Nosferatu, agora não é mais um ser que vemos completamente e nos assusta, é, sobretudo uma condição, a qual renegamos, temos asco, repugnamos, mas que habita as profundezas da própria mente humana, um abismo que vai crescendo, crescendo, e quando damos vazão, ele se apresenta completamente, em corpo inteiro, mas não com tempo suficiente para externa-lo com constância. A sua função é consumir toda a carne, toda a luz que nos anima, pois ele é a escuridão, e está dentro de cada um de nós. Ele suga com suas trevas, todo o fluido de vida que temos. Ele se alimenta de nosso medo, da nossa ignorância, desespero.
@@brunogoncalves1879 da hora! Eu quero ver de novo, pra solidificar minha impressão. Vale muito ver no cinema mesmo, penso que em casa não vai ser tão efetivo assim, talvez pela escuridão das imagens. Mas esse filme pede telona e sonzão
Render uma conversa ... foi exatamente assim que me senti assistindo sua análise. Como é bom ver um crítico que pontua questões sem a pretensão de achá-las definitivas. Dois pontos: o famigerado bigode, já vi críticos tecendo vários relógios ao filme, mas dizendo não ter gostado porque a aparência do personagem lembra mais Drácula do que Nosferatu. Acho que talvez Eggers quis exatamente isso, evocar ambos os personagens já que no final das contas, ambos são um só. Segundo, obrigada por sua análise dos subtextos, talvez, pelo fato de ser psicóloga, sempre acabo encontrando tramas sob a trama. E o papel feminino, sobretudo, no que diz respeito à sexualidade, grita à medida que é reprimido. A questão do abuso infantil é bem consistente, inclusive, há uma fala da Ellen em que ela diz exatamente isso. Um belo filme, muitas reflexões e uma boa conversa.
@@ceciliasilva361 que legal, Cecília! Fico feliz que tenha curtido a crítica. E adorei o jeito como vc abordou as questões também, ainda mais trazendo seu olhar como psicóloga. Sobre o bigode, acho que também foi porque o Eggers adora ser historicamente preciso, então sinto que ele seguiu a pesquisa que o próprio Bram Stoker deve ter feito pra compor o visual do conde. Por isso ficou mais Drácula que Orlok. Ótimo papo!
@@gustavogirotto exatamente, ele é obsecado pela precisão histórica. Vou rever o filme, são tantos detalhes que às vezes me perdia querendo absorver tudo de uma vez, os figurinos, por exemplo, são deslumbrantes. Se o filme fosse mudo, como o original, o jogo de luz (pouca) e sombra conseguiria contar a história. Mais uma questão (se deixar, eu não paro): somos uma geração acostumada com a claridade permanente, haja vista, as onipresentes telas nas nossas vidas, aquela escuridão característica do início do século XIX causa uma estranheza, um certo incômodo inicial. Enfim, são tantos pontos, eu ainda estou processando o que assisti.
Está mesmo. Que bom! Minha opinião conflituosa não significa que eu desejo o fracasso do filme. Tomara que tenhamos mais oportunidades como essa. Mas espero que sejam também engajantes emocionalmente, não só visualmente (na minha visão, claro).
Eu gostei demais desse filme! Tem uma aura diferente do Dracula de Bram Stoker. O vampiro aqui não é o amante atormentado e romântico do Coppola; mas sim um ser muito mais demoníaco e abjeto. A mocinha aqui é uma jovem que além de lutar contra a depressão e as convulsões (o que já não é nada fácil), também é atormentada por essa entidade maligna poderosíssima. Também fiquei apavorada com essa ideia de que a Ellen "conjurou" o conde, sem querer, numa especie de oração desesperada por se sentir só no mundo. É aterrorizante imaginar que seria fácil invocar um ser tão maligno e perseguidor?!! Enfim, o Dracula de Bram Stoker continua sendo o meu filme de "Dracula" favorito porque eu amo o estilo operistico, exagerado e romântico do filme do Coppola; mas se tratando de "Nosferatu" como um vampiro/personagem diferente do Dracula, o filme do Eggers é nota 10! E a última cena foi linda demais!!
Também achei o mesmo quanto ao tom, mas, no geral, gostei muito. Achei meio cansativo, mas o filme tem um senso estético tão forte, que acabei por sair da sessão a querer rever o filme logo a seguir.
Gustavo, mais uma vez é um grande prazer ouvi-lo e, claro, vê-lo: a beleza é sempre bem vinda! Além disso, a maneira elegante e delicada quando você discorda de algo e, finalmente, do seu apuro intelectual sobre o "objeto" em análise. Mais uma vez, parabéns e muito obrigado. P.S.: ainda não vi o filme atual mas conheço todos os outros e, também, o livro - sou fascinado por esse tema.
@@carlosnascimento5083 obrigado, Carlos! Eu também adoro o livro. Independente do que argumentei aqui, sempre direi que vale muito conferir o filme no cinema e tirar suas próprias conclusões. Quando você assistir, me diz o que achou! 👍
Tanta gente busca o óbvio e o mais fácil de digerir. Existem diversas histórias ocorrendo ao mesmo tempo dentro de uma única história. Numa geração que quer tudo no tempo de um vídeo to tik troço, fica fácil entender a desaprovação.
Bom, eu não sou dessa geração, sequer consumo tiktok e adoro filmes contemplativos (incluindo os anteriores do Eggers). Às vezes, a proposta e execução do diretor, nessa vez, não bateu comigo como pode ter batido pra você... simples assim. Mas legal que você parece ter curtido, o filme tem encontrado seu público e eu torço pra que seja bem-sucedido mesmo.
Eu adorei o filme, tem muito a cara do diretor, pois ele deu o tom o filme inteiro, quem vê já identifica que é do mesmo diretor de A Bruxa. Comparar com Drácula é estupidez. Essa opinião parece uma bula remédio e comparar com Mike Flanagan é estúpido e medíocre. Povo que acha que horror é terror é a mesma coisa e chato demais! Muita opinião vazia, até a Boscov ao criticar negativamente, soube fazer com elegância, como uma profissional 😑.
Finalmente, um canal que avalia com equilíbrio, sem exagerar nos elogios ou nas críticas. Gostei do filme: tem seus acertos, mas também pontos a melhorar. O excesso de jump scares me incomodou bastante. Em vez de me assustar, acabou me irritando, pois acho apelativo. Eggers é capaz de mais, e, considerando a grandeza do clássico, o filme merecia menos desse recurso. +1 inscrito
Para mim o filme é perfeito do começo ao fim sem exceção feito por paixão pelo diretor Robert Eggers... Apenas mostrando sobre o Filme magnífico Nosferatu de Robert Egger. Esta é uma obra-prima gótica de proporções vampíricas. Da abertura que induz ao choque, ao final de estilhaçar os nervos, este é um cinema de terror visceral, no seu melhor. A propensão de Egger e Willem Dafoe como Professor Albin Eberhardt von para detalhes intrincados das pesquisas de fotografia atmosféricas sombrias e soturnas de Jarin Blaschke; da produção do período design, os figurinos, até a fotografia arrepiante, são tratados com precisão gelada. Isso cria um cenário bonito, mas inquietante e ameaçadoramente sombrio estética. A atmosfera opressiva pura é igualada apenas por sua intensidade cortante. Ela aperta com a feroz indomabilidade do elenco, todo louvável, com Lily Rose Depp dando uma performance especialmente expressiva e perturbadoramente emocional. Mas, este é, sem sombra de dúvida, o filme de Bill Skarsgård. Sua visão do infame "Conde Orlok" é tão aterrorizante quanto de cortar o coração. Uma figura monstruosa em decomposição da morte encarnada. Soberbo! Outro trabalho brilhantemente executado de Robert Eggers
Também sai do cinema com esse desconforto na leitura possível sobre a culpa de Ellen, na verdade eu já tenho essa impressão do Eggers desde A Bruxa, lá de 2015. Mas no geral gostei muito da parte visual do filme. Estava ansioso para ver no cinema porque escrevi uma adaptação para quadrinhos do filme original e queria muito ver a reinterpretação que o diretor daria a certos pontos problemáticos da obra original, como certa xenofobia que já vem lá do livro do Bram Stoker.
Pois é, concordo com seus pontos! E realmente, tem esse lance da xenofobia. Existe a leitura de que Drácula é sobre ingleses temendo a chegada de imigrantes do leste, se mudando para suas vizinhanças. Interessante mesmo.
@gustavogirotto sim, tanto que o livro foi lançado em 1897, mesmo ano de A Guerra dos Mundos, do HG Wells, no qual os marcianos serviam de metáfora para a mesma questão
@@Infinitysoul-8 com certeza! Se você curtiu, fico feliz! O filme tem muitos méritos, e a minha argumentação aqui só defende o porquê eu não gostei tanto… mas não que outros não possam gostar. ;)
Além de chato e extremamente arrastado, Eggers não entendeu a simbologia do Nosferatu aparentemente. não curti nem um pouco o designer do vampiro. Só achei um filme com imagens bonitas e é isso. Uma apelação sexual fora tom e uns diálogos bem bregas como da Ellen tendo DR com marido falando quem fode melhor, o Conde ou o Marido e ela falando pro Nosferatu "Você é um vilão" ohhh really? isso me arrancou risadas pq ficou muito cafona. Única coisa que realmente curti, foi o encerramento, mantiveram os elementos do clássico e fizeram uma cena muito bela, foi único momento do filme que considerei um ponto alto.
@@joseveloso6896 pra mim não faz não. Faria sentido se fosse um filme do Drácula, mas é um filme do Nosferatu, Nosferatu não tem que se parecer com o Drácula, pq por mais que tenha se baseado, as mudanças no personagem foram tão significativas que virou outra coisa, outro cânone de vampiros. Nosferatu ter a cara de rato é elemento essencial do personagem. Isso é igual fazer filme do Batman e colocar um S no peito e uma capa vermelha no Batman e continuar dizendo que é o Batman.
@@ramonmachadosilva o nosferatu é o dracula. Também tem o lance da criatura que inspirou a criação do dracula ter esse aspecto, o diretor certamente quis fazer referência.
@@joseveloso6896 @joseveloso6896 não é amigo, simbologia própria, visual próprio, características totalmente próprias. Nosferatu é animalesco, tem cara de rato, é feioso, simboliza a peste, a praga, o mal presságio, a obsessão e a morte, é uma criatura decrépita e obsecada e morre quando sai a luz, já o Drácula não, é um ser sedutor, que representa a repressão sexual, pulsão sexual, encanta suas vítimas e transforma suas vítimas em vampiro ao morder e não morre se sair na luz e sua fisicalidade é baseada nos morcegos e não nos ratos. Enfim, são personagens distintos, Nosferatu surgiu baseado em Drácula, mas criou algo totalmente próprio, um personagem próprio e independente do Drácula. Inclusive na época que Nosferatu saiu, havia uma piada entre os cineastas que o Nosferatu matou o Drácula e ocupou seu castelo, dado que são personagens diferentes.
