
O pai de Angélica, chefe do tráfego, era carnívoro, ficou perplexo, por ser estrábico, usava óculos, um vidro côncavo, o outro convexo! Rsrsrs Muito bom!!kkk
3:51 "...é pra plateia mais fina". Não só essa, mas várias. De fato, os consumidores de sertanejo, de hoje, não entenderiam uma única frase. Aliás, classificar essa dupla no mesmo estilo de leonardos, xororós e assemelhados, é uma heresia!
@@mariofigueiredo2785 tecnicamente não são proparoxítonas, mas cumprem a função fonética na métrica. Pois têm a sequência de três fonemas ritmados, sendo o antepenúltimo o "tônico": RI - ti - mo ma - LI - gui - na con - VE - qui - so Percebe? Funciona na forma de métrica lírica
@@mariofigueiredo2785 bom, se você não está aberto a compreender que a métrica lírica é diferente e está mais relacionada à fonética, não posso fazer nada. Sua compreensão sobre música e linguística é muito limitada, mas seu apreço pela ignorância é maior. Abraço
Quando ouvir pela primeira vez esta obra prima, fiquei pensando como tinha POETAS, gente instruída e preparada para escrever uma letra desta; deveria ser estudada e analisada em todas as escolas nas aulas de português; criatividade com humor refinado; hoje os "compositores" mequetrefes fazem letras de lixões funk, rap e outras porcarias; misericórdia, e ainda ganham dinheiro dos analfabetos de modo geral; não sabem escrever, não sabem falar, não sabem nada nada da vida.
Ouve meu cântico quase sem ritmo Que a voz de um tísico magro esquelético... Poesia épica em forma esdrúxula Feita sem métrica com rima rápida... Amei Angélica mulher anêmica De cores pálidas e gestos tímidos... Era maligna e tinha ímpetos De fazer cócegas no meu esôfago... Em noite frígida fomos ao Lírico Ouvir o músico pianista célebre... Soprava o zéfiro ventinho úmido Então Angélica ficou asmática... Fomos ao médico de muita clínica Com muita prática e preço módico... Depois do inquérito descobre o clínico O mal atávico mal sifilítico... Mandou-me célere comprar noz vômica E ácido cítrico para o seu fígado... O farmacêutico mocinho estúpido Errou na fórmula ez despropósito... Não tendo escrúpulo deu-me sem rótulo Ácido fênico e ácido prússico... Corri mui lépido mais de um quilômetro Num bonde elétrico de força múltipla... O dia cálido deixou-me tépido Achei Angélica já toda trêmula... A terapêutica dose alopática Lhe dei em xícara de ferro ágate... Tomou num folego triste e bucólica Esta estrambólica droga fatídica... Caiu no esôfago deixou-a lívida Dando-lhe cólica e morte trágica... O pai de Angélica chefe do tráfego Homem carnívoro ficou perplexo... Por ser estrábico usava óculos: Um vidro côncavo o outro convexo... Morreu Angélica de um modo lúgubre Moléstia crônica levou-a ao túmulo... Foi feita a autópsia todos os médicos Foram unânimes no diagnóstico... Fiz-lhe um sarcófago assaz artístico Todo de mármore da cor do ébano... E sobre o túmulo uma estatística Coisa metódica como Os Lusíadas... E numa lápide paralelepípedo Pus esse dístico terno e simbólico: "Cá jas Angélica Moça hiperbólica Beleza Helênica Morreu de cólica!
