Familismo vem disfarçado de notificações de “negligência familiar” que está em primeiro lugar das notificações de violações de direitos do sistema de notificações dos Conselhos Tutelares. Famílias negligenciadas pelo Estado continuam sendo responsabilizadas por suas “incapacidades” de promover a proteção integral dos filhos. Precisamos muito problematizar essas ações conservadoras.
Ana, ouvindo você vejo o quanto ainda temos que avançar nas atuações e intervenções do SUAS, porque o ranço de determinadas práticas ainda persistem em nossos dias. Gratidão sempre por suas contribuições.
Sim, Vir, com certeza, ainda temos muito que mudar, temos que nos colocar vigilantes, porque, como tu disse, esse "ranço" tá entranhado....basta ver quando a gente propõe um cartão ou um programa de transferência de renda para as famílias, pra substituir a velha cesta básica, e sempre aparece alguém julgando a família e dizendo que é ruim porque a família vai "gastar errado" o dinheiro... affff
Seguindo meu comentário anterior, infelizmente ainda há famílias de baixa renda mantidas na linha da pobreza por questões culturais e desejo de seguir dependendo do Estado. O que mais trabalho no CREAS com minhas famílias é para que deixem de depender destes benefícios, de modo a alcançar completa autonomia e independência.
Esses haters não estariam dizendo essas coisas como uma forma de negação da realidade? Muitas vezes eu vejo que quem escreve essas coisas tbm é pobre ou está pouco acima da pobreza..
Olha, difícil afirmar, mas talvez sim. Uma coisa que sempre achei curiosa é que programas sociais, que ajudam as pessoas mais vulneráveis a melhorarem de vida, são tão odiados pelo senso comum; enquanto grandes fortunas não incomodam esse mesmo senso comum. É como se os pobres progredirem, os pobres terem acesso, etc. fosse algo que gera raiva em algumas pessoas. a pessoa pobre não pode receber nada, ainda que seja seu direito, já um que é multimilionário, tudo bem receber mais uns milhões... como eu coloquei aí: várias legislações brasileiras foram feitas de modo a "ferrar" justamente com os mais pobres, que são aqueles aos quais o Estado deveria proteger primeiro... então é um longo caminho, mas seguimos...beijokas!
Oi Ana, tudo bem? Realmente nos deparamos com velhas práticas. Por isso a necessidade da educação permanente. Esta semana recebi uma solicitação de pesquisa do Cadunico/Auxilio Brasil, pelo Google forms, não sei já teve acesso. Achei algumas questões tão capciosas e fiquei com receio de responder... exemplo: vc acredita que o Auxílio Brasil contribui para que os beneficiários não procure emprego formal? Que são públicos que possuam mais filhos? Mais ou menos isso. As respostas são se concorda ou discorda entre a numeração de 1 a 10. Algumas questões como vc bem disse são multifatoriais, não são tão simples. Enfim, temos que realmente evitar as velhas práticas para cair em ações julgadoras, preconceituosas e familistas. Obrigada pelos vídeos.
Ótimo vídeo. Sobre transformar a cesta básica em um cartão alimentação, entendo o argumento, mas... as prefeituras supostamente negociam os itens da cesta básica por um valor menor do que o preço que as famílias pagariam no mercado. Com um cartão alimentação de mesmo valor do que é pago em uma cesta básica, a família não conseguiria comprar o mesmo número de itens, provavelmente....
Dar autonomia é Tb acreditar que a família pode buscar produtos com valores promocionais, que a família comprar o necessário e não aquela gama de produtos que vem nas CB que ela nem consome as vezes. É permitir que ela compre as suas marcas de preferência. É não comprar um produto próximo do vencimento como acontece com os produtos da CB compradas por prefeituras. Fora a facilidade de transportar. Enfim, são mais ganhos do que perdas nessa modalidade.
Oi Alexandre, tudo? penso que não é apenas uma questão de preço/quantidade, mas de escolha também. Até porque cada família vai comprar coisas diferentes, marcas diferentes, vai poder experimentar produtos diferentes, carnes, legumes, iogurtes... Sempre lembro de uma família do Bolsa que a professora de uma escola reclamou que a menininha vivia com o cabelo emplastado de xampu Jhonsons (a prof interpretou: não sabem usar o xampu, mas a menina e a mãe dela estavam maravilhadas com aquele produto, uma coisa tão simples, e a guria queria ir pra escola cheirando a xampu mesmo rsrr). São essas pequenas escolhas do dia a dia, tão comuns pra tantas pessoas, que a cesta básica padronizada tira dessas famílias... quem não gosta de fazer um agrado pra si e sua família: uma caixa de bombom, um xampu diferente, etc... e claro, aprender a administrar também é um ganho ☺
Familismo vem disfarçado de notificações de “negligência familiar” que está em primeiro lugar das notificações de violações de direitos do sistema de notificações dos Conselhos Tutelares. Famílias negligenciadas pelo Estado continuam sendo responsabilizadas por suas “incapacidades” de promover a proteção integral dos filhos. Precisamos muito problematizar essas ações conservadoras.
Conteúdos excelentes! Obrigado, Ana Pincolini!