@@joseveloso6896 @joseveloso6896 não é amigo, simbologia própria, visual próprio, características totalmente próprias. Nosferatu é animalesco, tem cara de rato, é feioso, simboliza a peste, a praga, o mal presságio, a obsessão e a morte, é uma criatura decrépita e obsecada e morre quando sai a luz, já o Drácula não, é um ser sedutor, que representa a repressão sexual, pulsão sexual, encanta suas vítimas e transforma suas vítimas em vampiro ao morder e não morre se sair na luz e sua fisicalidade é baseada nos morcegos e não nos ratos. Enfim, são personagens distintos, Nosferatu surgiu baseado em Drácula, mas criou algo totalmente próprio, um personagem próprio e independente do Drácula.
O Nosferatu do Betinho Oveiros é excepcional, mas perde fôlego e verosimilhança no terceiro ato. O primeiro ato é um deslumbre e o segundo é bem bom. A cena do galo, que encerra o filme, já arrisco, vai virar uma referência na representação de vampiros. Talvez a perda de fôlego tenha a ver com a monotonia que você apontou mas, arrisco, a quebra de verosimilhança é o que mais afasta os “normies”. Por exemplo, a demora para cair a ficha no caso da mansão chegou a me irritar, mas o pior foi a jornada envolvendo a ida e a volta à mansão, que é incrivelmente mal planejada, executada e inexplicavelmente lenta. Uma coisa que não vi ninguém falar foi o budget: 50mi. Muito, muito barato, dada a construção impecável das locações, figurino, etc, etc, etc.
Então, é barato porque realmente a grana deve ter ido pros cenarios, figurinos e só. O Eggers parece que monta todo um universo, e daí só registra o quanto ele é bonito visualmente. Não existem grandes ações, grandes desafios de filmagem ou blocagem de cenas. Mas o final é realmente legal. Queria que tivesse mais daquilo ao longo do filme.
15:15 ... "ângulo específico"... é lamentável (e ficou facilmente previsível) que sempre haja espaço para comentários woke a partir de psicologismo barato e "de resistência"... Por "ângulo específico" pode-se falar da quantidade de homens mortos no navio (como alegoria de homens mortos, sem nome, em guerras civilizatórias para que possamos estar aqui, no RUclips, livremente, escrevendo sobre cinema de ficção), do cuidado que todos os homens têm com as mulheres no filme, do esforço que o personagem Thomas Hutter faz para celebrar o contrato a fim de conseguir dinheiro para uma boa vida a sua esposa e o esforço para ir ao encontro de Ellen para salvá-la... e de Ellen ser um "ser" que despertou o capiroto que matou meia cidade. Um "ângulo específico".
Nosferatu (em exibição nos cinemas) Temos aqui a refilmagem do clássico de 1922 (disponível no RUclips inclusive) que, além de um marco do expressionismo alemão é um plágio da história retratada no livro Drácula, escrito em 1897 por Bram Stoker (1847-1912) A viúva de Bram Stoker, Florence Stoker, venceu todas as disputas judiciais com a produtora do filme dirigido por F. W. Murnau (1888-1931) e, por muito pouco, a história do Conde Orlok teria caído no esquecimento, só não o sendo pelo fato de que, em 1937, Drácula caiu em domínio público nos EUA e aí versões do filme foram sendo resgatadas e restauradas até os dias de hoje. Mas e quanto a essa versão de 2024 dirigida por Robert Eggers? Bom, aqui temos uma mistura da versão de Murnau com o clipe da música "The Beutiful People" do Marilyn Manson e umas pitadinhas de only fans. Eggers sana as lacunas da história no filme de 1922 e coloca seu toque gótico, conferindo um tom gore, grotesco e violento que, por óbvio, não estavam presentes na produção alemã. O estranhamento vem da conotação sexual dada à partes da narrativa (Eggers teria conversas interessantes com Freud e Nelson Rodrigues imagino) - com direito a um nu frontal do ser das trevas - e ao visual do personagem-título que mirou em Vlad, o Empalador (a figura real que inspirou o Drácula copiado por Nosferatu), mas acertou no Seu Madruga do Chaves. No mais, a trama é a de sempre: ser maligno resolve enfeitar a testa de um advogado com um par de chifres e para realizar o seu intento empilha cadáveres em sua jornada em busca da mulher alheia. Nota 8.
Excelente análise, tive interpretações bem semelhantes. O filme me parece vazio em seu subtexto, talvez até de forma intencional, não sei. Nos momentos em que poderia se aprofundar, ele se esquiva. Veja, o motivo pelo qual o vampiro está atrás dela é repetido umas três vezes, sempre nos oferecendo uma explicação simples, direta e monótona, sem nenhuma adição relevante. Na terceira vez, quando ela vai explicar ao marido, eu esperava uma informação mais impactante e emocionalmente significativa. Sei lá, algo como ela sofrer abusos do pai, ou talvez algo ainda mais sombrio, visto do ponto de vista da psique humana. Mas não, a mesma explicação é repetida sem novidades, além de um contraste com os poderes místicos dela, o que acaba gerando uma sensação de monotonia, pois nunca temos algo novo ou algo a ser desvendado, apenas pontos interligados e só. Do ponto de vista estético, achei impecável, com exceção da crítica já mencionada sobre a aparência de Orlok, que exagera em certos aspectos. Porém, gostaria de ir além. Na minha opinião, dois detalhes ficaram aquém: a imponência e a presença sobrenatural de sua aparência. A abordagem se concentrou apenas em dois elementos: tamanho e decomposição. Isso me fez lembrar de um personagem qualquer de GoT; era muito simples, embora tenha sido a manifestação mais fiel ao livro. Penso em duas sutilezas que poderiam ter sido exploradas: as peles que ele usa, que poderiam ter uma cabeça de lobo com olhos brilhando em vermelho dependendo da cena; e a mais óbvia, as sobrancelhas. Não faz sentido ter bigode sem sobrancelha, que são marcas registradas do personagem, seja do Nosferatu ou do Drácula do livro. Isso conferiria muito mais imponência e ferocidade. Por mais que eu entenda o objetivo aqui, o fato de o personagem se apoiar apenas em podridão e tamanho limita ainda mais suas dimensões, devido à falta de elementos inovadores na sua manifestação. Por fim, a praga, embora tenha tido um tempo significativo de tela, me causou muito menos impacto do que em outros filmes. Acho que isso é um detalhe, embora periférico, essencial. Afinal, é isso que diferencia Nosferatu como entidade de Drácula. Drácula é um personagem que chupa o sangue de indivíduos, enquanto Nosferatu possui uma aura de morte, é mais que um vampiro, é uma mancha pestilenta. E, por alguma razão, talvez por causa da sensação de pesadelo perpétuo, esse elemento me impactou muito pouco. Ao final do filme, saí com um vazio sensorial e mental, como se tudo fosse apenas estético, com muito pouco em termos de reflexão e interpretação, ao contrário dos outros três filmes do vampiro e de todos que vi do diretor até agora. Sim, minha régua está lá em cima, e eu admito isso, mas também admito que é ótimo ver obras como essa reinterpretadas de forma tão caprichosa. Apesar das minhas críticas, quem dera houvesse mais remakes assim. Abraços, e novamente parabéns pela análise. Foi a melhor que vi até agora, pois você se debruçou em algo além de apenas destacar o quão fabuloso é o diretor ou a estética do filme.
@@Giancarloferraro que bacana ler seu comentário, Giancarlo! Concordo demais com seus pontos: a ausência do impacto e simbolismo da praga, o visual genérico do conde e as esquivas de temas mais pertinentes, afiados… mas que bom que vc conseguiu tirar do filme uma análise produtiva também. É o que sempre procuro fazer aqui no canal. Independente se gosto ou não, como posso discutir o filme procurando algo interessante a se dizer. Creio que eu e você fizemos isso, aqui! 😄👍
5:15 eu só lembro do jump scare na cena inicial mesmo, não lembro de outros, excesso disso tb me incomoda muito, é clichê e demonstra falta de conteúdo, de roteiro. Por isso n curto o Invocaverso
Sim, é um recurso fácil e meio barato, quando mal usado. No nosferatu rola muitas vezes, quando ele vai abrir o caixão, quando a Ellen grita com o conde, quando o conde devora as crianças, etc..
Não entendo o desgosto do povo pelos jumpscares, haha. Certo que virou recurso barato para diretor preguiçoso, mas quando bem feito eleva o filme. Nesse Nosferatu, teve 2 que realmente me botaram medo. O da primeira aparição do conde Orlok nos primeiros minutos do filme e na cena em que o Thomas abre o caixão do Conde e tenta mata-lo, mas o dito cujo acorda. Ali foi absolute cinema. 😅
@@rafael.almeida99 hahaha foram efetivos sim. Eu só achei menos criativos, do que s dele tivesse construído algo em cena mesmo, não só inserido na montagem. Mas é uma birra pessoal, talvez. 😅
Eu consigo elogiar muito mais o filme tecnicamente do que colocar em palavras os incomodos que eu senti. Adoro o Eggers e talvez so fui inimigo das minhas expectativas. Talvez por causa da quantidade de vezes que ja vimos a historia, não senti que o filme justificou a sua existência.
Assisti duas vezes em seguida, para comprender melhor a proposta do diretor para nova versão, como voce analisou a estetica fotografica deste filme, o roteiro tem furos na narrativa, devido cortes para edição final. Tem cenas de portegeist no personagem Ellen, nao gostei, faltou mais sensualidade. Gostei do ator que fez o personagem Thomas, melhor ate agora e falando finalmente do Conde Orlok achei um tanto bizarro, e peca altura exagerada do personagem. Nota dez na fotografia e figurino, nota 6 pelo roteiro. Por isso, este novo filme sobre vampiros não vai agradar muitas pessoas. Até, proxima resenha, Gustavo .
Eu tive a mesma sensação, acho que vou gostar mais do filme depois, até porque, a fotografia é linda. A caracterização do Nosferatu pra mim tá excelente. Mas diferente de você, achei que as atuações me impediram de conectar com qualquer personagem. Todo aquele monte de explicação pra ela estar ligada ao monstro parece escrito por um jovem amador, é forçado e desnecessário. Quando diz que ela seria Lilith no passado, chegou a me dar vergonha de tão adolescente. O mocinho apaixonado é tão chato, que torci para ter tido mudança no roteiro e ele ter morrer quando salta do castelo. O "Van Helsing" é extremamente estereotipado, parece feito por algum criador de conteúdo do Tiktok. Mas ao contrário de você, acho que a monotonia do filme é um acerto gigantesco, especialmente com o cuidado com a estética gótica, eu temia que alguma cena contrastante cortasse a deliciosa imersão naqueles quadros. Por fim, o monstro Nosferatu, sua onipresença, sua feiura e até atração, me pegou demais. Tanto que, no fim, senti que valeu a pena ter assistido. Hoje serianum 7, mas realmente quando entender e processar tudo ali, devo me encantar com o filme. Remakes traz sempre essa problemática da expectativa.
