Performance poética | Ricardo Aleixo e Alvimar Liberato Nunes

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  • Опубликовано: 12 сен 2024
  • Performance poética: Ricardo Aleixo e Alvimar Liberato Nunes - “Revide Verso - canções e poemas-panfletos
    Como Renasce a Democracia
    Seminário com curadoria de Heloisa Starling traz a discussão sobre o renascimento da Democracia.
    Em 1985, o editor Caio Graco mandou para as livrarias uma obra que entendia urgente - “Como renascem as democracias”. Organizado por três intelectuais reconhecidos - Alain Rouquié, Bolivar Lamounier, Jorge Schvarzer - o livro foi produzido em prazo curto, reunia ensaios escritos por pesquisadores brasileiros, argentinos e franceses e tinha duplo propósito: compreender os processos de redemocratização que ocorriam no Brasil e na Argentina durante a primeira década de 1980 e situar esses processos em um contexto histórico e conceitual mais amplo e que não precisava necessariamente estar restrito ao continente latino-americano.
    A editora Brasiliense estava comprometida com um programa inovador: fornecer ferramentas do conhecimento voltadas para a formação política e literária da sociedade, em especial, para um público jovem, que cresceu durante a ditadura militar. E seu editor tinha pressa. Graco pretendia publicar livros que popularizassem o conhecimento que já existia sobre a democracia, decerto. Mas ambicionava também editar obras capazes de desbastar o terreno, e restituir complexidade às noções de democracia, direitos, cidadania, igualdade. Publicar “Como renascem as democracias” era uma maneira de examinar o tema pelo maior número de ângulos possíveis.
    Graco só não podia prever o futuro. Descobrimos atônitos que a democracia nunca está garantida de uma vez por todas - se suas defesas forem baixadas, o caminho estará desimpedido para o retorno às formas políticas da tirania. O sentimento de pertencimento social se esgarçou muito depressa entre nós e uma parte cada vez maior da população abandonou de vez o espaço público, isto é, a variedade de lugares e ambientes políticos compartilhados entre pessoas que nutrem diferenças consideráveis, mas estão dispostas a ver as coisas do ponto de vista uns dos outros - aceitam debate, esclarecimento recíproco, e trocam informações mútuas sobre as matérias de interesse comuns.
    Sem um espaço que seja público e indiferente a qualquer assunto que deva ser repartido coletivamente, resta a solidão; não há nada que ligue essas pessoas num agregado de interesses partilhados e faça delas uma comunidade. É apenas um aglomerado de homens e mulheres vorazes, violentos, egoístas.
    O que protege a democracia é uma coisa só: nossa capacidade de mobilizar as pessoas em sua defesa. “E quem não pode ser mobilizado pela liberdade, necessariamente não pode ser mobilizado”, avisava Hannah Arendt, ainda na década de 1950. O tempo presente é o nosso grande desafio projetivo. Conhecer onde estão fincadas em nosso passado as raízes da liberdade e da democracia é parte de um legado; atua contra a solidão e a indiferença e esboça para o presente alguns dos temas que devem compor e interpelar nossa agenda democrática - até mesmo para que possamos avaliar melhor as dificuldades na construção dessa agenda.
    Então, precisamos enfrentar os efeitos perniciosos para a democracia desse tempo de destruição. E juntos, cabe igualmente desenvolver uma reflexão sobre os desafios do presente e retomar hoje a pergunta do editor Caio Graco que permite imaginar para o Brasil uma agenda de futuro: Como renasce uma democracia? Com curadoria e mediação de Heloisa Murgel Starling, o Seminário Como Renasce a Democracia, promovido pelo Sesc São Paulo reúne intelectuais, pensadores e artistas para discutir o renascimento da democracia.
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