Boa noite Doni! Que grata emoção ouvir essa análise do Lobo da Estepe! Este foi o livro que me pariu como leitor nos autos dos meus 16 anos. Introspectivo e anti social, meu contato com essa obra foi irreversível. Fechado em uma biblioteca, alguém que nunca mais vi me indicou. Suspendi por dias minha rotina de estudos para o vestibular, e o li... Depois disso e por causa disso, veio o curso de História, que salvou minha vida. Que poder tem a leitura.!!!!! Poder de cura. Parabéns, Doni, pelo trabalho!
O embasamento intelectual, a sensibilidade para lidar com temas delicados, a quantidade de referências, a densidade analítica... sem palavras com este canal. Só tenho a agradecer.
Muito bom comentário, do nível que esse grande livro merece (não tem comparação com a da outra RUclipsr que fala desse livro, eu fiquei até achando que ela não fez um vídeo pra valer porque não tem lógica aquilo, só falar que não gostou). Só não concordei muito com a passagem do final do livro (apesar q tem uns 5 ou 6 anos que li). O final ficou muito implícito. Tudo bem q falar muito seria dar spoiler, mas é uma grande viagem com muitos detalhes que acontece no final, acho que talvez poderia falar um pouco mais, mesmo que por alto. E também entendo a análise sociológica sobre o final, mas acho que carregou muito nas tintas, na minha opinião ele já critica bastante a sociedade da época no livro, não senti falta de terminar com uma revolução social, até porque senão todo livro teria que terminar do mesmo jeito… Grande abraço, ótimo trabalho!
Opa, Fábio, agradeço pelas palavras. De fato eu não posso contar o final do livro, por isso minha fala mais abstrata (na verdade, neste caso precisei contar até mais do que habitualmente aprecio). Eu cometi um erro no vídeo ao citar o trecho do Mariátegui e não ter destacado suficientemente que seria um bom contraponto aos diversos trechos niilistas contidos na obra. Quando no meio do vídeo exemplifiquei lendo um trecho deste tipo, já deveria ter alertado que haveria uma réplica a ele na conclusão do vídeo. Ademais, ficou parecendo que o texto do Mariátegui era exclusivamente uma resposta ao final do livro, e não era só a esta parte, mas na verdade especialmente aos trechos do meio da obra (inclusive este que li textualmente). Antes de gravar, eu havia imaginado que deixaria isto claro, mas com tanta informação pra passar acabei não o fazendo. Forte abraço!
Que alívio de ver esta análise! Pouco tempo atrás vi uma resenha frívola, superficial, inerte e inútil no canal da Tatiana Feltrin sobre este livro. A diferença chega a ser constrangedora . Peço que siga firme com seu canal. Sei que o algoritmo é cruel e muitas vezes não beneficia quem faz conteúdo de qualidade, mas seu canal é brilhante.
Ate assisti ao video da Tatiana para ver a diferença. Realmente, a análise do Donney é singular. Não conheço nenhum outro canal com tamanha capacidade analítica e intelectual para entender e explicar obras literárias.
@@RodrigoSilva-dv9xo , por conta do seu comentário fui lá ver. Que erro cometi! Como o colega acima afirmou, o Doney não só é melhor que ela: a diferença é tão grande que chega a ser constrangedora.
Vagner, mas o livro apreesenta uma solução para o personagem. E no posfácio o próprio autor diz que é um livro de redenção, ou seja, destaca a importância desta solução, frisa para que não a esqueçam (já que ela ocupa uma parte muito pequena do livro). Há, portanto, uma divergência entre seu entendimento e o do autor...
@@CarolDias-s3d Carol, o livro se restringe a si próprio. Não importa o que o autor "quis" dizer, não importa "solução" alguma que o prefácio se refere. A partir do momento que o livro é publicado ele abre margem para vários tipos de interpretação independentemente do intuito do autor. Quando alguém diz que o livro apresenta uma solução de redenção etc, isso diz mais sobre quem lê do que sobre o próprio livro. Lembre-se de que esse livro é de cunho literário e não de divulgação científica ou com embasamento metodológico/científico etc.
