Édipo: o dos gregos e o de Freud

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  • Опубликовано: 17 дек 2024

Комментарии • 15

  • @alanakaryn
    @alanakaryn Год назад +3

    obrigada pelo video
    sou estudante de psicanalise e conteudos como o seu me ajudam mto nessa caminhada

    • @fabiobelo
      @fabiobelo  Год назад

      Eu que agradeço pela presença!

  • @mariaclarademendonca8760
    @mariaclarademendonca8760 Год назад

    Conversa maravilhosa! Duas áreas que amo, filosofia e psicanálise. Obrigada aos dois professores. Vou seguir o professor Rafael Silva.

  • @adrianabotelho9975
    @adrianabotelho9975 10 месяцев назад

    Lindos.

  • @alanakaryn
    @alanakaryn Год назад +1

    esse assunto veio mto a calhar para mim.
    tenho pensado mto em iniciar a minha formação acadêmica na filosofia, ao invés de seguir o caminho mais 'comum', do psicanalista que se forma em psicologia

  • @guilhermesaadefloeter4593
    @guilhermesaadefloeter4593 Год назад +2

    Olá!
    Estou aqui escutando (ainda não terminei) e pensei que talvez Freud tenha "ignorado" Laio e Jocasta na apropriação que ele fez do mito na época, porque do contrário ele se aproximaria das (ou daria margem para) teorias da degenerescência que circulavam no contexto dele. Então, talvez, por isso o interesse exclusivo no intrapsíquico. Será que faz sentido?!

    • @fabiobelo
      @fabiobelo  Год назад +3

      Faz sentido, claro... mas se atentar à essa outra transmissão, não genética, não biológica, era o ponto... e ele sabia da sedução... nunca abandonou de fato, entende? não é o biológico q se transmite... é o sexual.

    • @guilhermesaadefloeter4593
      @guilhermesaadefloeter4593 Год назад +2

      @@fabiobelo sim, concordo, e ficou bem claro na sua ótima exposição!

  • @eoliver32
    @eoliver32 Год назад +1

    A palavra filosofia, em algum momento pode remeter esse amor à sabedoria, em uma analogia do homem jovem amar o homem mais velho, que representa o sábio?

    • @RafaelSilvaLetras
      @RafaelSilvaLetras Год назад +1

      Sem dúvida, Evandro. Essa questão do "amor" (φίλο -) à "sabedoria" (σοφία) é abertamente explorada por Platão em seu diálogo O Banquete. Esta é uma obra sobre o amor, mas sobretudo em sua forma mais elevada que é o amor ao que é bom e belo. E a pederastia é uma instituição que está na base de tudo o que aparece representado ao longo d'O Banquete.

    • @eoliver32
      @eoliver32 Год назад +1

      @@RafaelSilvaLetras a gerontofilia é despertada pela sapiofilia ou a suposta experiência sexual do mais velho? E o interesse do Elder pelo jovem é puramente pelo Kalos e Hebe?

    • @RafaelSilvaLetras
      @RafaelSilvaLetras Год назад +2

      @@eoliver32, boas perguntas. A julgar pela intervenção de Alcibiades, no final d'O Banquete, há uma admiração do mais jovem pelo mais velho por sua sabedoria e "know-how" como um todo (ainda que, no caso de Sócrates, sua prudência e contenção dos desejos acabem desencadeando um desejo ainda maior da parte de Alcibiades). Da parte do homem mais velho, há a suposição de gozar da juventude e da beleza no único momento da vida humana em que elas efetivamente existem. Em Platão, retomado depois por Plotino, essa contemplação da beleza física é um estágio inicial do processo que levará à contemplação da "verdadeira beleza" (a do conhecimento). Ainda assim, o esquema que você propõe está basicamente certo.

    • @eoliver32
      @eoliver32 Год назад +1

      @@RafaelSilvaLetras Entendi bem a questao nessa relação entre os opostos mas há alguma referência mítica ou filosófica sobre a atração entre pares? Entre jovem e velho pode ocorrer o amor mas também a inveja e possivelmente ódio...e quais os sentimentos ou motivações entre os de mesma idade? Disputa? Entre jovens e velhos é naturalmente impossível a disputa. Os opostos se atraem somente quando um vê na alteridade aquilo que ele quer preencher, sentir nele?

    • @RafaelSilvaLetras
      @RafaelSilvaLetras Год назад +1

      @@eoliver32, a questão é fascinante, mas muito complexa para ser tratada em termos abstratos. Há todo um debate sobre o tipo de relação existente entre Aquiles e Patroclo, p. ex. Ao que tudo indica, haveria alguma diferença de idade entre eles e, em certas versões do mito, eles seriam um par erômenos (amado, mais jovem) e erastês (amante, mais velho). Mas é certo que, para além do sentimento de cooperação, poderia surgir a inveja e a disputa mesmo entre pares assim. O que diz Alcibiades no fim do próprio Banquete de Platão é ilustrativo disso: ele se volta de certa forma contra Sócrates, por não conseguir dele o que tanto queria naquele momento de impetuosidade da juventude.
      Entre pessoas da mesma idade é de se esperar certa competitividade, no melhor espírito do agón grego: competitividade pelo erômenos mais belo ou pelo mais vantajoso erastês, p. ex. Isso aparece em certos diálogos de Platão e de Xenofonte.