A minha enorme gratidão, por compartilhar de seu conhecimento e sabedoria com um conteúdo tão importante visando a nossa formação em todos os sentidos.👍
A idade média é estigmatizada por causa da época posterior a ela, não é? Principalmente por causa do iluminismo e do humanismo? Bom, mais um vídeo maravilhoso. ❤ Tem um vitral tão lindo que mostra o deus católico criando mundo através da geometria. E olha que coisa mais bela, enxergar que Deus criou algo usando estudos que temos hoje, como se a matemática e geometria mostrasse a perfeição das coisas. Idade das trevas o caramba kkk Fazemos assim, pegamos o genocídio, a soberba, a inquisição e os navios negreiros e colocamos na estante, para poder ver melhor fatos e acontecimentos tão importantes e bonitos da idade média. As coisas são mais complexas do que pensamos. ❤ vídeo maravilhoso, Henrique!
Obrigado, Thais! Humanismo e Iluminismo são momentos de crítica sim à chamada "Idade das Trevas" (termo possivelmente cunhado por Petrarca), mas mesmo essa crítica tem suas complexidades. Pretendo fazer um vídeo sobre essa ideia, eventualmente.
Grande Fábio! Que surpresa boa! Aceita um café? Hehe Então, esse é um ótimo tema mesmo, até já foi pedido aqui nos comentários. Vou ver, mais pra frente, como trazê-lo de uma forma interessante aqui pro canal! Valeu pelo comentário! Abraços!
Quem deu o nome de "Idade das Trevas" foi a "Idade das Luzes" (O iluminismo). Isso já nos faz pensar sobre qual era a intenção envolvida nessa nomenclatura.
Realmente os iluministas utilizaram muito a expressão. Mas ela é ainda mais antiga. Petrarca, no século XIV, já a utilizava para comparar seu próprio tempo com as "luzes" da Antiguidade Greco-Romana. Depois a expressão foi apropriada por "modernos", por reformadores, por iluministas, por positivistas, e está aí até hoje. É, inclusive, um ótimo tema para vídeos futuros. Abraço!
Alguém poderia me explicar mais detalhadamente o envolvimento da igreja católica nas universidades? Eu sempre ouço as pessoas falando que as igrejas começaram as universidades e foram as grandes promotoras delas. Porém, pelo que eu entendi com o video, as universidades foram fruto do trabalho dos próprios estudantes organizados e foram eles quem foram atrás de organizações para arcar com eles, e foi ai onde a igreja entrou. Então como eles buscaram o patrocínio da igreja me parece mais merito da organizações dos estudantes e a igreja só aconteceu de der quem tinha dinheiro do que realmente ser mérito dela. Alguém pode falar mais sobre isso pra mim?
Mais ou menos ao mesmo tempo em que as universidades se estabeleciam, houve a fundação das ordens mendicantes, os franciscanos e os dominicanos. Muitos monges destas ordens conseguiram cátedras nas universidades, ensinando teologia ou direito canônico, por exemplo. Muitos dos alunos, inclusive, eram jovens que pretendiam o sacerdócio. Então, embora você esteja certo em dizer que muito da organização das universidades enquanto instituições deveu-se aos esforços de mestres e alunos, grande parte destes mesmos mestres e alunos ligava-se à Igreja. Dentro do currículo universitário, as sagradas escrituras também ocupavam lugar importante, e a própria escolástica, desenvolvida dentro das universidades, envolveu contribuições de dominicanos, como Santo Tomás de Aquino. Até o séc XIV, as Universidades também não tinham prédios próprios, então por vezes as aulas eram realizadas em mosteiros, ou mesmo na casa dos professores. Não sei se foi exatamente a Igreja Católica enquanto instituição que teve um papel decisivo na constituição das Universidades (um historiador que estude esse período poderia te responder isso melhor), mas pessoas ligadas à igreja, como monges, bispos ou párocos, certamente desempenharam um papel importante. Espero ter ajudado! E deixo como recomendação o livro História da Educação na Idade Média, do Ruy Afonso da Costa Nunes (o autor é do século XX e claramente católico, então leia com pequenas ressalvas, ele tende a exagerar algumas coisas, mas no geral o livro é excelente)