@@VagnerReis14 , sim, existe um debate acadêmico extenso sobre a morte do autor, sobre o fato de um autor conseguir inserir em uma obra suas ideias, mas eventualmente não conseguir inseri-las e, pasmem, acontece também de inserir coisas que não eram propriamente sua intenção. Tudo certo com isto. Porém, é sempre preciso ter em mente que este debate é delicado. Há de se ter muito cuidado quando se questiona o que o próprio autor diz, explicitamente, sobre seu livro. Quando Hesse destaca o final de seu livro e sua redenção, isto não é só mais uma interpretação. Não é assim. Hermann Hesse provê uma solução, um escape, uma resposta ao personagem (o Doney, por exemplo, não a apreciou, mas não questionou o fato de Harry Haller ter encontrado uma resposta aos seus dramas). E Hesse fez questão de destacar em um posfácio, de maneira peremptória, a relevância desta saída que o personagem encontrou. Aí o Vagner diz: "não, não é assim, o livro já se basta, é assim e assado". Ou seja, o autor está errado sobre a interpretação dada por uma obra que ele mesmo escreveu. Puxa o freio de mão da presunção aí, querido.
@@CarolDias-s3d @CarolDias-s3d quem disse que o autor está errado foi você, não eu. O que eu disse foi: por mais que ele tenha dito "isso ou aquilo", a única coisa que o autor atingiu foi uma interpretação possível sobre aquilo que ele mesmo escreveu. Acredito que você tenha distorcido o que eu disse para tornar seu argumento mais válido. Isso é feio. A minha visão sobre a obra é diferente. Não acredito que haja uma redenção ou "saída" para o personagem. Ele somente viu o mundo de outra perspectiva.
Se puder e quiser, compartilhe este vídeo em grupos de WhatsApp por aí! 😉
ruclips.net/video/SBDU_UZ5d5k/видео.html
Boa noite Doni! Que grata emoção ouvir essa análise do Lobo da Estepe! Este foi o livro que me pariu como leitor nos autos dos meus 16 anos. Introspectivo e anti social, meu contato com essa obra foi irreversível. Fechado em uma biblioteca, alguém que nunca mais vi me indicou. Suspendi por dias minha rotina de estudos para o vestibular, e o li... Depois disso e por causa disso, veio o curso de História, que salvou minha vida. Que poder tem a leitura.!!!!! Poder de cura. Parabéns, Doni, pelo trabalho!
Vir aqui é ter certeza de assistir a uma bela aula!
Que sorte a minha ter conhecido este canal!
Ótima aula!
Análise didática e super completa, como sempre!
O embasamento intelectual, a sensibilidade para lidar com temas delicados, a quantidade de referências, a densidade analítica... sem palavras com este canal. Só tenho a agradecer.
Este canal não tem resenhas, tem críticas literárias!
Acabo de ver que tenho o box desse cara. E sao os livros mais lindos que eu tenho. Coloridos. ❤
Fiquei ansiosa pra ler. 😅
Comprei o livro certo
Amei o novo layout do canal!
Mas por que novo layout? Não é o mesmo de antes?
@@MariadasGracas-es5sr , falei por causa da mudança dos óculos. 😅
@@alexandrabasten 😂😂😂
Muito bom!
Conteúdo excelente, em breve patrocinado pela Stanleys Hair
Muito bom comentário, do nível que esse grande livro merece (não tem comparação com a da outra RUclipsr que fala desse livro, eu fiquei até achando que ela não fez um vídeo pra valer porque não tem lógica aquilo, só falar que não gostou). Só não concordei muito com a passagem do final do livro (apesar q tem uns 5 ou 6 anos que li). O final ficou muito implícito. Tudo bem q falar muito seria dar spoiler, mas é uma grande viagem com muitos detalhes que acontece no final, acho que talvez poderia falar um pouco mais, mesmo que por alto. E também entendo a análise sociológica sobre o final, mas acho que carregou muito nas tintas, na minha opinião ele já critica bastante a sociedade da época no livro, não senti falta de terminar com uma revolução social, até porque senão todo livro teria que terminar do mesmo jeito… Grande abraço, ótimo trabalho!
Opa, Fábio, agradeço pelas palavras.
De fato eu não posso contar o final do livro, por isso minha fala mais abstrata (na verdade, neste caso precisei contar até mais do que habitualmente aprecio).