Ouve meu cântico, quase sem ritmo Que a voz de um tísico, magro esquelético Poesia ética em forma esdrúxula Feita sem métrica com rima rápida Amei Angélica, mulher anêmica De cores pálidas e gestos tímidos Era maligna e tinha ímpetos De fazer cócegas no meu esôfago Em noite frígida, fomos ao Lírico Ouvir o músico, pianista célebre Soprava o zéfiro, ventinho úmido Então Angélica ficou asmática Fomos ao médico de muita clínica Com muita prática e preço módico Depois do inquérito, descobre o clínico O mal atávico mal sifilítico Mandou-me célere, comprar noz vômica E ácido cítrico para o seu fígado O farmacêutico mocinho estúpido Errou na fórmula, fez despropósito Não tendo escrúpulo, deu-me sem rótulo Ácido fênico e ácido prússico Corri mui lépido, mais de um quilômetro Num bonde elétrico de força múltipla O dia cálido deixou-me tépido Achei Angélica, já toda trêmula A terapêutica dose alopática Lhe dei em xícara de ferro ágate Tomou num folego triste e bucólica Esta estrambólica droga fatídica Caiu no esôfago deixou-a lívida Dando-lhe cólica e morte trágica O pai de Angélica chefe do tráfego Homem carnívoro ficou perplexo Por ser estrábico, usava óculos Um vidro côncavo, e o outro convexo Morreu Angélica de um modo lúgubre Moléstia crônica levou-a ao túmulo Foi feita a autópsia todos os médicos Foram unânimes no diagnóstico Fiz-lhe um sarcófago assaz artístico Todo de mármore da cor do ébano E sobre o túmulo uma estatística Coisa metódica como Os Lusíadas E numa lápide paralelepípedo Pus esse dístico terno e simbólico "Cá jaz Angélica, moça hiperbólica Beleza Helênica, morreu de cólica
Deve ter sido daí que veio a "inpiração" para ALGUÉM* que compôs "Construção" (ATRIBUÍDA a chiCU Buarque e ASSINADA POR ELE!!! Quem compôs, deu/vendeu/"perdeu"?!?!?!... ). Final SÓ EM proparoxítonas?!?!?!?!... São as palavras mais raras na Língua Portuguesa!!! (Por isso são TODAS acentuadas: não se perde tempo; 'tasca" acento! Depois resolve-se como SE DIFERENCIAM para e oxítonas. Aí veio um Çábiu (=COMUNI$TA) e IMPÔS essa nova PORRA, que NENHUM PAÍS DE LÍNGUA PORTUGESA CUMPRE. Exceto... Não é "Pai do (Dia do) Saci, Aldo Rebelo?)
Exceto nos versos terminados com "ritmo", "perplexo" e "convexo" que são paraxítonas! Mas existem dezenas de outras proparoxítonas nos versos o que faz da música uma verdadeira aula!!
Meu pai comprou um LP da dupla no final dos 50. Eu e meus irmãos adorávamos ouvir as canções da dupla. Eram muito divertidas e muito bem elaboradas. Uma dupla inigualável!
Sou sobrinha neta do Alvarenga e do segundo Ranchinho, o tio Delamare. Mto orgulho dos 2!!
Esse é o primeiro?
@@TRAVELLINGCHANNEL1 Esse é o segundo, o Delamare de Abreu.
O Delamare Abreu , Irmão do Alvarenga ficou na dupla pouco tempo nos anos 50, após mais uma das várias vezes que o primeiro Ranchinho, o Diésis estava impossibilitado de cantar. O Ranchinho mais conhecido foi o Homero que está neste vídeo. Foi o Terceiro Ranchinho ou segundo mais longevo na dupla e tb o mais recente, até 1978 quando o Murilo Alvarenga faleceu.
@@alcidesduartefalcao2577 Esse é o Homero de Souza.
Versos terminados em proparoxítonas. Parece música simples, mas é de uma sofisticação estilística formidável!
verdade, é impressionante como as pessoas antigamente eram mais inteligentes.
Se gente com quinta série só. , tipo Joao Pacifico é muito saudoso
com certeza@
Lembro me com muita saudade!
Copiado pelo canhota Chico Buarque na música Construção
Que espetáculo!
Domínio da língua com bom humor e genialidade.😀
Drama de Angélica
Alvarenga e Ranchinho
Opções
Ouve meu cântico, quase sem ritmo
Que a voz de um tísico: Magro esquelético
Poesia épica, em forma esdrúxula
Feita sem métrica, com rima rápida
Amei Angélica: Mulher anêmica
De cores pálidas e gestos tímidos
Era maligna e tinha ímpetos
De fazer cócegas no meu esôfago
Em noite frígida, fomos ao Lírico
Ouvir o músico: Pianista célebre
Soprava o zéfiro: Ventinho úmido
Então Angélica ficou asmática!