Ja havia respondido, mas aparentemente o RUclips excluiu meu comentário. Vamos lá: praticamente ao mesmo tempo em que as Universidades se estabeleciam, houve a fundação das ordens mendicantes, os franciscanos e os dominicanos. Ambas eventualmente passaram a valorizar muito a importância dos estudos, então seus monges eram cultos e letrados, e começaram a conseguir cadeiras nas universidades, ensinando teologia ou direito canônico. Alem disso, a maioria dos estudantes ainda buscava carreiras religiosas, e as escrituras ocupavam lugar de destaque nos estudos da Universidade de Paris, por exemplo. A formação da filosofia escolástica, que marca uma nova fase na história da ciência medieval, por trazer novamente as ideias de Aristóteles, foi desenvolvida por dominicanos e franciscanos, principalmente, como São Tomás de Aquino, que pertencia à ordem de são domingos. Por fim, também houve a questão das concessões papais, privilégios legais outorgado aos estudantes pela Igreja Católica, e os mosteiros locais ofereciam salas e lugares para as aulas, pois até o século XIV as Universidades não possuíam prédios próprios. Enfim, foram vários fatores, alguns indiretos, como o apoio financeiro, e outros diretos, como a ocupação de cadeiras e constituição do corpo docente.
Oq você falou é tudo desinformação, a igreja foi o pilar importante para tudo isso, patrocinou e protegeu estudantes universitários, aliás a igreja católica foi a que preservou o conhecimento da Europa na era medieval, recomendo você ler o livro Como A Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental as fontes deste a maioria são de não católicos e de críticos a igreja católica, seu reducionismo do papel da igreja não vai mais fazer sentido!!!
Talvez as ditas universidade não sejam um produto fundamentalmente medieval, mas sim fundamentalmente anterior a esse período porque, como dito de forma bem rápida no vídeo (1:10) , havia escolas na antiguidade de significativa importância- como, por exemplo, a Escola Pitagórica, a Escola de Cós (do médio Hipócrates), a Escola de Platão chamada de Academia, o Liceu de Aristóteles e certamente muitas outras escolas bem como oficinas para aprendizado de um ofício como sapateiro, curtidor, tecelão etc. Essas instituições, pequenas e grandes, foram o fundamento para instituições e mosteiros medievais, principalmente após o fortalecimento da igreja com a institucionalização da religião cristã no império romano. Havendo nas instituições antigas juramentos (Juramento de Hipócrates), códigos de conduta, doações para manutenção da escola. Em realidade, caso usássemos o nome de "universidade" na antiguidade, fundamentalmente veríamos as mesmas instituições ainda que com algumas pequenas diferenças. Não sem motivo o termo "Academia" (nome da escola de Platão) hoje é empregado também para se referir às universidades e instituições de nível superior.
Segundo Ruy Afonso da Costa Nunes em História da Educação na Idade Média, havia uma diferença crucial: as Universidades medievais eram de acesso livre, enquanto as Academias do mundo antigo tinham mais um aspecto de "confraria".
@@gabrielvasto Ele (o autor) citou exemplos específicos? Pois, como foi dito, havia muitas escolas e instituições na antiguidade. Falar nas academias do mundo antigo sem usar alguma como exemplo é bastante vago. Ademais, se estiver se referindo à confraria no sentido de pessoas que praticavam o mesmo ofício dentro da instituição, isso seria muito natural, da mesma maneira que encontrarmos numa faculdade de Direito muitos que praticam ou estudam a advocacia ou numa de medicina ao encontrarmos médicos. Contudo, se estiver se referindo à origem do público que frequentava, dizendo que tinha origens diferentes ao entrar na instituição, é preciso voltar e dizer qual instituição mais especificamente está se referindo. Todavia, isso também não seria problema tendo em vista que o corpo discente das faculdades e universidades atualmente, e muito antes, também é composto de pessoas de várias origens.
