Os betabloqueadores são uma classe de medicamentos utilizados principalmente para o tratamento de doenças cardiovasculares, como hipertensão, insuficiência cardíaca, angina e arritmias. Esses medicamentos agem bloqueando os receptores beta-adrenérgicos, reduzindo os efeitos da adrenalina e noradrenalina no corpo. A principal diferença entre as gerações de betabloqueadores está relacionada à especificidade dos receptores que são bloqueados, efeitos adicionais e características farmacológicas. As 3 gerações dos betabloqueadores: 1. Primeira geração: Betabloqueadores não seletivos Exemplos: Propranolol, Nadolol, Sotalol. Características principais: Bloqueiam tanto os receptores β₁ (no coração) quanto os receptores β₂ (nos pulmões e vasos sanguíneos), o que pode causar efeitos colaterais em múltiplos sistemas do corpo. São não seletivos, ou seja, afetam vários tipos de receptores beta-adrenérgicos em diferentes partes do corpo. Efeitos colaterais mais comuns incluem broncoespasmo (dificuldade respiratória), o que é especialmente problemático para pessoas com asma ou doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC). A inibição dos receptores β₂ também pode levar a redução do fluxo sanguíneo nos músculos esqueléticos, causando sensação de cansaço e fadiga. Sintomas e efeitos: Broncoespasmo em pacientes com asma ou DPOC. Diminuição da capacidade de exercício devido à redução do fluxo sanguíneo para os músculos. Fadiga e sensação de cansaço. Hipotensão (pressão baixa) e bradicardia (frequência cardíaca baixa). 2. Segunda geração: Betabloqueadores seletivos para β₁ Exemplos: Atenolol, Metoprolol, Esmolol. Características principais: São seletivos para o receptor β₁ (localizado principalmente no coração), o que significa que têm um efeito mais específico no coração, com menos efeitos sobre os receptores β₂, que estão localizados nos pulmões e vasos sanguíneos. Esses betabloqueadores têm menos risco de causar broncoespasmo e, portanto, são geralmente mais seguros para pacientes com asma ou doenças respiratórias. A seletividade para os receptores β₁ também torna esses medicamentos mais focados no controle da frequência cardíaca e da pressão arterial. Algumas medicações dessa geração têm meia-vida curta (como o Esmolol), que exigem administração mais frequente, enquanto outras têm meia-vida longa (como o Atenolol). Sintomas e efeitos: Menor risco de broncoespasmo em comparação com a primeira geração. Bradicardia e hipotensão. Cansaço e fadiga. Disfunção sexual (como diminuição da libido e disfunção erétil) em alguns pacientes. Alterações nos níveis de lipídios (como aumento de triglicerídeos e diminuição do colesterol HDL). 3. Terceira geração: Betabloqueadores com propriedades vasodilatadoras Exemplos: Carvedilol, Labetalol, Nebivolol. Características principais: Além de bloquear os receptores β₁ e β₂, alguns betabloqueadores da terceira geração também têm efeitos adicionais de vasodilatação, seja por bloqueio de receptores alfa-adrenérgicos (como no Carvedilol e Labetalol) ou pelo aumento da liberação de óxido nítrico (como no Nebivolol). Esses betabloqueadores possuem efeitos positivos adicionais, como redução da resistência vascular periférica, o que pode ser benéfico para pacientes com hipertensão e insuficiência cardíaca. A ação vasodilatadora também pode melhorar a circulação sanguínea, reduzindo o risco de efeitos colaterais como cansaço extremo e sensação de frio nas extremidades. Sintomas e efeitos: Menor risco de efeitos vasculares negativos (como frio nas extremidades e vasoconstrição). Efeitos vasodilatadores, que podem resultar em redução mais eficaz da pressão arterial. Menos sintomas de fadiga e sensação de bem-estar devido à melhoria da perfusão sanguínea. Diminuição do risco de complicações cardíacas devido à ação na função ventricular. Risco reduzido de broncoespasmo em comparação com a primeira geração (embora de forma menor que a segunda). As diferenças principais entre as gerações dos betabloqueadores estão relacionadas à seletividade para os receptores β₁ e β₂, além das propriedades adicionais de vasodilatação que alguns medicamentos da terceira geração possuem. Enquanto os betabloqueadores da primeira geração têm maior risco de broncoespasmo e outros efeitos colaterais, as gerações subsequentes foram desenvolvidas para reduzir esses riscos e melhorar a eficácia em diferentes condições clínicas, com destaque para a melhora na função cardiovascular e redução de efeitos colaterais. Bons estudos!
Olá! O nebivolol é um betabloqueador seletivo de terceira geração. Ele combina o bloqueio seletivo do receptor beta 1-adrenérgico com uma ação de dilatação dos vasos, mediada pela L-arginina e pelo óxido nítrico. Portanto, o correto seria dizer que o nebivolol bloqueia um receptor de adrenalina, ou a ação da adrenalina. Mas de forma leiga e suscinta a resposta para sua pergunta seria: "sim".
@@camiladesouzabiomed Dra sofro de disfunção erétil acusada pela ansiedade da ação da adrenalina qual betabloqueador q bloqueia ação da adrenalina sem perder a libido ???
Ótima aula!
Bons estudos!
