Olá Matheus, gostei da sua explanação! Muito obrigada. Me ocorreram duas questões: 1) Imaginando uma pessoa comum, que conclua que sua intenção é boa ou válida, aja em função dela e isso tenha más consequências para outros. Porque parece que as consequências não foram levadas em consideração nesse dilema entre intenções e seus resultados de uma ação? 2) Quando foi dito que o ser humano que não pensa por si é covarde ou preguiçoso, não foi considerado um contexto em que nem todo ser humano tem oportunidade de adquirir sabedoria ou conhecimento? Explicando: como fica essa máxima no contexto de um ser humano que é propositalmente impedido em bases fundamentais de ter acesso à educação e por conseguinte, dos bem sociais? Precisamos considerar a situação em que um Estado mantém a maioria dentro de uma minoridade intelectual justamente para formar um rebanho e assim roubar-lhes a autonomia. Não seria injusto pensar que seriam covardes ou preguiçosos esses que nem chegam a perceber que estão sob tutela, esses que ignoram até que não pensam por si?
Excelentes questões. Em relação à primeira: a ética utilitarista, que se contrapõe à ética kantiana, se alicerça nos resultados. Em termos diretos: o critério ético é proporcionar bem estar ao maior número de pessoas possível. Kant assevera que isso não está no âmbito da ética. Assim sendo, o julgamento ético só cabe ao agente. Todo o resto está no âmbito do direito. Sobre a segunda pergunta, como a ética kantiana está no campo formal, ou seja, Kant debruça sobre as condições de possibilidade do agir ético, não cabe a ele discutir as condições ou situações de cada sujeito. Mais tarde, Marx discordará veementemente dessa posição.
Desde sua aula, a primeira vez que me foi apresentado a Ética Kantiana, nunca mais interpretei o mundo da mesma forma. Desde as escolhas cotidianas até os meios da Educação nas escolas. E agora esse incrível conhecimento sendo disseminado publicamente. Obrigado professor!
Excelente, professor. Muito obrigado.
Muito boa a explicação, me ajudou bastante!
Fico muito contente de meu vídeo ter sido útil. Abraços fraternos.
Explicação excelente!!
PERFEITOOOO
Olá Matheus, gostei da sua explanação! Muito obrigada. Me ocorreram duas questões:
1) Imaginando uma pessoa comum, que conclua que sua intenção é boa ou válida, aja em função dela e isso tenha más consequências para outros. Porque parece que as consequências não foram levadas em consideração nesse dilema entre intenções e seus resultados de uma ação?
2) Quando foi dito que o ser humano que não pensa por si é covarde ou preguiçoso, não foi considerado um contexto em que nem todo ser humano tem oportunidade de adquirir sabedoria ou conhecimento? Explicando: como fica essa máxima no contexto de um ser humano que é propositalmente impedido em bases fundamentais de ter acesso à educação e por conseguinte, dos bem sociais? Precisamos considerar a situação em que um Estado mantém a maioria dentro de uma minoridade intelectual justamente para formar um rebanho e assim roubar-lhes a autonomia. Não seria injusto pensar que seriam covardes ou preguiçosos esses que nem chegam a perceber que estão sob tutela, esses que ignoram até que não pensam por si?
Excelentes questões.
Em relação à primeira: a ética utilitarista, que se contrapõe à ética kantiana, se alicerça nos resultados. Em termos diretos: o critério ético é proporcionar bem estar ao maior número de pessoas possível. Kant assevera que isso não está no âmbito da ética. Assim sendo, o julgamento ético só cabe ao agente. Todo o resto está no âmbito do direito.
Sobre a segunda pergunta, como a ética kantiana está no campo formal, ou seja, Kant debruça sobre as condições de possibilidade do agir ético, não cabe a ele discutir as condições ou situações de cada sujeito. Mais tarde, Marx discordará veementemente dessa posição.
Adorei a resposta, Matheu muito obrigada!!!
Desde sua aula, a primeira vez que me foi apresentado a Ética Kantiana, nunca mais interpretei o mundo da mesma forma. Desde as escolhas cotidianas até os meios da Educação nas escolas. E agora esse incrível conhecimento sendo disseminado publicamente. Obrigado professor!
Cara, muito obrigado pelas palavras. É por declarações como essa que eu percebo que vale a pena continuar lecionando.