Depois que conheci o conteúdo do canal, passei a me interessar novamente pelos estudos espirita. Lamentável assistir ataques que espiritas fazem acerca da questão de gênero, usam argumentos absurdos como ideologia de gênero, apoiam torturadores e torturas e por ai vai Sigamos com nossos estudos de forma libertária 🎉🎉🎉 🎉🎉🎉
A princípio, a meu ver, Allan Kardec foi construindo o Espiritismo como uma filosofia da religião (latu senso) e uma ciência da religião, por isso fortaleceria as religiões, isto é, solidificaria seus fundamentos. Mais tarde, criou uma interpretação do Evangelho de Jesus. Querendo ou não, se posicionou no espectro religioso, embora de uma forma bem específica, e bem trazida no vídeo. Em seguida, o próprio "Céu e Inferno" acaba por definir a posição do Espiritismo sobre o que seria a Justiça Divina. Posição também bem específica. "A Gênese, os Milagres e as Predições" termina por definir o que seria a gênese da revelação do Espiritismo proposto por Kardec, bem como a gênese dos milagres. Inserindo-se novamente no espectro da religião. No fim, as 3 últimas obras de Kardec, se inserem no espectro religioso de uma forma bem específica. Aí, fica a questão: como um autor debate, profunda e detidamente, grande parte dos temas da religião e não se insere no espectro religioso? A resposta social foi criar um espiritismo laico e, por outro lado, um espiritismo integralmente religioso, haja vista a dificuldade das pessoas e instituições manterem o equilíbrio filosófico que o kardecismo lutou para manter enquanto Kardec nele trabalhava. A meu ver, o termo "espiritualidade" está inserido no caráter geral proposto por Kardec n'O Livro dos Espíritos como filosofia espiritualista. Se é um espiritualismo, é, por consequência, uma espiritualidade. Apesar da delicadeza do termo "natural", prefiro o termo "religião natural", pois lida com o fenômeno mediúnico de forma natural e empírica, da mesma forma que lida com as Leis Divinas, e as explica, de forma natural. De outra monta, a expressão "religião natural" desinstitucionaliza o caráter dogmático, hierárquico e fundamentalista da religião. Se é natural, é livre e para todos. Não seria o Kardecismo uma "religião natural", mas teria aspectos desta. Contudo, permanece o termo religião, o qual não pode ser apartado da História das Religiões. Na abrangência, no aspecto didático e sociológico, também a meu ver, você está certa, o termo "espiritualidade" tem condições de ser mais aceito e menos criticado, já que o problema real está na forma em que se deu a história das religiões. E essa História acabou por definir o que seja "a religião", não importa qual. Porém, de forma específica, o termo "espiritualidade" não atende à proposta do Kardecismo, tanto quanto não atendia, à sua especificidade, o termo "espiritualismo". Espiritualismo e espiritualidade são definições gerais. Mas é o que tem pra hoje. Aprecio sua tentativa sóbria, importantíssima e didática de colocar o kardecismo dentro de um conceito melhor apreciado pelo espírito deste tempo. Que isso fundamente muitos debates até chegarmos a um ponto em que o kardecismo seja mais respeitado. Bj grande, profa!
O próprio caráter de cristianismo do Espiritismo está exposto na questão 625 de O Livro dos Espíritos, que considera Jesus modelo e guia da humanidade. E o próprio Evangelho Segundo o Espiritismo ,com inúmeros ensinos de Jesus ,não deixa margens a dúvida.
A palavra espiritualidade, que pode ser mais adequada para definir o espiritismo, é mais nova do que Allan Kardec (1804-1869). Mesmo Carl Gustav Jung (1875-1961), fundador da Psicologia Analítica que estudou a relação do ser humano com a religião e o misticismo, viveu nessa transição e durante maior parte de sua vida só haviam os termos "religião" e "religiosidade". O termo espiritualidade começa a ser espalhado após o movimento new age entre as décadas de 1960 e 1970. A espiritualidade não é religião, pois é menos dogmática que esta e não está presa a uma igreja ou hierarquia. As religiões ocidentais se formaram a partir de concílios que construíram uma ferramenta de poder entre 325 d.C. e 1054 d.C. Eu diria que a filosofia de Platão tinha proposta similar: dialogava com naturalistas (pré-socráticos) e aplicava a racionalidade ética à espiritualidade, aos mitos e às experiências místicas.
Excelente abordagem, Dora
Dora sempre autêntica e polêmica, com grandes reflexões e esclarecimentos sobre o espírito livre e cristão.
Dora
O movimento espírita precisa muito de você. Parabéns pelos conteúdos riquíssimos que muito me trazem profundas reflexões. Bjo no seu coração.
