Hoje eu montei meu altar, altamente imperfeito porque moro no Amazonas, em uma cidade bem pequena, a imagem não é consagrada justamente porque aqui não tem alguém que possa fazer isto. Tem a imagem de Buda, sete tigelas que creio que seriam para sobremesa, mas comprei somente para esta finalidade, uma vela, daquelas de sete dias, dividi em duas para diminuir o tamanho e para ficar simétrico no altar, acoplei um vidro na parede para servir de base ou mesa, arrumei tudo em cima. Ainda vou acrescentar mais coisas como perfume, oferenda de alimento, um instrumento musical(estou pensando em uma flauta). Até agora só tenho isto e não tem onde levar para consagrar, mas creio que serei abençoado futuramente com uma Sangha.
Salve Adivanei! Cê mora em qual cidade? Caso vá a Manaus qualquer dia, há no Parque 10 o Centro de Darma Chagdud Gonpa Trom Gue Phel Ling que é parte da sangha do Chagdud Gonpa. Tem atividades às sextas e domingos.
Excelente video! Uma dúvida se no meu altar tiver espaço apenas para as sete tigelas da aguá, quando eu tiver oferendas como flores e comida e palitos de incenso , posso usar as mesmas tigelas? no caso depois de usadas eu retiro os grãos de arroz por exemplo e limpo a tigela, para depois, se eu não tiver essas oferendas eu usar com aguá novamente, posso fazer isso? Obrigado.
No mesmo dia? Não acho interessante. Vc oferece tudo junto, como der. Daí no fim do dia vc tira. Mesmo porque se vc faz prática do vajrayana, vc consagra as oferendas. Vc oferece o que consegue e depois vc amplia o seu altar quando der. Trocar durante o dia é muita gambiarra. Tem algumas práticas que vc renova as substâncias no fim da sessão. Isto é, coloca mais umas gotinhas de água em cada tigela, troca lamparinas se alguma apagar, flores se murcharem, etc. Durante o mesmo dia. Mas em casa não é comum se fazer uma prática tão elaborada. Só se vc tirou o dia inteiro pra fazer prática, talvez. O importante é fazer todo o dia. Se a pessoa introduz muita complicação (por exemplo, oferenda de alimento não se precisa trocar todos os dias), não funciona. A pessoa tem que resolver o altar de manhã antes da prática, em menos de 5 minutos, e voltar de noite para recolher, menos de 2 minutos. Aí ela faz prostrações e senta o tempo que tiver. O altar é um suporte. Ele não é a prática principal, nem deve ser.
Sempre tem espaço pra colocar uma uva... E o incenso vc oferece queimando fora do altar. No altar se vc tem as 8 tigelas que incluem incenso, luz, etc, daí o incenso que vc coloca ali é simbólico e vc não queima.
Gosto muito desse seu vídeo. Frequentemente revejo. Nunca tive a oportunidade de ver de perto os livros que os monges leem durante o ofício. Me refiro a esses que são no formato horizontal, escritos na língua original. Vou gostar muito se vc fizer um vídeo tratando desse assunto. Obrigada.
Oi Maria, o nome desse formato de texto em fólios (folhas separadas) curtos na altura e longos na largura, é PECHA. Esse era o formato dos livros tibetanos, independente do conteúdo -- isto é, se era um manual de marcenaria, também era nesse formato. Não é só o darma que é nesse formato. Quanto aos textos usados durante a prática, eles variam de tradição para tradição. Variam muito mesmo. Na nossa sangha nós usamos muito textos das tradições terma (tesouros revelados) de Dudjom Lingpa e Jigme Lingpa e seus seguidores, mas também alguns outros. Uma pequena porcentagem desses textos está traduzido. Na nossa prática é comum usar o formato de pecha, e nas nossas pechas há a transcrição fonética do tibetano e do sânscrito (os mantras são mantidos em sânscrito), de forma que qualquer um consegue ler, e também a tradução ao português. Não há o texto no script ou abugida tibetano. Algumas sanghas usam pechas com as 3 coisas: original, fonética e tradução. De toda forma, talvez você veja algumas pessoas se referindo a esse formato como "sadhana", mas sadhana é um gênero literário, um tipo específico de roteiro de prática comum ao vajrayana (embora a palavra tenha outros sentidos mais profundos). Normalmente os praticantes vajrayana usam mesmo sadhanas no formato de pechas, e esses textos são restritos -- a leitura só é permitida a aqueles que participaram da iniciação e completaram os pré-requisitos para isso, bem como aceitaram os compromissos (algumas vezes você se compromete a fazer a prática diariamente). Essa prática não é monástica, isto é, qualquer um pode fazer essas leituras/práticas/recitações, basta ter a autorização para tal. Mesmo no caso de textos não restritos, é incomum encontrar o texto disponível na internet, exceto no caso de orações avulsas. Isso é assim também para proteger o contexto dessas práticas. No centro de darma você facilmente tem acesso as iniciações, textos, e tudo mais, que você precisa para fazer prática. E você pode ter os textos na lingua original em casa como uma bênção, mesmo que você não consiga ler.
