Li recentemente o livro "Cartas a um Jovem Poeta" e justamente a carta que mais me tocou é a que ele fala sobre esse 'poder' transformador do sofrimento. É a carta de 12 de agosto de 1904, copiei um trecho: "Se nos fosse possível ver além do alcance do nosso saber, e ainda um pouco além da obra preparatória do nosso pressentimento, talvez suportássemos as nossas tristezas com mais confiança do que nossas alegrias. (...) Acredito que quase todas as nossas tristezas são momentos de tensão, que sentimos como uma paralisia porque não ouvimos ecoar a vida dos nossos sentimentos que se tornaram estranhos para nós. Isso porque estamos sozinhos com o estranho que entrou em nossa casa, porque tudo o que era confiável e habitual nos foi retirado por um instante, porque estamos no meio de uma transição, em um ponto no qual não podemos permanecer. É por isso que a tristeza também passa: o novo em nós, o acréscimo, entrou em nosso coração, alcançou seu recanto mais íntimo e mesmo ali ele já não está mais - está no sangue. E não percebemos o que houve. Seria fácil nos fazer acreditar que nada aconteceu, no entanto nos transformamos."
Vi uma postagem outro dia sobre esse movimento de tentar tirar algo bom das desgraças da vida. Me inquietou porque acredito no homem enquanto possibilidades, mas de fato é doloroso isso de ter que encontrar no meio disso algo bom. É como se que não vê algo bom, não se abriu o suficiente.
É como se só no sofrimento que é possível amadurecer e evoluir, aquela história do marinheiro que só se forma na tempestade, como se na alegria não fosse possível amadurecer só aproveitar
A parte da contemplação, maravilhamento, me lembrou a música do Emicida - Pequenas alegrias da vida adulta. "É um sábado de paz onde se dorme mais O gol da virada, quase que nóiz rebaixa Emendar um feriado nesses litorais Encontrar uma tapauer que a tampa ainda encaixa Mais cedo brotou o alecrim Em segredo, tava com jeito que ia dar capim Ela reclama do azedo Recolhe os brinquedo Triunfo hoje pra mim É o azul do boletim Uma boa promoção de fralda nessas drogaria O faz me rir da hora extra vinda do serviço Presentes feito com guache, crepom, lembram meu dia Penso que os sonhos de Deus devem ser tipo isso"
Que vídeo aula linda e profunda!
Li recentemente o livro "Cartas a um Jovem Poeta" e justamente a carta que mais me tocou é a que ele fala sobre esse 'poder' transformador do sofrimento. É a carta de 12 de agosto de 1904, copiei um trecho:
"Se nos fosse possível ver além do alcance do
nosso saber, e ainda um pouco além da obra preparatória do nosso pressentimento, talvez suportássemos as nossas tristezas com mais confiança do que nossas alegrias. (...) Acredito que quase todas as nossas tristezas são momentos de tensão, que sentimos como uma paralisia porque não ouvimos ecoar a vida dos nossos sentimentos que se tornaram estranhos para nós. Isso porque estamos sozinhos com o estranho que entrou em nossa casa, porque tudo o que era confiável e habitual nos foi retirado por um instante, porque estamos no meio de uma transição, em um ponto no qual não podemos permanecer. É por isso que a tristeza também passa: o novo em nós, o acréscimo, entrou em nosso coração, alcançou seu recanto mais íntimo e mesmo ali ele já não está mais - está no sangue. E não percebemos o que houve. Seria fácil nos fazer acreditar que nada aconteceu, no entanto nos transformamos."
Eu adorei!!! Obrigada por compartilhar! Vou repostar lá no blog, inclusive!!!
obrigada Gabi por dividir tanto conhecimento conosco.
Lucimara, eu que agradeço sua participação! 🧡
Estou amando as aulas
Maíra Cunha que bommmm! Quarta teremos outra :)
❤❤❤❤
Fale sobre as tecnicas da logoterapia.
Gabinetflix. Adorando as aulas!
Tarciane, eu adorei esse nome, hahah. Obrigada pela participação. Abraços!
Vi uma postagem outro dia sobre esse movimento de tentar tirar algo bom das desgraças da vida. Me inquietou porque acredito no homem enquanto possibilidades, mas de fato é doloroso isso de ter que encontrar no meio disso algo bom. É como se que não vê algo bom, não se abriu o suficiente.
É como se só no sofrimento que é possível amadurecer e evoluir, aquela história do marinheiro que só se forma na tempestade, como se na alegria não fosse possível amadurecer só aproveitar
A parte da contemplação, maravilhamento, me lembrou a música do Emicida - Pequenas alegrias da vida adulta.
"É um sábado de paz onde se dorme mais
O gol da virada, quase que nóiz rebaixa
Emendar um feriado nesses litorais
Encontrar uma tapauer que a tampa ainda encaixa
Mais cedo brotou o alecrim
Em segredo, tava com jeito que ia dar capim
Ela reclama do azedo
Recolhe os brinquedo
Triunfo hoje pra mim
É o azul do boletim
Uma boa promoção de fralda nessas drogaria
O faz me rir da hora extra vinda do serviço
Presentes feito com guache, crepom, lembram meu dia
Penso que os sonhos de Deus devem ser tipo isso"
Fabíola Santos arrrasou na referência