Eu cometi um erro no vídeo ao citar o trecho do Mariátegui e não ter destacado suficientemente que seria um bom contraponto aos diversos trechos niilistas contidos na obra. Quando no meio do vídeo exemplifiquei lendo um trecho deste tipo, já deveria ter alertado que haveria uma réplica a ele na conclusão do vídeo.
Ademais, ficou parecendo que o texto do Mariátegui era exclusivamente uma resposta ao final do livro, e não era só a esta parte, mas na verdade especialmente aos trechos do meio da obra (inclusive este que li textualmente).
Antes de gravar, eu havia imaginado que deixaria isto claro, mas com tanta informação pra passar acabei não o fazendo.
Forte abraço!
Parabéns!
Que alívio de ver esta análise!
Pouco tempo atrás vi uma resenha frívola, superficial, inerte e inútil no canal da Tatiana Feltrin sobre este livro.
A diferença chega a ser constrangedora .
Peço que siga firme com seu canal. Sei que o algoritmo é cruel e muitas vezes não beneficia quem faz conteúdo de qualidade, mas seu canal é brilhante.
Já assisti a vários canais sobre livros, mas de fato este aqui é o mais intelectualizado.
Outros canais têm fama.
Este tem qualidade.
Ate assisti ao video da Tatiana para ver a diferença. Realmente, a análise do Donney é singular. Não conheço nenhum outro canal com tamanha capacidade analítica e intelectual para entender e explicar obras literárias.
@@RodrigoSilva-dv9xo , por conta do seu comentário fui lá ver. Que erro cometi!
Como o colega acima afirmou, o Doney não só é melhor que ela: a diferença é tão grande que chega a ser constrangedora.
Tem um problema na sua fala que é pensar que o livro apresenta uma solução.
Vagner, mas o livro apreesenta uma solução para o personagem.
E no posfácio o próprio autor diz que é um livro de redenção, ou seja, destaca a importância desta solução, frisa para que não a esqueçam (já que ela ocupa uma parte muito pequena do livro).
Há, portanto, uma divergência entre seu entendimento e o do autor...
@@CarolDias-s3d Carol, o livro se restringe a si próprio. Não importa o que o autor "quis" dizer, não importa "solução" alguma que o prefácio se refere. A partir do momento que o livro é publicado ele abre margem para vários tipos de interpretação independentemente do intuito do autor. Quando alguém diz que o livro apresenta uma solução de redenção etc, isso diz mais sobre quem lê do que sobre o próprio livro.
Lembre-se de que esse livro é de cunho literário e não de divulgação científica ou com embasamento metodológico/científico etc.
@@VagnerReis14 , sim, existe um debate acadêmico extenso sobre a morte do autor, sobre o fato de um autor conseguir inserir em uma obra suas ideias, mas eventualmente não conseguir inseri-las e, pasmem, acontece também de inserir coisas que não eram propriamente sua intenção. Tudo certo com isto.
Porém, é sempre preciso ter em mente que este debate é delicado. Há de se ter muito cuidado quando se questiona o que o próprio autor diz, explicitamente, sobre seu livro. Quando Hesse destaca o final de seu livro e sua redenção, isto não é só mais uma interpretação. Não é assim.
Hermann Hesse provê uma solução, um escape, uma resposta ao personagem (o Doney, por exemplo, não a apreciou, mas não questionou o fato de Harry Haller ter encontrado uma resposta aos seus dramas).
E Hesse fez questão de destacar em um posfácio, de maneira peremptória, a relevância desta saída que o personagem encontrou.
Aí o Vagner diz: "não, não é assim, o livro já se basta, é assim e assado".
Ou seja, o autor está errado sobre a interpretação dada por uma obra que ele mesmo escreveu.
Puxa o freio de mão da presunção aí, querido.
@@CarolDias-s3d @CarolDias-s3d quem disse que o autor está errado foi você, não eu. O que eu disse foi: por mais que ele tenha dito "isso ou aquilo", a única coisa que o autor atingiu foi uma interpretação possível sobre aquilo que ele mesmo escreveu.
Acredito que você tenha distorcido o que eu disse para tornar seu argumento mais válido. Isso é feio.
A minha visão sobre a obra é diferente. Não acredito que haja uma redenção ou "saída" para o personagem. Ele somente viu o mundo de outra perspectiva.