@@Tendrel fico muito grata por sua resposta. Fico mais encantada, ainda. Quanta gentileza. Só muito recentemente me aproximei do Budismo. Aqui em Brasília fiquei conhecendo o Templo Shin mas a pandemia impossibilita o aprofundamento dos ensinamentos. Seu canal tem me mostrado que há muitas formas de manifestação do Budismo e percebo que tenho muita afinidade com o budismo tibetano. Gratidão.
Um buda é alguém removeu todos os obstáculos e revelou todas as qualidades. Um bodisatva é alguém que está praticando para se tornar um Buda, e já atingiu o primeiro bhumi, isto é, seria pelo menos capaz de oferecer seu próprio corpo como alimento para um animal faminto. Mas a descrição dos seres no altar é Três Joias. Você oferece ao Buda, ao Darma e à Sanga. Então é ao professor humano, aos ensinamentos e sua preservação, e a comunidade de pessoas que preservam esses ensinamentos. Assim a classe de seres a que são oferecidas coisas, no altar ou fora dele, inclui tb arhats, monges plenamente ordenados, e vários outros do que a gente chama de "sanga exaltada", isto é, a sanga que mantém os ensinamentos no mundo. Tem umas definições técnicas, que incluem Arhats, bodisatvas e alguns títulos dentro da sanga, dependendo da forma de budismo. No vajrayana nós ainda adicionamos as três raizes, que são o lama, o yidam e a khadro.
A resposta tá no vídeo. Vc descarta num lugar limpo, na natureza, isto é, uma árvore, um lugar onde as pessoas não vão caminhar. A água vc troca todo dia, o incenso e a luz você oferece todo dia, as outras oferendas você troca na medida que elas não ficam bonitas de apresentar no altar, ou o mais frequentemente que a logística e seu bolso permita, desde que elas não fiquem feias (flores, comida, etc).
Geralmente isso é com o seu professor budista. Fora de uma prática e uma sanga, e no "despertar da consciência", daí geralmente a pessoa não gera as interdependências necessárias. Eu não indico pq eu acho que a pessoa que faz na nossa sanga já está sobrecarregada com o trabalho para a sanga, daí eu tenho que perguntar antes, e faz um tempo que eu não falo com ele.
@@Tendrel ok, obrigado pelo esclarecimento. Eu adquiri uma imagem de bronze do Buda Shakyamuni e estava pensando em um altar , inclusive ela vem com uma tampa no fundo que pode ser removida para se colocar as relíquias. Então eu estou começando o estudo do budismo tenho cerca de 20 livros sobre o budismo, muitos inclusive da sua Santidade Dalai Lama, mas ainda não tenho nenhum mestre e tb não frequento nenhum templo , também porque moro em uma cidade afastada dos templos . O que vc acha que devo fazer ? Desde já agradeço sua atenção. Gostaria de colaborar com seu canal também, acho excelente seu trabalho
O que todo mundo que quer o darma tem que fazer: juntar grana para viajar e fazer eventos em outros estados, e até em outros países. Ninguém que pratica o darma pode ou deve ficar sem viajar
Sem o refúgio no convívio com a sanga, até os livros de darma viram causa de só mais samsara e sofrimento. Afinal de contas, a pessoa interpreta como quer, valoriza o que quer. Não tem chance nenhuma de saber o que é o darma sem convívio. Já falei bastante sobre isso em vários vídeos, mas especialmente em ruclips.net/video/P0hWnR-z2qc/видео.html
Oi to iniciação nos estudos Budista, como eu posso me organizar para que meu aprendizado seja contextual? Atualmente eu saio estudando tudo que vejo aquilo que não faz sentido eu pergunto para o Lama, pessoas ou procuro em outros textos essa é a melhor forma ou existe outra?