@@lfredoMoraes Sim, ele chega a citar exemplos específicos, recomendo checar a fonte para aprofundamento. Com "confraria" quis dizer que as escolas no mundo antigo eram reservadas somente a um grupo de intelectuais, e, mais especificamente, somente para cidadãos (no entendimento grego do termo). Um escravo não poderia frequentar a Academia de Platão, por exemplo. Já as universidades eram instituições de acesso livre, o que não significa dizer que o acesso era homogêneo, claro. Mas há relatos de estudantes pobres, por exemplo, que conseguiam levar os estudos morando em colégios beneficentes financiados por burgueses locais ou por membros da Igreja. Ao menos em teoria, qualquer um poderia estudar numa universidade medieval (na prática, claro, a coisa era outra).o Ruy Afonso vê nessa distinção um fator que impediria chamarmos as academias e escolas do mundo antigo de universidades, propriamente.
@@lfredoMoraes sim, ele chega a mencionar alguns exemplos, recomendo checar a fonte para aprofundamento. Mas o que eu dizer com "confraria" é que o acesso às escolas na antiguidade era reservado a uma elite. Na Grécia, por exemplo, só poderiam frequenta-las os cidadãos, no sentido grego do termo. Um escravo não poderia. Já na universidade medieval, ao menos em teoria, o acesso era livre. Há relatos de estudantes pobres que conseguiam se formar com a ajuda de alojamentos beneficentes, financiados por burgueses locais ou membros da igreja. Pelo menos teoricamente, o acesso às universidades medievais era livre, desde que se pagasse a devida quantia aos mestres (claro que, na prática, a coisa era outra). O Ruy Afonso vê nessa distinção um fator crucial que impediria chamarmos as escolas e academias do mundo antigo de universidades, propriamente.
@@gabrielvasto "Sim, ele chega a citar exemplos específicos, recomendo checar a fonte para aprofundamento." Interessante, você diz que ele cita alguns exemplos, mas não pôde trazer nem ao menos um concreto para nós. Se você está defendendo uma ideia, cabe você tentar sustenta-la. Não será eu e nem outro a ir para o espaço procurar o bule de chá de Russel, sendo você o responsável pela afirmação. Sobre o restante de seu discurso: era comum, para o mundo antigo, o fato de não aceitarem todos no sentido de evitarem escravos nas instituições ensino; isso porque o escravo não era visto como cidadão e consequentemente não tinha direitos nas sociedades que aderiam a essa prática. Até a própria igreja, com todo o seu discurso pomposo de salvação da humanidade, não abria as portas para os escravos, pelo contrário, favorecia a escravidão e era financiada por escravocratas. E, quando falo isso, não pergunto se houve um ou dois escravos que estudaram entre os religiosos; mas sim, que no geral, a instituição religiosa era isso mesmo e até pior por pregar ideias de salvação para todos ao mesmo tempo que, na prática, separava as pessoas. Logo, não exagere dizendo que "as universidades eram instituições de acesso livre". Tanto que a ressalva dessa afirmação vem rapidamente em suas próprias palavras: "o que não significa dizer que o acesso era homogêneo, claro". Somado a isso, por mais que houvessem estudantes pobres que eram aceitos por instituições beneficentes, estas mesmas não em eram, em si, as instituições comuns aos religiosos, estavam voltadas para um público externo. Em suma, a igreja não aceitava todos como membros no espaço de estudo dos religiosos. O que, nesse aspecto, não a diferencia das escolas filosóficas (pitagórica, platônica, aristotélica, epicurista etc) ou médicas como a escola de Hipócrates e outras voltadas para um ensino mais avançado. Em realidade as escolas superiores, antes das escolas medievais, poderiam não aceitar escravos, mas aceitavam membros independentemente das condições financeiras; como se conta, à título de exemplo e comparação, que Diógenes certa vez entrou numa aula de Platão para refuta-lo. No fim, você mesmo confirma que a igreja segregava ao dizer essas palavras: "Ao menos em teoria, qualquer um poderia estudar numa universidade medieval (na prática, claro, a coisa era outra)". Bom, vou aqui, podemos conversar depois. Na próxima não esqueça de trazer o bule.