Fomos ao médico: De muita clínica
Com muita prática e preço módico
Depois do inquérito, descobre o clínico
O mal atávico: Mal sifilítico!
Mandou-me célere comprar noz vômica
E ácido cítrico para o seu fígado
O farmacêutico, mocinho estúpido
Errou na fórmula: Fez despropósito!
Não tendo escrúpulo, deu-me sem rótulo
Ácido fênico e ácido prússico
Corri mui lépido, mais de um quilômetro
Num bonde elétrico de força múltipla
O dia cálido deixou-me tépido
Achei Angélica já toda trêmula
A terapêutica: Dose alopática!
Lhe dei em xícara de ferro ágate
Tomou num fôlego, triste e bucólica
Esta estrambólica droga fatídica
Caiu no esôfago, deixou-a lívida
Dando-lhe cólica e morte trágica!
O pai de Angélica, chefe do tráfego
Homem carnívoro, ficou perplexo
Por ser estrábico, usava óculos
Um vidro côncavo, o outro convexo
Morreu Angélica de um modo lúgubre
Moléstia crônica levou-a ao túmulo!
Foi feita a autópsia. Todos os médicos
Foram unânimes no diagnóstico!
Fiz-lhe um sarcófago assaz artístico
Todo de mármore da cor do ébano
E, sobre o túmulo, uma estatística
Coisa metódica como Os Lusíadas
E, numa lápide, paralelepípedo
Pus esse dístico terno e simbólico
Cá jaz Angélica: Moça hiperbólica
Beleza helênica. Morreu de cólica!
👏👏👏👏👏👏👏
Obra de gênio!
Sensacional!
Quem diria uma música brasileira com tanta cultura
Tipo chico Buarque
Nux Vomica - é uma planta
Eu me apaixonei por essa música
Essa construção lírica é formidável.
Esses dois me faz sorrir ate hoje quando estou triste , coloco suas músicas, uma que sei decorada desde minha mocidade , é o romance das caveiras;
Uma verdadeira obra de arte da língua Portuguesa
nao canso de ouvir,profissionais ,no extremo! eu gosto do que é bom!
Letra inteligente com bela melodia!
Perfeito. Dupla sensacional. Me lembro do Som Brasil, quando era pequeno. Foda!!!
Essa música é uma obra de arte de fato.
Genial! Parece com os poemas do Augusto dos Anjos.
Verdade. A Psicologia de Um Vencido de Augusto dos Anjos.
Alvarenga e ranchinho, está, se não for a primeira dupla sertaneja.,..
Muitas marchinhas carnavalescas, eles quem criaram....,.
UMA INTELIGÊNCIA RARA SAUDOSOS MAS MARAVILHOSOS.
O pai de Angélica, chefe do tráfego, era carnívoro, ficou perplexo, por ser estrábico, usava óculos, um vidro côncavo, o outro convexo! Rsrsrs Muito bom!!kkk
Essa parte é muito boa kkkk
Obra prima. Impressionante a construção dessa música. Composição de Murilo Alvarenga e M.G.Barreto.
Conheci os trabalhos deles recentemente.....Mas que maravilhoso, espero encontrar mais trabalhos deles 👏👏👏👏
isso é literalmente perfeito.
ISSO SIM É ARTE. ELES SIM ERAM ARTISTA.
feliz por ter chegado aqui!
muito bom. Saudade !!!
Essa dupla era incrível. Quanto talento. E a gente hoje ouve cada porcaria, alias, tocam por ai.
Espetáculo esses cantores
Sensacional, só mesmo grandes artistas como esses eram
Que saudades.lembro deles quando crianca
Muito boa. e é perfeita para o Arnaldo Antunes regravar. combina com o estilo dele.
Que canção exuberante e genial
Eu conhecia essa obra por Tangos & Tragédias. Vim aqui conhecer a original.
Obra prima, letra incrível
O show das proparoxítonas!!!!
Ronnei Afonso , é isso ! 👏🤗
Quatro palavras não são proparoxítonas.
@@mariofigueiredo2785 mas sonoricamente soam como e isso é permitido pela licença poética
Deveria fazer parte das disciplinas nas escolas , é o luziadas ironizado.
