De fato o filme é uma analogia a Ifigênia em Áulis, famosa tragédia grega, porém nele cabe uma interpretação cristã. Vamos lá: Steven (Farrell), por negligencia médica, mata o paciente pelo coração, talvez num procedimento errado. Aqui vemos Adão comendo o fruto e, com isso, destruindo o elo entre Deus e ele e o pecado entrando na terra. O equilíbrio precisa voltar a terra, o plano de redenção e feito por Deus, ele envia o segundo Adão, Jesus. Sim, Jesus é conhecido também como segundo Adão. Nesse segundo ato Deus ou demiurgo é o Martin (Keoghan), que diz ao Steven que precisava equilibrar as coisas e diz que um dos filhos precisaria morrer. É notório que o segundo Adão, o segundo homem da família é o Bob (Suljic), o novilho cevado, o mais puro da casa, ele precisaria ser sacrificado para que as coisas voltassem a se acertar, restabelecer o equilíbrio. Quem era responsável por cuidar e regar o jardim? O Bob. E quem chorou lágrimas de sangue no Jardim do Getsemani? Jesus! Quando ele toma o tiro no final, o sangue escorre e ele está de braços abertos!! Enfim, posso ter forçado um pouco, mas essa foi uma de minhas interpretações. Abraços!
Sua referência a Kubrick no início do vídeo é muito feliz, pois Yorgos faz uma verdadeira homenagem a esse diretor na cinematografia de "O Sacrifício...". Além da influência de Kubrick, Lanthimos vai beber na fonte do seu conterrâneo Theo Angelopoulos (cineasta grego falecido faz seis anos) para criar filmes que ousam se inspirar nas tragédias gregas e levá-las ao cinema com uma linguagem extremamente atual e psicanalítica. No caso do "...Cervo Sagrado", será muito difícil a compreensão "quase plena" se não tivermos um pouco de conhecimento da mitologia grega. Como li em alguns comentários, aqui temos "A Tragédia de Ifigénia" (Eurípides) trazida à sétima arte e Yorgos faz com todas a características técnicas brilhantes que você destacou em sua crítica. A ousadia do diretor é grande. Cada personagem, corresponde a uma "persona" da peça grega. Steven (Farrell) é Agamemnom; Anna (Kidman) é Clitemnestra; Kim (Cassidy) é a própria Ifigénia; Bob (Suljic) é o Cervo e, o mais impressionante, Martin (Keoghan) é a própria deusa Artemisa (aquela que por vingança retém os ventos e deixa os barcos paralisados). As interpretações desses atores e as referências ao "ato sexual" parecem distantes da realidade, pois estão fixadas na Grécia Antiga e em outra tragédia "Édipo Rei" de Sófocles. Tudo é muito distante e, ao mesmo tempo, tão próximo de nós. Isso nos incomoda e instiga. Impossível ficarmos impunes. Se não assistiu, veja "Paisagem na Neblina" (Grécia, 1988) dirigido por Theo. Nesse filme, o irmão de Ifigenia, Orestes, é o personagem do roteiro trazido diretamente da mitologia para os dias atuais. Em "Paisagem...", Lanthimos se inspira na tragédia, sendo que o faz de forma macabra. Por sua vez, a cena da "roleta russa" é uma referência a "Funny Games" (Áustria, 1997) do premiado e niilista diretor alemão/austríaco Michael Haneke. Só achei injusta a comparação de "O Sacrifício do Cervo Sagrado" com "Mãe!". Esse último, é uma referência cinematográfica ao surrealismo de Luis Buñuel. Porém, como sempre faz em seus filmes, Aronofsky atropela tudo com um exagero estilístico que compromete, inclusive, as interpretações dos seus atores. Acredito que quanto mais "estranho", porém bem dirigido, é um filme mais instigante ele se torna. Dessa forma, "O Cervo..." é uma experiência cinematográfica belíssima de 2017 e sua crítica reflete muito bem isso. Perdão se me alonguei muito no comentário.