@@henriquecaldeira Agradecido pela resposta. Referi essas porque de alguma forma nos estão mais próximas influenciaram as viagens marítimas que acrescentaram o "novo mundo" entre os quais o Brasil.
A Igreja Católica certamente colaborou no processo. Mas é interessante observar que o movimento que dará início à formação das universitas é laico, organizações espontâneas de mestres e alunos.
Não há nada de laico, a Igreja não apenas colaborou, ela foi a principal precursora das universidades@@henriquecaldeira , falar sobre laicidade num período totalmente religioso chega a ser estranho.
@@GustavoNogueiradePaulaEsqueceu ainda de dizer que ela patrocinou as escolas e universidades medievais, protegia os estudantes universitários que eram mau visto, e a teoria heliocêntrica foi elaborado por padres, Como A Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental refuta todas as ideias iluministas da igreja das trevas!!!
A Igreja estimulou a criação das Universidades, pensando que o conhecimento científico ia provar a existência de Deus...HAHAHAHAHA 😂😂😂 ... e em 2020 Weintrub vociferando contra as plantações de maconha e laboratórios de drogas químicas 😂
2 года назад+5
E a Igreja pensou bem, porque através do conhecimento científico que chegou à conclusões incríveis sobre o Deus católico! É lindo ser católico 😍😍😍
@ ok. e que leituras e/ou autores, me recomenda ou eu possa aprender e verificar o que me diz, por gentileza???
2 года назад+4
@@shootgunMarvel Oscar G. Quevedo, Richard Kuhn, Renold Blank, Emanuel Elias Filho, Edvino Friderichs, Carlos Orlando, Luiz Turatti, Márcia Cobêro etc. São muitos cientistas. Depende de cada fenômeno supranormal, porque não são poucos, são milhares de milhões de fatos supranormais, muito bem observados em ambiente acadêmico pelos parapsicólogos, muitos até são prêmio Nobel.
Live completa: ruclips.net/video/3CMryiTsvnI/видео.html
Eu, insone, às 2:49 da manhã vendo e ouvindo "Estranha História"... 🌷🌻💜
Te ajudei a pegar no sono? Rsrs
A minha enorme gratidão, por compartilhar de seu conhecimento e sabedoria com um conteúdo tão importante visando a nossa formação em todos os sentidos.👍
Obrigado pelas informações 😃
Valeu! :)
Nobre Professor, Parabéns, seu canal um exemplo de ensino gosto muito da história.
Obrigado, meu caro!
A idade média é estigmatizada por causa da época posterior a ela, não é? Principalmente por causa do iluminismo e do humanismo?
Bom, mais um vídeo maravilhoso. ❤
Tem um vitral tão lindo que mostra o deus católico criando mundo através da geometria. E olha que coisa mais bela, enxergar que Deus criou algo usando estudos que temos hoje, como se a matemática e geometria mostrasse a perfeição das coisas. Idade das trevas o caramba kkk
Fazemos assim, pegamos o genocídio, a soberba, a inquisição e os navios negreiros e colocamos na estante, para poder ver melhor fatos e acontecimentos tão importantes e bonitos da idade média. As coisas são mais complexas do que pensamos.
❤ vídeo maravilhoso, Henrique!
Obrigado, Thais! Humanismo e Iluminismo são momentos de crítica sim à chamada "Idade das Trevas" (termo possivelmente cunhado por Petrarca), mas mesmo essa crítica tem suas complexidades. Pretendo fazer um vídeo sobre essa ideia, eventualmente.