@@rangelluizdossantos6965 bem interessante seus pontos! Parece que gostamos e desgostamos de elementos invertidos… hehe. Mas isso é que é legal na arte, essa subjetividade mesmo a partir da mesma obra. Grande abraço!
@@Newton2704 talvez minha opinião não tenha batido com a sua. Tudo certo, sempre vai ter outro filme pra concordarmos ou discordarmos. Mas deixa aqui suas impressões sobre Nosferatu, tô achando bem legal ouvir o pessoal que gostou mais do que eu. ;)
@@vinibymyself eita! Meio tarde! Mas não fique com medo não. Eu não diria que o filme é chato, de forma alguma. Ele é só monotonal, uma nota só. Mas isso foi pra mim, de repente vc curte bem mais. Torço pra que sim! :)
bom mesmo ver ouvir vc falar sobre filmes - Drácula de Murnau para mim é insubstituível - um grande espetáculo - arranca dilacera e na época em que foi feito - é história acontecendo - aquela atualidade da matéria - o cinema é importante mesmo - retrata o tempo vivido - a sua crítica me deu vontade de ver o filme no cinema - esse tempo escorrendo quase por pouco parando , chato - os planos repetidos a exaustão - e isso me interessou - obrigado
Acabei de sair da sessão e gostei bastante. Sim, é um filme que em alguns momentos fica um pouco massante, mas até o de 1992 também o é e digo que até mais, pois recentemente baixei para assistir e parei antes do final, mas ainda pretendo terminá-lo. Haha Como foi falado na resenha, a parte no castelo do Conde realmente pareceu muito apressada. Acho que o de 92 explora mais e melhor essa parte, apesar do filme de Eggers ter sido realmente assustador nessa parte. Fica quase que impossível eu não associar e comparar Nosferatu (2025) com o Dracula de Bram Stoker (1992), pois essa foi a adaptação mais relevante de Dracula que já assisti. Noto que nesse atual, alguns personagens secundários realmente não são tão bem aproveitados como no de Coppola. Sinto que o professor interpretado por Anthony Hopkins foi muito melhor aproveitado para a história que o de Willem Dafoe, o que, definitivamente, não é culpa do ator, mas de como o diretor usou esse personagem. O mesmo se aplica ao personagem de Aaron Taylor-Johnson que, devo concordar, poderia ter entregado uma atuação um pouquinho mais caprichada em algumas cenas. Apesar de tudo, a figura central do filme, o conde Orlok, é em disparada excepcionalmente bem aproveitado nessa nova versão. Realmente ficou muito boa a caracterização e atuação. Realmente imponente e "demoníaco". Sobre os jumpscares, não me incomodaram nada. Apesar de que poderia ter tido menos. O primeiro e o de quando o Thomas tenta mata-lo pela primeira vez realmente são eficientes e assustadores. Não tinha catado esse subtexto supostamente conservador do Eggers, mas pra mim não faz tanto sentido ser isso. Imagine um diretor conservador usar uma obra como Nosferatu para espalhar tal visão, kkkk. Já já Robert Eggers no Brasil Paralelo. Se realmente for isso, pra mim não seria um demérito do filme não, pois realmente não me importo. No mais, eu gostei bastante do filme. Umas partes são mais assustadoras que outras, umas mais inspiradas que outras, uns personagens mais aproveitados que outros. Enfim. Na minha concepção, valeu os 26 reais gastos no ingresso. 😂😂😂
@@rafael.almeida99 legal, Rafael! Fico feliz que tenha curtido o filme! Concordo com vários dos seus pontos, principalmente sobre os personagens… embora eu acho que o Nosferatu original em si já tinha feito essa redução no número e destaque dos coadjuvantes, então acho isso até mais aceitável nesse novo. Mas bacana, foi ótima sua leitura do filme!
O filme de 1992 vem com a proposta estúpida do amor que nunca se esquece. Quando o tempo vai deixar muita coisa no passado, principalmente os relacionamentos. Se tem algo que a arte tem de idiota é essas premissas românticas de que nunca vai se esquecer a outra pessoa, quando o tempo se encarrega disso. Achei bem fraco o filme e nao vi motivos para o Thomas se importar com a Ellen que no fez nada para justificar que ele se preocupe com ela.
Esse filme não é para ser pulsante! É pra ser desconfortável e incômodo. Entenda a proposta do filme e seu original. Se o diretor tomasse liberdades criativas ia reclamar.
Da pra ser desconfortável sendo pulsante também. Da pra continuar sendo esteticamente primoroso variando um pouco mais o tom e os enquadramentos. Se o Eggers tomasse liberdades, eu acharia interessante. Mas é claro que é só minha opinião. Se você curtiu, tá tudo certo! 👍
@@diegobsantana Pois é, apesar de a fotografia ser esteticamente bonita, ela também é meio sem vida. O que é curioso de se reclamar, num filme de um morto-vivo... haha. Mas os outros filmes do Drácula tão aí pra provar que dá pra se ter cor e vivacidade mesmo numa história sombria.
Quem achou monótono ou chato tá totalmente errado, gosto se discute sim e tudo que é remake moderno supera os clássicos atemporais praticamente sempre exceção, sou cinéfilo a mais de 20 anos especialista mesmo não famoso conheço infinitamente Mais que muitos famosos aqui do RUclips absolutamente, Apenas mostrando sobre o Filme magnífico Nosferatu de Robert Egger. Esta é uma obra-prima gótica de proporções vampíricas. Da abertura que induz ao choque, ao final de estilhaçar os nervos, este é um cinema de terror visceral, no seu melhor. A propensão de Egger e Willem Dafoe como Professor Albin Eberhardt von para detalhes intrincados das pesquisas de fotografia atmosféricas sombrias e soturnas de Jarin Blaschke; da produção do período design, os figurinos, até a fotografia arrepiante, são tratados com precisão gelada. Isso cria um cenário bonito, mas inquietante e ameaçadoramente sombrio estética. A atmosfera opressiva pura é igualada apenas por sua intensidade cortante. Ela aperta com a feroz indomabilidade do elenco, todo louvável, com Lily Rose Depp dando uma performance especialmente expressiva e perturbadoramente emocional. Mas, este é, sem sombra de dúvida, o filme de Bill Skarsgård. Sua visão do infame "Conde Orlok" é tão aterrorizante quanto de cortar o coração. Uma figura monstruosa em decomposição da morte encarnada. Soberbo! Outro trabalho brilhantemente executado de Robert Eggers
@brunogoncalves1879 - Sorry, mas a sua opinião de entendido,cinefilo a mais de 20 anos é melhor e deve validar de quem não gostou? A minha não mudou apesar do seu textão.😏
Mano quem liga essa opinião no mundo ela nunca vai mudar mano o cara só tá falando que ele acha tipo ele não tá falando contigo. Se eu te falar que todos os filmes de terror de invocação do mal e os outros que seguiram essa pegada são tudo ruim e eles são mesmo de fato, e o exorcista O primeiro é maravilhoso um filme belíssimo filme artístico CUT. Provavelmente você vai discordar ou não mas isso não vai mudar a minha opinião ninguém vai mudar a sua entendeu, se você não gostou ainda porque você foi ver o filme todo mundo que já viu a bruxa sabia o que ia ver@@ANGELAGSTEINER
Eu gostei, mas menos do que esperava. Acho que faltou explicar melhor o tal pacto entre ele e Ellen, faltou um desenvolvimento, e Thomas acabou sendo escanteado na história no geral
@@gv20241 é, seria legal ter um pouco mais de contexto mesmo. O Thomas realmente é jogado pra fora da história né… mas isso acontece em muitas das versões. Esse personagem é meio que um falso protagonista 😅
Caramba! Quando começou a crítica falando que a "narrativa é monótona" e a história não acrescenta nada novo ao clássico do Expressionismo Alemão" já desconsiderei sua crítica, sabendo que viria pouca habilidade crítica e entendimento. Desculpe, mas necessita ler ou reler o clássico "Dracula", reassistir "Nosferatu" da década de 20 e depois rever o novo "Nosferatu". A narrativa é tensa do início ao fim, a fotografia é brilhante, e a autoria e particularidade desse filme está em recuperar a noção original da história sobre a pulsão sexual e desejo, base da história do vampiro. A mocinha também não é inocente, mas sim parte de desejo e pulsão. Enfim... e "jump scare" nesse Nosferatu? Sério que você viu um filme cheio de Jump scare? Enfim, enfim... 🤦🏻♂️ Foi uma das críticas cinematográficas mais fraquinhas que vi ultimamente. A sua.
Então, eu reli Drácula ano passado (na edição maravilhosa da Darkside, por sinal) e reassisti ambos os Nosferatus anteriores também. Vou reiterar alguns dos meu pontos, começando pelo lance da crítica "fraquinha". Porque ela seria fraca? Só porque discordamos? O que acontece é que tivemos uma visão diferente sobre uma mesma obra, e a questão é simplesmente em como argumentamos pra defender nossas visões. No meu caso, usando o exemplo da fotografia, dei inúmeros exemplos dos planos centralizados, identifiquei dois possíveis raciocínios por trás desses planos (o controle do vampiro e a homenagem aos filmes mudos) e daí só então, prolongo o argumento pra defender porque, para mim, eles acabaram se tornando meio desinteressantes ao longo do filme. Não estavam desinteressantes a princípio, mas se tornaram à medida em que percebi que o Eggers não iria desenvolver muito além daquilo, visualmente. Sobre a pulsão sexual, outro exemplo. Existe sim esse teor (e eu aponto isso no vídeo), mas ela me parece representada apenas unilateralmente (da Ellen pro Conde, já que o conde é completamente abjeto aqui). De novo, isso não é um problema, o que me incomodou é que o diretor escolhe um retrato do vampiro que fez dele menos um personagem interessante e mais uma força oculta de intimidação, baseada apenas em elementos de apresentação (o visual, a voz, a sugestão mais do que a concretização). E mais uma vez, isso pode não ser um problema pra você. Tá tudo certo... mas foi pra mim, por N motivos. Enfim, não creio que isso seja uma crítica fraca, ela apenas difere do que você sentiu ao assistir. Cada um vai levar pro filme suas próprias vivências, construção de gosto, expectativas e preferências. O que define a crítica ser boa ou ruim é o quão bem argumentada foi a defesa dessa ideia pessoal e subjetiva. Eu acredito que fiz isso, e inclusive o pessoal tem pegado no meu pé aqui nesse vídeo... mas eu teci vários elogios ao filme. Vários mesmo. Mas esses elogios não são lembrados, porque parte da cinefilia de internet prefere encarar o texto crítico de um jeito 8 ou 80, bom ou ruim, aprovado ou reprovado. Mas essa não é minha proposta, e sinceramente não foi o que fiz aqui, falando de Nosferatu. De qualquer forma, obrigado pela oportunidade de trocar essa ideia! ;)
@@gustavogirottoEntendo, Miotto! Obvio que a crítica à arte não deve ser considerada 8 ou 80. Não se trata disso. Mas é que você teceu comentários negativos sobre coisas que são o ponto forte do filme, como a fotografia, a construção da narrativa e o foco diferente do romantismo do Conde Drácula. Há várias homenagens e diálogos com a estética do Expressionismo Alemão do Nosferatu original. Mas, como você ressaltou, a crítica é pessoal. Apesar de que gosto que firme a análise da arte sobre conceitos e características e objetos tangíveis para haver um gabarito além da subjetividade. Mas a arte sempre será subjetiva e pessoal e, simplesmente, acho, que filme não te tocou. Abraços, meu caro! E desconsidere se lhe pareci rude no primeiro comentário. Vida longa ao Cinema e à Arte!
