MASP Palestras | Lima Barreto: triste visionário | 7.4.2018
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- Опубликовано: 24 авг 2024
- Nesta palestra pretende-se refletir, a partir da biografia de Lima Barreto (1881-1922), sobre as feições multifacetadas deste, que é, um intérprete privilegiado do Brasil. Neto de escravizados, o escritor viveu durante o período do pós-abolição, quando a Primeira República prometeu inclusão mas entregou muita exclusão social. Lima, que afirmava fazer uma literatura militante e comprometida com os mais destituídos, realizava também uma literatura negra, não só porque seus personagens eram em grande parte afrodescendentes, como por conta de sua constante e consistente denúncia à discriminação racial existente no país. Nos romances, artigos, contos, diários e cartas, Lima mostrava-se, sempre, comprometido com os problemas sociais de seu contexto. No entanto, biografia não é mero exercício de elevação. A intenção é refletir, também, acerca das ambivalências, contradições e subjetividades deste escritor que não só descreveu, como sofreu com as frustrações de seu contexto. Por fim, entender o gênero da biografia, de maneira crítica, implica ponderar como cada autor indaga seu personagem a partir de questões próprias a seu tempo; temas relacionados à agenda dos direitos civis, neste caso. Estamos nos referindo a marcadores sociais da diferença, como raça, gênero, sexo, região e geração, os quais, devidamente interseccionados, revelaram-se como aspectos fundamentais da literatura e da própria vida de Lima Barreto. No exemplo deste autor, ficção e não ficção muitas vezes coabitam numa fronteira frágil e porosa.
Palestrante: Lilia Moritz Schwarcz
Lilia Moritz Schwarcz é professora titular no Departamento de Antropologia da USP. Foi professora visitante em Oxford, Leiden, Brown, Columbia e Princeton, onde foi professora visitante desde 2010. É autora, entre outros, de Retrato em branco e negro (1987, prêmio APCA), O espetáculo das raças (Companhia das Letras, 1993), Racismo no Brasil (Publifolha, 2001), As barbas do Imperador (1998, Prêmio Jabuti/ Livro do Ano e New York, Farrar Strauss & Giroux, 2004), A longa viagem da biblioteca dos reis (2002), O sol do Brasil (2008, Prêmio Jabuti categoria biografia 2009), Brasil: uma biografia (com Heloisa Murgel Starling; Companhia das Letras, 2015, indicado dentre os dez melhores livros prêmio Jabuti Ciências Sociais) e Lima Barreto: triste visionário (2017, prêmio APCA). Coordenou, entre outros, o volume 4 da História da Vida Privada no Brasil (1998, Prêmio Jabuti categoria Ciências Humanas 1999) e a História do Brasil Nação (Mapfre/ Objetiva) em 6 volumes (Prêmio APCA, 2011). Publicou com Lucia Stumpf e Carlos Lima A batalha do Avaí (Sextante, 2013, Prêmio ABL), com Adriana Varejão Pérola imperfeita: a história e as histórias na obra de Adriana Varejão (Companhia das Letras, Cobogó, 2014) e com Adriano Pedrosa o catálogo da exposição Histórias Mestiças (Cobogó e Instituto Tomie Ohtake, Jabuti melhor livro de arte 2016). Foi curadora de uma série de exposições -A longa viagem da biblioteca dos reis (Biblioteca Nacional, 2002), Nicolas-Antoine Taunay e seus trópicos tristes (Museu de Belas Artes Rio de Janeiro, Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2008), Histórias mestiças (2015), Traições: Nelson Leirner leitor de si e leitor dos outros (Galeria Vermelho, São Paulo, 2015), Histórias da infância (MASP, 2016), Histórias da sexualidade (MASP, 2017). Desde 2015 atua como curadora adjunta para histórias e narrativas no MASP e é colunista do jornal Nexo.
Olá! Sou o poeta Júlio Dalvorine e passo quase pelo mesmo problema de Lima Barreto. Venho de uma família palpérrima de finanças sumidas até o último centavo que nunca teve. Escrevo há quase trinta anos, poesia e prosa. Com um certo enfoque na arte das estrofes. Até hoje não publiquei um único livro devido a não ter cunhas e principalmente dinheiro algum no bolso. Acho que um desses Brasis em que vivo e que sou obrigado a aceitar: como escoadouro de talentos que não tem berço centenário nem corre nas veias sangue de avós sublimes e imortais, feito os barões e coronéis de antigamente. Minha cama é um velho colchão na sala do pequeníssimo apartamento de minha mãe anciã. Lima Barreto foi discriminado por ser descendente de afrobrasileiros, eu, por não ser filho de dignatários das políticas do sistema padrastal dos poderosos do mundo copiado a borrões de um Brasil tradicionalista que finge não enxergar quem lhe pede socorro!
Terminei de ler a biografia Lima Barreto: triste visionário, da Lília, agora neste período de quarentena, imposto pelo corona vírus. Uma excelente pesquisa para que gosta de discutir sobre racismo, chaga que não se apaga da sociedade brasileira. Terminei de ler tbm "revolta e melancolia: uma leitura da obra de Lima Barreto, do grande professor Manoel Freire! As duas leituras somadas me deram mais estímulo para continuar a pesquisa sobre o tema. Obrigado aos dois pesquisadores!
Recomendo a biografia escrita por Francisco de Assis Barbosa, "A vida de Lima Barreto". É, sem dúvida, um grande livro.
Maravilhoso!!!!! Por conta desta ponta sobre Lima Barreto do canal da Lili eu pude achar este Vídeo! Maravilhoso e claro Lula Livre ❤
Uma preciosidade, profissionais como ela precisam de visibilidade e reconhecimento. Ainda mais em tempos de de pós por status.