Parabéns, Caldeira! Muito bom o conteúdo do vídeo.
- Sugestão de tema para próximos vídeos: As 7 maravilhas do mundo antigo
Grande Fábio! Que surpresa boa! Aceita um café? Hehe
Então, esse é um ótimo tema mesmo, até já foi pedido aqui nos comentários. Vou ver, mais pra frente, como trazê-lo de uma forma interessante aqui pro canal!
Valeu pelo comentário! Abraços!
Excelente vídeo. Parabéns pelo canal!
Adorei!!!!! Aula sobre aula!!!!
Haha, sim. Vai ter um especialmente sobre as aulas mesmo, como se ensinava
Sempre um maravilhoso vídeo do grande Henrique. Só sei que queria ser amigo dele na universidade.
Haha, valeu Forno!
Quem deu o nome de "Idade das Trevas" foi a "Idade das Luzes" (O iluminismo). Isso já nos faz pensar sobre qual era a intenção envolvida nessa nomenclatura.
Realmente os iluministas utilizaram muito a expressão. Mas ela é ainda mais antiga. Petrarca, no século XIV, já a utilizava para comparar seu próprio tempo com as "luzes" da Antiguidade Greco-Romana. Depois a expressão foi apropriada por "modernos", por reformadores, por iluministas, por positivistas, e está aí até hoje. É, inclusive, um ótimo tema para vídeos futuros. Abraço!
@@henriquecaldeira up
Seu canal é maravilhoso. Continua, que vai crescer!
Obrigado, Igor! Que bom que está curtindo! :)
Que legal! Adorei saber!
Excelente, parabéns pelo vídeo 👏👏👏
Obrigado! :)
Excelente!👏👏👏
Obrigado, Mônica! Você estava lá na live, né. Já tinha visto isso aí, hehe. Sem a edição, claro... :)
video novo no canal. Já chego dando like
Espero que goste!
Muito bom
Para chegar à excelência só faltou mais dados sobre os períodos. Gostei
Alguém poderia me explicar mais detalhadamente o envolvimento da igreja católica nas universidades? Eu sempre ouço as pessoas falando que as igrejas começaram as universidades e foram as grandes promotoras delas. Porém, pelo que eu entendi com o video, as universidades foram fruto do trabalho dos próprios estudantes organizados e foram eles quem foram atrás de organizações para arcar com eles, e foi ai onde a igreja entrou. Então como eles buscaram o patrocínio da igreja me parece mais merito da organizações dos estudantes e a igreja só aconteceu de der quem tinha dinheiro do que realmente ser mérito dela. Alguém pode falar mais sobre isso pra mim?
Mais ou menos ao mesmo tempo em que as universidades se estabeleciam, houve a fundação das ordens mendicantes, os franciscanos e os dominicanos. Muitos monges destas ordens conseguiram cátedras nas universidades, ensinando teologia ou direito canônico, por exemplo. Muitos dos alunos, inclusive, eram jovens que pretendiam o sacerdócio. Então, embora você esteja certo em dizer que muito da organização das universidades enquanto instituições deveu-se aos esforços de mestres e alunos, grande parte destes mesmos mestres e alunos ligava-se à Igreja. Dentro do currículo universitário, as sagradas escrituras também ocupavam lugar importante, e a própria escolástica, desenvolvida dentro das universidades, envolveu contribuições de dominicanos, como Santo Tomás de Aquino. Até o séc XIV, as Universidades também não tinham prédios próprios, então por vezes as aulas eram realizadas em mosteiros, ou mesmo na casa dos professores. Não sei se foi exatamente a Igreja Católica enquanto instituição que teve um papel decisivo na constituição das Universidades (um historiador que estude esse período poderia te responder isso melhor), mas pessoas ligadas à igreja, como monges, bispos ou párocos, certamente desempenharam um papel importante. Espero ter ajudado! E deixo como recomendação o livro História da Educação na Idade Média, do Ruy Afonso da Costa Nunes (o autor é do século XX e claramente católico, então leia com pequenas ressalvas, ele tende a exagerar algumas coisas, mas no geral o livro é excelente)