Ótima aula, podeira só ter apresentado as 3 gerações e as diferenças dos sintomas em cada uma 😊
Os betabloqueadores são uma classe de medicamentos utilizados principalmente para o tratamento de doenças cardiovasculares, como hipertensão, insuficiência cardíaca, angina e arritmias. Esses medicamentos agem bloqueando os receptores beta-adrenérgicos, reduzindo os efeitos da adrenalina e noradrenalina no corpo. A principal diferença entre as gerações de betabloqueadores está relacionada à especificidade dos receptores que são bloqueados, efeitos adicionais e características farmacológicas.
As 3 gerações dos betabloqueadores:
1. Primeira geração: Betabloqueadores não seletivos
Exemplos: Propranolol, Nadolol, Sotalol.
Características principais:
Bloqueiam tanto os receptores β₁ (no coração) quanto os receptores β₂ (nos pulmões e vasos sanguíneos), o que pode causar efeitos colaterais em múltiplos sistemas do corpo.
São não seletivos, ou seja, afetam vários tipos de receptores beta-adrenérgicos em diferentes partes do corpo.
Efeitos colaterais mais comuns incluem broncoespasmo (dificuldade respiratória), o que é especialmente problemático para pessoas com asma ou doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC).
A inibição dos receptores β₂ também pode levar a redução do fluxo sanguíneo nos músculos esqueléticos, causando sensação de cansaço e fadiga.
Sintomas e efeitos:
Broncoespasmo em pacientes com asma ou DPOC.
Diminuição da capacidade de exercício devido à redução do fluxo sanguíneo para os músculos.
Fadiga e sensação de cansaço.
Hipotensão (pressão baixa) e bradicardia (frequência cardíaca baixa).
2. Segunda geração: Betabloqueadores seletivos para β₁
Exemplos: Atenolol, Metoprolol, Esmolol.
Características principais:
São seletivos para o receptor β₁ (localizado principalmente no coração), o que significa que têm um efeito mais específico no coração, com menos efeitos sobre os receptores β₂, que estão localizados nos pulmões e vasos sanguíneos.
Esses betabloqueadores têm menos risco de causar broncoespasmo e, portanto, são geralmente mais seguros para pacientes com asma ou doenças respiratórias.
A seletividade para os receptores β₁ também torna esses medicamentos mais focados no controle da frequência cardíaca e da pressão arterial.
Algumas medicações dessa geração têm meia-vida curta (como o Esmolol), que exigem administração mais frequente, enquanto outras têm meia-vida longa (como o Atenolol).
Sintomas e efeitos:
Menor risco de broncoespasmo em comparação com a primeira geração.
Bradicardia e hipotensão.
Cansaço e fadiga.
Disfunção sexual (como diminuição da libido e disfunção erétil) em alguns pacientes.
Alterações nos níveis de lipídios (como aumento de triglicerídeos e diminuição do colesterol HDL).
3. Terceira geração: Betabloqueadores com propriedades vasodilatadoras
Exemplos: Carvedilol, Labetalol, Nebivolol.
Características principais:
Além de bloquear os receptores β₁ e β₂, alguns betabloqueadores da terceira geração também têm efeitos adicionais de vasodilatação, seja por bloqueio de receptores alfa-adrenérgicos (como no Carvedilol e Labetalol) ou pelo aumento da liberação de óxido nítrico (como no Nebivolol).
Esses betabloqueadores possuem efeitos positivos adicionais, como redução da resistência vascular periférica, o que pode ser benéfico para pacientes com hipertensão e insuficiência cardíaca.
A ação vasodilatadora também pode melhorar a circulação sanguínea, reduzindo o risco de efeitos colaterais como cansaço extremo e sensação de frio nas extremidades.
Sintomas e efeitos:
Menor risco de efeitos vasculares negativos (como frio nas extremidades e vasoconstrição).
Efeitos vasodilatadores, que podem resultar em redução mais eficaz da pressão arterial.
Menos sintomas de fadiga e sensação de bem-estar devido à melhoria da perfusão sanguínea.
Diminuição do risco de complicações cardíacas devido à ação na função ventricular.
Risco reduzido de broncoespasmo em comparação com a primeira geração (embora de forma menor que a segunda).
As diferenças principais entre as gerações dos betabloqueadores estão relacionadas à seletividade para os receptores β₁ e β₂, além das propriedades adicionais de vasodilatação que alguns medicamentos da terceira geração possuem. Enquanto os betabloqueadores da primeira geração têm maior risco de broncoespasmo e outros efeitos colaterais, as gerações subsequentes foram desenvolvidas para reduzir esses riscos e melhorar a eficácia em diferentes condições clínicas, com destaque para a melhora na função cardiovascular e redução de efeitos colaterais.
Bons estudos!
Aula perfeita! Parabéns
😃
Perfeita continua com mais vídeos 😊
Bons estudos!
eu amei!! super esclarecedor
Bons estudos!
Dra o Nebivolol bloqueia adrenalina ???
Olá! O nebivolol é um betabloqueador seletivo de terceira geração. Ele combina o bloqueio seletivo do receptor beta 1-adrenérgico com uma ação de dilatação dos vasos, mediada pela L-arginina e pelo óxido nítrico. Portanto, o correto seria dizer que o nebivolol bloqueia um receptor de adrenalina, ou a ação da adrenalina. Mas de forma leiga e suscinta a resposta para sua pergunta seria: "sim".
@@camiladesouzabiomed Dra sofro de disfunção erétil acusada pela ansiedade da ação da adrenalina qual betabloqueador q bloqueia ação da adrenalina sem perder a libido ???
Consulte sempre seu médico. Se automedicar pode ser muito perigoso. Cuide-se!
Eu tomo ATENOLOL