Essa Lili é demais, não me canso de ouví-la. Se eu quero descansar, ouço-a, mesmo os pequenos comentários recortados em seu canal, ela nos apresenta o que a vida tem de uma visão progressista e o que podemos construir. Bravo Lili, um axé baiano.
Impecável! Só poderia ser a Lilia Moritz Schwarcz para fazer o estudo sobre a obra do Lima Barreto! Obrigada!
Aula imperdivel excelente
Fascinada con esta exposición, a la que llegué después de terminar la lectura de "Triste fim..." y quedar atrapada por este autor extraordinario. Gracias a esta magnífica exposición y tan pulcra investigación, voy a seguir buscando el resto de la producción de Lima Barreño, algo que en su idioma original y en Argentina, en plena pandemia, no es tarea sencilla. ¡Me encantó el recuerdo de Darcy Ribeiro, a quien pinta de cuerpo entero, ese gran latinoamericanista con actitudes de divo!
PARABÉNS!
De certa forma, o Lima Barreto vive em nós. Ao assumi-lo em nossa literatura estruturante nós nos situamos diante das nossas mazelas sociais e da revoltante negligência em relação aos brasileiros, o povo.
Lilia, você é maravilhosa. obrigado.
Que belo trabalho!!! Agradeço pela possibilidade de assistir a tão brilhante palestra.
É sempre um prazer poder acompanhar uma exposição da Lilia, antropóloga brilhante e que contribui para melhor compreender esse clássico de Lima Barreto
seu trabalho ficou mais lindo porque vc se apaixonou por esse gênio literário
Parabéns professora linda palestra. 👏👏👏👏👏👏👏💛
Tantos detalhes, fotos e documentos. Muito bom.
Professora...as vezes eu fico muito triste depois de algumas aulas..mas feliz por pessoas como a senhora está entre nós..
Encantadora!
Como eu gosto da professora Lili. Suas aulas e palestras são excepcionais!
Estou terminando de ler Cemitério dos Vivos. Que está ainda mais interessante agora q aprendi com a Lília sobre a vida de Lima.
Como pioramos de lá para cá! Inacreditável.
Pior, Tais Baldon, permanecemos os mesmo. Só que com menos gente da qualidade de Lima Barreto.
Excelente, palestra !!!
Que palestra maravilhosa! Obrigada por compartilhar seu conhecimento conosco, professora.
"O Brasil, meus amigos, é uma vasta comilança".
Super bacana as histórias trazidas pela Lilian. Lima Barreto, um grande brasileiro. Mas, como nem tudo é perfeito, no momento 31'15" ele se refere a um dado guarda como "guardinha". Bem, p/ alguém q luta contra todo o tipo de desigualdade e pelo respeito igual q se deve ter a todos - atitudes certíssimas, por sinal -, é uma forma de tratar o outro bem - no mínimo - curiosa.
grande lilia! amo esta grande gênia.
👏👏👏
Incrível!
Lima Barreto alma religiosa e pura!
GENIAL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Que aula maravilhosa!!!!
😊😊😊
Lilia, nessa época o futebol era um esporte bem elitizado, daí entender as criticas de Lima Barreto
Amei
Parece os animais onde seu único prazer é quando conseguem alimentar, pois garantem mais um dia de vida, mesmo sendo ela em vão, e na repetição de seu dia dia, como os animais sempre?
É verdade que Lima Barreto escreveu que "o Brasil não tem povo, apenas público?
ai lilia quanto detalhe!
"NÓS NEM CREMOS"-poderia ser,poxa vida eu não gostaria que tivesse havido isso aqui ou em as outro lugar;mesmo já sabendo que houve,tudo é uma questão de visão,opinião,
Uma pena a professora Lilia Moritz Schwarcz, em seu início, usar o palco do MASP com cunho ideológico. Vitimizando ex-presidiário. O Brasil carece de história e não de politicagem.
Os três da secretaria? Vou ler.
Excelente palestra, tirando a introdução onde se fala de um senhor que se encontra preso.
ESTÁ LIVRE JÁ, para seu conhecimento. obrigado, de nada
PALHAÇO, IMBECIL
Um corrupto preso serve de abertura de uma palestra....coitado do Lima Barreto...sua obra virou mi mi mi pela voz dessa senhora Esquerdopata....
@@josecunhaneto3066 o próprio lima barreto seria taxado como esquerdista nos dias de hoje!
Eu quero ser Antropóloga,hoje eu digo,eu não queria.Engraçada né ela😏rum....
Homenagem ao criminoso Lula??? Pqp
Meu "gostei " vai pra professora Lília, APESAR do seu apoio ao ex-presidente Lula.
Você queria que ela apoia-se um imbecil contra a cultura e a ciência que desgoverna esse país?
Introduzir Lima Barreto fazendo gancho com o Lula? Tá de sacanagem, né?!
Em 2018! ???
A bom ... no final, 1:57 retoma sobre o Lula ... corrupção vdd aí a relação! Impossível dedicação e análise tão bem feita sobre Lima Barreto e não enxergar uma realidade tão recente!? Patrocínio?
tudo certo, vá estudar
Sacana é você 🐄 com seu déficit cognitivo programado se passando de lombriga soltando merda pela boca!!
Sacanagem é uma criatura sem-noção, sem capacidade cognitiva , vir aqui bodejar.
Em tempo: LULA ESTÁ LIVRE, BABACA !!!!
Introdução patética. Prender corrupto, na visão tacanha dessa cidadã, é retrocesso.
AI, lula tá preso, ... corrupissaum. Preguiça de ter que lidar diariamente com MULAS.