Waldemar da Paixão 1964

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  • Опубликовано: 3 ноя 2024
  • Salve!
    Antes de tudo posicione o seu fone, coloque-o em seus ouvidos para uma apreciação musical na presença de Waldemar, Traíra, Bugalho, Zacarias, Bom Cabelo e outros baluartes da antiga Pero Vaz.
    O registro maravilhoso como um todo, me instiga, pois além de sua beleza rítmica e melódica, é de impressionar a dinâmica estabelecida por esses maestros da ritualística da Liberdade.
    Percebam como a Ladainha inicialmente estipula um andamento manhoso, como se fosse uma preparação daquele campo de mandinga, e após a louvação a dinâmica vai se alterando.
    Esses maestros conduziam de forma gradativa o acesso ao campo de batalha.
    Um dos pontos que me chama atenção desse registro é a velocidade administrada pelos maestros, um coletivo de tocadores e cantadores, que aceleram a velocidade da bateria sem perder a cadencia, sem endurecer as frases e sem ninguém perder o andamento. É impressionante.
    A cada momento que venho descobrindo um pouco mais de Seu Waldemar e da sua musicalidade, me torno ainda mais apaixonado com sua maestria.
    Esses “homi” com pouco espaço e recursos tiravam 06 sons do Arco Musical, era o verdadeiro Berimbau de Barriga, o que tornava a sonoridade mais rica e envolvente.
    É lamentável que essa bateria especifica da Liberdade, de Mestre Waldemar e dos seus, tenha se perdido no tempo, infelizmente a capoeiragem dos anos 70 não conseguiu mantê-la.
    É importante, ter consciência e refletir que nos anos 70 a ditadura no Brasil já havia silenciado vários espaços de manifestações populares, movimentos afros eram perseguidos, na Liberdade a roda do Corta Braço e do Barracão já não mais acontecia. Além dos processos de padronização próprios da capoeira. Enfim!
    Por estas e outras não podemos ficar somente focados na evolução do nosso corpo enquanto jogadores, atletas, mas também em todos os outros aspectos de tamanha relevância que a CAPOEIRA contempla.
    A minha incansável busca pela a musicalidade de Waldemar da Paixão, não terá fim.
    A arte é fluida, arte é do povo, é nossa, não tem dono, não tentemos engessa-la, ela é popular!
    Viva Waldemar o grande Maestro!!!
    Na imagem - Esquerda para direita: Geraldo Chapeleiro, Bugalho, Waldemar, Bom Cabelo e Traíra 🙌🏿
    Foto de uma grandiosa fotógrafa alemã, Alice Brill ✨
    @mestrenegoativo

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