Recentemente quebrei uma das tijelinhas de oferenda (cerâmica) quando terminando de enxuga las após a prática. Eu juntei os cacos e fiz deles próprios uma oferenda a todos os seres antes de jogar fora (no lixo). Existe alguma forma ideal de se desfazer de objetos da prática que por algum acidente foram quebrados? E quebrar objetos do Darma sem querer tem algum significado em especial?
objetos que vc usa para oferenda vc não necessariamente precisa ter um cuidado tão especial. Mas se você quebra um objeto que representa a fonte de refúgio, daí o jeito correto de descartar é numa árvore, num lugar ermo, ou num rio. Uma dica é nunca usar tigelas arranhadas ou com qualquer tipo de quebra ou lasca. Sim, tem uma espécie de "oráculo" nos defeitos da prática de fazer oferendas. Fazer barulho durante a oferenda, o que inclui quebras, significa brigas na sangha. Embora seja verdade que a gente não queria quebrar, a gente quebra ou deixa cair, ou bate ou faz outros barulhos, por distração na prática, então embora tenha dias melhores e dias piores, a ideia é ir melhorando na meditação durante a oferenda. No centro de darma, em que se usa uma mangueira para encher um balde imenso, já que são muitas oferendas, acontece as vezes de se deixar a água ligada e transbordar ou até mesmo a mangueira escapar e molhar os tronos. Isso é indício de que o darma está sendo desperdiçado. Cada detalhe quando bem ou mal feito tem um sentido sim. Mas tb não é para grilar, todo mundo passa por todos os defeitos, é só questão de ir melhorando.
Enterrar acho que não. Queimar se for um material ok de queimar, tipo madeira. Resina eu acho ruim queimar. Metal vc pode fundir sim. Colar e remendar só se for ficar perfeito, sem marcas. Aí tudo bem.
Olá! Esses cartõezinhos que você mostrou são consagrados? Eles servem pra eu colocar no altar? Não tenho altar e gostaria de iniciar um simples agora nessa quarentena. Muito obrigada!
Existe algo não auspicioso em montar o altar em uma estante dedicada apenas para o altar, onde o Buda esteja na prateleira mais alta e as oferendas literalmente abaixo ao invés de a frente do Buda? Estou com certa dificuldade de encontrar um móvel com a altura apropriada durante a quarentena.
Boa pergunta. Não sei. Não é assim que se faz, mas se é inauspicioso, não tenho ideia. É mais auspicioso se fazer como ... se faz. Temporariamente pode ser ok.
Olá! Vc comentou que viajava e levava as tijelas, é possível não deixar o altar permanente? Por ex, caso eu queira mudar de lugar, eu posso? Parabéns pelo vídeo! Tashi Delek
Sim, você pode levar o altar com vc para onde vc for. É que normalmente o altar fixo é maior do que um altar de viagem. Também, se a pessoa não tem compromisso com fazer o altar todo dia, ela pode simplesmente fazer suas prostrações pra visualização da árvore da linhagem, ou do Buda, como for, e seguir para sua prática sem fazer as oferendas ao altar. Ela também pode simplesmente oferecer uma tigela de água a uma imagem do Buda. Normalmente o compromisso diário com o altar é tomado quando se toma iniciação dos budas das cinco famílias, sendo o compromisso com o Buda Vairochana (ligado a forma/aparência iluminada). Para clarificar para quem estiver lendo, "altar permanente" que ela está falando são os suportes para que se faz as oferendas. Há algumas oferendas que se pode fazer "permanentes", isto é, uma flor de plástico -- que você só limpa de tempos em tempos. Porém é importante colocar e retirar oferendas todos os dias, particularmente água -- então nesse sentido há várias oferendas a serem trocadas todos os dias que não são permanentes. No caso, o altar pode ser movido como for necessário, só se torna inconveniente devido ao tamanho dele.
Hoje eu montei meu altar, altamente imperfeito porque moro no Amazonas, em uma cidade bem pequena, a imagem não é consagrada justamente porque aqui não tem alguém que possa fazer isto. Tem a imagem de Buda, sete tigelas que creio que seriam para sobremesa, mas comprei somente para esta finalidade, uma vela, daquelas de sete dias, dividi em duas para diminuir o tamanho e para ficar simétrico no altar, acoplei um vidro na parede para servir de base ou mesa, arrumei tudo em cima. Ainda vou acrescentar mais coisas como perfume, oferenda de alimento, um instrumento musical(estou pensando em uma flauta). Até agora só tenho isto e não tem onde levar para consagrar, mas creio que serei abençoado futuramente com uma Sangha.
