Aracaty, filho de Maurício, outro Antonio como o meu, apresentou essa preciosidade. Irretocável. Já vivemos pobres em nosso Brasil e conseguimos com trabalho. Feliz de quem teve terra para pisar descalço, pegar bixo-de-pé e sem H1nx... Quando a doença era braba mesmo, que nem aquele livro com receitas para todas as doenças tinha remédio, tinha sim, coisas para amenizar a dor do moribundo. Hoje estamos tal e qual o índio brasileiro, pegamos doenças sintéticas, não temos anticorpos. Era tão bom, antes, evoluímos? Retrocesso já é utopia. Porém vale lembrar...
Ouvir Renato Braz cantando a raiz brasileira é um oásis em tempos em que a música da terra foi enterrada pelo mercado dessa “sofrência” pra vender cerveja ruim...
Capoeira do Arnaldo [Paulo Vanzolini] com Renato Braz e Bré Quando eu vim da minha terra Passei na enchente nadando Passei frio, passei fome Passei dez dias chorando Por saber que de tua vida Pra sempre estava passando Nos passo desse calvário Tinha ninguém me ajudando Tava como um passarinho Perdido fora do bando Vamo-nos embora, ê ê Vamo-nos embora, camará Presse mundo afora, ê ê Presse mundo afora, camará Quando eu vim da minha terra Veja o que eu deixei pra trás Cinco noivas sem marido Sete crianças sem pai Doze santos sem milagre Quinze suspiros sem ai Trinta marido contente Me perguntando "já vai?" E o padre dizendo às beata "Milagre custa, mas sai" Vamo-nos embora, ê ê Vamo-nos embora, camará Presse mundo afora, ê ê Presse mundo afora, camará Quando eu vim da minha terra Num sabia o que é sobrosso Sabença de burro velho Coragem de tigre moço Oração de fechar corpo Pendurada no pescoço Rifle do papo-amarelo Peixeira de cabo de osso Medalha de Padre Ciço E rosário de caroço Pra me alisar pêlo fino E arrepiar pêlo grosso Que eu saí da minha terra Sem cisma Susto ou sobrosso Vamo-nos embora, ê ê Vamo-nos embora, camará Presse mundo afora, ê ê Presse mundo afora, camará Quando eu vim da minha terra Vim fazendo tropelia Nos lugar onde eu passava Estrada ficava vazia Quem vinha vindo, voltava Quem ia indo, não ia Quem tinha negócio urgente Deixava pro outro dia Padre largava da missa Onça largava da cria E os pai de moça donzela Mudava de freguesia Mas tinha que fazer força Porque as moça num queria Vamo-nos embora, ê ê Vamo-nos embora, camará Presse mundo afora, ê ê Presse mundo afora, camará Eu sai da minha terra Por ter sina viageira Cum dois meses de viagem Eu vivi uma vida inteira Sai bravo, cheguei manso Macho da mesma maneira Estrada foi boa mestra Me deu lição verdadeira Coragem num tá no grito E nem riqueza na algibeira E os pecado de domingo Quem paga é segunda-feira Vamo-nos embora, ê ê Vamo-nos embora, camará Presse mundo afora, ê ê Presse mundo afora, camará
por favor, nunca retirem esse video do youtube
eu o ouço a 12 anos, é a historia da minha vida
melhor música que já ouvi em toda minha vida
Genial. Renato Braz e seu talento genial que nem eu sei descrever com melhores palavras o que representa para milhões de brasileiros.
Teria um prazer imenso de ver esse Artista cantando em um show de preferência no Circo Voador RJ
Como eu compartilho do seu desejo.
Aracaty, filho de Maurício, outro Antonio como o meu, apresentou essa preciosidade.
Irretocável.
Já vivemos pobres em nosso Brasil e conseguimos com trabalho.
Feliz de quem teve terra para pisar descalço, pegar bixo-de-pé e sem H1nx...
Quando a doença era braba mesmo, que nem aquele livro com receitas para todas as doenças tinha remédio, tinha sim, coisas para amenizar a dor do moribundo.
Hoje estamos tal e qual o índio brasileiro, pegamos doenças sintéticas, não temos anticorpos.
Era tão bom, antes, evoluímos?
Retrocesso já é utopia.
Porém vale lembrar...
Que beleza 👏🏽
Gratíssima por esta beleza!
Não canso de ouvir essa voz
Renato Bráz mestre!
Linda canção, interpretação magistral!
A melhor interpretação que já vi 👏👏👏
Sensacional 😍😍
Ouvir Renato Braz cantando a raiz brasileira é um oásis em tempos em que a música da terra foi enterrada pelo mercado dessa “sofrência” pra vender cerveja ruim...
Muito bom quem tiver ouvindo em 2020 curte e comenta
2023
2024
Ele canta e toca muito bem!
excelente! obrigada por compartilhar
ouvi pela primeira vez em 72, canto e ouço até sempre
A boa música não tem idade, 2021 e é a primeira vez que a escuto
Canção poderosa.
sensacional!!!!
Muito linda.
Rima bem rica.
Amei a poesia musicada
Capoeira do Arnaldo [Paulo Vanzolini]
com Renato Braz e Bré
Quando eu vim da minha terra
Passei na enchente nadando
Passei frio, passei fome
Passei dez dias chorando
Por saber que de tua vida
Pra sempre estava passando
Nos passo desse calvário
Tinha ninguém me ajudando
Tava como um passarinho
Perdido fora do bando
Vamo-nos embora, ê ê
Vamo-nos embora, camará
Presse mundo afora, ê ê
Presse mundo afora, camará
Quando eu vim da minha terra
Veja o que eu deixei pra trás
Cinco noivas sem marido
Sete crianças sem pai
Doze santos sem milagre
Quinze suspiros sem ai
Trinta marido contente
Me perguntando "já vai?"
E o padre dizendo às beata
"Milagre custa, mas sai"
Vamo-nos embora, ê ê
Vamo-nos embora, camará
Presse mundo afora, ê ê
Presse mundo afora, camará
Quando eu vim da minha terra
Num sabia o que é sobrosso
Sabença de burro velho
Coragem de tigre moço
Oração de fechar corpo
Pendurada no pescoço
Rifle do papo-amarelo
Peixeira de cabo de osso
Medalha de Padre Ciço
E rosário de caroço
Pra me alisar pêlo fino
E arrepiar pêlo grosso
Que eu saí da minha terra
Sem cisma
Susto ou sobrosso
Vamo-nos embora, ê ê
Vamo-nos embora, camará
Presse mundo afora, ê ê
Presse mundo afora, camará
Quando eu vim da minha terra
Vim fazendo tropelia
Nos lugar onde eu passava
Estrada ficava vazia
Quem vinha vindo, voltava
Quem ia indo, não ia
Quem tinha negócio urgente
Deixava pro outro dia
Padre largava da missa
Onça largava da cria
E os pai de moça donzela
Mudava de freguesia
Mas tinha que fazer força
Porque as moça num queria
Vamo-nos embora, ê ê
Vamo-nos embora, camará
Presse mundo afora, ê ê
Presse mundo afora, camará
Eu sai da minha terra
Por ter sina viageira
Cum dois meses de viagem
Eu vivi uma vida inteira
Sai bravo, cheguei manso
Macho da mesma maneira
Estrada foi boa mestra
Me deu lição verdadeira
Coragem num tá no grito
E nem riqueza na algibeira
E os pecado de domingo
Quem paga é segunda-feira
Vamo-nos embora, ê ê
Vamo-nos embora, camará
Presse mundo afora, ê ê
Presse mundo afora, camará
Braz Massuia Ângela Massuia