@@Eu-bm3dx Entendi o seu ponto. Eu achei justamente interessante que eu tenha conseguido elogiar algo como a fotografia e mesmo assim entender porque ela não funcionou tanto pra mim. Eu considero isso uma mistura bacana de objetividade com subjetividade. Mas obrigado pelo papo, eu entendi na hora que você não estava sendo rude (não é o caso de todos aqui). E sempre gosto de responder comentários que abrem espaço pra essa troca produtiva, amigável. Grande abraço! ;)
Gustavo você é um carvalheiro e tem muita muuuuiiiiiita paciência. Alguém rude é uma pessoa que age de forma grosseira, sem educação ou consideração pelos sentimentos dos outros. Geralmente, ser rude pode envolver palavras duras, tom agressivo ou falta de respeito em situações sociais.
@@ANGELAGSTEINERE você é enxerida e descortês. Se mete em conversas alheias que não te diz respeito e ainda tomando dores e partidos. O papo entre nós foi polido e respeitoso.
@gustavogirotto rsrs falando sério... Exatamente o que você disse, lindo demais Visualmente, centralizado no enquadramento, mas pobre de roteiro ou arrastado demais!!! 👍🏻
Chato é pouco, Nosferatu não deveria existir desde de sua primeira versão não autorizada. Eu, que amo o livro Drácula, achei ainda mais bizarro esse vampiro zumbi, que é só um monstro. Tudo é ridículo nesse filme.
Eu não apagaria o primeiro da existência não... ele basicamente sedimentou o cinema de terror, influenciando todo um século de produções. Mas o novo realmente não me marcou quanto eu esperava. Essa coisa do monstro é bem complicada, né. Eu sempre achei Drácula fascinante porque o personagem titula é, além de sinistro e maligno e tudo mais, um PERSONAGEM... e não um chefão de videogame, um vilão unidimensional que assusta só pelo visual. Os diálogos de Drácula com Jonathan são complexos e interessantes, e nesse Nosferatu do Eggers ele me lembrou muito simplesmente uma criatura de Resident Evil, ou algo assim. Existe apelo, mas não existe tanto personagem ali.
@@martinez_1909 hahaha eu confesso que gosto do Homem do Norte, mas prefiro os primeiros dois filmes do Eggers. Sei lá, não acho que ele tenha se encontrado ainda nos filmes mais abrangentes.
Discordo infinitamente, pois o homem do Norte é divertido infinitamente também não existe monotonia essa palavra nem existe é uma gíria horrível que não deveria existir no dicionário das gírias brasileiras, eu amei todos os filmes do diretor Robert Eggers, Nosferatu em primeiro lugar, o Homem do Norte em segundo
Monotonia não existe de verdade e esse filme de 2022 Homem do Norte é o maior obra prima Melhor filme épico viking de todos os tempos, indiscutivelmente... E agora Nosferatu é o melhor filme de terror de todos os tempos horror gótico nas últimas décadas Nesse novo milênio no último século
Mesmo com alguns poucos momentos de “jump scare”, Nosferatu não me causou medo mas provocou nojo em algumas cenas. E trouxe memórias de O Exorcista. Às vezes tive que me conter para não rir do bizarro quando deveria ter me assustado. Ao final, fiquei convencida de que o filme não era um filme de terror mas sim de um filme de amor entre a Bela e a Fera. E os dois se mereciam. É o primeiro Drácula asqueroso que vejo sem nenhum sex appeal. Faltou sensualidade, peculiar aos filmes de Drácula.
Chato ….. muito chato. Não vi a hora de terminar a sessão . Prefiro o Drácula do Coppola. Atuações monótonas, sem variação de nada. Ele só mudou nomes,lugares e um Tédio total. Por isso a bilheteria pífia. Você tem total razão a palavra chave é MONÓTONO.
@@ANGELAGSTEINER Oi, Angela! Feliz 2025 😆. Pois é, um único tom mesmo, né. Deu vontade de rever o do Coppola pela milésima vez só pra ver cores, vida e sangue vermelho de verdade… hehe
Meu caríssimo amigo te desejo um Feliz Ano de 2025 para você e sua família, saúde e muitas realizações. Estou de volta em casa e espero estar mais presente no seu canal. Nasceu o meu primeiro sobrinho e fiquei junto da minha família por um bom tempo ajudando e curtindo. Em tempo: odiei esse filme e não aguentei ficar até o final de Wicked. Que ano ruim para filmes. 😞
@@dilsonalmeida3751 tá alta mesmo, aqui no Brasil acho que vai aumentar também. O filme tá num hype enorme, né. E ele foi barato até, não tá tendo dificuldade de se pagar não.
Chato é tua opinião imbecil, sem embasamento cultural folclórico nenhum, nem deveria assistir, é o melhor filme de todos os tempos, de horror gótico, e ponto final... Vc é hilária com uma insignificância horrível, deixa apenas para os fãs verdadeiros criticarem demais elogiando perfeitamente
Uma bosta....chato, monótono, pretensioso, sem criatividade, pedante, óbvio, esvaziado de sentido de existência...ele lembra tbm Mike Flanang q tbm é extremamente insuportável, pedante, monótono e tedioso...mas q tem coisas boas como apenas "A Missa da Meia Noite', em partes claro.
Eu já adoro o Flanagan, mesmo que a Queda da Casa de Usher não seja lá essas coisas. Mas Missa da Meia-Noite é um excelente exemplo de como trabalhar esse lado mais metafísico numa trama vampiresca divertida estilo Stephen King. O Nosferatu do Eggers poderia se beneficiar de um leque maior de referências, talvez. É tudo muito serião e auto-importante.
@@gustavogirotto É superestimado tbm embora eu goste da Missa da Meia Noite. Adoro a parte do cara queimando no barco em sacrifício beirando o cristianismo. Mas a obra é extremamente satanista. Mas eu gostei pq sei filtrar e identificar elementos q n me contaminem com a visão macabra do diretor. E qdo o diretor aponta em um dos seus personagens sua visão anticristã aponta contra si quatro dedos de total garantia de nada. É a própria mão do anticristo. É uma obra q valeria mais a pena se fosse p lado teológico do q p lado sociciologico, historiador anticristão e comunista. Sabendo filtrar vale a pena. O resto dele é descartável sim.
É compreensível e vai sair uma versão do diretor desse filme que vai ter mais duração e eu acho que vai cumprimentar mais a ideia do diretor porque eu acho que foi meio para vender o filme também né
@gustavogirotto ela vai ter mais duração e provavelmente vai sair acho que acho que nesse ano ainda vai sair ela diretor falar que vai comprimentar mais a ideia que ele quis passar que provavelmente as primeiras edições que foram reproduzidas eram bem mais longas do que essa que saiu para os cinemas E aí vai sair na versão do diretor primeiro filme da carreira também dele né que é versão estendida
![BLACK BAG - Official Trailer [HD] - Only in Theaters March 14](http://i.ytimg.com/vi/Du0Xp8WX_7I/mqdefault.jpg)
Pessoal, mesmo que eu não tenho gostando tanto quanto imaginava, quero ouvir de vocês! O que acharam de Nosferatu? Comentem aqui! :)
Gostei muito...
@ legal! 😄👍
Nosferatu, agora não é mais um ser que vemos
completamente e nos assusta, é, sobretudo uma
condição, a qual renegamos, temos asco,
repugnamos, mas que habita as profundezas da
própria mente humana, um abismo que vai
crescendo, crescendo, e quando damos vazão, ele
se apresenta completamente, em corpo inteiro, mas
não com tempo suficiente para externa-lo com
constância. A sua função é consumir toda a carne,
toda a luz que nos anima, pois ele é a escuridão, e
está dentro de cada um de nós. Ele suga com suas
trevas, todo o fluido de vida que temos. Ele se
alimenta de nosso medo, da nossa ignorância,
desespero.
Assistir três vezes, e assistiria
mais três tranquilamente
Que inveja de você haha Assisti na estréia em Imax, e quase vi de novo nesse domingo, mas meus amigos remarcaram pro próximo fds. FILMÃO!!! 🖤🖤🖤🖤
@@brunogoncalves1879 da hora! Eu quero ver de novo, pra solidificar minha impressão. Vale muito ver no cinema mesmo, penso que em casa não vai ser tão efetivo assim, talvez pela escuridão das imagens. Mas esse filme pede telona e sonzão
Render uma conversa ... foi exatamente assim que me senti assistindo sua análise. Como é bom ver um crítico que pontua questões sem a pretensão de achá-las definitivas.
Dois pontos: o famigerado bigode, já vi críticos tecendo vários relógios ao filme, mas dizendo não ter gostado porque a aparência do personagem lembra mais Drácula do que Nosferatu. Acho que talvez Eggers quis exatamente isso, evocar ambos os personagens já que no final das contas, ambos são um só.
Segundo, obrigada por sua análise dos subtextos, talvez, pelo fato de ser psicóloga, sempre acabo encontrando tramas sob a trama. E o papel feminino, sobretudo, no que diz respeito à sexualidade, grita à medida que é reprimido. A questão do abuso infantil é bem consistente, inclusive, há uma fala da Ellen em que ela diz exatamente isso.
Um belo filme, muitas reflexões e uma boa conversa.
@@ceciliasilva361 que legal, Cecília! Fico feliz que tenha curtido a crítica. E adorei o jeito como vc abordou as questões também, ainda mais trazendo seu olhar como psicóloga.
