Uma sogra chata e uma traição atravessada | Voz de Cama | Antena 3
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- Опубликовано: 30 сен 2024
- Dois problemas em análise: uma sogra que não descansa enquanto não tiver netos; e uma mulher que perdoou uma traição mas, como diz o cliché, não esquece.
Voz de Cama com Ana Markl e Tânia Graça todas as quintas-feiras às 09h15 na Antena 3 e em versão Podcast no Spotify, Apple Podcasts e RTP Play.
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a minha sugestão é oferecer um nenuco á sogra😂😂
Há sogras que são um veneno... Mas cabe ao parceiro travar a mãe.
Bem-vindos à vida familiar! 😀Muitos egos a quem é necessário agradar; muitas expectativas de muita gente às quais é necessário corresponder... Quem não quiser meter-se em chatices, viva sozinho. Também é um caminho legítimo.
Eish.. que sogra 😅percebo a Ana mas batia o pé
Email 2 volto a dizer para mim perdoar não é uma decisão mas um processo. Não decidimos perdoar. A prova muita gente diz que perdoa verbalmente mas não perdoa de todo na realidade. Porque perdoar necessita compreender todos os problemas ligados a experiência para poder integrar e aceitar. Por isso perdoar é mais um acto para consigo mesmo do que perdoar outra pessoa. Uma vez esse processo feito aí sim estamos claros na situação e sabemos como nos posicionar e então decidir continuamos a relação sobre novas bases ou metemos um fim etc
Email nr 1: quando ela comecar com isso, imediatamente sem trocar olhares, sem conversas de qualquer ordem retiras te do lugar onde estas, se for ao telefone pousas e deixas a "sogra" a falar sozinha. É uma tecnica de manejo comportamental,
Ela diz isso da neta para ter atencao, quando preceber que nao tem tempo de antena, muda.
É capaz de piorar antes de melhorar, e aí tens de ser mesmo forte com a tecnica e o melhor seria os tres terem uma conversa.
Porque agora é a neta, quando tiveres um filho é outra treta qualquer. E a senhora tem de aprender o lugar dela, e saber que nao é assim que consegue atencao.
Email nr 1: se eu estivesse na situaçao dessa rapariga, eu activaria o modo atriz dramática e diria com um tom de profunda tristeza "eu estou a tentar engravidar, mas só deus sabe como tem sido difícil mês após mês ver que não estamos a conseguir. Eu tenho um problema no meu ovário e não sei se vou conseguir realizar o meu sonho de ser mãe. Por isso parem de me pressionar, parem de perguntar, já não aguento tanta pressão, porque me faz sentir uma falhada. (pôr mão nos olhos como se estivesse a chorar e sairia a correr da divisão). O texto pode ser adaptado.
A sogra ficaria a sentir-se mal e nunca mais iria perguntar coisa alguma.
Não sei se com este tipo de pessoa narcisista funcionaria... Ainda podia reforçar "esta mulher não é a que me vai dar netos e não é a ideal para o meu filho". Uma pessoa narcisista só pensa "no seu umbigo", muitas das vezes a empatia é quase zero 😐
eu ca dizia a sogra para perguntar ao filho se queria ser pai ou não. passava bola pra ele
a minha opinião sobre traições é a seguinte: a pessoa que traiu tem de se expor a 100% e dar todos os motivos que a outra pessoa precise para que volte a confiar (não estou a falar de tornar-se numa relação abusiva - estou a falar em abrir o jogo sem reservas e explicar o que aconteceu, como aconteceu, porque é que aconteceu). E é a pessoa que foi traída que tem de perceber se é algo que consegue ultrapassar ou não.
No entanto, acho que há traições de um deslize e há traições planeadas e escondidas, e o segundo caso é sem dúvida pior.
a mulher do segundo email tem só de pensar que viver a ir ver mensagens do companheiro não é serviço para ninguém... ninguém merece
Em teoria, concordo, que a traicao pode derivar de fatores diversos, nomeadamente de razoes que ambos poderao trabalhar, querendo. E, depois, ha as de outra naturez: as que têm origem em comportamentos altamente egocentricos, de narcisicos que se alimentam do que a relacao tem para dar, absorvendo toda a energia, mantendo, em simultaneo, relacoes paralelas. Diria que, sob consentimento mutuo, qualquer relacao é aceitavel, mas considero absolutamente intoleravel que, uniteralmente, possa tomar uma decisao distinta, pelos dois. É humilhante, retira tempo e dedicacao à relacao porque a pessoa divide-se, nao permite nutrir o relacionamento. No meu caso, tal como o testemunho, achei que o meu companheiro era pai de familia, e quando descobri a traicao, que nao me contou porque, na qualidade de narcisico que era, eu havia de servir-lhe para alguma coisa, entendi que ha mais de 10 anos que tinha um caminho errante. Sempre confiei, talvez pela observação das relacoes à minha volta, felizes, razao pela qual nunca me pautei por circunscrever a liberdade dele, que estou convicta confundiu com libertinagem. Enquanto se salpicava com outras, tivemos um filho, compramos uma casa e eu tive uma doença grave. Quando soube, nao consegui ficar irritada. Fiquei magoada, uma tristeza sem fim e senti-me pequena, muito pequena. Algumas vivencias poderao ser sentidas de forma mais leve e havera margem para o perdao? Talvez. Sei que nao posso afirmar que nao, porque a regra faz-se pela excecao e, ademais, nao quero ser vitima, generalizando. Mas diria que ha sempre uns segundos em que todos podemos fazer diferente. E, se a decisao nao acolher o outro, podemos trocar de caminho, envolve-lo na decisao, libertar o que ja nao queremos. Agora vidas duplas nao posso concordar. Como diria o filosofo "Tudo nos é licito, mas nem tudo nos convem". Certo?