pq o clero era detentores das pesquisas científicas, das letras, artes e filosofia
Ja havia respondido, mas aparentemente o RUclips excluiu meu comentário. Vamos lá: praticamente ao mesmo tempo em que as Universidades se estabeleciam, houve a fundação das ordens mendicantes, os franciscanos e os dominicanos. Ambas eventualmente passaram a valorizar muito a importância dos estudos, então seus monges eram cultos e letrados, e começaram a conseguir cadeiras nas universidades, ensinando teologia ou direito canônico. Alem disso, a maioria dos estudantes ainda buscava carreiras religiosas, e as escrituras ocupavam lugar de destaque nos estudos da Universidade de Paris, por exemplo. A formação da filosofia escolástica, que marca uma nova fase na história da ciência medieval, por trazer novamente as ideias de Aristóteles, foi desenvolvida por dominicanos e franciscanos, principalmente, como São Tomás de Aquino, que pertencia à ordem de são domingos. Por fim, também houve a questão das concessões papais, privilégios legais outorgado aos estudantes pela Igreja Católica, e os mosteiros locais ofereciam salas e lugares para as aulas, pois até o século XIV as Universidades não possuíam prédios próprios. Enfim, foram vários fatores, alguns indiretos, como o apoio financeiro, e outros diretos, como a ocupação de cadeiras e constituição do corpo docente.
Oq você falou é tudo desinformação, a igreja foi o pilar importante para tudo isso, patrocinou e protegeu estudantes universitários, aliás a igreja católica foi a que preservou o conhecimento da Europa na era medieval, recomendo você ler o livro Como A Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental as fontes deste a maioria são de não católicos e de críticos a igreja católica, seu reducionismo do papel da igreja não vai mais fazer sentido!!!
"Foi só quem deu o dinheiro pra financiar" 😂😂😂😂😂
Que engraçado esse comentário, você paga e não recebe nem o mérito por isso?
E o Drauzio? Pq quando vc bater 2 mil inscritos vc n conta pra gente??!
Haha, quem sabe...
Eu super apoio kkk
Tbm nunca entendi hahahaa
👏🏻👏🏻👏🏻
Fascinado pelo canal. Procurei sua página no Instagram e deixei uma mensagem in box. Um abraço!
Opa, maravilha, Igor! Vou lá ver.
Ótimo vídeo
Obrigado, Lucas!
Legal
show
00:20 vinheta poderosa, muda até a cor da camisa! kkkkkk
up
Ótimo vídeo. Pode disponibilizar as fontes?
Olá! Obrigado. As referências estão sempre na descrição do vídeo.
Como era as provas ?
Talvez as ditas universidade não sejam um produto fundamentalmente medieval, mas sim fundamentalmente anterior a esse período porque, como dito de forma bem rápida no vídeo (1:10) , havia escolas na antiguidade de significativa importância- como, por exemplo, a Escola Pitagórica, a Escola de Cós (do médio Hipócrates), a Escola de Platão chamada de Academia, o Liceu de Aristóteles e certamente muitas outras escolas bem como oficinas para aprendizado de um ofício como sapateiro, curtidor, tecelão etc. Essas instituições, pequenas e grandes, foram o fundamento para instituições e mosteiros medievais, principalmente após o fortalecimento da igreja com a institucionalização da religião cristã no império romano. Havendo nas instituições antigas juramentos (Juramento de Hipócrates), códigos de conduta, doações para manutenção da escola. Em realidade, caso usássemos o nome de "universidade" na antiguidade, fundamentalmente veríamos as mesmas instituições ainda que com algumas pequenas diferenças. Não sem motivo o termo "Academia" (nome da escola de Platão) hoje é empregado também para se referir às universidades e instituições de nível superior.