Salve Adivanei! Cê mora em qual cidade? Caso vá a Manaus qualquer dia, há no Parque 10 o Centro de Darma Chagdud Gonpa Trom Gue Phel Ling que é parte da sangha do Chagdud Gonpa. Tem atividades às sextas e domingos.
Excelente video! Uma dúvida se no meu altar tiver espaço apenas para as sete tigelas da aguá, quando eu tiver oferendas como flores e comida e palitos de incenso , posso usar as mesmas tigelas? no caso depois de usadas eu retiro os grãos de arroz por exemplo e limpo a tigela, para depois, se eu não tiver essas oferendas eu usar com aguá novamente, posso fazer isso? Obrigado.
No mesmo dia? Não acho interessante. Vc oferece tudo junto, como der. Daí no fim do dia vc tira. Mesmo porque se vc faz prática do vajrayana, vc consagra as oferendas.
Vc oferece o que consegue e depois vc amplia o seu altar quando der. Trocar durante o dia é muita gambiarra.
Tem algumas práticas que vc renova as substâncias no fim da sessão. Isto é, coloca mais umas gotinhas de água em cada tigela, troca lamparinas se alguma apagar, flores se murcharem, etc. Durante o mesmo dia. Mas em casa não é comum se fazer uma prática tão elaborada. Só se vc tirou o dia inteiro pra fazer prática, talvez.
O importante é fazer todo o dia. Se a pessoa introduz muita complicação (por exemplo, oferenda de alimento não se precisa trocar todos os dias), não funciona. A pessoa tem que resolver o altar de manhã antes da prática, em menos de 5 minutos, e voltar de noite para recolher, menos de 2 minutos. Aí ela faz prostrações e senta o tempo que tiver. O altar é um suporte. Ele não é a prática principal, nem deve ser.
Sempre tem espaço pra colocar uma uva... E o incenso vc oferece queimando fora do altar. No altar se vc tem as 8 tigelas que incluem incenso, luz, etc, daí o incenso que vc coloca ali é simbólico e vc não queima.
Obrigado! 🙏
Como comida, posso oferecer ervas, como hortelã ? Excelente vídeo, obrigada !
Você pode oferecer hortelã, mas como oferenda de alimento, é melhor oferecer arroz, biscoito ou frutas.
Minha estátua de buda quebrou 🤕. Posso colar ou como devo me desfazer adequadamente dela 🤕🤕🤕
Queimar ou abandonar num riacho limpo ou bosque
Gosto muito desse seu vídeo. Frequentemente revejo. Nunca tive a oportunidade de ver de perto os livros que os monges leem durante o ofício. Me refiro a esses que são no formato horizontal, escritos na língua original. Vou gostar muito se vc fizer um vídeo tratando desse assunto. Obrigada.
Oi Maria, o nome desse formato de texto em fólios (folhas separadas) curtos na altura e longos na largura, é PECHA. Esse era o formato dos livros tibetanos, independente do conteúdo -- isto é, se era um manual de marcenaria, também era nesse formato. Não é só o darma que é nesse formato.
Quanto aos textos usados durante a prática, eles variam de tradição para tradição. Variam muito mesmo. Na nossa sangha nós usamos muito textos das tradições terma (tesouros revelados) de Dudjom Lingpa e Jigme Lingpa e seus seguidores, mas também alguns outros. Uma pequena porcentagem desses textos está traduzido. Na nossa prática é comum usar o formato de pecha, e nas nossas pechas há a transcrição fonética do tibetano e do sânscrito (os mantras são mantidos em sânscrito), de forma que qualquer um consegue ler, e também a tradução ao português. Não há o texto no script ou abugida tibetano. Algumas sanghas usam pechas com as 3 coisas: original, fonética e tradução.
De toda forma, talvez você veja algumas pessoas se referindo a esse formato como "sadhana", mas sadhana é um gênero literário, um tipo específico de roteiro de prática comum ao vajrayana (embora a palavra tenha outros sentidos mais profundos). Normalmente os praticantes vajrayana usam mesmo sadhanas no formato de pechas, e esses textos são restritos -- a leitura só é permitida a aqueles que participaram da iniciação e completaram os pré-requisitos para isso, bem como aceitaram os compromissos (algumas vezes você se compromete a fazer a prática diariamente). Essa prática não é monástica, isto é, qualquer um pode fazer essas leituras/práticas/recitações, basta ter a autorização para tal.