Vi hoje na minha aula de português kk
@@wilifigueiredo4455 huahuahau
Maravilhosa!
Depois do programa do Silvio Santos ter mostrado a música da caveira que essa dupla cantou estou eu agora pesquisando mas músicas kkkkkkkkkk
Espetacular!!!
Genial essa música
Fantástico!!
coisa linda perfeitos
3:51 "...é pra plateia mais fina". Não só essa, mas várias. De fato, os consumidores de sertanejo, de hoje, não entenderiam uma única frase.
Aliás, classificar essa dupla no mesmo estilo de leonardos, xororós e assemelhados, é uma heresia!
Tô impressionado 😶😶😶😶😶😶😶😶😶😶😶😶
Conheci essa musica com a dupla de Tangos e Tragedias
Muito boa
E vc ai achando que Construçao era a primeira musica brasileira so com proparoxitonas nas rimas.
"Convexo", "ritmo ", "maligna" e "perplexo " não são proparoxítonas..
Escuta Robocop gay
@@mariofigueiredo2785 tecnicamente não são proparoxítonas, mas cumprem a função fonética na métrica. Pois têm a sequência de três fonemas ritmados, sendo o antepenúltimo o "tônico":
RI - ti - mo
ma - LI - gui - na
con - VE - qui - so
Percebe? Funciona na forma de métrica lírica
@@fillipeportilho5449 Não "tem" té té nem tê tê nem cum cum nem cam cam. "Convexo" e "ritmo" não SÃO proparoxítonas. O resto é invenção.
@@mariofigueiredo2785 bom, se você não está aberto a compreender que a métrica lírica é diferente e está mais relacionada à fonética, não posso fazer nada. Sua compreensão sobre música e linguística é muito limitada, mas seu apreço pela ignorância é maior. Abraço
Chico Buarque inspirou-se neles para compor "Construção", também com proparoxítonas..!
Incrível
Hoje é: anita, jojo todinho, lucas luco, Ivete, kkkk
Quando ouvir pela primeira vez esta obra prima, fiquei pensando como tinha POETAS, gente instruída e preparada para escrever uma letra desta; deveria ser estudada e analisada em todas as escolas nas aulas de português; criatividade com humor refinado; hoje os "compositores" mequetrefes fazem letras de lixões funk, rap e outras porcarias; misericórdia, e ainda ganham dinheiro dos analfabetos de modo geral; não sabem escrever, não sabem falar, não sabem nada nada da vida.
Concordo plenamente, amigo.
"Perplexo" e "convexo" entraram com licença poética hahahaha
Os caipiras cultos e geniais. Onde se ver isso nos dias atuais, só rebuscando os baús.
Que delícia isso.
"Povo" brasileiro não mais sabe o "como escrever" os praparoxítonos... Talvez nunca o soube.
Pensei aqui na grandiosa e riquíssima arte dos nossos dias: FUNK 😂😂😂😂😂😂
3
2020, desafio qualquer merda de porcaria de dupla ou compositor atual a fazer uma letra desse tipo............
no fim ela morrede colica
Ouve meu cântico quase sem ritmo
Que a voz de um tísico magro esquelético...
Poesia épica em forma esdrúxula
Feita sem métrica com rima rápida...
Amei Angélica mulher anêmica
De cores pálidas e gestos tímidos...
Era maligna e tinha ímpetos
De fazer cócegas no meu esôfago...
Em noite frígida fomos ao Lírico
Ouvir o músico pianista célebre...
Soprava o zéfiro ventinho úmido
Então Angélica ficou asmática...
Fomos ao médico de muita clínica
Com muita prática e preço módico...
Depois do inquérito descobre o clínico
O mal atávico mal sifilítico...
Mandou-me célere comprar noz vômica
E ácido cítrico para o seu fígado...
O farmacêutico mocinho estúpido
Errou na fórmula ez despropósito...
Não tendo escrúpulo deu-me sem rótulo
Ácido fênico e ácido prússico...
Corri mui lépido mais de um quilômetro
Num bonde elétrico de força múltipla...
O dia cálido deixou-me tépido
Achei Angélica já toda trêmula...
A terapêutica dose alopática
Lhe dei em xícara de ferro ágate...