Ana, ouvindo você vejo o quanto ainda temos que avançar nas atuações e intervenções do SUAS, porque o ranço de determinadas práticas ainda persistem em nossos dias. Gratidão sempre por suas contribuições.
Sim, Vir, com certeza, ainda temos muito que mudar, temos que nos colocar vigilantes, porque, como tu disse, esse "ranço" tá entranhado....basta ver quando a gente propõe um cartão ou um programa de transferência de renda para as famílias, pra substituir a velha cesta básica, e sempre aparece alguém julgando a família e dizendo que é ruim porque a família vai "gastar errado" o dinheiro... affff
É gratificante assistir um conteúdo tão significativo para prática profissional. Gratidão
Nós que agradecemos!
Seguindo meu comentário anterior, infelizmente ainda há famílias de baixa renda mantidas na linha da pobreza por questões culturais e desejo de seguir dependendo do Estado.
O que mais trabalho no CREAS com minhas famílias é para que deixem de depender destes benefícios, de modo a alcançar completa autonomia e independência.
❤encantada com os conteúdos
Uma pena que em pleno Século XXI muitas políticas sanitaristas ainda existam, e em plena força.
Esses haters não estariam dizendo essas coisas como uma forma de negação da realidade? Muitas vezes eu vejo que quem escreve essas coisas tbm é pobre ou está pouco acima da pobreza..
Olha, difícil afirmar, mas talvez sim. Uma coisa que sempre achei curiosa é que programas sociais, que ajudam as pessoas mais vulneráveis a melhorarem de vida, são tão odiados pelo senso comum; enquanto grandes fortunas não incomodam esse mesmo senso comum. É como se os pobres progredirem, os pobres terem acesso, etc. fosse algo que gera raiva em algumas pessoas. a pessoa pobre não pode receber nada, ainda que seja seu direito, já um que é multimilionário, tudo bem receber mais uns milhões... como eu coloquei aí: várias legislações brasileiras foram feitas de modo a "ferrar" justamente com os mais pobres, que são aqueles aos quais o Estado deveria proteger primeiro... então é um longo caminho, mas seguimos...beijokas!
Oi Ana, tudo bem? Realmente nos deparamos com velhas práticas. Por isso a necessidade da educação permanente. Esta semana recebi uma solicitação de pesquisa do Cadunico/Auxilio Brasil, pelo Google forms, não sei já teve acesso. Achei algumas questões tão capciosas e fiquei com receio de responder... exemplo: vc acredita que o Auxílio Brasil contribui para que os beneficiários não procure emprego formal? Que são públicos que possuam mais filhos? Mais ou menos isso. As respostas são se concorda ou discorda entre a numeração de 1 a 10. Algumas questões como vc bem disse são multifatoriais, não são tão simples. Enfim, temos que realmente evitar as velhas práticas para cair em ações julgadoras, preconceituosas e familistas. Obrigada pelos vídeos.
Bah, guria não tive acesso a essa pesquisa não... é uma pesquisa oficial do MDS ou CNAS? ou de algum estudante de graduação/mestrado/doutorado?
Passei por aqui!
Ótimo vídeo. Sobre transformar a cesta básica em um cartão alimentação, entendo o argumento, mas... as prefeituras supostamente negociam os itens da cesta básica por um valor menor do que o preço que as famílias pagariam no mercado. Com um cartão alimentação de mesmo valor do que é pago em uma cesta básica, a família não conseguiria comprar o mesmo número de itens, provavelmente....
Dar autonomia é Tb acreditar que a família pode buscar produtos com valores promocionais, que a família comprar o necessário e não aquela gama de produtos que vem nas CB que ela nem consome as vezes. É permitir que ela compre as suas marcas de preferência. É não comprar um produto próximo do vencimento como acontece com os produtos da CB compradas por prefeituras. Fora a facilidade de transportar. Enfim, são mais ganhos do que perdas nessa modalidade.
Oi Alexandre, tudo? penso que não é apenas uma questão de preço/quantidade, mas de escolha também. Até porque cada família vai comprar coisas diferentes, marcas diferentes, vai poder experimentar produtos diferentes, carnes, legumes, iogurtes... Sempre lembro de uma família do Bolsa que a professora de uma escola reclamou que a menininha vivia com o cabelo emplastado de xampu Jhonsons (a prof interpretou: não sabem usar o xampu, mas a menina e a mãe dela estavam maravilhadas com aquele produto, uma coisa tão simples, e a guria queria ir pra escola cheirando a xampu mesmo rsrr). São essas pequenas escolhas do dia a dia, tão comuns pra tantas pessoas, que a cesta básica padronizada tira dessas famílias... quem não gosta de fazer um agrado pra si e sua família: uma caixa de bombom, um xampu diferente, etc... e claro, aprender a administrar também é um ganho ☺
@@danielnoyoutube Isso Dani! Beijokas!
Minha família sofreu isso.. é uma violência brutal
Bah, que coisa... só imagino... são práticas invasivas e que desrespeitam as pessoas...😥
Recente né...
👏👏
Obrigada!
TEORIA E PRÁTICA SEMPRE DISTANTES, INFELIZMENTE. :/