Sobre o bigode, acho que também foi porque o Eggers adora ser historicamente preciso, então sinto que ele seguiu a pesquisa que o próprio Bram Stoker deve ter feito pra compor o visual do conde. Por isso ficou mais Drácula que Orlok. Ótimo papo!
@@gustavogirotto exatamente, ele é obsecado pela precisão histórica. Vou rever o filme, são tantos detalhes que às vezes me perdia querendo absorver tudo de uma vez, os figurinos, por exemplo, são deslumbrantes. Se o filme fosse mudo, como o original, o jogo de luz (pouca) e sombra conseguiria contar a história. Mais uma questão (se deixar, eu não paro): somos uma geração acostumada com a claridade permanente, haja vista, as onipresentes telas nas nossas vidas, aquela escuridão característica do início do século XIX causa uma estranheza, um certo incômodo inicial.
Enfim, são tantos pontos, eu ainda estou processando o que assisti.
Um filme perfeito pro Eggers fazer seria O fantasma da ópera hein. Tenho certeza que seria uma versão grotesca como a do Lon Chaney
@@gv20241 eu adoraria ver uma nova versão do fantasma da opera! Amo o musical, mas seria legal ver algo mais puxado pro terror mesmo.
O filme está sendo um grande sucesso, ainda mais para o gênero.
Está mesmo. Que bom! Minha opinião conflituosa não significa que eu desejo o fracasso do filme. Tomara que tenhamos mais oportunidades como essa. Mas espero que sejam também engajantes emocionalmente, não só visualmente (na minha visão, claro).
Esse está sendo o filme mais comentado de todo 2024, até agora!!
Então significa q Eggers acertou o alvo! Parabéns!
👏👏👏👏👏👏
@@yellowemperorhuangdi3747 realmente, o filme tá bem no hype mesmo. Acho bom também! ;)
Eu gostei demais desse filme! Tem uma aura diferente do Dracula de Bram Stoker. O vampiro aqui não é o amante atormentado e romântico do Coppola; mas sim um ser muito mais demoníaco e abjeto. A mocinha aqui é uma jovem que além de lutar contra a depressão e as convulsões (o que já não é nada fácil), também é atormentada por essa entidade maligna poderosíssima.
Também fiquei apavorada com essa ideia de que a Ellen "conjurou" o conde, sem querer, numa especie de oração desesperada por se sentir só no mundo. É aterrorizante imaginar que seria fácil invocar um ser tão maligno e perseguidor?!!
Enfim, o Dracula de Bram Stoker continua sendo o meu filme de "Dracula" favorito porque eu amo o estilo operistico, exagerado e romântico do filme do Coppola; mas se tratando de "Nosferatu" como um vampiro/personagem diferente do Dracula, o filme do Eggers é nota 10! E a última cena foi linda demais!!
@@ludmilasilva4861 legal que vc curtiu, Ludmila! E gostei da sua interpretação da Ellen conjurando o conde. Bem interessante!
Amanhã eu vou assistir pela segunda vez. Eu simplesmente amei. Um dos melhores filmes de horror que ja assisti. O Eggers é o cara!
Mais uma vez Gustavo nos presenteando com sua excelente análise crítica! Parabéns pelo vídeo.
@@cafecomnerdoficial valeu, Allan! Fico feliz que tenha curtido, e valeu pelo apoio! 👊
Também achei o mesmo quanto ao tom, mas, no geral, gostei muito. Achei meio cansativo, mas o filme tem um senso estético tão forte, que acabei por sair da sessão a querer rever o filme logo a seguir.
Bacana, Diogo! Também quero reassistir.
Gustavo, mais uma vez é um grande prazer ouvi-lo e, claro, vê-lo: a beleza é sempre bem vinda! Além disso, a maneira elegante e delicada quando você discorda de algo e, finalmente, do seu apuro intelectual sobre o "objeto" em análise. Mais uma vez, parabéns e muito obrigado. P.S.: ainda não vi o filme atual mas conheço todos os outros e, também, o livro - sou fascinado por esse tema.
@@carlosnascimento5083 obrigado, Carlos! Eu também adoro o livro. Independente do que argumentei aqui, sempre direi que vale muito conferir o filme no cinema e tirar suas próprias conclusões. Quando você assistir, me diz o que achou! 👍
Tanta gente busca o óbvio e o mais fácil de digerir. Existem diversas histórias ocorrendo ao mesmo tempo dentro de uma única história. Numa geração que quer tudo no tempo de um vídeo to tik troço, fica fácil entender a desaprovação.
Bom, eu não sou dessa geração, sequer consumo tiktok e adoro filmes contemplativos (incluindo os anteriores do Eggers). Às vezes, a proposta e execução do diretor, nessa vez, não bateu comigo como pode ter batido pra você... simples assim. Mas legal que você parece ter curtido, o filme tem encontrado seu público e eu torço pra que seja bem-sucedido mesmo.
Eu adorei o filme, tem muito a cara do diretor, pois ele deu o tom o filme inteiro, quem vê já identifica que é do mesmo diretor de A Bruxa. Comparar com Drácula é estupidez. Essa opinião parece uma bula remédio e comparar com Mike Flanagan é estúpido e medíocre. Povo que acha que horror é terror é a mesma coisa e chato demais! Muita opinião vazia, até a Boscov ao criticar negativamente, soube fazer com elegância, como uma profissional 😑.
Nunca entendi o que há de tão bom nesse Mike Flanagan. Assisti Missa da Meia Noite e achei razoável.
Finalmente, um canal que avalia com equilíbrio, sem exagerar nos elogios ou nas críticas. Gostei do filme: tem seus acertos, mas também pontos a melhorar. O excesso de jump scares me incomodou bastante. Em vez de me assustar, acabou me irritando, pois acho apelativo. Eggers é capaz de mais, e, considerando a grandeza do clássico, o filme merecia menos desse recurso. +1 inscrito
@@cristianpinheiro8433 concordo demais com você, Cristian! Eu achei que o Eggers seria mais inventivo mesmo, na questão do susto e do medo. Um abraço!
Para mim o filme é perfeito do começo ao fim sem exceção feito por paixão pelo diretor Robert Eggers... Apenas mostrando sobre o Filme magnífico Nosferatu de Robert Egger.
Esta é uma obra-prima gótica de proporções vampíricas.
Da abertura que induz ao choque, ao final de estilhaçar os nervos, este é um cinema de terror visceral, no seu melhor.
A propensão de Egger e Willem Dafoe como Professor Albin Eberhardt von para detalhes intrincados das pesquisas de fotografia atmosféricas sombrias e soturnas de Jarin Blaschke; da produção do período design, os figurinos, até a fotografia arrepiante, são tratados com precisão gelada. Isso cria um cenário bonito, mas inquietante e ameaçadoramente sombrio estética.
A atmosfera opressiva pura é igualada apenas por sua intensidade cortante. Ela aperta com
a feroz indomabilidade do elenco, todo louvável, com Lily Rose Depp dando uma performance especialmente expressiva e perturbadoramente emocional.
Mas, este é, sem sombra de dúvida, o filme de Bill Skarsgård.
Sua visão do infame "Conde Orlok" é tão aterrorizante quanto de cortar o coração. Uma figura monstruosa em decomposição da morte encarnada. Soberbo!
Outro trabalho brilhantemente executado de Robert Eggers
14:30 o que vc acha do final do Nosferatu do Herzog, com o Jonathan virando vampiro?
Eu adoro! Torna o filme bem mais pessimista. Curto demais a vibe dele.
Também sai do cinema com esse desconforto na leitura possível sobre a culpa de Ellen, na verdade eu já tenho essa impressão do Eggers desde A Bruxa, lá de 2015. Mas no geral gostei muito da parte visual do filme. Estava ansioso para ver no cinema porque escrevi uma adaptação para quadrinhos do filme original e queria muito ver a reinterpretação que o diretor daria a certos pontos problemáticos da obra original, como certa xenofobia que já vem lá do livro do Bram Stoker.
Pois é, concordo com seus pontos! E realmente, tem esse lance da xenofobia. Existe a leitura de que Drácula é sobre ingleses temendo a chegada de imigrantes do leste, se mudando para suas vizinhanças. Interessante mesmo.
@gustavogirotto sim, tanto que o livro foi lançado em 1897, mesmo ano de A Guerra dos Mundos, do HG Wells, no qual os marcianos serviam de metáfora para a mesma questão
É um dracula mais realista ... achei muito bom cada um tem seu ponto de vista
@@Infinitysoul-8 com certeza! Se você curtiu, fico feliz! O filme tem muitos méritos, e a minha argumentação aqui só defende o porquê eu não gostei tanto… mas não que outros não possam gostar. ;)
Além de chato e extremamente arrastado, Eggers não entendeu a simbologia do Nosferatu aparentemente. não curti nem um pouco o designer do vampiro. Só achei um filme com imagens bonitas e é isso. Uma apelação sexual fora tom e uns diálogos bem bregas como da Ellen tendo DR com marido falando quem fode melhor, o Conde ou o Marido e ela falando pro Nosferatu "Você é um vilão" ohhh really? isso me arrancou risadas pq ficou muito cafona. Única coisa que realmente curti, foi o encerramento, mantiveram os elementos do clássico e fizeram uma cena muito bela, foi único momento do filme que considerei um ponto alto.
A aparência do vampiro faz todo sentido devido a época. O eggers já é referência.
@@joseveloso6896 pra mim não faz não. Faria sentido se fosse um filme do Drácula, mas é um filme do Nosferatu, Nosferatu não tem que se parecer com o Drácula, pq por mais que tenha se baseado, as mudanças no personagem foram tão significativas que virou outra coisa, outro cânone de vampiros. Nosferatu ter a cara de rato é elemento essencial do personagem. Isso é igual fazer filme do Batman e colocar um S no peito e uma capa vermelha no Batman e continuar dizendo que é o Batman.
@@ramonmachadosilva o nosferatu é o dracula. Também tem o lance da criatura que inspirou a criação do dracula ter esse aspecto, o diretor certamente quis fazer referência.
@@joseveloso6896 @joseveloso6896 não é amigo, simbologia própria, visual próprio, características totalmente próprias. Nosferatu é animalesco, tem cara de rato, é feioso, simboliza a peste, a praga, o mal presságio, a obsessão e a morte, é uma criatura decrépita e obsecada e morre quando sai a luz, já o Drácula não, é um ser sedutor, que representa a repressão sexual, pulsão sexual, encanta suas vítimas e transforma suas vítimas em vampiro ao morder e não morre se sair na luz e sua fisicalidade é baseada nos morcegos e não nos ratos. Enfim, são personagens distintos, Nosferatu surgiu baseado em Drácula, mas criou algo totalmente próprio, um personagem próprio e independente do Drácula. Inclusive na época que Nosferatu saiu, havia uma piada entre os cineastas que o Nosferatu matou o Drácula e ocupou seu castelo, dado que são personagens diferentes.