Não vi Paisagem na Neblina, Flávio, mas já está na minha agenda. Sem dúvida a compreensão do filme se faz muito a partir de Ifigênia, de Eurípedes. E concordo com todas essas influências que você citou. É sim uma belíssima experiência cinematográfica de 2017. Vou discordar apenas em relação ao exagero do Aronofsky comprometer as interpretações dos seus atores: ao meu ver, ele só fez engrandecê-las.
SESSÃO RESTRITA É que gosto de interpretações minimalistas e não dá para mantê-las com exageros estéticos. Dessa forma, até Javier deixa de ser o grande ator que é em um filme que usa o surrealismo como inspiração, mas destrói as influências estéticas do próprio movimento, apesar do que poderia ter sido um ótimo roteiro. Mas isso pode ser corrido ao longo da carreira desse jovem diretor. Lembremos que o gênio Kubrick também pecou na cinematografia de "O Iluminado" e foi agraciado com o prêmio de pior filme em 1980. Esse ano, o favorito para receber o "Framboesa de Ouro" é "Mãe!" Rsrs
Ainda estou impactada. A princípio vc busca uma lógica, uma explicação. Mas depois de um tempo vc entende a sutileza macabra do diretor. Uma obra prima.
É algo como um "réquiem para um sonho" menos comercial ou a experiência é mais agoniante? Outra tentativa de relação: é um transpointing sem a parte cômica?
Digamos assim: um quê de Violência Gratuita + a cinematografia, os corredores e a tensão crescente de O Iluminado. E, não, não tem nada a ver com nenhum dos dois nem com drogas haha
veeeeei que filmeee... ainda to pensando nele aqui. Realmente,é um filme muito difícil! é o tipo de filme que vc fica sem saber o que fazer, querendo se levantar ajudar os personagens. tem uma fala de nicole kidman que eu fiquei passada...
Pessoal, gostaria de abrir um debate sobre esse filme. Fui assisti-lo segunda na cabine. E parece que sou uma voz dissonante. Então, resolvi colocar minha cara a tapa e perguntar a opinião do público que o assistiu. Minhas considerações a respeito dele estão aqui: facebook.com/RevistaGeeky.iD/posts/338346293347607
Achei muito louco o filme.Meu marido desistiu de vê-lo antes que chegasse ao meio, acostumado que está às coisas muito bem explicadinhas...confesso que eu também prefiro montar os quebra-cabeças, porém , embora tenha assistido até o fim, me sentindo impactada com aquelas ações e atitudes dos personagens tão inverossímeis quanto estranhas, desisti desse meu intento e abandonei a lógica para simplesmente observar a bizarrice de todos os personagens...a loucura que se vislumbra e acomete, inicialmente, apenas a relação entre Steven e Martin, vai se propagando lentamente e, como nos tempos atuais, espalha-se em uma pandemia,ou epidemia, melhor dizendo, que atinge todos os personagens. Até a doce e inteligente esposa (Nicole Kidman), médica oftalmologista que, inicialmente, se imagina que vai ter firmeza e bom senso para colocar um ponto final nas estranhas situações, se torna uma desvairada em suas ações, ao mesmo tempo que age com uma completa frieza de emoções. O diretor oferece em todas as cenas soluções que vão totalmente contra aquilo que achamos "adequado", por exemplo o que mais me chocou foi a cena em que Steven, que é um médico cardiologista famoso,e , por isso mesmo se pressupõe ser uma pessoa sensata, tem um surto de loucura e força violentamente o filho pequeno, que se encontra paralítico e fraco em uma cama de hospital, a comer um pacote de bolachas, enfiando literalmente pela boca a baixo do menino, até fazê-lo vomitar. Enfim, um filme que acaba, mas poderia ter continuado indefinidamente...sem um The End no final.
Meu público é bastante diversificado, Matheus, por tanto, grande parte dele realmente não acompanha determinados tipos de filmes mesmo, e isso não é arrogância, é fato. Ah e não SUPERESTIME o crítico que vos fala; não tenho acesso a taaantos filmes assim não ;)
The Lobster é tão maluco como Cervo Sagrado, daqueles filmes temos sentir no primeiro momento e no segundo buscar as entrelinhas para entender, devia estar no Oscar.
