Комментарии •

  • @andersonrafaeldasilva4812
    @andersonrafaeldasilva4812 7 месяцев назад +3

    A melhor leitura! Essa leitura cansada, delicada e vacilante representa o espírito do eu lírico...❤

  • @ednadasilva3611
    @ednadasilva3611 3 года назад +3

    Ele e o mestre da arquitetura das palavras geometria dos pensamentos...

  • @guinarodarte1862
    @guinarodarte1862 5 лет назад +3

    Drummond e seus bichos vestidos da poesia humana do grande Carlos Drummond de Andrade ♿💜💜💜

  • @advogadoinvestidor2368
    @advogadoinvestidor2368 2 года назад +3

    O principal tema deste poema e da obra do Drummond é a modernidade. Deste tema o Sr. não tocou em momento algum no seu comentário.

  • @roselyunesp
    @roselyunesp 5 месяцев назад +1

    💯

  • @esteves4545
    @esteves4545 Год назад +1

    "Um elefante se pendurou numa teia de aranha, quando ele viu que a teia resistiu foi chamar outro elefante..."
    👏🏼👏🏻👏👏🏿👏🏽👏🏾🌻

  • @MarcilioRGodoi
    @MarcilioRGodoi 5 лет назад +6

    Há outras chaves para o elefante drummondiano, fora a da poesia em metalinguagem. Entre elas, o amor.

  • @arturobaixoclero6527
    @arturobaixoclero6527 3 года назад +3

    Gosto de vir aqui, bêbado e cansado

  • @victorlins4754
    @victorlins4754 Год назад +2

    Elefante
    Fabrico um elefante
    de meus poucos recursos.
    Um tanto de madeira
    tirado a velhos móveis
    talvez lhe dê apoio.
    E o encho de algodão,
    de paina, de doçura.
    A cola vai fixar
    suas orelhas pensas.
    A tromba se enovela,
    é a parte mais feliz
    de sua arquitetura.
    Mas há também as presas,
    dessa matéria pura
    que não sei figurar.
    Tão alva essa riqueza
    a espojar-se nos circos
    sem perda ou corrupção.
    E há por fim os olhos,
    onde se deposita
    a parte do elefante
    mais fluida e permanente,
    alheia a toda fraude.
    Eis o meu pobre elefante
    pronto para sair
    à procura de amigos
    num mundo enfastiado
    que já não crê em bichos
    e duvida das coisas.
    Ei-lo, massa imponente
    e frágil, que se abana
    e move lentamente
    a pele costurada
    onde há flores de pano
    e nuvens, alusões
    a um mundo mais poético
    onde o amor reagrupa
    as formas naturais.
    Vai o meu elefante
    pela rua povoada,
    mas não o querem ver
    nem mesmo para rir
    da cauda que ameaça
    deixá-lo ir sozinho.
    É todo graça, embora
    as pernas não ajudem
    e seu ventre balofo
    se arrisque a desabar
    ao mais leve empurrão.
    Mostra com elegância
    sua mínima vida,
    e não há na cidade
    alma que se disponha
    a recolher em si
    desse corpo sensível
    a fugitiva imagem,
    o passo desastrado
    mas faminto e tocante.
    Mas faminto de seres
    e situações patéticas,
    de encontros ao luar
    no mais profundo oceano,
    sob a raiz das árvores
    ou no seio das conchas,
    de luzes que não cegam
    e brilham através
    dos troncos mais espessos.
    Esse passo que vai
    sem esmagar as plantas
    no campo de batalha,
    à procura de sítios,
    segredos, episódios
    não contados em livro,
    de que apenas o vento,
    as folhas, a formiga
    reconhecem o talhe,
    mas que os homens ignoram,
    pois só ousam mostrar-se
    sob a paz das cortinas
    à pálpebra cerrada.
    E já tarde da noite
    volta meu elefante,
    mas volta fatigado,
    as patas vacilantes
    se desmancham no pó.
    Ele não encontrou
    o de que carecia,
    o de que carecemos,
    eu e meu elefante,
    em que amo disfarçar-me.
    Exausto de pesquisa,
    caiu-lhe o vasto engenho
    como simples papel.
    A cola se dissolve
    e todo o seu conteúdo
    de perdão, de carícia,
    de pluma, de algodão,
    jorra sobre o tapete,
    qual mito desmontado.
    Amanhã recomeço.

  • @roselyunesp
    @roselyunesp 5 месяцев назад +1

    Elefante 🐘 pesado, palavras pesadas porque cheia de significados, pela pluralidade de interpretações.

  • @brunosimao8391
    @brunosimao8391 5 лет назад +4

    A LÍRICA TÉTRICA
    Bailarina outrora humana,
    Títere, hoje, na caixinha
    De uma fútil garotinha
    Que comprou o seu bailado
    Rodopia e dança ao som
    De uma triste melodia
    Triste qual sua existência,
    A passar sem que ela possa
    Apossar-se de seus passos.
    Movimentos sempre iguais,
    Dolorosos e banais
    Tantas vezes, me pergunto:
    Se pudesse ser a própria
    Mão que gira as engrenagens
    De seu fado, a bailarina
    Dançaria ainda assim?
    Ou será que aceitaria
    Ser tratada dessa forma?

    Que segredos ela esconde?
    Seus amigos, seus amores?

    Mas jamais irei saber!
    Pois perdeu o dom da fala!
    Mas de que é que importariam
    Gritos, súplicas ou sangue
    À menina a que tornou-se
    Deus que rege seu destino
    Pois não passa de um brinquedo!
    E, portanto, de uma escrava!
    Um senhor não se preocupa
    Com o que um escravo sente,
    Quer usá-lo, apenas isso!
    E tal qual qualquer escravo
    Caso um dia, se quebrarem
    Os seus braços, suas pernas
    Ou enfim, a adolescência
    Aflorar o lado torpe
    De quem paga por seus passos,
    O que restará por fim
    À graciosa bailarina?
    Ser talvez substituída
    Doação desimportante
    Ter vendida por um preço
    Irrisório, a sua história
    Sufocada nas paredes
    Da caixinha, que se fecham
    Mais e mais a cada instante
    Ou, quiçá, a maneira mais
    Degradante de ostracismo:
    Uma fétida lixeira
    Relegada à escuridão!
    Mera parte do passado,
    Cairá no esquecimento,
    E ao seu lírico espetáculo,
    Nem ao menos um aplauso.

  • @fuckyoutube5745
    @fuckyoutube5745 Год назад +1

    A internet e vcs que gostam de cola são os meus poucos recursos.