@@joseveloso6896 @joseveloso6896 não é amigo, simbologia própria, visual próprio, características totalmente próprias. Nosferatu é animalesco, tem cara de rato, é feioso, simboliza a peste, a praga, o mal presságio, a obsessão e a morte, é uma criatura decrépita e obsecada e morre quando sai a luz, já o Drácula não, é um ser sedutor, que representa a repressão sexual, pulsão sexual, encanta suas vítimas e transforma suas vítimas em vampiro ao morder e não morre se sair na luz e sua fisicalidade é baseada nos morcegos e não nos ratos. Enfim, são personagens distintos, Nosferatu surgiu baseado em Drácula, mas criou algo totalmente próprio, um personagem próprio e independente do Drácula.
O Nosferatu do Betinho Oveiros é excepcional, mas perde fôlego e verosimilhança no terceiro ato. O primeiro ato é um deslumbre e o segundo é bem bom. A cena do galo, que encerra o filme, já arrisco, vai virar uma referência na representação de vampiros.
Talvez a perda de fôlego tenha a ver com a monotonia que você apontou mas, arrisco, a quebra de verosimilhança é o que mais afasta os “normies”. Por exemplo, a demora para cair a ficha no caso da mansão chegou a me irritar, mas o pior foi a jornada envolvendo a ida e a volta à mansão, que é incrivelmente mal planejada, executada e inexplicavelmente lenta.
Uma coisa que não vi ninguém falar foi o budget: 50mi. Muito, muito barato, dada a construção impecável das locações, figurino, etc, etc, etc.
Então, é barato porque realmente a grana deve ter ido pros cenarios, figurinos e só. O Eggers parece que monta todo um universo, e daí só registra o quanto ele é bonito visualmente. Não existem grandes ações, grandes desafios de filmagem ou blocagem de cenas. Mas o final é realmente legal. Queria que tivesse mais daquilo ao longo do filme.
15:15 ... "ângulo específico"... é lamentável (e ficou facilmente previsível) que sempre haja espaço para comentários woke a partir de psicologismo barato e "de resistência"... Por "ângulo específico" pode-se falar da quantidade de homens mortos no navio (como alegoria de homens mortos, sem nome, em guerras civilizatórias para que possamos estar aqui, no RUclips, livremente, escrevendo sobre cinema de ficção), do cuidado que todos os homens têm com as mulheres no filme, do esforço que o personagem Thomas Hutter faz para celebrar o contrato a fim de conseguir dinheiro para uma boa vida a sua esposa e o esforço para ir ao encontro de Ellen para salvá-la... e de Ellen ser um "ser" que despertou o capiroto que matou meia cidade. Um "ângulo específico".
Nosferatu (em exibição nos cinemas)
Temos aqui a refilmagem do clássico de 1922 (disponível no RUclips inclusive) que, além de um marco do expressionismo alemão é um plágio da história retratada no livro Drácula, escrito em 1897 por Bram Stoker (1847-1912)
A viúva de Bram Stoker, Florence Stoker, venceu todas as disputas judiciais com a produtora do filme dirigido por F. W. Murnau (1888-1931) e, por muito pouco, a história do Conde Orlok teria caído no esquecimento, só não o sendo pelo fato de que, em 1937, Drácula caiu em domínio público nos EUA e aí versões do filme foram sendo resgatadas e restauradas até os dias de hoje.
Mas e quanto a essa versão de 2024 dirigida por Robert Eggers?
Bom, aqui temos uma mistura da versão de Murnau com o clipe da música "The Beutiful People" do Marilyn Manson e umas pitadinhas de only fans.
Eggers sana as lacunas da história no filme de 1922 e coloca seu toque gótico, conferindo um tom gore, grotesco e violento que, por óbvio, não estavam presentes na produção alemã.
O estranhamento vem da conotação sexual dada à partes da narrativa (Eggers teria conversas interessantes com Freud e Nelson Rodrigues imagino) - com direito a um nu frontal do ser das trevas - e ao visual do personagem-título que mirou em Vlad, o Empalador (a figura real que inspirou o Drácula copiado por Nosferatu), mas acertou no Seu Madruga do Chaves.
No mais, a trama é a de sempre: ser maligno resolve enfeitar a testa de um advogado com um par de chifres e para realizar o seu intento empilha cadáveres em sua jornada em busca da mulher alheia.
Nota 8.
@@aldemjohnston9382 hahaha seu madruga realmente define bem! 😄👍
Nossa, eu saí do filme MUITO feliz. Adorei, me prendeu o tempo todinho 🤩
Excelente análise, tive interpretações bem semelhantes.
O filme me parece vazio em seu subtexto, talvez até de forma intencional, não sei. Nos momentos em que poderia se aprofundar, ele se esquiva. Veja, o motivo pelo qual o vampiro está atrás dela é repetido umas três vezes, sempre nos oferecendo uma explicação simples, direta e monótona, sem nenhuma adição relevante. Na terceira vez, quando ela vai explicar ao marido, eu esperava uma informação mais impactante e emocionalmente significativa. Sei lá, algo como ela sofrer abusos do pai, ou talvez algo ainda mais sombrio, visto do ponto de vista da psique humana. Mas não, a mesma explicação é repetida sem novidades, além de um contraste com os poderes místicos dela, o que acaba gerando uma sensação de monotonia, pois nunca temos algo novo ou algo a ser desvendado, apenas pontos interligados e só.
Do ponto de vista estético, achei impecável, com exceção da crítica já mencionada sobre a aparência de Orlok, que exagera em certos aspectos. Porém, gostaria de ir além. Na minha opinião, dois detalhes ficaram aquém: a imponência e a presença sobrenatural de sua aparência. A abordagem se concentrou apenas em dois elementos: tamanho e decomposição. Isso me fez lembrar de um personagem qualquer de GoT; era muito simples, embora tenha sido a manifestação mais fiel ao livro. Penso em duas sutilezas que poderiam ter sido exploradas: as peles que ele usa, que poderiam ter uma cabeça de lobo com olhos brilhando em vermelho dependendo da cena; e a mais óbvia, as sobrancelhas. Não faz sentido ter bigode sem sobrancelha, que são marcas registradas do personagem, seja do Nosferatu ou do Drácula do livro. Isso conferiria muito mais imponência e ferocidade. Por mais que eu entenda o objetivo aqui, o fato de o personagem se apoiar apenas em podridão e tamanho limita ainda mais suas dimensões, devido à falta de elementos inovadores na sua manifestação.
Por fim, a praga, embora tenha tido um tempo significativo de tela, me causou muito menos impacto do que em outros filmes. Acho que isso é um detalhe, embora periférico, essencial. Afinal, é isso que diferencia Nosferatu como entidade de Drácula. Drácula é um personagem que chupa o sangue de indivíduos, enquanto Nosferatu possui uma aura de morte, é mais que um vampiro, é uma mancha pestilenta. E, por alguma razão, talvez por causa da sensação de pesadelo perpétuo, esse elemento me impactou muito pouco.
Ao final do filme, saí com um vazio sensorial e mental, como se tudo fosse apenas estético, com muito pouco em termos de reflexão e interpretação, ao contrário dos outros três filmes do vampiro e de todos que vi do diretor até agora. Sim, minha régua está lá em cima, e eu admito isso, mas também admito que é ótimo ver obras como essa reinterpretadas de forma tão caprichosa. Apesar das minhas críticas, quem dera houvesse mais remakes assim.
Abraços, e novamente parabéns pela análise. Foi a melhor que vi até agora, pois você se debruçou em algo além de apenas destacar o quão fabuloso é o diretor ou a estética do filme.
@@Giancarloferraro que bacana ler seu comentário, Giancarlo! Concordo demais com seus pontos: a ausência do impacto e simbolismo da praga, o visual genérico do conde e as esquivas de temas mais pertinentes, afiados… mas que bom que vc conseguiu tirar do filme uma análise produtiva também. É o que sempre procuro fazer aqui no canal. Independente se gosto ou não, como posso discutir o filme procurando algo interessante a se dizer. Creio que eu e você fizemos isso, aqui! 😄👍
5:15 eu só lembro do jump scare na cena inicial mesmo, não lembro de outros, excesso disso tb me incomoda muito, é clichê e demonstra falta de conteúdo, de roteiro. Por isso n curto o Invocaverso
Sim, é um recurso fácil e meio barato, quando mal usado. No nosferatu rola muitas vezes, quando ele vai abrir o caixão, quando a Ellen grita com o conde, quando o conde devora as crianças, etc..
Não entendo o desgosto do povo pelos jumpscares, haha. Certo que virou recurso barato para diretor preguiçoso, mas quando bem feito eleva o filme. Nesse Nosferatu, teve 2 que realmente me botaram medo. O da primeira aparição do conde Orlok nos primeiros minutos do filme e na cena em que o Thomas abre o caixão do Conde e tenta mata-lo, mas o dito cujo acorda. Ali foi absolute cinema. 😅
@@rafael.almeida99 hahaha foram efetivos sim. Eu só achei menos criativos, do que s dele tivesse construído algo em cena mesmo, não só inserido na montagem. Mas é uma birra pessoal, talvez. 😅
Eu consigo elogiar muito mais o filme tecnicamente do que colocar em palavras os incomodos que eu senti. Adoro o Eggers e talvez so fui inimigo das minhas expectativas. Talvez por causa da quantidade de vezes que ja vimos a historia, não senti que o filme justificou a sua existência.
@@gablaborda6650 entendo demais seu sentimento! 👍
Assisti duas vezes em seguida, para comprender melhor a proposta do diretor para nova versão, como voce analisou a estetica fotografica deste filme, o roteiro tem furos na narrativa, devido cortes para edição final. Tem cenas de portegeist no personagem Ellen, nao gostei, faltou mais sensualidade. Gostei do ator que fez o personagem Thomas, melhor ate agora e falando finalmente do Conde Orlok achei um tanto bizarro, e peca altura exagerada do personagem. Nota dez na fotografia e figurino, nota 6 pelo roteiro. Por isso, este novo filme sobre vampiros não vai agradar muitas pessoas. Até, proxima resenha, Gustavo .
@@carlosalbertovieira3660 pois é, concordo com seus pontos, Carlos! 👍
Eu tive a mesma sensação, acho que vou gostar mais do filme depois, até porque, a fotografia é linda. A caracterização do Nosferatu pra mim tá excelente. Mas diferente de você, achei que as atuações me impediram de conectar com qualquer personagem. Todo aquele monte de explicação pra ela estar ligada ao monstro parece escrito por um jovem amador, é forçado e desnecessário. Quando diz que ela seria Lilith no passado, chegou a me dar vergonha de tão adolescente. O mocinho apaixonado é tão chato, que torci para ter tido mudança no roteiro e ele ter morrer quando salta do castelo. O "Van Helsing" é extremamente estereotipado, parece feito por algum criador de conteúdo do Tiktok. Mas ao contrário de você, acho que a monotonia do filme é um acerto gigantesco, especialmente com o cuidado com a estética gótica, eu temia que alguma cena contrastante cortasse a deliciosa imersão naqueles quadros. Por fim, o monstro Nosferatu, sua onipresença, sua feiura e até atração, me pegou demais. Tanto que, no fim, senti que valeu a pena ter assistido. Hoje serianum 7, mas realmente quando entender e processar tudo ali, devo me encantar com o filme. Remakes traz sempre essa problemática da expectativa.