Depois que conheci o conteúdo do canal, passei a me interessar novamente pelos estudos espirita. Lamentável assistir ataques que espiritas fazem acerca da questão de gênero, usam argumentos absurdos como ideologia de gênero, apoiam torturadores e torturas e por ai vai Sigamos com nossos estudos de forma libertária 🎉🎉🎉 🎉🎉🎉
Boa noite! ❤
Gratidão
Admiro seu trabalho , obrigada
Gratidão Dora, Maurício e ABPE!!! 🤩
Parabéns Dora!
Esse ponto convergência é justamente o que Kardec adotou como ponto.de.uniao da doutrina com o pensamento de Cristo.
A princípio, a meu ver, Allan Kardec foi construindo o Espiritismo como uma filosofia da religião (latu senso) e uma ciência da religião, por isso fortaleceria as religiões, isto é, solidificaria seus fundamentos.
Mais tarde, criou uma interpretação do Evangelho de Jesus. Querendo ou não, se posicionou no espectro religioso, embora de uma forma bem específica, e bem trazida no vídeo.
Em seguida, o próprio "Céu e Inferno" acaba por definir a posição do Espiritismo sobre o que seria a Justiça Divina. Posição também bem específica.
"A Gênese, os Milagres e as Predições" termina por definir o que seria a gênese da revelação do Espiritismo proposto por Kardec, bem como a gênese dos milagres. Inserindo-se novamente no espectro da religião.
No fim, as 3 últimas obras de Kardec, se inserem no espectro religioso de uma forma bem específica. Aí, fica a questão: como um autor debate, profunda e detidamente, grande parte dos temas da religião e não se insere no espectro religioso? A resposta social foi criar um espiritismo laico e, por outro lado, um espiritismo integralmente religioso, haja vista a dificuldade das pessoas e instituições manterem o equilíbrio filosófico que o kardecismo lutou para manter enquanto Kardec nele trabalhava.
A meu ver, o termo "espiritualidade" está inserido no caráter geral proposto por Kardec n'O Livro dos Espíritos como filosofia espiritualista. Se é um espiritualismo, é, por consequência, uma espiritualidade.
Apesar da delicadeza do termo "natural", prefiro o termo "religião natural", pois lida com o fenômeno mediúnico de forma natural e empírica, da mesma forma que lida com as Leis Divinas, e as explica, de forma natural. De outra monta, a expressão "religião natural" desinstitucionaliza o caráter dogmático, hierárquico e fundamentalista da religião. Se é natural, é livre e para todos.
Não seria o Kardecismo uma "religião natural", mas teria aspectos desta. Contudo, permanece o termo religião, o qual não pode ser apartado da História das Religiões.
Na abrangência, no aspecto didático e sociológico, também a meu ver, você está certa, o termo "espiritualidade" tem condições de ser mais aceito e menos criticado, já que o problema real está na forma em que se deu a história das religiões. E essa História acabou por definir o que seja "a religião", não importa qual.
Porém, de forma específica, o termo "espiritualidade" não atende à proposta do Kardecismo, tanto quanto não atendia, à sua especificidade, o termo "espiritualismo".
Espiritualismo e espiritualidade são definições gerais. Mas é o que tem pra hoje.
Aprecio sua tentativa sóbria, importantíssima e didática de colocar o kardecismo dentro de um conceito melhor apreciado pelo espírito deste tempo.
Que isso fundamente muitos debates até chegarmos a um ponto em que o kardecismo seja mais respeitado.
Bj grande, profa!
❤❤❤
O site do livro não abre?
O próprio caráter de cristianismo do Espiritismo está exposto na questão 625 de O Livro dos Espíritos, que considera Jesus modelo e guia da humanidade. E o próprio Evangelho Segundo o Espiritismo ,com inúmeros ensinos de Jesus ,não deixa margens a dúvida.
Parabéns! Penso que religião é uma compilação de procedimentos, um meio, não a finalidade.
O que vale aí é conceituar "religião"...
A palavra espiritualidade, que pode ser mais adequada para definir o espiritismo, é mais nova do que Allan Kardec (1804-1869). Mesmo Carl Gustav Jung (1875-1961), fundador da Psicologia Analítica que estudou a relação do ser humano com a religião e o misticismo, viveu nessa transição e durante maior parte de sua vida só haviam os termos "religião" e "religiosidade". O termo espiritualidade começa a ser espalhado após o movimento new age entre as décadas de 1960 e 1970. A espiritualidade não é religião, pois é menos dogmática que esta e não está presa a uma igreja ou hierarquia. As religiões ocidentais se formaram a partir de concílios que construíram uma ferramenta de poder entre 325 d.C. e 1054 d.C. Eu diria que a filosofia de Platão tinha proposta similar: dialogava com naturalistas (pré-socráticos) e aplicava a racionalidade ética à espiritualidade, aos mitos e às experiências místicas.
Não gostei, dessa abordagem esquerdista