QUEM FOI GARRINCHA

QUEM FOI GARRINCHA.
Manoel Francisco dos Santos, conhecido como Garrincha, nasceu em Magé, Brasil, em uma data incerta entre 18 e 28 de outubro de 1933, e faleceu no Rio de Janeiro em 20 de janeiro de 1983. Ele foi um renomado jogador de futebol brasileiro que se destacou como ponta-direita.
Celebrizado por sua extraordinária habilidade e dribles desconcertantes, muitos o consideram o maior ponta-direita e o mais talentoso driblador na história do futebol. Internacionalmente aclamado como uma lenda do esporte, Garrincha é extremamente popular entre os aficionados pelo futebol no Brasil, sendo reverenciado por alguns como superior até mesmo a Pelé.
Apesar de ter enfrentado vários desafios físicos desde o nascimento, incluindo estrabismo e desequilíbrios estruturais significativos, como uma diferença de seis centímetros no comprimento das pernas, Garrincha emergiu como uma figura central nas conquistas da seleção brasileira na Copa do Mundo FIFA de 1958 e, especialmente, na Copa do Mundo FIFA de 1962, onde assumiu um papel crucial após a lesão de Pelé.
Dos 14 gols marcados pelo Brasil nesta competição, seis foram diretamente influenciados por suas jogadas - ele marcou quatro gols e deu assistências para outros dois. Garrincha foi o primeiro jogador a receber a Bola de Ouro (melhor jogador do torneio), a Chuteira de Ouro (artilheiro da competição) e o troféu da Copa do Mundo na mesma edição, o que levou a Copa do Mundo de 1962 a ser conhecida no Brasil como "A Copa do Garrincha".
Reverenciado como uma das maiores estrelas do futebol do século XX, Garrincha foi incluído na Seleção de Futebol do Século XX por 250 dos mais respeitados escritores e jornalistas de futebol ao redor do mundo.
Em 1994, ele foi nomeado para a Seleção de Todos os Tempos da Copa do Mundo FIFA e alcançou a sétima posição em uma votação da FIFA sobre os melhores jogadores do século XX. Durante o auge de sua carreira, ele adicionou "Manoel Francisco dos Santos" ao seu nome em honra ao tio que tanto o apoiou.
Nascido em circunstâncias modestas, Manoel dos Santos cresceu em Pau Grande, um bairro situado em Magé, estado do Rio de Janeiro, junto com quinze irmãos. Segundo relatos, foi sua irmã que o apelidou de Garrincha, associando-o ao pássaro de mesmo nome que era bastante comum naquela região.
O sucesso de Garrincha nos campos de futebol era contrastado por uma vida pessoal tumultuada. Ele era conhecido por seu alcoolismo crônico e esteve envolvido em diversos acidentes de trânsito, incluindo um trágico em abril de 1969, que resultou na morte de sua sogra.
Garrincha teve duas esposas ao longo de sua vida. A primeira foi Nair Marques, sua namorada de adolescência, com quem teve oito filhas. Duas delas, Teresa e Nadir, já faleceram. Ele se separou de Nair em 1963 e, no mesmo ano, tornou público seu relacionamento com Elza Soares, com quem estava envolvido desde 1962, mesmo ainda sendo casado.
Garrincha decidiu deixar Nair para ficar com Elza, com quem começou a viver em conjunto a partir de 1966. O relacionamento durou dezesseis anos, até 1982, quando terminou devido a problemas como ciúmes, traições, agressões e humilhações enfrentadas por Elza. O casal teve um único filho, Manuel Francisco dos Santos Júnior, conhecido como Garrinchinha, que faleceu aos nove anos em um acidente de carro em Duque de Caxias, em 1986.
Entre 1959 e 1961, Garrincha também teve um relacionamento extramatrimonial com Iraci Maria da Silva, uma conterrânea de Pau Grande. Com ela, teve dois filhos: Márcia e Manuel, conhecido como Neném Garrincha, que chegou a jogar na equipe juvenil do Fluminense. Neném Garrincha também faleceu em um acidente de carro, em Portugal, em 1992.
Além de seus filhos no Brasil, Garrincha também é pai de um filho na Suécia, Ulf Lindberg, fruto de um breve relacionamento extramatrimonial durante uma excursão do Botafogo à Europa em 1959. Ao todo, estima-se que Garrincha teve pelo menos 14 filhos ao longo de sua vida.
A carreira profissional de Garrincha abrangeu o período de 1953 a 1972 nos clubes de futebol. Ele alcançou grande destaque no Botafogo, onde participou de 614 jogos e marcou 245 gols.
Frustrado com a falta de oportunidades, Garrincha se transferiu para o Serrano, em Petrópolis, onde finalmente teve a chance de mostrar seu talento na ponta direita, graças à oportunidade dada pelo técnico Carlos Pinto.
Ao longo de sua vida, Garrincha lutou contra o vício em álcool, especialmente cachaça, uma luta que foi amplamente conhecida devido ao seu amor pela bebida. Sua preferência por cachaça era tão notória que algumas marcas chegaram a associar seu nome a produtos alcoólicos.
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