Segundo Ruy Afonso da Costa Nunes em História da Educação na Idade Média, havia uma diferença crucial: as Universidades medievais eram de acesso livre, enquanto as Academias do mundo antigo tinham mais um aspecto de "confraria".
@@gabrielvasto Ele (o autor) citou exemplos específicos? Pois, como foi dito, havia muitas escolas e instituições na antiguidade. Falar nas academias do mundo antigo sem usar alguma como exemplo é bastante vago. Ademais, se estiver se referindo à confraria no sentido de pessoas que praticavam o mesmo ofício dentro da instituição, isso seria muito natural, da mesma maneira que encontrarmos numa faculdade de Direito muitos que praticam ou estudam a advocacia ou numa de medicina ao encontrarmos médicos. Contudo, se estiver se referindo à origem do público que frequentava, dizendo que tinha origens diferentes ao entrar na instituição, é preciso voltar e dizer qual instituição mais especificamente está se referindo. Todavia, isso também não seria problema tendo em vista que o corpo discente das faculdades e universidades atualmente, e muito antes, também é composto de pessoas de várias origens.
@@lfredoMoraes Sim, ele chega a citar exemplos específicos, recomendo checar a fonte para aprofundamento. Com "confraria" quis dizer que as escolas no mundo antigo eram reservadas somente a um grupo de intelectuais, e, mais especificamente, somente para cidadãos (no entendimento grego do termo). Um escravo não poderia frequentar a Academia de Platão, por exemplo. Já as universidades eram instituições de acesso livre, o que não significa dizer que o acesso era homogêneo, claro. Mas há relatos de estudantes pobres, por exemplo, que conseguiam levar os estudos morando em colégios beneficentes financiados por burgueses locais ou por membros da Igreja. Ao menos em teoria, qualquer um poderia estudar numa universidade medieval (na prática, claro, a coisa era outra).o Ruy Afonso vê nessa distinção um fator que impediria chamarmos as academias e escolas do mundo antigo de universidades, propriamente.
@@lfredoMoraes sim, ele chega a mencionar alguns exemplos, recomendo checar a fonte para aprofundamento. Mas o que eu dizer com "confraria" é que o acesso às escolas na antiguidade era reservado a uma elite. Na Grécia, por exemplo, só poderiam frequenta-las os cidadãos, no sentido grego do termo. Um escravo não poderia. Já na universidade medieval, ao menos em teoria, o acesso era livre. Há relatos de estudantes pobres que conseguiam se formar com a ajuda de alojamentos beneficentes, financiados por burgueses locais ou membros da igreja. Pelo menos teoricamente, o acesso às universidades medievais era livre, desde que se pagasse a devida quantia aos mestres (claro que, na prática, a coisa era outra). O Ruy Afonso vê nessa distinção um fator crucial que impediria chamarmos as escolas e academias do mundo antigo de universidades, propriamente.
@@gabrielvasto "Sim, ele chega a citar exemplos específicos, recomendo checar a fonte para aprofundamento."
Interessante, você diz que ele cita alguns exemplos, mas não pôde trazer nem ao menos um concreto para nós. Se você está defendendo uma ideia, cabe você tentar sustenta-la. Não será eu e nem outro a ir para o espaço procurar o bule de chá de Russel, sendo você o responsável pela afirmação.
Sobre o restante de seu discurso: era comum, para o mundo antigo, o fato de não aceitarem todos no sentido de evitarem escravos nas instituições ensino; isso porque o escravo não era visto como cidadão e consequentemente não tinha direitos nas sociedades que aderiam a essa prática. Até a própria igreja, com todo o seu discurso pomposo de salvação da humanidade, não abria as portas para os escravos, pelo contrário, favorecia a escravidão e era financiada por escravocratas. E, quando falo isso, não pergunto se houve um ou dois escravos que estudaram entre os religiosos; mas sim, que no geral, a instituição religiosa era isso mesmo e até pior por pregar ideias de salvação para todos ao mesmo tempo que, na prática, separava as pessoas. Logo, não exagere dizendo que "as universidades eram instituições de acesso livre". Tanto que a ressalva dessa afirmação vem rapidamente em suas próprias palavras: "o que não significa dizer que o acesso era homogêneo, claro".
