Olá, que canal bom é esse, menino! Parabéns! Deixa eu ver se encontro um exemplo sobre o tema. Bom, há um verdadeiro combo de anacronismos se tomarmos o Livro de Mórmon, só como exemplo, claro, nada contra religião alguma.Mas falo por conhecimento de causa. Bom, um dos exemplos até grosseiros, diria, sobre anacronismo seria quanto ao nome "Isabel" que aparece n'O Livro de Mórmon em Alma 39:3. De acordo com o livro, Isabel viveu por volta de 74 AC (ou 74 AEC como se diz hoje). Na verdade, "Isabel" é um nome feminino de origem espanhola. Origina-se como a forma medieval espanhola de "Elisabeth" (em última análise, o hebraico Elisheva). Historicamente há a relação conflituosa entre ambas culturas espanhola e inglesa e não é de admirar a "presença" daquele nome na cultura inglesa, sobretudo pela também presença espanhola em território norte-americano quando das 13 colônias, afinal, os espanhóis chegaram àquele continente em 1492. Sabemos que os espanhóis descobriram algumas ilhas caribenhas e, quando estavam começando a explorar mais a América continental, portugueses já estavam no seu encalço. Em suma "Isabel', de origem espanhola, surgiu no século 12 DC, anos luz após a "Isabel no Livro de Mórmon", e suponho que este nome tenha "povoado" o senso comum do leste estadunidense até "cair' naquela passagem inventada por Joseph Smith e seus "sócios" (as chamadas testemunhas do citado livro). Desejo felicidades.
Que legal isso! Bom para se dar conta que muitas vezes se usam as palavras no sentido errado! Isso também do sentido mudar conforme o tempo eu não tinha percebido! Nota 11
O anacronismo é um conceito incompleto. Os homens são sim o tempo em que vivem, fruto das necessidades de suas épocas, diferentemente das ideias que transpassam tais realidades e sobrevivem no tempo. Diógenes, o Cínico, já criticava Aristóteles por este possuir escravos. Esparta conferia direitos iguais para homens e mulheres, diferentemente da democrática Atenas, onde as mulheres viviam sob total submissão. No que se refere a escravidão, o que mudou o estado das coisas - a escravidão foi vista ao longo dos tempos como um direito conferido ora pela religião ora pela ciência ao "superior/vencedor" - foi menos o aspecto ético evolvido, de amor ao próximo, do que, em menor escala, a evolução dos meios de produção na revolução industrial e, em maior escala, do reconhecimento do Direito do Homem como bem tutelado e protegido pelo Estado, e que teve seus pilares lançados no Iluminismo. Se deixamos de escravizar é porque hoje podemos pagar ainda que mal os empregados, e principalmente porque a lei coage/proíbe. As injustiças sempre precisaram das leis para deixarem de prevalecer, ainda que presentes nos corações de muitos em todas as épocas.
Amo Historiografia ❤ parabéns pelo vídeo.
Show de bola
Vídeo maravilhoso e ótimas recomendações de leitura. Obrigada!!!!
Vc está me ajudando num trabalho acadêmico, obrigada!!!😊
Cara, eu me inscrevi no canal só pela relação da história e Literatura. Fantástico, força aí.
Sou formado em Teologia. Nao sabia do conceito de ateu, no passado. Muito interessante!! Parabéns!!
è interessante como usamos palavras habitualmente e não refletimos sobre sua origem ou significado corretos. Muito Bom!
Muitas vezes usamos anacronico como ultrapassado, não é?
Gostei muito.
Olá, que canal bom é esse, menino! Parabéns! Deixa eu ver se encontro um exemplo sobre o tema. Bom, há um verdadeiro combo de anacronismos se tomarmos o Livro de Mórmon, só como exemplo, claro, nada contra religião alguma.Mas falo por conhecimento de causa. Bom, um dos exemplos até grosseiros, diria, sobre anacronismo seria quanto ao nome "Isabel" que aparece n'O Livro de Mórmon em Alma 39:3. De acordo com o livro, Isabel viveu por volta de 74 AC (ou 74 AEC como se diz hoje). Na verdade, "Isabel" é um nome feminino de origem espanhola. Origina-se como a forma medieval espanhola de "Elisabeth" (em última análise, o hebraico Elisheva). Historicamente há a relação conflituosa entre ambas culturas espanhola e inglesa e não é de admirar a "presença" daquele nome na cultura inglesa, sobretudo pela também presença espanhola em território norte-americano quando das 13 colônias, afinal, os espanhóis chegaram àquele continente em 1492. Sabemos que os espanhóis descobriram algumas ilhas caribenhas e, quando estavam começando a explorar mais a América continental, portugueses já estavam no seu encalço. Em suma "Isabel', de origem espanhola, surgiu no século 12 DC, anos luz após a "Isabel no Livro de Mórmon", e suponho que este nome tenha "povoado" o senso comum do leste estadunidense até "cair' naquela passagem inventada por Joseph Smith e seus "sócios" (as chamadas testemunhas do citado livro). Desejo felicidades.
Ótimo mestre. Sugiro fazer video sobre a questão do imaginário do herói para se trabalhar com adolescentes. Super parabéns.
Preciso fazer um vídeo sobre o Joseph Campbell, com certeza. :)
Obrigada 🔅
Clio: Historia e Literatura Você tem algum vídeo falando sobre contemporaneidade/contemporâneo?
Professor você tem estudos também sobre interpolação?
Que legal isso! Bom para se dar conta que muitas vezes se usam as palavras no sentido errado! Isso também do sentido mudar conforme o tempo eu não tinha percebido! Nota 11
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O anacronismo é um conceito incompleto. Os homens são sim o tempo em que vivem, fruto das necessidades de suas épocas, diferentemente das ideias que transpassam tais realidades e sobrevivem no tempo. Diógenes, o Cínico, já criticava Aristóteles por este possuir escravos. Esparta conferia direitos iguais para homens e mulheres, diferentemente da democrática Atenas, onde as mulheres viviam sob total submissão. No que se refere a escravidão, o que mudou o estado das coisas - a escravidão foi vista ao longo dos tempos como um direito conferido ora pela religião ora pela ciência ao "superior/vencedor" - foi menos o aspecto ético evolvido, de amor ao próximo, do que, em menor escala, a evolução dos meios de produção na revolução industrial e, em maior escala, do reconhecimento do Direito do Homem como bem tutelado e protegido pelo Estado, e que teve seus pilares lançados no Iluminismo. Se deixamos de escravizar é porque hoje podemos pagar ainda que mal os empregados, e principalmente porque a lei coage/proíbe. As injustiças sempre precisaram das leis para deixarem de prevalecer, ainda que presentes nos corações de muitos em todas as épocas.
Oi
Olá