@@rangelluizdossantos6965 bem interessante seus pontos! Parece que gostamos e desgostamos de elementos invertidos… hehe. Mas isso é que é legal na arte, essa subjetividade mesmo a partir da mesma obra. Grande abraço!
Gustavo, vc msm faz a edição dos seus vídeos?
@@junioraragao2071 até agora sim, mas vou trabalhar com um editor a partir desse mês (ele fez os vídeos recentes de Mufasa e o Auto da Compadecida 2).
Gosto muito do canal, mas fiquei decepcionado com essa crítica. Aguardo as próximas.
@@Newton2704 talvez minha opinião não tenha batido com a sua. Tudo certo, sempre vai ter outro filme pra concordarmos ou discordarmos. Mas deixa aqui suas impressões sobre Nosferatu, tô achando bem legal ouvir o pessoal que gostou mais do que eu. ;)
Mds, tô com receio de ver no cinema e achar chato e cochilar na sessão kkkk, pois ela é às 22:30h porém com uma grande curiosidade.
@@vinibymyself eita! Meio tarde! Mas não fique com medo não. Eu não diria que o filme é chato, de forma alguma. Ele é só monotonal, uma nota só. Mas isso foi pra mim, de repente vc curte bem mais. Torço pra que sim! :)
Vai assistir Moana...
bom mesmo ver ouvir vc falar sobre filmes - Drácula de Murnau para mim é insubstituível - um grande espetáculo - arranca dilacera e na época em que foi feito - é história acontecendo - aquela atualidade da matéria - o cinema é importante mesmo - retrata o tempo vivido - a sua crítica me deu vontade de ver o filme no cinema - esse tempo escorrendo quase por pouco parando , chato - os planos repetidos a exaustão - e isso me interessou - obrigado
@@Armando5860 vá no cinema mesmo, Armando! Será uma experiência interessante, com certeza. Grande abraço! ;)
Acabei de sair da sessão e gostei bastante. Sim, é um filme que em alguns momentos fica um pouco massante, mas até o de 1992 também o é e digo que até mais, pois recentemente baixei para assistir e parei antes do final, mas ainda pretendo terminá-lo. Haha
Como foi falado na resenha, a parte no castelo do Conde realmente pareceu muito apressada. Acho que o de 92 explora mais e melhor essa parte, apesar do filme de Eggers ter sido realmente assustador nessa parte.
Fica quase que impossível eu não associar e comparar Nosferatu (2025) com o Dracula de Bram Stoker (1992), pois essa foi a adaptação mais relevante de Dracula que já assisti. Noto que nesse atual, alguns personagens secundários realmente não são tão bem aproveitados como no de Coppola.
Sinto que o professor interpretado por Anthony Hopkins foi muito melhor aproveitado para a história que o de Willem Dafoe, o que, definitivamente, não é culpa do ator, mas de como o diretor usou esse personagem.
O mesmo se aplica ao personagem de Aaron Taylor-Johnson que, devo concordar, poderia ter entregado uma atuação um pouquinho mais caprichada em algumas cenas.
Apesar de tudo, a figura central do filme, o conde Orlok, é em disparada excepcionalmente bem aproveitado nessa nova versão. Realmente ficou muito boa a caracterização e atuação. Realmente imponente e "demoníaco".
Sobre os jumpscares, não me incomodaram nada. Apesar de que poderia ter tido menos. O primeiro e o de quando o Thomas tenta mata-lo pela primeira vez realmente são eficientes e assustadores.
Não tinha catado esse subtexto supostamente conservador do Eggers, mas pra mim não faz tanto sentido ser isso. Imagine um diretor conservador usar uma obra como Nosferatu para espalhar tal visão, kkkk. Já já Robert Eggers no Brasil Paralelo.
Se realmente for isso, pra mim não seria um demérito do filme não, pois realmente não me importo.
No mais, eu gostei bastante do filme. Umas partes são mais assustadoras que outras, umas mais inspiradas que outras, uns personagens mais aproveitados que outros. Enfim.
Na minha concepção, valeu os 26 reais gastos no ingresso. 😂😂😂
@@rafael.almeida99 legal, Rafael! Fico feliz que tenha curtido o filme! Concordo com vários dos seus pontos, principalmente sobre os personagens… embora eu acho que o Nosferatu original em si já tinha feito essa redução no número e destaque dos coadjuvantes, então acho isso até mais aceitável nesse novo. Mas bacana, foi ótima sua leitura do filme!
O filme de 1992 vem com a proposta estúpida do amor que nunca se esquece. Quando o tempo vai deixar muita coisa no passado, principalmente os relacionamentos. Se tem algo que a arte tem de idiota é essas premissas românticas de que nunca vai se esquecer a outra pessoa, quando o tempo se encarrega disso.
Achei bem fraco o filme e nao vi motivos para o Thomas se importar com a Ellen que no fez nada para justificar que ele se preocupe com ela.
Esse filme não é para ser pulsante! É pra ser desconfortável e incômodo. Entenda a proposta do filme e seu original. Se o diretor tomasse liberdades criativas ia reclamar.
Da pra ser desconfortável sendo pulsante também. Da pra continuar sendo esteticamente primoroso variando um pouco mais o tom e os enquadramentos. Se o Eggers tomasse liberdades, eu acharia interessante. Mas é claro que é só minha opinião. Se você curtiu, tá tudo certo! 👍
Fiquei com preguiça de ver esse filme😂 vou fica com a análise.
@@diegobsantana não fique! Vale à pena ver no cinema, daí vc decide se concorda comigo ou se tô só falando as minhas próprias abobrinhas… haha
@ a questão é que nada me encheu os olhos para ir ver.
@@diegobsantana Pois é, apesar de a fotografia ser esteticamente bonita, ela também é meio sem vida. O que é curioso de se reclamar, num filme de um morto-vivo... haha. Mas os outros filmes do Drácula tão aí pra provar que dá pra se ter cor e vivacidade mesmo numa história sombria.
Quem achou monótono ou chato tá totalmente errado, gosto se discute sim e tudo que é remake moderno supera os clássicos atemporais praticamente sempre exceção, sou cinéfilo a mais de 20 anos especialista mesmo não famoso conheço infinitamente Mais que muitos famosos aqui do RUclips absolutamente, Apenas mostrando sobre o Filme magnífico Nosferatu de Robert Egger.
Esta é uma obra-prima gótica de proporções vampíricas.
Da abertura que induz ao choque, ao final de estilhaçar os nervos, este é um cinema de terror visceral, no seu melhor.
A propensão de Egger e Willem Dafoe como Professor Albin Eberhardt von para detalhes intrincados das pesquisas de fotografia atmosféricas sombrias e soturnas de Jarin Blaschke; da produção do período design, os figurinos, até a fotografia arrepiante, são tratados com precisão gelada. Isso cria um cenário bonito, mas inquietante e ameaçadoramente sombrio estética.
A atmosfera opressiva pura é igualada apenas por sua intensidade cortante. Ela aperta com
a feroz indomabilidade do elenco, todo louvável, com Lily Rose Depp dando uma performance especialmente expressiva e perturbadoramente emocional.
Mas, este é, sem sombra de dúvida, o filme de Bill Skarsgård.
Sua visão do infame "Conde Orlok" é tão aterrorizante quanto de cortar o coração. Uma figura monstruosa em decomposição da morte encarnada. Soberbo!
Outro trabalho brilhantemente executado de Robert Eggers
@brunogoncalves1879 - Sorry, mas a sua opinião de entendido,cinefilo a mais de 20 anos é melhor e deve validar de quem não gostou? A minha não mudou apesar do seu textão.😏
Mano quem liga essa opinião no mundo ela nunca vai mudar mano o cara só tá falando que ele acha tipo ele não tá falando contigo. Se eu te falar que todos os filmes de terror de invocação do mal e os outros que seguiram essa pegada são tudo ruim e eles são mesmo de fato, e o exorcista O primeiro é maravilhoso um filme belíssimo filme artístico CUT. Provavelmente você vai discordar ou não mas isso não vai mudar a minha opinião ninguém vai mudar a sua entendeu, se você não gostou ainda porque você foi ver o filme todo mundo que já viu a bruxa sabia o que ia ver@@ANGELAGSTEINER
Penso o mesmo. Amei o filme, mas realmente o tom é apenas um......falta nuance como Coppola fez tão bem.
@@Javarotto1 exato! Um pouco de variação tornaria o clima pesado ainda mais impactante. 👍
Eu gostei, mas menos do que esperava. Acho que faltou explicar melhor o tal pacto entre ele e Ellen, faltou um desenvolvimento, e Thomas acabou sendo escanteado na história no geral
@@gv20241 é, seria legal ter um pouco mais de contexto mesmo. O Thomas realmente é jogado pra fora da história né… mas isso acontece em muitas das versões. Esse personagem é meio que um falso protagonista 😅
Caramba! Quando começou a crítica falando que a "narrativa é monótona" e a história não acrescenta nada novo ao clássico do Expressionismo Alemão" já desconsiderei sua crítica, sabendo que viria pouca habilidade crítica e entendimento. Desculpe, mas necessita ler ou reler o clássico "Dracula", reassistir "Nosferatu" da década de 20 e depois rever o novo "Nosferatu". A narrativa é tensa do início ao fim, a fotografia é brilhante, e a autoria e particularidade desse filme está em recuperar a noção original da história sobre a pulsão sexual e desejo, base da história do vampiro. A mocinha também não é inocente, mas sim parte de desejo e pulsão.
Enfim... e "jump scare" nesse Nosferatu? Sério que você viu um filme cheio de Jump scare?
Enfim, enfim... 🤦🏻♂️
Foi uma das críticas cinematográficas mais fraquinhas que vi ultimamente. A sua.
Então, eu reli Drácula ano passado (na edição maravilhosa da Darkside, por sinal) e reassisti ambos os Nosferatus anteriores também. Vou reiterar alguns dos meu pontos, começando pelo lance da crítica "fraquinha". Porque ela seria fraca? Só porque discordamos? O que acontece é que tivemos uma visão diferente sobre uma mesma obra, e a questão é simplesmente em como argumentamos pra defender nossas visões. No meu caso, usando o exemplo da fotografia, dei inúmeros exemplos dos planos centralizados, identifiquei dois possíveis raciocínios por trás desses planos (o controle do vampiro e a homenagem aos filmes mudos) e daí só então, prolongo o argumento pra defender porque, para mim, eles acabaram se tornando meio desinteressantes ao longo do filme. Não estavam desinteressantes a princípio, mas se tornaram à medida em que percebi que o Eggers não iria desenvolver muito além daquilo, visualmente.