Mesmo no caso de textos não restritos, é incomum encontrar o texto disponível na internet, exceto no caso de orações avulsas. Isso é assim também para proteger o contexto dessas práticas. No centro de darma você facilmente tem acesso as iniciações, textos, e tudo mais, que você precisa para fazer prática. E você pode ter os textos na lingua original em casa como uma bênção, mesmo que você não consiga ler.
@@Tendrel fico muito grata por sua resposta. Fico mais encantada, ainda. Quanta gentileza. Só muito recentemente me aproximei do Budismo. Aqui em Brasília fiquei conhecendo o Templo Shin mas a pandemia impossibilita o aprofundamento dos ensinamentos. Seu canal tem me mostrado que há muitas formas de manifestação do Budismo e percebo que tenho muita afinidade com o budismo tibetano. Gratidão.
A água é as oferendas são oferecidas pra quem pro Buda ou botsatvas?
Os dois.
@@Tendrelobrigado. Gostaria de saber a diferença entre um Buda e botsatvas.
Um buda é alguém removeu todos os obstáculos e revelou todas as qualidades. Um bodisatva é alguém que está praticando para se tornar um Buda, e já atingiu o primeiro bhumi, isto é, seria pelo menos capaz de oferecer seu próprio corpo como alimento para um animal faminto.
Mas a descrição dos seres no altar é Três Joias. Você oferece ao Buda, ao Darma e à Sanga. Então é ao professor humano, aos ensinamentos e sua preservação, e a comunidade de pessoas que preservam esses ensinamentos. Assim a classe de seres a que são oferecidas coisas, no altar ou fora dele, inclui tb arhats, monges plenamente ordenados, e vários outros do que a gente chama de "sanga exaltada", isto é, a sanga que mantém os ensinamentos no mundo. Tem umas definições técnicas, que incluem Arhats, bodisatvas e alguns títulos dentro da sanga, dependendo da forma de budismo.
No vajrayana nós ainda adicionamos as três raizes, que são o lama, o yidam e a khadro.
O que posso fazer depois com as oferendas
Quanto tempo fica uma fruta no altar e depois o que faço com as comidas
Jogar onde e o que fazer ?
A resposta tá no vídeo. Vc descarta num lugar limpo, na natureza, isto é, uma árvore, um lugar onde as pessoas não vão caminhar.
A água vc troca todo dia, o incenso e a luz você oferece todo dia, as outras oferendas você troca na medida que elas não ficam bonitas de apresentar no altar, ou o mais frequentemente que a logística e seu bolso permita, desde que elas não fiquem feias (flores, comida, etc).
Onde eu envio a minha imagem para consagração, poderia me informar por gentileza, fico grato
Geralmente isso é com o seu professor budista. Fora de uma prática e uma sanga, e no "despertar da consciência", daí geralmente a pessoa não gera as interdependências necessárias. Eu não indico pq eu acho que a pessoa que faz na nossa sanga já está sobrecarregada com o trabalho para a sanga, daí eu tenho que perguntar antes, e faz um tempo que eu não falo com ele.
@@Tendrel ok, obrigado pelo esclarecimento. Eu adquiri uma imagem de bronze do Buda Shakyamuni e estava pensando em um altar , inclusive ela vem com uma tampa no fundo que pode ser removida para se colocar as relíquias. Então eu estou começando o estudo do budismo tenho cerca de 20 livros sobre o budismo, muitos inclusive da sua Santidade Dalai Lama, mas ainda não tenho nenhum mestre e tb não frequento nenhum templo , também porque moro em uma cidade afastada dos templos . O que vc acha que devo fazer ? Desde já agradeço sua atenção. Gostaria de colaborar com seu canal também, acho excelente seu trabalho
O que todo mundo que quer o darma tem que fazer: juntar grana para viajar e fazer eventos em outros estados, e até em outros países. Ninguém que pratica o darma pode ou deve ficar sem viajar
@@Tendrel Entendi. Então só pela leitura e estudo não consigo muita coisa?
Sem o refúgio no convívio com a sanga, até os livros de darma viram causa de só mais samsara e sofrimento. Afinal de contas, a pessoa interpreta como quer, valoriza o que quer. Não tem chance nenhuma de saber o que é o darma sem convívio.
Já falei bastante sobre isso em vários vídeos, mas especialmente em ruclips.net/video/P0hWnR-z2qc/видео.html
Oi to iniciação nos estudos Budista, como eu posso me organizar para que meu aprendizado seja contextual? Atualmente eu saio estudando tudo que vejo aquilo que não faz sentido eu pergunto para o Lama, pessoas ou procuro em outros textos essa é a melhor forma ou existe outra?