Sinceramente, odiei. Não acho nada justo comparar ele com mãe, pois achei mãe brilhante. Eu pelo menos não consegui achar sentido, moral, reflexão nenhuma nesse filme. Foi apenas uma serie de acontecimentos bizarros jogados aleatoriamente com uma interpretação totalmente irreal e robótica. Ou seja, um filme que nao dá nem trabalho de se pensar pra fazer pq simplesmente nao tem história nenhuma. Espero que exista algum sentido por tras do filme que eu nao tenha entendido.
Jessica, o filme na verdade é uma releitura da tragédia grega de Ifigênia, em que o rei Agamêmnon mata um cervo numa caçada e por isso a deusa Ártemis exige dele o sacrifício de matar a filha Ifigênia, ou os ventos vão impedir que os navios dele cheguem à guerra de Troia. Essa é a base. Fora isso, tem todo um significado muito profundo sim sobre o senso deturpado de justiça do ser humano, e, principalmente, o de sobrevivência. Espero ter te ajudado a encontrar uma linha aqui, pois não é um filme cujo sentido deva ser perdido não ;)
Deve ser porque você não pesquisou, esse filme é baseado na história Grega chamada Ifigênia, então assim como Mãe, ele tem sim uma origem pra que fosse desenvolvida a história em tempos modernos.
De fato o filme é uma analogia a Ifigênia em Áulis, famosa tragédia grega, porém nele cabe uma interpretação cristã. Vamos lá:
Steven (Farrell), por negligencia médica, mata o paciente pelo coração, talvez num procedimento errado. Aqui vemos Adão comendo o fruto e, com isso, destruindo o elo entre Deus e ele e o pecado entrando na terra. O equilíbrio precisa voltar a terra, o plano de redenção e feito por Deus, ele envia o segundo Adão, Jesus. Sim, Jesus é conhecido também como segundo Adão. Nesse segundo ato Deus ou demiurgo é o Martin (Keoghan), que diz ao Steven que precisava equilibrar as coisas e diz que um dos filhos precisaria morrer. É notório que o segundo Adão, o segundo homem da família é o Bob (Suljic), o novilho cevado, o mais puro da casa, ele precisaria ser sacrificado para que as coisas voltassem a se acertar, restabelecer o equilíbrio. Quem era responsável por cuidar e regar o jardim? O Bob. E quem chorou lágrimas de sangue no Jardim do Getsemani? Jesus! Quando ele toma o tiro no final, o sangue escorre e ele está de braços abertos!!
Enfim, posso ter forçado um pouco, mas essa foi uma de minhas interpretações.
Abraços!
Sua referência a Kubrick no início do vídeo é muito feliz, pois Yorgos faz uma verdadeira homenagem a esse diretor na cinematografia de "O Sacrifício...".
Além da influência de Kubrick, Lanthimos vai beber na fonte do seu conterrâneo Theo Angelopoulos (cineasta grego falecido faz seis anos) para criar filmes que ousam se inspirar nas tragédias gregas e levá-las ao cinema com uma linguagem extremamente atual e psicanalítica.
No caso do "...Cervo Sagrado", será muito difícil a compreensão "quase plena" se não tivermos um pouco de conhecimento da mitologia grega.
Como li em alguns comentários, aqui temos "A Tragédia de Ifigénia" (Eurípides) trazida à sétima arte e Yorgos faz com todas a características técnicas brilhantes que você destacou em sua crítica. A ousadia do diretor é grande. Cada personagem, corresponde a uma "persona" da peça grega. Steven (Farrell) é Agamemnom; Anna (Kidman) é Clitemnestra; Kim (Cassidy) é a própria Ifigénia; Bob (Suljic) é o Cervo e, o mais impressionante, Martin (Keoghan) é a própria deusa Artemisa (aquela que por vingança retém os ventos e deixa os barcos paralisados). As interpretações desses atores e as referências ao "ato sexual" parecem distantes da realidade, pois estão fixadas na Grécia Antiga e em outra tragédia "Édipo Rei" de Sófocles. Tudo é muito distante e, ao mesmo tempo, tão próximo de nós. Isso nos incomoda e instiga. Impossível ficarmos impunes.