Somado a isso, por mais que houvessem estudantes pobres que eram aceitos por instituições beneficentes, estas mesmas não em eram, em si, as instituições comuns aos religiosos, estavam voltadas para um público externo. Em suma, a igreja não aceitava todos como membros no espaço de estudo dos religiosos. O que, nesse aspecto, não a diferencia das escolas filosóficas (pitagórica, platônica, aristotélica, epicurista etc) ou médicas como a escola de Hipócrates e outras voltadas para um ensino mais avançado. Em realidade as escolas superiores, antes das escolas medievais, poderiam não aceitar escravos, mas aceitavam membros independentemente das condições financeiras; como se conta, à título de exemplo e comparação, que Diógenes certa vez entrou numa aula de Platão para refuta-lo.
No fim, você mesmo confirma que a igreja segregava ao dizer essas palavras: "Ao menos em teoria, qualquer um poderia estudar numa universidade medieval (na prática, claro, a coisa era outra)".
Bom, vou aqui, podemos conversar depois. Na próxima não esqueça de trazer o bule.
Pelo jeito, junto com o nascimento das Universidades ouve também o nascimento do bullying e do Centro Acadêmico. 😎
O bullying certamente é anterior, rs.
Podia ter referido ouras como as universidades de Coimbra ou Salamanca.
Sem dúvida, Antonio. São universidades muito importantes, um pouco posteriores às mencionadas.
@@henriquecaldeira Agradecido pela resposta.
Referi essas porque de alguma forma nos estão mais próximas influenciaram as viagens marítimas que acrescentaram o "novo mundo" entre os quais o Brasil.
É errado dizer que foi devido à Igreja Católica que houve a criação das universidades ?
A Igreja Católica certamente colaborou no processo. Mas é interessante observar que o movimento que dará início à formação das universitas é laico, organizações espontâneas de mestres e alunos.
Não há nada de laico, a Igreja não apenas colaborou, ela foi a principal precursora das universidades@@henriquecaldeira , falar sobre laicidade num período totalmente religioso chega a ser estranho.
@@GustavoNogueiradePaulaEsqueceu ainda de dizer que ela patrocinou as escolas e universidades medievais, protegia os estudantes universitários que eram mau visto, e a teoria heliocêntrica foi elaborado por padres, Como A Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental refuta todas as ideias iluministas da igreja das trevas!!!
@GustavoNogueiradePaula pae
Quem é o editor do video?
Olá, amigo! É este que vos fala.
A Igreja estimulou a criação das Universidades, pensando que o conhecimento científico ia provar a existência de Deus...HAHAHAHAHA 😂😂😂
... e em 2020 Weintrub vociferando contra as plantações de maconha e laboratórios de drogas químicas 😂
E a Igreja pensou bem, porque através do conhecimento científico que chegou à conclusões incríveis sobre o Deus católico!
É lindo ser católico 😍😍😍
@ que "conclusões incríveis" !!??!?
@@shootgunMarvel Com toda certeza !!!!!!
Uma delas são os fenômenos supranormais confirmados pela Parapsicologia 🥰
@ ok. e que leituras e/ou autores, me recomenda ou eu possa aprender e verificar o que me diz, por gentileza???
@@shootgunMarvel Oscar G. Quevedo, Richard Kuhn, Renold Blank, Emanuel Elias Filho, Edvino Friderichs, Carlos Orlando, Luiz Turatti, Márcia Cobêro etc. São muitos cientistas. Depende de cada fenômeno supranormal, porque não são poucos, são milhares de milhões de fatos supranormais, muito bem observados em ambiente acadêmico pelos parapsicólogos, muitos até são prêmio Nobel.