Sobre a pulsão sexual, outro exemplo. Existe sim esse teor (e eu aponto isso no vídeo), mas ela me parece representada apenas unilateralmente (da Ellen pro Conde, já que o conde é completamente abjeto aqui). De novo, isso não é um problema, o que me incomodou é que o diretor escolhe um retrato do vampiro que fez dele menos um personagem interessante e mais uma força oculta de intimidação, baseada apenas em elementos de apresentação (o visual, a voz, a sugestão mais do que a concretização). E mais uma vez, isso pode não ser um problema pra você. Tá tudo certo... mas foi pra mim, por N motivos.
Enfim, não creio que isso seja uma crítica fraca, ela apenas difere do que você sentiu ao assistir. Cada um vai levar pro filme suas próprias vivências, construção de gosto, expectativas e preferências. O que define a crítica ser boa ou ruim é o quão bem argumentada foi a defesa dessa ideia pessoal e subjetiva. Eu acredito que fiz isso, e inclusive o pessoal tem pegado no meu pé aqui nesse vídeo... mas eu teci vários elogios ao filme. Vários mesmo. Mas esses elogios não são lembrados, porque parte da cinefilia de internet prefere encarar o texto crítico de um jeito 8 ou 80, bom ou ruim, aprovado ou reprovado. Mas essa não é minha proposta, e sinceramente não foi o que fiz aqui, falando de Nosferatu.
De qualquer forma, obrigado pela oportunidade de trocar essa ideia! ;)
@@gustavogirottoEntendo, Miotto! Obvio que a crítica à arte não deve ser considerada 8 ou 80. Não se trata disso. Mas é que você teceu comentários negativos sobre coisas que são o ponto forte do filme, como a fotografia, a construção da narrativa e o foco diferente do romantismo do Conde Drácula. Há várias homenagens e diálogos com a estética do Expressionismo Alemão do Nosferatu original.
Mas, como você ressaltou, a crítica é pessoal. Apesar de que gosto que firme a análise da arte sobre conceitos e características e objetos tangíveis para haver um gabarito além da subjetividade. Mas a arte sempre será subjetiva e pessoal e, simplesmente, acho, que filme não te tocou.
Abraços, meu caro! E desconsidere se lhe pareci rude no primeiro comentário. Vida longa ao Cinema e à Arte!
@@Eu-bm3dx Entendi o seu ponto. Eu achei justamente interessante que eu tenha conseguido elogiar algo como a fotografia e mesmo assim entender porque ela não funcionou tanto pra mim. Eu considero isso uma mistura bacana de objetividade com subjetividade. Mas obrigado pelo papo, eu entendi na hora que você não estava sendo rude (não é o caso de todos aqui). E sempre gosto de responder comentários que abrem espaço pra essa troca produtiva, amigável. Grande abraço! ;)
Gustavo você é um carvalheiro e tem muita muuuuiiiiiita paciência. Alguém rude é uma pessoa que age de forma grosseira, sem educação ou consideração pelos sentimentos dos outros. Geralmente, ser rude pode envolver palavras duras, tom agressivo ou falta de respeito em situações sociais.
@@ANGELAGSTEINERE você é enxerida e descortês. Se mete em conversas alheias que não te diz respeito e ainda tomando dores e partidos.
O papo entre nós foi polido e respeitoso.
Só sei que cochilei no cinema!! 😅
@@andrekanganen5395 hahaha não julgo 😅
@gustavogirotto rsrs falando sério... Exatamente o que você disse, lindo demais Visualmente, centralizado no enquadramento, mas pobre de roteiro ou arrastado demais!!! 👍🏻
Ainda bem que não fui assistir 🙏
Chato é pouco, Nosferatu não deveria existir desde de sua primeira versão não autorizada. Eu, que amo o livro Drácula, achei ainda mais bizarro esse vampiro zumbi, que é só um monstro.
Tudo é ridículo nesse filme.
Eu não apagaria o primeiro da existência não... ele basicamente sedimentou o cinema de terror, influenciando todo um século de produções. Mas o novo realmente não me marcou quanto eu esperava. Essa coisa do monstro é bem complicada, né. Eu sempre achei Drácula fascinante porque o personagem titula é, além de sinistro e maligno e tudo mais, um PERSONAGEM... e não um chefão de videogame, um vilão unidimensional que assusta só pelo visual. Os diálogos de Drácula com Jonathan são complexos e interessantes, e nesse Nosferatu do Eggers ele me lembrou muito simplesmente uma criatura de Resident Evil, ou algo assim. Existe apelo, mas não existe tanto personagem ali.
o Homem do norte foi a mesma coisa, prometia muito e entregou um filme bonito e monótono, cansativo e que dei graças quando acabou
@@martinez_1909 hahaha eu confesso que gosto do Homem do Norte, mas prefiro os primeiros dois filmes do Eggers. Sei lá, não acho que ele tenha se encontrado ainda nos filmes mais abrangentes.
Prometeu o que?
Discordo infinitamente, pois o homem do Norte é divertido infinitamente também não existe monotonia essa palavra nem existe é uma gíria horrível que não deveria existir no dicionário das gírias brasileiras, eu amei todos os filmes do diretor Robert Eggers, Nosferatu em primeiro lugar, o Homem do Norte
em segundo
Monotonia não existe de verdade e esse filme de 2022 Homem do Norte é o maior obra prima
Melhor filme épico viking de todos os tempos, indiscutivelmente... E agora Nosferatu é o melhor filme de terror de todos os tempos horror gótico nas últimas décadas
Nesse novo milênio no último século
Mesmo com alguns poucos momentos de “jump scare”, Nosferatu não me causou medo mas provocou nojo em algumas cenas. E trouxe memórias de O Exorcista. Às vezes tive que me conter para não rir do bizarro quando deveria ter me assustado. Ao final, fiquei convencida de que o filme não era um filme de terror mas sim de um filme de amor entre a Bela e a Fera. E os dois se mereciam. É o primeiro Drácula asqueroso que vejo sem nenhum sex appeal. Faltou sensualidade, peculiar aos filmes de Drácula.
É, eu gosto também da sensualidade… que sumiu daqui. É uma escolha intencional, claro. Mas não achei que foi tão bem resolvida assim. :/
O filme é bom, mas tem seus poréns....um deles é o visual do conde orlok...não gostei....
É questionável mesmo, né.
Chato ….. muito chato. Não vi a hora de terminar a sessão . Prefiro o Drácula do Coppola. Atuações monótonas, sem variação de nada. Ele só mudou nomes,lugares e um Tédio total. Por isso a bilheteria pífia. Você tem total razão a palavra chave é MONÓTONO.
@@ANGELAGSTEINER Oi, Angela! Feliz 2025 😆. Pois é, um único tom mesmo, né. Deu vontade de rever o do Coppola pela milésima vez só pra ver cores, vida e sangue vermelho de verdade… hehe
Meu caríssimo amigo te desejo um Feliz Ano de 2025 para você e sua família, saúde e muitas realizações. Estou de volta em casa e espero estar mais presente no seu canal. Nasceu o meu primeiro sobrinho e fiquei junto da minha família por um bom tempo ajudando e curtindo.
Em tempo: odiei esse filme e não aguentei ficar até o final de Wicked. Que ano ruim para filmes. 😞
Bilheteria pífia aonde?Aqui no Brasil??Pode ser,pois nos Estados Unidos a bilheteria está surpreendemente alta.
@@dilsonalmeida3751 tá alta mesmo, aqui no Brasil acho que vai aumentar também. O filme tá num hype enorme, né. E ele foi barato até, não tá tendo dificuldade de se pagar não.
Chato é tua opinião imbecil, sem embasamento cultural folclórico nenhum, nem deveria assistir, é o melhor filme de todos os tempos, de horror gótico, e ponto final... Vc é hilária com uma insignificância horrível, deixa apenas para os fãs verdadeiros criticarem demais elogiando perfeitamente
Uma bosta....chato, monótono, pretensioso, sem criatividade, pedante, óbvio, esvaziado de sentido de existência...ele lembra tbm Mike Flanang q tbm é extremamente insuportável, pedante, monótono e tedioso...mas q tem coisas boas como apenas "A Missa da Meia Noite', em partes claro.
Eu já adoro o Flanagan, mesmo que a Queda da Casa de Usher não seja lá essas coisas. Mas Missa da Meia-Noite é um excelente exemplo de como trabalhar esse lado mais metafísico numa trama vampiresca divertida estilo Stephen King. O Nosferatu do Eggers poderia se beneficiar de um leque maior de referências, talvez. É tudo muito serião e auto-importante.
Comentários como o seu são totalmente dispensáveis.
@@gustavogirotto É superestimado tbm embora eu goste da Missa da Meia Noite. Adoro a parte do cara queimando no barco em sacrifício beirando o cristianismo. Mas a obra é extremamente satanista. Mas eu gostei pq sei filtrar e identificar elementos q n me contaminem com a visão macabra do diretor. E qdo o diretor aponta em um dos seus personagens sua visão anticristã aponta contra si quatro dedos de total garantia de nada. É a própria mão do anticristo. É uma obra q valeria mais a pena se fosse p lado teológico do q p lado sociciologico, historiador anticristão e comunista. Sabendo filtrar vale a pena. O resto dele é descartável sim.
@@luizsantos-d3p E o prikito da mamãe como tá?
O filme é ruim. Dafoe está caricato. Que decepção!
@@demolidor7638 o Dafoe caricato é a melhor coisa do filme! 😅
@gustavogirotto pior
@@gustavogirottofora q ele, caricato, é SEMPRE legal.
@ exato! Eu assistiria horas intermináveis do Dafoe sendo caricato e excêntrico. 😄👍
É compreensível e vai sair uma versão do diretor desse filme que vai ter mais duração e eu acho que vai cumprimentar mais a ideia do diretor porque eu acho que foi meio para vender o filme também né
@@JocielLima-zb7eo pode ser, mesmo. Tenho curiosidade de ver essa versão estendida. Vamos ver como ela se sai. :)
@gustavogirotto ela vai ter mais duração e provavelmente vai sair acho que acho que nesse ano ainda vai sair ela diretor falar que vai comprimentar mais a ideia que ele quis passar que provavelmente as primeiras edições que foram reproduzidas eram bem mais longas do que essa que saiu para os cinemas E aí vai sair na versão do diretor primeiro filme da carreira também dele né que é versão estendida