Se não assistiu, veja "Paisagem na Neblina" (Grécia, 1988) dirigido por Theo. Nesse filme, o irmão de Ifigenia, Orestes, é o personagem do roteiro trazido diretamente da mitologia para os dias atuais. Em "Paisagem...", Lanthimos se inspira na tragédia, sendo que o faz de forma macabra. Por sua vez, a cena da "roleta russa" é uma referência a "Funny Games" (Áustria, 1997) do premiado e niilista diretor alemão/austríaco Michael Haneke.
Só achei injusta a comparação de "O Sacrifício do Cervo Sagrado" com "Mãe!". Esse último, é uma referência cinematográfica ao surrealismo de Luis Buñuel. Porém, como sempre faz em seus filmes, Aronofsky atropela tudo com um exagero estilístico que compromete, inclusive, as interpretações dos seus atores.
Acredito que quanto mais "estranho", porém bem dirigido, é um filme mais instigante ele se torna. Dessa forma, "O Cervo..." é uma experiência cinematográfica belíssima de 2017 e sua crítica reflete muito bem isso.
Perdão se me alonguei muito no comentário.
Não vi Paisagem na Neblina, Flávio, mas já está na minha agenda. Sem dúvida a compreensão do filme se faz muito a partir de Ifigênia, de Eurípedes. E concordo com todas essas influências que você citou. É sim uma belíssima experiência cinematográfica de 2017. Vou discordar apenas em relação ao exagero do Aronofsky comprometer as interpretações dos seus atores: ao meu ver, ele só fez engrandecê-las.
SESSÃO RESTRITA
É que gosto de interpretações minimalistas e não dá para mantê-las com exageros estéticos. Dessa forma, até Javier deixa de ser o grande ator que é em um filme que usa o surrealismo como inspiração, mas destrói as influências estéticas do próprio movimento, apesar do que poderia ter sido um ótimo roteiro. Mas isso pode ser corrido ao longo da carreira desse jovem diretor. Lembremos que o gênio Kubrick também pecou na cinematografia de "O Iluminado" e foi agraciado com o prêmio de pior filme em 1980. Esse ano, o favorito para receber o "Framboesa de Ouro" é "Mãe!" Rsrs
Que filme maluco, tô até agora sem acreditar
Muito bom comentário. Parabéns!
Adorei a critica, você pesquisou sobre o filme e não disse nenhuma bobagem, isso sim é critico. Eu adorei esse filme também. Parabéns pelo canal.
Muito obrigado, Mark!
Ainda estou impactada. A princípio vc busca uma lógica, uma explicação. Mas depois de um tempo vc entende a sutileza macabra do diretor. Uma obra prima.
Concordo plenamente!
A ideia de justiça e as metáforas sobre tragédia grega do filme são genias... tinha que tá indicado ao Oscar pelo menos de roteiro
Merecia muuuito a indicação de Roteiro Original, Gilberto Assoy...
É algo como um "réquiem para um sonho" menos comercial ou a experiência é mais agoniante? Outra tentativa de relação: é um transpointing sem a parte cômica?
Digamos assim: um quê de Violência Gratuita + a cinematografia, os corredores e a tensão crescente de O Iluminado. E, não, não tem nada a ver com nenhum dos dois nem com drogas haha
veeeeei que filmeee... ainda to pensando nele aqui. Realmente,é um filme muito difícil! é o tipo de filme que vc fica sem saber o que fazer, querendo se levantar ajudar os personagens. tem uma fala de nicole kidman que eu fiquei passada...
Artista Indecisa qual fala?eu quero ver o filme mas não acho no RUclipseee😢😢
Pessoal, gostaria de abrir um debate sobre esse filme. Fui assisti-lo segunda na cabine. E parece que sou uma voz dissonante. Então, resolvi colocar minha cara a tapa e perguntar a opinião do público que o assistiu. Minhas considerações a respeito dele estão aqui: facebook.com/RevistaGeeky.iD/posts/338346293347607
Difícil é pouco ...