Tomou num folego triste e bucólica
Esta estrambólica droga fatídica...
Caiu no esôfago deixou-a lívida
Dando-lhe cólica e morte trágica...
O pai de Angélica chefe do tráfego
Homem carnívoro ficou perplexo...
Por ser estrábico usava óculos:
Um vidro côncavo o outro convexo...
Morreu Angélica de um modo lúgubre
Moléstia crônica levou-a ao túmulo...
Foi feita a autópsia todos os médicos
Foram unânimes no diagnóstico...
Fiz-lhe um sarcófago assaz artístico
Todo de mármore da cor do ébano...
E sobre o túmulo uma estatística
Coisa metódica como Os Lusíadas...
E numa lápide paralelepípedo
Pus esse dístico terno e simbólico:
"Cá jas Angélica
Moça hiperbólica
Beleza Helênica
Morreu de cólica!
Alguém tem a cifra dessa música?
tem no cifra club
Ouve meu cântico, quase sem ritmo
Que a voz de um tísico, magro esquelético
Poesia ética em forma esdrúxula
Feita sem métrica com rima rápida
Amei Angélica, mulher anêmica
De cores pálidas e gestos tímidos
Era maligna e tinha ímpetos
De fazer cócegas no meu esôfago
Em noite frígida, fomos ao Lírico
Ouvir o músico, pianista célebre
Soprava o zéfiro, ventinho úmido
Então Angélica ficou asmática
Fomos ao médico de muita clínica
Com muita prática e preço módico
Depois do inquérito, descobre o clínico
O mal atávico mal sifilítico
Mandou-me célere, comprar noz vômica
E ácido cítrico para o seu fígado
O farmacêutico mocinho estúpido
Errou na fórmula, fez despropósito
Não tendo escrúpulo, deu-me sem rótulo
Ácido fênico e ácido prússico
Corri mui lépido, mais de um quilômetro
Num bonde elétrico de força múltipla
O dia cálido deixou-me tépido
Achei Angélica, já toda trêmula
A terapêutica dose alopática
Lhe dei em xícara de ferro ágate
Tomou num folego triste e bucólica
Esta estrambólica droga fatídica
Caiu no esôfago deixou-a lívida
Dando-lhe cólica e morte trágica
O pai de Angélica chefe do tráfego
Homem carnívoro ficou perplexo
Por ser estrábico, usava óculos
Um vidro côncavo, e o outro convexo
Morreu Angélica de um modo lúgubre
Moléstia crônica levou-a ao túmulo
Foi feita a autópsia todos os médicos
Foram unânimes no diagnóstico
Fiz-lhe um sarcófago assaz artístico
Todo de mármore da cor do ébano
E sobre o túmulo uma estatística
Coisa metódica como Os Lusíadas
E numa lápide paralelepípedo
Pus esse dístico terno e simbólico
"Cá jaz Angélica, moça hiperbólica
Beleza Helênica, morreu de cólica
Deve ter sido daí que veio a "inpiração" para ALGUÉM* que compôs "Construção" (ATRIBUÍDA a chiCU Buarque e ASSINADA POR ELE!!! Quem compôs, deu/vendeu/"perdeu"?!?!?!... ).
Final SÓ EM proparoxítonas?!?!?!?!... São as palavras mais raras na Língua Portuguesa!!! (Por isso são TODAS acentuadas: não se perde tempo; 'tasca" acento! Depois resolve-se como SE DIFERENCIAM para e oxítonas. Aí veio um Çábiu (=COMUNI$TA) e IMPÔS essa nova PORRA, que NENHUM PAÍS DE LÍNGUA PORTUGESA CUMPRE. Exceto... Não é "Pai do (Dia do) Saci, Aldo Rebelo?)
hê hê ...
Observação....Todos os finais de frases terminam com proparoxítonas...
Ivan Buratto gostaria de receber a marcha da sauva
Exceto nos versos terminados com "ritmo", "perplexo" e "convexo" que são paraxítonas! Mas existem dezenas de outras proparoxítonas nos versos o que faz da música uma verdadeira aula!!
Foi ótimo ter postado a letra.
tem q ser muito foda pra compor só com palavras proparoxítonas
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