Se o seu lama é autêntico, o melhor caminho e fazer uma entrevista e descobrir com ele o que focar, o que ler, e quem mais ouvir.
Maravilho o comentário do jimi hendrix kkkkkk
Recentemente quebrei uma das tijelinhas de oferenda (cerâmica) quando terminando de enxuga las após a prática. Eu juntei os cacos e fiz deles próprios uma oferenda a todos os seres antes de jogar fora (no lixo). Existe alguma forma ideal de se desfazer de objetos da prática que por algum acidente foram quebrados? E quebrar objetos do Darma sem querer tem algum significado em especial?
objetos que vc usa para oferenda vc não necessariamente precisa ter um cuidado tão especial. Mas se você quebra um objeto que representa a fonte de refúgio, daí o jeito correto de descartar é numa árvore, num lugar ermo, ou num rio.
Uma dica é nunca usar tigelas arranhadas ou com qualquer tipo de quebra ou lasca.
Sim, tem uma espécie de "oráculo" nos defeitos da prática de fazer oferendas. Fazer barulho durante a oferenda, o que inclui quebras, significa brigas na sangha. Embora seja verdade que a gente não queria quebrar, a gente quebra ou deixa cair, ou bate ou faz outros barulhos, por distração na prática, então embora tenha dias melhores e dias piores, a ideia é ir melhorando na meditação durante a oferenda.
No centro de darma, em que se usa uma mangueira para encher um balde imenso, já que são muitas oferendas, acontece as vezes de se deixar a água ligada e transbordar ou até mesmo a mangueira escapar e molhar os tronos. Isso é indício de que o darma está sendo desperdiçado.
Cada detalhe quando bem ou mal feito tem um sentido sim. Mas tb não é para grilar, todo mundo passa por todos os defeitos, é só questão de ir melhorando.
Enterrar acho que não. Queimar se for um material ok de queimar, tipo madeira. Resina eu acho ruim queimar. Metal vc pode fundir sim.
Colar e remendar só se for ficar perfeito, sem marcas. Aí tudo bem.
Muito obrigado pelo video! Tenho acompanhado seu podcast, maravilhoso, estou gostando bastante. Vc ainda tá mandando os cartões?
Sim, só enviar o endereço de correspondência para conexoesauspiciosas@gmail.com
Olá!
Esses cartõezinhos que você mostrou são consagrados? Eles servem pra eu colocar no altar?
Não tenho altar e gostaria de iniciar um simples agora nessa quarentena.
Muito obrigada!
Não são consagrados. No vídeo sobre os cartões eu digo que altar é melhor usar uma imagem maior, investir algum dinheiro nisso.
Existe algo não auspicioso em montar o altar em uma estante dedicada apenas para o altar, onde o Buda esteja na prateleira mais alta e as oferendas literalmente abaixo ao invés de a frente do Buda? Estou com certa dificuldade de encontrar um móvel com a altura apropriada durante a quarentena.
Boa pergunta. Não sei. Não é assim que se faz, mas se é inauspicioso, não tenho ideia. É mais auspicioso se fazer como ... se faz. Temporariamente pode ser ok.
Olá! Vc comentou que viajava e levava as tijelas, é possível não deixar o altar permanente? Por ex, caso eu queira mudar de lugar, eu posso?
Parabéns pelo vídeo! Tashi Delek
Sim, você pode levar o altar com vc para onde vc for. É que normalmente o altar fixo é maior do que um altar de viagem. Também, se a pessoa não tem compromisso com fazer o altar todo dia, ela pode simplesmente fazer suas prostrações pra visualização da árvore da linhagem, ou do Buda, como for, e seguir para sua prática sem fazer as oferendas ao altar. Ela também pode simplesmente oferecer uma tigela de água a uma imagem do Buda. Normalmente o compromisso diário com o altar é tomado quando se toma iniciação dos budas das cinco famílias, sendo o compromisso com o Buda Vairochana (ligado a forma/aparência iluminada).
Para clarificar para quem estiver lendo, "altar permanente" que ela está falando são os suportes para que se faz as oferendas. Há algumas oferendas que se pode fazer "permanentes", isto é, uma flor de plástico -- que você só limpa de tempos em tempos. Porém é importante colocar e retirar oferendas todos os dias, particularmente água -- então nesse sentido há várias oferendas a serem trocadas todos os dias que não são permanentes. No caso, o altar pode ser movido como for necessário, só se torna inconveniente devido ao tamanho dele.
🙏💞