To há dois dias sem dormir pensando nesse filme. Cruel e sádico aff
Filme beeeem interessante, mas eu n vou ver dnv de jeito nenhum rsrsrs me fez mto mal
Filme muuuuito difícil...
Achei muito louco o filme.Meu marido desistiu de vê-lo antes que chegasse ao meio, acostumado que está às coisas muito bem explicadinhas...confesso que eu também prefiro montar os quebra-cabeças, porém , embora tenha assistido até o fim, me sentindo impactada com aquelas ações e atitudes dos personagens tão inverossímeis quanto estranhas, desisti desse meu intento e abandonei a lógica para simplesmente observar a bizarrice de todos os personagens...a loucura que se vislumbra e acomete, inicialmente, apenas a relação entre Steven e Martin, vai se propagando lentamente e, como nos tempos atuais, espalha-se em uma pandemia,ou epidemia, melhor dizendo, que atinge todos os personagens. Até a doce e inteligente esposa (Nicole Kidman), médica oftalmologista que, inicialmente, se imagina que vai ter firmeza e bom senso para colocar um ponto final nas estranhas situações, se torna uma desvairada em suas ações, ao mesmo tempo que age com uma completa frieza de emoções. O diretor oferece em todas as cenas soluções que vão totalmente contra aquilo que achamos "adequado", por exemplo o que mais me chocou foi a cena em que Steven, que é um médico cardiologista famoso,e , por isso mesmo se pressupõe ser uma pessoa sensata, tem um surto de loucura e força violentamente o filho pequeno, que se encontra paralítico e fraco em uma cama de hospital, a comer um pacote de bolachas, enfiando literalmente pela boca a baixo do menino, até fazê-lo vomitar. Enfim, um filme que acaba, mas poderia ter continuado indefinidamente...sem um The End no final.
Não subestime tanto os seus espectadores achando que eles não têm acesso aos filmes a que vc tem acesso. Pode parecer arrogante ...
Meu público é bastante diversificado, Matheus, por tanto, grande parte dele realmente não acompanha determinados tipos de filmes mesmo, e isso não é arrogância, é fato. Ah e não SUPERESTIME o crítico que vos fala; não tenho acesso a taaantos filmes assim não ;)
The Lobster é tão maluco como Cervo Sagrado, daqueles filmes temos sentir no primeiro momento e no segundo buscar as entrelinhas para entender, devia estar no Oscar.
Com certeza, principalmente em Roteiro Original.
Sinceramente, odiei. Não acho nada justo comparar ele com mãe, pois achei mãe brilhante. Eu pelo menos não consegui achar sentido, moral, reflexão nenhuma nesse filme. Foi apenas uma serie de acontecimentos bizarros jogados aleatoriamente com uma interpretação totalmente irreal e robótica. Ou seja, um filme que nao dá nem trabalho de se pensar pra fazer pq simplesmente nao tem história nenhuma. Espero que exista algum sentido por tras do filme que eu nao tenha entendido.
Jessica, o filme na verdade é uma releitura da tragédia grega de Ifigênia, em que o rei Agamêmnon mata um cervo numa caçada e por isso a deusa Ártemis exige dele o sacrifício de matar a filha Ifigênia, ou os ventos vão impedir que os navios dele cheguem à guerra de Troia. Essa é a base. Fora isso, tem todo um significado muito profundo sim sobre o senso deturpado de justiça do ser humano, e, principalmente, o de sobrevivência. Espero ter te ajudado a encontrar uma linha aqui, pois não é um filme cujo sentido deva ser perdido não ;)
Deve ser porque você não pesquisou, esse filme é baseado na história Grega chamada Ifigênia, então assim como Mãe, ele tem sim uma origem pra que fosse desenvolvida a história em tempos modernos.
Jessica Reis Eu achei excelente! Achei até melhor que o Mãe!
O Sacrificio da Chatice Sagrada