LISE MEITNER, DESCOBRIDORA DA FISSÃO NUCLEAR

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  • Опубликовано: 5 ноя 2015
  • Em 1944, a Real Academia de Ciências da Suécia concedeu o Prêmio Nobel de Química a Otto Hahn, em reconhecimento pela sua descoberta da fissão nuclear (for his discovery of the fission of heavy nuclei), mas não premiou Lise Meitner, que colaborou com Hahn no experimento que levou à descoberta do fenômeno e que, logo depois, juntamente com o seu sobrinho, o também físico Otto Robert Frisch, interpretou e explicou corretamente o processo de fissão do urânio-235 (235U), em um artigo seminal, de três páginas apenas, publicado em 1939 na revista Nature.
    Lise Meitner nasceu em 7 de novembro de 1878, foi a terceira dos sete filhos de uma família judia de Viena (Áustria). Ainda jovem, Lise converteu-se ao protestantismo para fugir dos preconceitos raciais vigentes na sociedade européia da época, que se somavam aos preconceitos que sofriam as mulheres que se dedicavam a atividades intelectuais. No entanto, a conversão não foi de nenhuma utilidade quando, em março de 1938, a Áustria e a Alemanha, então sob regime nazista, se juntaram para formar um único país (Anschluss). As leis raciais anti-semitas válidas para cidadãos alemães foram aplicadas também para os austríacos, e Lise teve que fugir para a Suécia para não ser deportada para algum campo de concentração, onde teria sido certamente assassinada.
    Devido às restrições impostas pelas leis austríacas para o acesso das mulheres ao ensino superior, Lise só conseguiu entrar na Universidade de Viena em 1901. Depois de assistir às aulas de Ludwig Boltzmann, ela percebeu que a Física era a sua vocação. Otto Frisch, escreveu sobre esse fato, com Boltzmann ela teve a visão de que a Física era o campo de batalha para a derradeira verdade, visão essa que nunca perdeu [1].

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